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Introdução ao Direito Processual Ambiental

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AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL 
AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alexandre Pontes Batista 
 
 
 
 
 
02 
INTRODUÇÃO 
 
Olá! Seja bem-vindo ao tema em que vamos tratar dos assuntos 
introdutórios à Tutela Processual Civil do Direito Ambiental. 
Inicialmente, você vai ver alguns aspectos quanto à proteção do meio 
ambiente, como a evolução histórica de sua proteção, tanto no âmbito 
internacional quanto no âmbito doméstico. Na sequência, serão tratados os 
princípios constitucionais relativos ao Direito Ambiental. 
Outra parte do nosso estudo serão os interesses difusos, os interesses 
coletivos e os interesses individuais homogêneos. Depois, analisaremos quais os 
diplomas normativos relativos à matéria e os princípios inerentes ao tema. 
Lá no material on-line, o Professor Alexandre vai falar um pouco mais sobre 
tudo o que será abordado neste tema. Bom estudo! 
 
PROBLEMATIZAÇÃO 
Ocorreu a degradação ambiental num córrego em razão da poluição por 
uma empresa cuja atividade empresarial é a extração de amianto crisotila. A 
poluição no rio atingiu diretamente o sitiante vizinho que utilizava a água do riacho 
para irrigação de sua horta. 
O Ministério Público ajuizou uma Ação Civil Pública contra a empresa 
requerendo a reparação do dano ambiental e a condenação em dano moral 
coletivo. 
Você, Juiz da causa, deverá decidir a demanda, após receber algumas 
alegações das partes envolvidas. E agora, o que decidir? 
Não precisa responder agora, no final do estudo voltaremos a falar sobre 
isso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DA TUTELA COLETIVA AMBIENTAL 
Para iniciar esta parte do nosso estudo, o Professor Alexandre vai falar um 
pouco sobre as noções introdutórias da tutela coletiva ambiental. O vídeo está 
disponível lá no material on-line. Não deixe de assistir. 
O processo civil é um dos ramos do Direito que mais contribuição tem recebido 
da doutrina, da jurisprudência e da produção legislativa. Entretanto, a proteção ao 
meio ambiente é um tema relativamente recente, haja vista a percepção do ser 
humano quanto à necessidade de preservação ambiental. 
Vamos começar então conceituando o que é o meio ambiente, cuja definição 
está no artigo 3° da Lei n° 6.938/81. 
Art. 3º Lei 6938/81 - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se 
por: 
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e 
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga 
e rege a vida em todas as suas formas; (destaque nosso) 
 
A doutrina, por sua vez, entende a existência de várias formas de meio 
ambiente. Nesse sentido, o Professor José Afonso da Silva ensina que o meio 
ambiente pode ser dividido da seguinte forma: 
 Meio Ambiente Natural: ligado à ideia de natureza, à fauna e à flora. É 
formado pela água, solo, fauna, flora e ar. 
 Meio Ambiente Artificial: constituído pelo espaço urbano construído pelo 
homem; é o resultado da interação do homem com o meio ambiente natural. 
 Meio Ambiente do Trabalho: relacionado ao complexo máquina-trabalho. 
É tudo o que envolve a vida do trabalhador no seu local de trabalho. 
 Meio Ambiente Cultural: são os traços culturais, os bens materiais e 
imateriais que identificam determinado povo (cultura, futebol, umbanda, candomblé, 
etc.). 
 
Ao lado do conceito de meio ambiente, cumpre registrar que o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado é um direito de 3ª dimensão/geração. Os direitos de 1ª 
dimensão são as chamadas liberdades públicas, ou seja, aqueles direitos que os 
indivíduos possuem e que o Estado não deve interferir, como é o caso do direito à 
vida, à liberdade, à integridade física, etc. Os direitos de segunda dimensão são 
aqueles direitos nos quais há necessidade de intervenção do Poder Público. Portanto, 
pode-se dizer que integram esta dimensão o direito à moradia, à alimentação, ao 
 
 
04 
lazer, etc. Por fim, os direitos de 3ª dimensão são aqueles relacionados com a 
solidariedade, como é o caso do direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, a proteção ao consumidor; logo, são os direitos transindividuais. 
Sendo assim, o meio ambiente é um bem de uso comum do povo (adoção de 
uma postura antropocêntrica pela CRFB, pois sua proteção é em prol do ser humano) 
e essencial à qualidade de vida. O ponto que merece especial atenção é quanto ao 
caráter intergeracional do meio ambiente, pois sua tutela se dá para a presente 
geração e para as vindouras. 
 
HISTÓRICO DA PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE 
O Direito Ambiental nasce com o intuito de preservar a continuidade dos 
recursos ambientais e para a garantia da qualidade de vida da geração presente e 
das vindouras. 
Desta forma, o marco da preocupação internacional com o meio ambiente é a 
Declaração do Meio Ambiente de Estocolmo, ocorrida no ano de 1972. Na 
oportunidade, 113 países foram reunidos pela ONU. Dentre eles existiam países 
desenvolvidos e em desenvolvimento. 
Os países desenvolvidos tinham a pretensão, em regra, de preservar os bens 
naturais, adotando-se, assim, uma visão preservacionista. Os países em 
desenvolvimento, no entanto, buscavam seu desenvolvimento, mesmo que tal fato 
implicasse danos ao meio ambiente. 
De toda forma, na Convenção de Estocolmo foram estabelecidos 26 princípios. 
Importante ressaltar que na oportunidade foi reconhecido o direito ao progresso como 
direito fundamental do homem. A convenção foi devidamente ratificada pelo Brasil, 
oportunidade na qual foi editada a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, a Lei 
n° 6.938/81. 
No ano de 1985 foi editada a Lei de Ação Civil Pública, a Lei nº 7.347/85. 
Vamos analisa-la melhor em outra parte do nosso estudo. 
Em 1988 foi promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil. Em 
seu texto, destinaram um capítulo reservado à proteção do meio ambiente, nada 
obstante tal capítulo possuir apenas um artigo (art. 225, CRFB). 
No ano de 1992 foi realizada a ECO92, oportunidade na qual foi elaborada a 
Declaração do Rio de Janeiro, documento no qual foram consagrados outros 
princípios ambientais e, ainda, foi prevista a Agenda 21, trazendo metas mundiais 
para controle da poluição. 
 
 
05 
Em 1997 ocorreu a Convenção de Kyoto, onde tratou de temas relativos à 
proteção do clima. Em tal convenção, os países desenvolvidos se comprometeram a 
reduzir os índices de emissão de gases. 
 
MEIO AMBIENTE E A CONSTITUIÇÃO DE 1988 
A Constituição da República Federativa do Brasil possui um capítulo específico 
para o Meio Ambiente, constituído por apenas um artigo, o art. 225 CRFB. 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm) 
O constituinte originário atribuiu grande importância ao meio ambiente, 
consagrando os vários princípios constitucionais relativos à proteção ambiental, os 
quais serão nossos objetos de estudo. De mais a mais, a tutela do meio ambiente 
deve se dar tanto por meio de ações do poder público (todos os entes federativos) 
quanto de ações dos particulares. Nesse sentido, trazemos uma notícia referente à 
obrigação de proteção ao meio ambiente por todos os entes federativos. 
 
Princípios Constitucionais Ambientais 
Aplicabilidade Prática dos Princípios Constitucionais Ambientas 
O Professor Alexandre vai ajudar a aprofundar este tema no vídeo 
disponível lá no material on-line. Não deixe de assistir. 
A seguir, você vai ver a quais são os princípios ambientais constantes do 
art. 225 da Constituição da República Federativa do Brasil: 
 Princípio do Desenvolvimento Sustentável: fruto da Convenção de 
Estocolmo,a sustentabilidade é uma prática favorável à continuidade dos recursos 
ambientais. É por meio deste princípio que se compatibiliza o desenvolvimento e a 
proteção ao meio ambiente. 
 Princípio da Prevenção e da Precaução: sabendo-se dos riscos ao 
meio ambiente inerentes a determinada prática, estes devem ser evitados, esta é a 
feição da prevenção. A precaução, por sua vez, consubstancia-se a incerteza 
científica, haja vista os avanços da ciência e a ausência de conhecimento sobre suas 
consequências. A precaução está intimamente ligada à sociedade de risco, a qual é 
bem abordada pelo sociólogo Ulrich Beck. 
 Princípio do usuário pagador: quem usa o recurso natural deve pagar 
por ele. 
 
 
06 
 Princípio do poluidor pagador: o poluidor deve arcar com os cursos que 
sua atividade degradante causar. Ressalte-se, no entanto, que não implica dizer que 
o sujeito pode poluir mesmo que ele pague. 
 Princípio da Informação: é um fundamento do regime democrático. Por 
meio de tal princípio se impõe ao Poder Público a transparência e moralidade em 
seus atos. 
 Princípio da participação: a proteção ao meio ambiente é dever do 
Poder Público e também da coletividade. 
 Princípio da Educação Ambiental: voltado ao Poder Público, este deve 
proporcional educação ambiental em todos os níveis de ensino. Lei n° 9.795/99 – Lei 
da Política Nacional de Educação Ambiental. 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm) 
 Princípio do Protetor Recebedor: aquele que protege o meio ambiente 
pode receber contrapartidas – servidão ambiental. 
 Princípio da Cooperação entre os Povos: decorrência da ausência de 
fronteiras quanto à proteção ao meio ambiente. O art. 4º CRFB estabelece os 
princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais, sendo que entre eles 
está o princípio da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 
 Princípio da Solidariedade Intergeracional: as presentes gerações 
devem preservar o meio ambiente e adotar políticas tanto para as atuais quanto para 
as futuras gerações. Evita-se, por meio de tal princípio, danos ambientais 
irreversíveis. Sobre o tema, trazemos à colação uma notícia sobre o emblemático 
caso do Amianto Crisotila: 
http://www2.stf.jus.br/portalStfInternacional/cms/destaquesNewsletter.php?sigla=ne
wsletterPortalInternacionalDestaques&idConteudo=217549 
 Princípio da Função Socioambiental da Propriedade: necessidade de 
observar o meio ambiente quanto ao exercício do direito de propriedade. 
 
NOTAS INTRODUTÓRIAS DA TUTELA COLETIVA 
Aplicabilidade Prática da Tutela Coletiva 
Vamos começar esta parte do debate com o vídeo do Professor Alexandre. 
Ele vai falar um pouco sobre a aplicabilidade prática da tutela coletiva. Acesse o vídeo 
lá pelo material on-line. 
 
 
07 
 
Conforme as lições do Professor Daniel Amorim Assunção (2014), a tutela 
jurisdicional coletiva nada mais é do que um conjunto de normas processuais 
diferenciadas (espécie de tutela jurisdicional diferenciada), distintas daquelas 
aplicáveis no âmbito da tutela jurisdicional individual. Institutos processuais como 
a competência, a conexão e a continência, legitimidade, coisa julgada, liquidação 
da sentença, etc., recebem na tutela coletiva um tratamento diferenciado, variando 
o grau de distinção do tratamento recebido pelos mesmos institutos no Código de 
Processo Civil. Tal tutela tem por objetivo proteger as variadas categorias de 
interesses metaindividuais (interesses difusos, interesses coletivos e interesses 
individuais homogêneos). 
A tutela coletiva é um dos mecanismos mais eficazes de proteção ao Meio 
Ambiente e possui algumas peculiaridades quando comparada com a defesa 
tradicional por meio do processo civil. Nesse sentido, podemos elencar algumas 
destas peculiaridades: 
A tutela coletiva envolve interesses de pessoas, coletividades e 
pluralidades de pessoas. 
• Os interesses dos grupos de pessoas estão sujeitos a uma coisa julgada 
coletiva, a qual obedece a um regramento próprio. 
• A legitimidade ativa, em regra, não é do lesado, mas sim de um terceiro 
indicado em lei. 
• A reparação do dano, em regra, não é individual, mas sim coletiva. 
 
CATEGORIAS DE INTERESSES METAINDIVIDUAIS 
São categorias de interesses metaindividuais (também chamados de 
supraindividuais ou transindividuais) as seguintes: interesses difusos, interesses 
coletivos e interesses individuais homogêneos. 
As categorias de interesses metaindividuais estão explicitadas no art. 81 do 
Código de Defesa do Consumidor, o qual dispõe no seguinte sentido: 
Art. 81 CDC. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores 
e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a 
título coletivo. 
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar 
de: 
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos 
deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que 
 
 
08 
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias 
de fato; 
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos 
deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja 
titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com 
a parte contrária por uma relação jurídica base; 
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim 
entendidos os decorrentes de origem comum. 
Os Interesses Difusos são aqueles transindividuais, de natureza indivisível, 
cujos titulares são indeterminados e ligados por uma circunstância de fato. Não é 
necessária uma relação jurídica entre os titulares. O caráter marcante é o fato de 
que os membros do grupo são indetermináveis. 
Os Interesses Coletivos, no entanto, são aqueles transindividuais, de 
natureza indivisível, de que sejam titulares grupos, categorias ou classes de 
pessoas unidas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica. O 
grupo, neste caso, é formado por pessoas determináveis. 
Por fim, os interesses individuais homogêneos são aqueles nos quais há 
uma origem comum. Tais direitos, diferentemente dos demais, podem ser 
defendidos individualmente ou coletivamente. Continuam a ser interesses 
individuais, porém, em razão de uma ficção jurídica, a lei permite a defesa coletiva. 
Neste caso, os membros do grupo são determináveis. 
 
MICROSSISTEMA DE PROCESSO COLETIVO E LEGISLAÇÃO 
CORRELATA 
O Professor Cleber Masson entende pela existência de um conjunto de 
normas infraconstitucionais que formam um microssistema de processo coletivo. 
Esse microssistema é formado pela Lei da Ação Civil Pública (Lei nº 7.347/85) e 
pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90). 
Ao lado de tais normas, existem outras leis relacionadas à tutela coletiva: 
ECA; Estatuto do Idoso; Normas Ambientais; Estatuto do Deficiente; Lei de 
Improbidade Administrativa, etc. 
 
PRINCÍPIOS DA TUTELA COLETIVA 
A tutela coletiva possui um regramento próprio. Em razão disso, possui 
também seus próprios princípios. Conheça cada um deles a seguir: 
 Princípio do acesso à justiça: possibilita aos titulares dos direitos 
transindividuais meios de tutela de seus direitos. 
 
 
09 
 Princípio da universalidade da jurisdição: aumenta a efetividade do 
acesso à justiça antes destinado só ao indivíduo. Agora grupos podem ter seus 
direitos protegidos por meio da tutela coletiva. 
 Princípio da participação no processo e pelo processo: participar no 
processo é exercer o contraditório, ao passo que participar pelo processo é utiliza-lo 
de modo a influenciar no destino do Estado (acaba por interferir no plano das políticas 
públicas). 
 Princípio da Economia processual: éa resolução dos conflitos de 
interesse com o mínimo de expedientes processuais. Em um só processo se resolvem 
as várias pretensões do grupo. 
 Princípio do interesse jurisdicional no conhecimento do mérito do 
processo coletivo: adoção mais contundente do princípio da instrumentalidade das 
formas (pás de nulité sans grief). 
 Princípio da máxima prioridade jurisdicional da tutela coletiva: é a 
priorização do processamento e julgamento das ações coletivas. 
 Princípio da não taxatividade da ação coletiva: possível o manejo de 
ações coletivas para tutela dos mais variados interesses difusos ou coletivos. 
 Princípio da obrigatoriedade da execução coletiva pelo Ministério 
Público: em vários casos se o titular não prossegue na demanda coletiva o MP é 
obrigado a dar seguimento. 
 
REVENDO A PROBLEMATIZAÇÃO 
Agora que você já viu todo o material teórico, vamos voltar lá no nosso 
problema inicial e encontrar a melhor solução. E então, você, Juiz da causa, o que vai 
decidir após receber algumas alegações das partes envolvidas? 
a. A Empresa se defende alegando que o MP não tem legitimidade, pois o 
dano afeta apenas e tão somente o vizinho, razão pela qual este deveria propor a 
demanda pertinente. 
b. O MP alega a aplicabilidade do princípio da solidariedade intergeracional no 
presente caso, razão pela qual requer a reparação da degradação ambiental e o 
pagamento de dano moral coletivo. 
 
 
010 
c. A parte ré alega que o processo deve ser julgado improcedente, pois não 
existe previsão legal sobre a tutela coletiva em caso que há somente um lesado direto 
(o sitiante). 
 
Para consultar o feedback de cada uma das alternativas, acesse o material on-
line. 
 
SÍNTESE 
Chegamos ao final do nosso estudo! Vimos os aspectos introdutórios 
necessários para compreender os instrumentos de tutela coletiva na proteção do 
meio ambiente. 
Tratamos do conceito de meio ambiente, do seu histórico e da previsão do 
meio ambiente ecologicamente equilibrado na Constituição da República 
Federativa do Brasil. 
Na sequência, estudamos os princípios constitucionais ambientais e, por 
fim, analisamos os temas relativos à Tutela coletiva, como as categorias de 
interesses supraindividuais, o microssistema do processo coletivo e os princípios 
da tutela coletiva. 
Para relembrar tudo detalhadamente, acesse o material on-line e assista 
ao vídeo em que o Professor Alexandre vai recapitular tudo o que vimos aqui. Até 
a próxima! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
011 
REFERÊNCIAS 
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Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014. ANDRADE, Adriano. MASSON, 
Cleber. 
 
ANDRADE, Landolfo. Interesses difusos e coletivos esquematizado. 4. ed. rev., atual. 
e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014. 
 
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 12 ed. – Rio de Janeiro: Lumem Juris, 
2010. 
 
BECK, Ulrich. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Ed. 
34, 2010. 
 
DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paulo Sarna; OLIVEIRA. Rafael Alexandria de. Curso 
de Direito Processual Civil: teoria da prova, direito probatório, ações probatórias, 
decisão, precedente, coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela. Volume 2. 10ª 
ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015. 
 
DIDIER JR., Fredie; ZANETI JR, Hermes. Curso de Direito Processual Civil: processo 
coletivo. Volume 4. 9ª ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2014. 
 
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 14. ed. rev., 
ampl. e atual. em face da Rio+20 e do novo “Código” Florestal. São Paulo: Saraiva, 
2013. 
 
GAJARDONI, Fernando da Fonseca. Direitos difusos e coletivos II. São Paulo: 
Saraiva, 2012. 
 
GALLI, Marcelo. Defensoria Pública pode propor ação civil pública, decide Supremo. 
Revista Eletrônica Consulto Jurídico. Disponível em: < 
http://www.conjur.com.br/2015-mai-07/defensoria-publica-propor-acao-civil-publica-
decide-supremo >. Acesso em: 25 fev. 2017. CCDD – Centro de Criação e 
Desenvolvimento Dialógico 14 
 
MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo. 20. Ed. Rev., ampl. 
e atual. – São Paulo: Saraiva, 2007. 
 
 
012 
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sergio Cruz; 
 
MITIDIERO, Daniel. Novo Curso de Processo Civil. Volume 1. Revista dos Tribunais. 
São Paulo. 2015. 
 
MARINS, Jomar. Ação civil pública sem presença do Ministério Público é nula, decide 
TRT-4. Revista Eletrônica Consulto Jurídico. Disponível em: < 
http://www.conjur.com.br/2015-mai-07/defensoria-publica-propor-acao-civil-publica-
decide-supremo >. Acesso em: 25 fev. 2017. 
 
MARINS, Jomar. Ibama pode propor Ação Civil Pública Ambiental. Revista Eletrônica 
Consulto Jurídico. Disponível em: < http://www.conjur.com.br/2013-jan-15/ibama-
propor-acao-civil-publica-reparacao-dano-ambiental>. Acesso em: 25 fev. 2017. 
 
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Ações constitucionais. 2. ed. rev., atual. e ampl. 
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NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de processo coletivo, volume único. 2. 
ed., rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014. NEVES, 
Daniel Amorim Assumpção; TARTUCE, Flávio. Manual de direito do consumidor: 
direito material e processual. 3. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 
2014. 
 
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2003. 
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 17. ed. São Paulo, 
2000. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 
 
THOMÉ, Romeu. Manual de Direito Ambiental. 5ª edição. São Paulo: JusPodivm, 
2015.

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