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28/10/2017
1
PROVAS EM ESPÉCIE
(MEIOS PROBATÓRIOS)
Prof. Paulo Antonio Brizzi Andreotti
Introdução: 
Apresentada a TEORIA GERAL DA PROVA é importante fixar os estudos
nos meios de prova existentes no novo Código de Processo Civil.
Vejamos:
28/10/2017
2
ATA NOTARIAL 
Ata notarial (art. 384 do NCPC):
Ata notarial é documento público, lavrada por notário, que declara algo
que tenha presenciado, declarando sua existência e modo de ser.
Serve para documentar fatos transeuntes (passageiros), cuja prova por
outros meios seria muito difícil. Ex. Conteúdo de página da internet;
Que alguém está gravemente enfermo.
É importante destacar que a ata notarial é documento público.
Portanto, faz prova dos fatos que o tabelião declarar que ocorreram na
sua presença (art. 405).
28/10/2017
3
É o que determina o Art. 384 ao expor que: “a existência e o modo de
existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a
requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião”.
IMPORTANTE: “Dados representados por imagem ou som gravados
em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial”.
Por tratar-se de documento público, faz prova daquilo que o notário
declare ter presenciado, o que ocasiona a inversão do ônus da prova,
pois, faz incidir sobre a parte contrária o ônus da contraprova. (A parte
contrária precisa afastar a presunção resultante da declaração do
notário).
Depoimento pessoal
28/10/2017
4
Introdução:
É um meio de prova, pelo qual o juiz, a requerimento de uma das partes,
colhe as declarações do adversário dela, com a finalidade de obter
informações a respeito de fatos relevantes para o processo. (Marcus
Vinicius Rios Gonçalves)
Importante:
Esse meio de prova está previsto no Art. 385 do CPC. Pelo referido
dispositivo, fica claro que:
a) Só quem pode prestar o depoimento pessoal são as partes (autor e réu).
b) Ninguém pode requerer o próprio depoimento.
c) O juiz pode, a qualquer momento, ouvir, de ofício as partes, porém,
neste caso haverá interrogatório.
Quem pode requerer e prestar?
De acordo com o art. 385 do CPC, o depoimento pessoal sempre dependerá do
requerimento do ADVERSÁRIO. Por outro lado, o juiz poderá determinar de ofício
o interrogatório.
Tem-se admitido que, além do adversário, possa o Ministério Público, na condição
de fiscal da ordem jurídica, requerê-lo.
Em regra, quem presta o depoimento é a pessoa física. Tratando-se de pessoa
jurídica, o depoimento será prestado pelos prepostos, ou seja, representantes
legais com poderes para confessar.
Caso a parte seja absolutamente incapaz, o depoimento será prestado por seu
representante; se relativamente incapaz, por ele mesmo.
28/10/2017
5
Finalidade: 
A finalidade deste meio de prova é obter a confissão a respeito de
fatos relevantes para a causa. É que, no depoimento pessoal, a parte
pode prestar informações, a respeito dos fatos, que possam contrariar
os seus interesses.
Pena de confissão:
O §1º do art. 385, do CPC, determina que, a parte deverá ser intimada
pessoalmente para a audiência, sob pena de confesso, que será aplicada
caso não compareça ou se recuse a depor.
Portanto, havendo intimação, será aplicada a confissão quando a parte:
a) Não comparecer ao ato.
b) Se recusar a depor.
CUIDADO: a confissão enseja uma presunção relativa e deverá ser
considerada em conjunto com os demais elementos de prova nos autos.
28/10/2017
6
Dispensa: 
O art. 388 do CPC, informa que, a parte, não é obrigada a depor sobre
fatos:
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu
cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
IV - que coloquem em perigo a vida o depoente ou das pessoas referidas
no inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de
família.
Procedimento: 
O depoimento pessoal, dever ser requerido na inicial, na contestação ou no momento de
especificação de provas. Efetivado o pedido e acolhido pelo Magistrado, será determinada a
intimação da parte, sob pena de confesso.
O depoimento pessoal é colhido diretamente pelo Magistrado, em audiência de instrução e
julgamento. Importante destacar que:
a) Primeiro serão ouvidos o(s) autor(es) e depois o(s) réu(s). Enquanto o autor estiver
depondo, o réu deverá aguardar fora do recinto em que realiza a audiência. (art. 385, §2º).
b) Somente o advogado da parte contrária e o Ministério Público poderão formular
perguntas. Não há oportunidade de reperguntas do advogado do próprio depoente.
c) Ao prestar depoimento, as parte deverão responder oral e pessoalmente as perguntas
formuladas, não podendo servir-se de escritos anteriormente preparadas (art. 387)
28/10/2017
7
PROVA DOCUMENTAL
Conceito:
Documento é uma coisa capaz de representar um fato. Trata-se do
modo pelo qual registra fatos ocorridos. É prova física que constata
acontecimentos.
A prova documental é resultado da obra humana que retrata, registra
um acontecimento. É considerada fonte passiva de prova.
LATO ESTRITO
Toda e qualquer coisa que transmite diretamente o
registro de um fato. Ex. Fotos
Cuida especificadamente de documentos escritos
em papel.
28/10/2017
8
CUIDADO Documento: é fonte de prova. É de
onde se pode extrair a informação
acerca do fato.
Prova documental: é o veículo por
meio do qual essa fonte de prova vai
ser levada ao processo para analise
judicial. É a ponte entre o fato e o
Magistrado.
DOCUMENTO E PROVA 
DOCUMENTAL
CUIDADO Documento: é coisa que registra
materialmente fatos jurídicos. Ex. E-
mail, fotografia.
Instrumento: é documento que foi
preparado pela partes, com
finalidade especifica de produzir
prova futura de determina fato
jurídico. Tem por objetivo servir de
prova. Ex. Escritura.
Documento e 
instrumento
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9
Classificação das provas documentais:
Quanto ao conteúdo:
NARRATIVO DISPOSITIVO
São aqueles que contém declarações referentes a
um fato.
Ex. uma carta de amor e um e-mail.
São aqueles que contém uma declaração de vontade
e se prestam a constituir, extinguir ou modificar as
relações jurídicas.
Ex. Certidão de casamento, um contrato e um
recibo.
Quanto a forma:
SOLENE NÃO SOLENE
São aqueles que exigem forma especial
para sua validade.
Ex. Escrituras públicas compra e venda
de imóveis.
São aqueles que não exigem forma
especial.
Ex. Contrato de compra e venda de
bens móveis.
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10
Quanto a autoria:
AUTÓGRAFOS HETERÓGRAFOS
São aqueles que são produzidos pelo
próprio autor da declaração de vontade
nele contida.
Ex. Declaração de próprio punho.
São aqueles redigidos por outrem, que
não o autor da declaração de vontade.
Ex. Escritura pública.
Quanto a autoria:
PÚBLICO PARTICULAR
Quando formado por funcionário
público no exercício da função.
Ex. Declaração pública, Boletim de
ocorrência, atestado médico do SUS.
Art. 405 do NCPC
São aqueles formados por particulares
ou funcionário público incompetente.
Ex. Contrato de compra e venda,
declaração.
Art. 407 e 408 do NCPC
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Força probante dos documentos
Documento é prova que goza de prestígio por causa do
convencimento e da estabilidade. O documento representa um fato de
modo permanente e duradouro, tratando-se de prova segura.
Porém, surge uma questão: O Juiz pode desconsiderar uma prova
documental?
A prova documental, como todas as outras, tem eficácia relativa. O Juiz
pode desconsiderar a prova documental, pois vige no sistema
processual civil brasileiro o princípio do livre convencimento
motivado, portanto, não existe hierarquia entre as provas.
CUIDADO
O documento público assume posição
de supremacia sobreoutras provas.
Não pode ser substituído e goza de fé
pública, ou seja, possui presunção de
regularidade em sua formação e
veracidade com relação aos fatos
descritos.
Ex. Escritura Pública, Certidão de
Casamento, Certidão de óbito.
OBSERVAR: Art. 19, inciso II, da
CF/88.
Art. 406 do NCPC
Documento Público
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12
Documento público
Faz prova de sua formação e dos fatos que o funcionário público
declarar que ocorreu em sua presença. Trata-se da fé pública que
alcança a todos (Partes e terceiros). (Art. 405 do NCPC)
Essa presunção de veracidade é relativa quanto a formação e o fato
ocorrido na presença do funcionário público.
OBS: Pode ser desconstituída por prova em contrário (declaração de
falsidade material ou ideológica).
CUIDADO
1. Instrumento público como forma solene do ato
jurídico (Art. 406 NCPC): quando a lei exigir forma
especial para a substancia do ato jurídico o ato só
poderá ser provado mediante a juntada do
respectivo documento. Nenhum outro meio poderá
ser utilizado. Ex. Escritura pública, certidão de óbito,
casamento.
2. Para parte da doutrina trata-se de resquício do
sistema tarifado de provas, ou seja, da prova legal.
Trata-se de exceção a regra geral do livre
convencimento motivado.
3. O documento público não estabelece presunção
quanto a veracidade do fato quando não forem
presenciadas pelo funcionário Público. Portanto,
com relação aos fatos apenas levados ao
conhecimento do FP a presunção não alcança o
conteúdo da declaração.
Documento Público
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Documento particular
O documento particular, ao contrário do público, só produz presunção
de validade dos fatos para o signatário, isto é, para o autor do
documento. Prova a declaração feita pelo autor (Art. 408 do NCPC).
Cuidado: a declaração de ciência de fato não comprova o fato, mas
somente a sua ciência/conhecimento. (art. 408, paragrafo único).
CUIDADO
1. A veracidade e autenticidade de um documento
particular pode ser anulada quando demonstrar
vícios.
2. As declarações lançadas em um documento
particular não podem ser presumidas verdadeiras
em relação a quem não subscreveu. Precisa de
ratificação por outra pessoa.
3. As declarações lançadas em um documento fazem
prova contra o signatário, quando lhe for
desfavorável. “Em regra não existe mentira declara
contra si”.
4. As declarações lançadas em um documento não
servem de prova contra a outra parte se esta não
participou de sua formação. Documentos
unilaterais.
Documentos particulares
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Documentos autêntico 
É aqueles que possuem presunção com relação a sua autenticidade, ou
seja, pode ser atribuído fé aos documentos particulares nos termos do
Art. 411 do NCPC.
Art. 411. Considera-se autêntico o documento quando:
I - o tabelião reconhecer a firma do signatário;
II - a autoria estiver identificada por qualquer outro meio legal de
certificação, inclusive eletrônico, nos termos da lei;
III - não houver impugnação da parte contra quem foi produzido o
documento.
Presunção e indivisibilidade da prova 
documental
Presunção sobre a autenticidade do documento. O Art. 412 do NCPC,
determina que o documento particular de cuja autenticidade não se dúvida,
prova que o seu autor fez a declaração que lhe é atribuída..
Indivisibilidade do documento particular. O parágrafo único do Art. 412.
determina que o documento particular admitido expressa ou tacitamente
continua sendo indivisível, sendo vedado à parte que pretende utilizar-se
dele aceitar os fatos que lhe são favoráveis e recusar os que são contrários
ao seu interesse, salvo se provar que estes não ocorreram.
A presunção de autenticidade e a indivisibilidade do documento pode ser
ilidida pela sua impugnação. Com efeito, compete a parte contrária alegar
dúvida ou falsidade sobre os documentos, sob pena de tornar-se
incontroversos. O réu deve alegar a dúvida ou falsidade na contestação e o
autor na impugnação.
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Vícios do documento: irregularidade e
falsidade
Os art. 426 e 427 cuidam dos vícios que podem inquinar os
documentos. Referidos vícios podem ser intrínsecos ou extrínsecos:
INTRÍNSECOS EXTRÍNSECOS 
Vícios intrínsecos são aqueles inerentes ao seu
conteúdo, isto é, à essência do documento ou à
substância do ato ou fato nele representado. É o que
ocorre, por exemplo, quando o documento
representa um fato ou ideia que não ocorreu. Art.
427 do NCPC
Vícios extrínsecos são aqueles que dizem respeito à
forma do documento. Trata-se da inobservância das
formalidades legais ou dos critérios de competência
para a formação de um documento público (art. 407
do NCPC), a existência de entrelinha, emenda, borrão
ou cancelamento em ponto substancial do
documento e sem qualquer ressalva (art. 426, NCPC)
Falsidade dos documentos
A falsidade documental pode ser de duas ordens:
MATERIAIS IDEOLÓGICOS 
Falsidade material consiste na ofensa relativa à
verdade na formação de documento falso ou a
alterações introduzidas em documento verdadeiro.
Ex. Formação de documento e assinatura falsa,
adulteração de documento existente.
Há falsidade ideológica quando, em um documento,
materialmente verdadeiro, são expostos fatos ou
declarações desconformes com a verdade.
É o que ocorre, por exemplo, quando o oficial público
narra, em documento público materialmente
verdadeiro, ter-se passado determinado fato à sua
vista, sem que isso efetivamente tivesse acontecido.
28/10/2017
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Efeitos da irregularidade e falsidade dos
documentos.
APRECIAÇÃO DA FÉ DOS DOCUMENTOS: Pelo Art. 426 do novo CPC o Juiz
apreciará, fundamentadamente, e não mais livremente a fé que deva
merecer os documentos, quando em ponto substancial e sem ressalva
contiver entrelinha, emenda, borrão ou cancelamento.
CESSAÇÃO DA FÉ DOS DOCUMENTOS: Pelo Art. 427 continua valendo a
regra de que cessa a fé do documento público ou particular sendo-lhe
declarada judicialmente a falsidade. Essa declaração de falsidade do
documento necessita ser obrigatoriamente judicial.
Além disso, a falsidade consiste em:
I – formar documento não verdadeiro e
II – alterar documento verdadeiro.
Fé dos documentos 
Pelo Art. 428, 'caput' e incs. I e II do novo CPC. cessa a fé do documento
particular quando:
I – for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua
veracidade.
II – assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento
abusivo.
Preenchimento abusivo consiste no preenchimento fora das determinações,
ou seja, quando aquele que recebeu documento assinado com texto não
escrito, no todo ou em parte, formá-lo ou completá-lo por si ou por meio de
outrem, violando o pacto feito com o signatário.
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Ônus da prova da falsidade ou impugnação
dos documentos.
Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando:
I – se tratar de falsidade de documento ou de preenchimento abusivo,
à parte que a arguir;
II – se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o
documento.
Arguição de falsidade 
• A arguição de falsidade de documento pode ser dar de duas formas:
POR AÇÃO AUTÔNOMA INCIDENTE ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
A ação autônoma de autenticidade ou falsidade
de documento está prevista no Art. 19, inciso II,
do NCPC. Trata-se de ação que tem por objeto
declarar a autenticidade ou falsidade de
documento.
O incidente de arguição de falsidade é ação
incidente, de cunho declaratório, que não
implica formação de novo processo. Está
disciplinada nos Art. 430 a 433 do NCPC e tem
por finalidade obter a declaração judicial com
força de coisa julgada.
28/10/2017
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Documentos específicos
- Telegrama e radiograma: Art. 413 a 415 do NCPC
- Cartas e registros domésticos: Art. 415 a 416 do NCPC
- Livros empresariais e escrituração contábil: Art. 417 a 421 do NCPC
- Fotos, vídeos e gravações: art. 422 a 423.
- Cópiasou reproduções: Art. 424 a 425. 
Produção da prova documental
Regra: proposição e produção da prova documental é realizada ao
mesmo tempo. É que, pelo Art. 434 incumbe às partes instruir a inicial e a
contestação com os documentos destinados a comprovar suas alegações.
A petição inicial deve estar acompanhada dos seguintes documentos:
SUBSTANCIAIS FUNDAMENTAIS
São aqueles que a lei expressamente exige para que
a demanda seja proposta. EX. procuração, titulo
executivo, escritura pública, certidão de óbito,
certidão de casamento.
São Fundamentais os documentos que se tornam
indispensáveis porque o autor ou o réu a eles se
referiu na petição inicial ou na contestação.
28/10/2017
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Não juntada do documento com a petição
inicial:
Faltando documentos substanciais e fundamentais cabe ao juiz intimar
o autor para emenda-la, na forma do Art. 321 do CPC. Se não for feito o
processo pode ser extinto sem resolução do mérito. (Art. 321, §único
cc Art. 485, inciso I, do NCPC).
Juntada posterior de documentos
Em regra é vedada a juntada posterior de documentos dada a
preclusão na produção da referida prova.
A regra comporta exceções:
a) Fatos ocorridos depois dos articulados , isto é, fatos supervenientes
ou para contrapor os fatos produzidos nos autos. (Art. 342, inciso I
e 435 do NCPC).
b) Quando o documentos for conhecido, acessível ou disponível após
a petição inicial ou contestação, cabendo a parte comprovar tais
fatos (Art. 435, §único NCPC).
28/10/2017
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d) Quando o fato, por motivo de força maior, não pôde ser produzido
em primeiro instância. Poder ser produzido na apelação (art. 1.014
NCPC).
e) Quando o documento estiver em repartição pública. Aqui deverá ser
requisitado (art. 438 do NCPC).
Manifestação:
Juntado o documento, compete a parte contrária se manifestar:
a) Juntado pelo Autor o Réu deve se manifestar na contestação.
b) Juntado pelo Réu o Autor deve se manifestar na impugnação/Réplica.
c) Em 15 dias nas demais hipóteses. 
Previsão do Art. 437 do NCPC. 
28/10/2017
21
Pode se manifestar nos seguintes termos:
a) Impugnar o documento, ao fundamento de inadmissibilidade (art.
436, I, do NCPC).
b) Impugnar a autenticidade no que tange a autoria material e
intelectual (art. 436, II, do NCPC)
c) Suscitar a falsidade do documento, com ou sem deflagração do
incidente de falsidade (art. 436, III, do NCPC).
d) Por fim, pode infirmar a eficácia probatória do documento.
PROVA TESTEMUNHAL
28/10/2017
22
Prova testemunhal: 
A pessoa é, como visto, fonte de prova. Quando se trata de um terceiro,
surge a prova testemunhal.
É um dos meios mais comum de prova. Trata-se de meio de prova pelo qual
um terceiro relata oralmente ao juiz as suas lembranças sobre fatos
ocorridos.
Portanto, testemunha pode ser conceituada como terceiro, estranho ao
processo, que depõe em juízo a respeito do que sabe sobre os fatos da
causa, isto é, fato probando. Logo, é pessoa distinta de um dos sujeitos
processuais.
Cuidado: 
Testemunho é relato daquilo que foi percebido pela testemunha por
meio de qualquer sentido: visão, olfato, paladar, tato e audição.
Não compete a testemunha fazer juízo de valor sobre o fato e muito
menos enquadrá-lo juridicamente.
28/10/2017
23
Classificação das testemunhas:
Presencial x de referência: presencial é aquela que presenciou
pessoalmente o fato probando, enquanto a de referência soube do fato
probando por meio de terceiro pessoa.
Judiciária x instrumentária: Judiciária é aquela que relata ao juízo o
seu conhecimento a respeito do fato e instrumentária a que presenciou
a assinatura do instrumento do ato jurídico e o firmou.
Referida: é a testemunha cuja existência foi apurada por meio de um
depoimento.
Admissibilidade da prova testemunhal: 
Em regra, a prova testemunhal é admitida em todo e qualquer processo de
conhecimento, salvo se a lei disponha de modo diverso (art. 442 do NCPC).
É importante destacar que existem algumas limitações, a exemplo do
procedimento de MANDADO DE SEGURANÇA que só admite prova
documental preconstituída e do INVENTÁRIO nos termos do Art. 612 do
NCPC.
Veda-se a prova testemunhal, por exemplo , para a comprovação de fatos já
provados por documento ou confissão da parte (art. 443, I, CPC) ou que só
por documento ou por exame pericial puderem ser provados (art. 443, II ,
CPC). No caso do inciso I a prova é desnecessária e do inciso II trata-se de
prova impertinente.
28/10/2017
24
Para Cássio Scarpinella Bueno “Não subsistiu a vedação da prova
exclusivamente testemunhal nos contratos cujo valor exceda 10 (dez)
salários mínimos ao tempo que celebrado em razão da revogação do Art.
227 do Código Civil pelo Art. 1.072, inciso II do Novo CPC”.
O NCPC admite a prova testemunhal, mesmo para o casos que a lei exija
prova escrita, conforme determina o Art. 444: “Nos casos em que a lei exigir
prova escrita da obrigação, é admissível a prova testemunhal quando
houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a qual se
pretende produzir a prova”.
Também se admite a prova exclusivamente testemunhal naqueles casos que
o credor não podia, moral ou materialmente, obter prova escrita da
obrigação, em casos como o de parentesco, de depósito necessário ou de
hospedagem em hotel, ou em razão das práticas comerciais do local onde
contraída a obrigação (art. 445).
É lícito comprovar com testemunhas a simulação (divergência entre a
vontade real e a declarada) e os vícios de consentimento (erro, dolo,
coação), conforme art. 446 do NCPC.
É importante destacar a Súmula 149 do STJ: “A PROVA
EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL NÃO BASTA A COMPROVAÇÃO DA
ATIVIDADE RURÍCOLA, PARA EFEITO DA OBTENÇÃO DE BENEFICIO
PREVIDENCIÁRIO”.
28/10/2017
25
Capacidade para testemunhar:
Em regra, todas as pessoas podem depor como testemunha. Porém,
existem limitações à capacidade de testemunhar. (Art. 447 do NCPC)
O Código de Processo Civil elenca as pessoas que não podem depor em
três grupos:
- Incapazes (Art. 447, §1º)
- Impedidos (Art. 447, §2º)
- Suspeitos (Art. 447, §3º)
CUIDADO: É importante destacar que, pelo Art. 447, §4º do CPC,
“sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento de testemunhas
menores, impedidas ou suspeitas. Porém, pelo Art. 447, §5º, “tais
depoimentos serão prestados independentemente de compromisso, e
o juiz lhe atribuirá o valor que possa merecer”.
Nestes casos a testemunha atua como informante do juízo e seu
depoimento deve ser visto com reserva, ou seja, o Magistrado dará aos
testemunhos o valor que merece. Só deve ser deferido quando a
elucidação de fatos relevantes depender ou ser facilitada pela oitiva
de tais personagens.
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26
Direito ao silêncio: 
Em regra a testemunha não pode se recusar a depor. Aplica-se ao caso o
Art. 378 do NCPC, ou seja, ninguém se exime do dever de colaborar com o
poder judiciário para o descobrimento da verdade.
Aliás, caso faça afirmação falsa, negue ou se cale sobre a verdade como
testemunha em processo judicial, administrativo ou inquérito policial pode
responder pelo CRIME DE FALSO TESTEMUNHO. (art. 342 do CP).
Porém, existem casos que a testemunha tem o direito ao silêncio. É o que
determina o Art. 448 do NCPC, ao expor que: a testemunha não é obrigada
a depor sobre fatos: (i) que lhe acarretem grave dano, ao seu cônjuge ou
companheiro e a seus parentes consanguíneos ou afins, em linha ou
colateral e (ii) a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Local e tempo do testemunho: 
Em regra, a prova testemunhal deve ser produzida na audiência de
instrução e julgamento, perante o juiz da causa (Art. 453). Trata-se de
ato que deve ser realizado na sede do juízo (Art. 449).
Porém, existem exceções a regra:
(i) Quando houver antecipação da prova testemunhal (art. 453, I)
(ii) Quando a testemunhafor inquirida por carta precatória, rogatória,
de ordem (art. 453, inciso II)
28/10/2017
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Novidade: 
O Novo CPC adotou a possibilidade da oitiva das testemunhas por
videoconferência.
É o que explana o Art. 453, §1º:
§ 1o A oitiva de testemunha que residir em comarca, seção ou subseção
judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser realizada
por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de
transmissão e recepção de sons e imagens em tempo real, o que
poderá ocorrer, inclusive, durante a audiência de instrução e
julgamento.
Da produção da prova testemunhal:
Pelo NCPC, compete a parte apresentar o rol de testemunhas na
audiência de saneamento e organização do processo, conforme
determina o Art. 357, §5º. Porém, caso não tenha sido designada a
referida audiência, a parte deverá apresentar o rol no prazo de 15 dias
a contar da decisão que deferiu a produção da prova testemunhal nos
termos do art. 357, §4º.
Esse rol de testemunhas deverá conter, sempre que possível, o nome, a
profissão, o estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço
completo da residência e do local de trabalho (art. 450).
28/10/2017
28
CUIDADO:
Após a apresentação do rol, que deve ser realizado de uma vez só em razão da preclusão
consumativa, que veda a sua complementação, a parte só poderá substituir uma
testemunha nos casos expressos do Art.
451 do NCPC.
Art. 451. Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4.º e 5.º do art. 357, a parte só pode 
substituir a testemunha:
I - que falecer;
II - que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III - que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.
É que, protocolado o rol de testemunhas essa prova passa a fazer parte do processo,
saindo da disponibilidade da parte. Trata-se do princípio da comunhão/indivisibilidade da
prova só podendo haver substituição nas hipóteses legais.
CUIDADO: 
Pelo NCPC Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada
do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.
(Art. 455). Essa intimação deve ser realizada por carta com aviso de recebimento,
cumprindo ao advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da
data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de
recebimento. (art. 455, §1º)
A inércia na realização da intimação importa desistência da inquirição da testemunha caso
ela não comparece. Portanto, haverá preclusão com relação a prova testemunhal não
havendo direito a condução coercitiva (art. 455, §3º).
A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à audiência, independentemente da
intimação de que trata o § 1.º, presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a
parte desistiu de sua inquirição. Neste caso, também não haverá direito a condução
coercitiva.
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Essa nova forma de intimação, de responsabilidade da parte, não afasta
por completo a intimação por via judicial, que continua a ocorrer nas
hipóteses previstas pelo art. 455, § 4.º.
Havendo a intimação da testemunhas nos termos legais, caso ela deixe
de comparecer à audiência sem motivo justificado, será, nos termos do
art. 455, § 5.º, do Novo CPC, CONDUZIDA COERCITIVAMENTE,
RESPONDENDO PELAS DESPESAS DO ADIAMENTO.
Quantidade de testemunhas: 
O § 6º do art. 357 do Novo CPC informa que cada parte pode oferecer no
máximo 10 testemunhas, e, quando oferecidas mais de três para provar o
mesmo fato, poderá o juiz dispensar o testemunho.
É importante destacar que existe corrente doutrinária e jurisprudencial que
aceita o juiz ouvir um número maior que o previsto em lei como testemunha
do juízo.
ENUNCIADO 300 DO FPPC. (arts. 357, §7º) O juiz poderá ampliar ou restringir
o número de testemunhas a depender da complexidade da causa e dos fatos
individualmente considerados. (Grupo: Petição inicial, resposta do réu e
saneamento)
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Oitiva das testemunhas: 
Como regra as testemunhas depõe na audiência de instrução e julgamento,
perante o juiz da causa, exceto as que prestam depoimento
antecipadamente ou as que são inquiridas por carta. (art. 453, I e II).
Pelo Art. 456. O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente,
primeiro as do autor e depois as do réu, e providenciará para que uma não
ouça o depoimento das outras.
O art. 459 trouxe interessante novidade ao possibilitar que as perguntas
sejam formuladas diretamente pelas partes à testemunha, começando pela
que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta,
não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória
ou importarem repetição de outra já respondida.
Contradita:
De acordo com o Art. 457. Antes de depor, a testemunha será
qualificada, declarará ou confirmará seus dados e informará se tem
relações de parentesco com a parte ou interesse no objeto do
processo.
Após sua qualificação é licito à parte contraditar a testemunha,
arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem
como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar
a contradita com documentos ou com testemunhas, até 3 (três),
apresentadas no ato e inquiridas em separado. (Art. 457, §1º)

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