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Mandado de Segurança no Direito Ambiental

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Prévia do material em texto

AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DIREITO PROCESSUAL 
AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alexandre Pontes Batista 
 
 
 
 
 
02 
INTRODUÇÃO 
Olá! Seja bem-vindo a mais um tema! No encontro de hoje trataremos de 
um importante instrumento processual para a tutela do Meio Ambiente. Como visto 
em outros temas, são vários os instrumentos adequados ao referido fim, como é 
o caso da ação popular e da ação civil pública. Você vai ver adiante tudo do 
Mandado de Segurança Individual e do Mandado de Segurança Coletivo. 
A Constituição da República Federativa do Brasil dispõe sobre os mais 
variados direitos e deveres fundamentais, prevendo ao sujeito formas de proteger 
e assegurar tais direitos. 
No material on-line, o Professor Alexandre vai falar um pouco mais sobre 
tudo o que veremos neste tema. Não deixe de acessar e assistir ao vídeo! 
 
PROBLEMATIZAÇÃO 
O Município X possui uma estação de tratamento de esgoto. Entretanto, 
tomou-se conhecimento que o Poder Público estava jogando, deliberadamente, 
dejetos radioativos na água tratada, fazendo com que a água contaminada fosse 
distribuída às casas da região. 
Diante da grave degradação ao meio ambiente, quais medidas serão 
possíveis no presente caso para acabar com o dano ambiental? 
Não precisa responder agora. No final do estudo voltaremos a falar mais 
sobre isso. 
 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
Noções Introdutórias sobre o Mandado de Segurança 
Para iniciar esta parte do estudo, o Professor Alexandre vai falar um pouco 
sobre o mandado de segurança no vídeo disponível lá no material on-line. Confira! 
A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece um rol de direitos 
individuais e coletivos. No entanto, as disposições constitucionais sobre os direitos 
individuais e coletivos possuem feição declaratória, ou seja, declaram o direito a seu 
titular. Desta forma, a Constituição também elenca alguns instrumentos aptos a 
assegurar tais direitos. Esses instrumentos são chamados de instrumentos de tutela 
das liberdades. Existem sinônimos para a expressão “instrumentos de tutela das 
liberdades”, como é o caso dos remédios, garantias e ações constitucionais. 
 
 
03 
Superada a questão de nomenclatura, cabe elencar os instrumentos de tutela 
das liberdades públicas previstos na CRFB – Constituição da República Federativa 
do Brasil: direito de petição; direito de certidão; habeas corpus; mandado de injunção; 
habeas data; ação popular; mandado de segurança; mandado de segurança coletivo. 
 
Conceito e Perfil do Mandado de Segurança 
O Mandado de Segurança pode ser definido como o instrumento processual 
constitucional manejado por pessoa física ou pessoa jurídica, no intuito de proteger 
direito líquido e certo, não tutelado por habeas corpus ou habeas data, lesado ou na 
iminência de sofrer ameaça de lesão por ato ilegal ou abusivo, comissivo ou omissivo, 
proveniente de autoridade pública ou de seus delegados. 
Do conceito acima exposto se verifica que o Mandado de Segurança é um 
instrumento adequado para proteger um amplo leque de direitos, dentre eles está o 
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. 
O fundamento constitucional do Mandado de Segurança está previsto no art. 
5º, LXIX, da Constituição: 
Art. 5º CRFB Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(...) 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público. 
 
O mandado de segurança tem por finalidade ser um instrumento colocado à 
disposição do sujeito para que este acesse o Poder Judiciário com o intuito de impedir 
a ilegalidade ou o abuso de poder, cometidos por autoridades públicas ou agente de 
pessoa jurídica, no exercício de suas atribuições. Nesse ponto, é necessário 
consignar que o Mandado de Segurança não substitui a ação popular, conforme 
dispõe a Súmula 101 do STF. 
Doutro tanto, o instrumento do Mandado de Segurança (MS) tem uma peculiar 
característica: seu campo residual de aplicação. Em outros termos, o MS somente é 
cabível na defesa de direitos líquidos e certos que não sejam amparados por habeas 
corpus (liberdade de locomoção) ou por habeas data (direito de informação). 
Vamos conferir alguns exemplos? É só acessar os links a seguir pelo material 
on-line. 
 
 
04 
 http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leit
ura&artigo_id=10731. 
 http://s.conjur.com.br/dl/possivel-apreender-veiculo-ma-fe.pdf 
 http://www.conjur.com.br/2010-set-26/ibama-apreender-animais-cativeiro-
situacao-irregular 
 
CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Vamos começar respondendo à seguinte pergunta: 
 Quais são as práticas de manejo do Mandado de Segurança? 
Lá no material on-line, O Professor Alexandre vai explicar tudo isso para você. 
A constituição exige certos pressupostos constitucionais para o cabimento do 
Mandado de Segurança. Conheça a seguir os 4 desses pressupostos: 
 O primeiro pressuposto é a existência de um direito líquido e certo. O 
direito líquido e certo é aquele que se prova, documentalmente, logo na petição inicial. 
Exige-se, portanto, prova pré-constituída. O direito deve ser claro, sem dúvidas. A 
dificuldade da questão jurídica ou sua complexidade não geram empecilhos para 
concessão da segurança. Nesse sentido é que dispõe a súmula 625 do STF: 
controvérsia sobre matéria de direito não impede a concessão de mandado de 
segurança. 
 O segundo pressuposto é a prática de ato comissivo ou omissivo. A 
existência de ato comissivo ou omissivo que dá ensejo à impetração do Mandado de 
Segurança podem ocorrer quando inexistir fundamento legal para a prática do ato, 
quando contrariar lei expressa, regulamento ou princípios constitucionais, quando o 
ato provier de sujeito que usurpou ou invadiu funções, quando o ato estiver eivado 
com vício de competência, forma, objeto, motivo ou finalidade. Verifica-se, pois, que 
neste pressuposto é possível verificar a possibilidade de impetração de MS quando 
da violação de normas protetivas de uma determinada unidade de conservação, ou 
quando da prática de desmatamentos ocorridos no interior de uma APP – Área de 
Proteção Permanente. 
 O terceiro pressuposto é a ilegalidade ou abuso de poder. Ilegal é o ato 
que contraria a lei em seu sentido amplo (Constituição, Emenda à Constituição, Lei 
Complementar, Lei Ordinária, Decreto, etc). O abuso de poder, a seu turno, ocorre 
quando o agente atua fora dos limites de sua competência. 
 
 
05 
 O quarto pressuposto é a lesão ou ameaça e lesão. A lesão ocorre 
quando o dano é concretizado no bem, o que dá ensejo à impetração do Mandado de 
Segurança Repressivo, ao passo que a ameaça de lesão é quando existe a 
possibilidade de ocorrência de lesão, hipótese que autoriza a impetração de Mandado 
de Segurança Preventivo. No caso de MS Preventivo, imprescindível demonstrar o 
justo indício razoável de que ele se encontra na iminência de ser lesado. 
 
A Lei n° 12.016/09 veda o MS contra atos de gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas públicas, sociedade de economia mista e de 
concessionárias de serviços públicos. Entretanto, a Súmula 333 do STJ dispõe que: 
“cabe mandado de segurança contra ato praticadoem licitação promovida por 
sociedade de economia mista ou empresa pública”. 
A lei também dispõe sobre a impossibilidade de concessão de segurança 
quando: 
a. Cabível recurso administrativo com efeito suspensivo independente de 
caução. 
b. Cabível recurso de decisão judicial com efeito suspensivo. 
c. Tratar-se de decisão judicial transitada em julgado. 
 
LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Pode ser impetrante do Mandado de Segurança qualquer pessoa que seja 
titular do direito líquido e certo que esteja sob a jurisdição brasileira, ou seja, pode ser 
qualquer pessoa que possa ser titular dos direitos elencados no art. 5º da CRFB. 
Logo, pode o impetrante ser pessoa física ou jurídica, órgão público (muito embora 
seja órgão despersonalizado – na defesa de suas prerrogativas, como é o caso do 
MP), ou também as universalidades reconhecidas por lei (espólio, massa falida, 
herança jacente). 
No que tange à legitimidade passiva para impetração do Mandado de 
Segurança, tem-se que é a pessoa de Direito Público integrante dos poderes da 
República (União, Estados, DF e Municípios), membros de autarquias, empresas 
públicas e sociedades de economia mista, além de pessoas físicas ou jurídicas de 
direito privado que estejam atuando por meio de delegação do Poder Público 
(concessionárias de serviços públicos). 
É importante demonstrar a Autoridade Coatora, sob pena de implicar extinção 
do processo, sem julgamento do mérito, ante a ausência de legitimidade para a causa 
(carência de ação). Necessário distinguir, portanto, quem é a parte passiva e quem é 
o coator. A parte passiva é a pessoa de direito público, ao passo que o coator é o 
 
 
06 
mero informante, aquele que tem o dever da veracidade, razão pela qual é chamado 
ao processo para prestar informações. A Autoridade coatora é quem efetivamente 
pratica o ato ou a omissão. 
Com base nisso, leia a seguir a duas notícias sobre o tema. Acesse pelo 
material on-line. 
 
 
http://www.conjur.com.br/2015-ago-17/petrobras-responde-
sozinha-acusacao-crime-ambiental-bahia 
http://www.conjur.com.br/2008-jun-
4/tecnico_ibama_aplicar_multa_crime_ambiental 
 
PRAZO PARA IMPETRAÇÃO DO MANDADO DE SEGURANÇA 
A Lei nº 12.016/09 dispõe que o prazo para impetração de mandado de 
segurança é de 120 dias, contados da ciência pelo interessado, do ato impugnado 
o prazo é computado excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do 
vencimento. Apenas a título de observação, a OAB ajuizou uma ADI contra o art. 
23 da Lei n° 12.016/09 questionando a constitucionalidade de tal prazo – STF, ADI 
4296/DF. 
Trata-se de prazo decadencial. CCDD – Centro de Criação e 
Desenvolvimento Dialógico 8 
 
COMPETÊNCIA 
Definido quem será o sujeito passivo do Mandado de Segurança, será 
possível estabelecer qual será o Juízo competente. Assim sendo, a competência 
seguirá as regras contidas na CRFB: 
 STF: art. 102, CRFB; 
 STJ: art. 105, CRFB; 
 TRF: art. 108, CRFB; 
 Juízes federais: art. 109 CRFB. 
 
LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 
Um dos mais importantes temas na tutela processual do Direito Ambiental 
é a concessão de liminar em Mandado de Segurança, haja vista a necessidade 
de rápida proteção ao meio ambiente, vez que a lesão a tal bem jurídico se mostra, 
em grande parte dos casos, irreversível. Ademais, a possibilidade de concessão 
 
 
07 
de liminar é decorrência lógica da disciplina constitucional do Mandado de 
Segurança. Nesse sentido, o STF decidiu que a proibição de concessão de 
liminares “obstrui o serviço da Justiça, criando obstáculos à obtenção da 
prestação jurisdicional e atentando contra a separação dos poderes, porque 
sujeita o Judiciário ao Poder Executivo” (STF, ADI 975-3-ML). 
Importante registrar ainda que a concessão da liminar é não possível em 
alguns casos, conforme dispõe o art. 7º. 
Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
(...) 
§ 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a 
compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e 
bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de 
servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de 
vantagens ou pagamento de qualquer natureza. (destaque nosso) 
§ 3o Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, 
persistirão até a prolação da sentença. 
§ 4o Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para 
julgamento. 
§ 5o As vedações relacionadas com a concessão de liminares 
previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se 
referem os arts. 273 e 461 da Lei no 5.869, de 11 janeiro de 1973 - 
Código de Processo Civil. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO 
Assista, com acesso pelo material on-line, ao vídeo do Professor Alexandre 
explicando sobre o Mandado de Segurança Coletivo para tutela ambiental. 
O Mandado de Segurança Coletivo também é um dos instrumentos de 
tutela das liberdades, cuja previsão constitucional está no art. 5º, LXX, CRFB. O 
MS Coletivo nada mais é do que uma espécie de Mandado de Segurança na qual 
é ampliada a legitimidade ativa dos impetrantes. 
O regime de cabimento do MS Coletivo é idêntico ao do Mandado de 
Segurança Individual. Nesse sentido, o STF já se pronunciou no sentido de que 
os princípios básicos que regem o MS Individual informam e condicionam o MS 
Coletivo (STF, MS 21.618-8/RJ). 
Uma peculiaridade do Mandado de Segurança Coletivo está por conta da 
especificidade de seu objeto, pois tal instrumento é utilizado para tutela dos 
interesses coletivos e dos individuais homogêneos. Verifica-se, portanto, que se 
 
 
08 
trata de um instrumento importantíssimo na tutela coletiva e, ainda, na proteção 
ao meio ambiente. 
Quanto aos interesses difusos, existe divergência na doutrina. De um lado, 
Ada Pellegrini Grinover, Marinono e Nelson Néri Júnior entendem que é possível 
a impetração de Mandado de Segurança Coletivo para tutela de direitos difusos. 
No entanto, Uadi Lammêgo Bulos, por sua vez, entende não ser possível, haja 
vista a existência de instrumentos outros aptos a tal fim, como é o caso da Ação 
Civil Pública. O fundamento de tal entendimento reside no fato de que o writ 
coletivo só pode ser impetrado no caso de ofensa a direito líquido e certo, sendo 
que exige prova documental, algo que se mostra incompatível com interesses 
difusos. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 
 
LEGITIMIDADE ATIVA NO MANDADO DE SEGURANÇA 
COLETIVO 
O Mandado de Segurança Coletivo pode ser impetrado por partidos 
políticos representados no Congresso Nacional e por sindicatos, entidades de 
classes e associações. 
Um detalhe importante no writ coletivo é no sentido de que há legitimação 
extraordinária, ou seja, existe substituição processual. Em outros termos, os 
legitimados defendem em nome próprio interesses alheios. 
Quanto aos partidos políticos, é necessário que exista representação no 
Congresso Nacional, ou seja, devem possuir ao menos um Deputado Federal ou 
um Senador. No STF há o entendimento majoritário, mas não unânime, de que 
essa legitimidade é ampla. Resultado: os partidos podem impetrar writ coletivo 
para proteger direitos difusos de toda a sociedade, e não apenas as prerrogativas 
de seus filiados. 
Quanto aos sindicatos, é necessário que exista uma conexão entre os 
interesses dos seus integrantes e os interesses defendidos pelo sindicato. Para 
as associações, é importante que elas estejam constituídas há mais de um ano. 
Enquanto na Ação Civil Pública a associação pode ter a prévia constituição 
desconsiderada pelo Juízo há mais de um ano (previsão legal expressa do art. 5º, 
§4º, da Leinº 7.347/85), no Mandado de Segurança Coletivo o mesmo não é 
possível, haja vista a carência de previsão legal nesse sentido e, mais importante, 
a própria Constituição da República Federativa do Brasil dispõe sobre a 
necessidade de constituição prévia de 1 ano. 
 
 
09 
CONCESSÃO DE LIMINAR NO MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO 
A concessão de liminar no writ coletivo é possível, porém, é necessária a 
audiência prévia do representante judicial da pessoa jurídica de Direito Público, o 
qual deverá se manifestar no prazo de 72 horas – art. 22, §2º, da Lei n° 12.016/09 
(na ADI 4296 a OAB entende ser inconstitucional a prévia oitiva do representante 
judicial da pessoa jurídica de direito público). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
010 
REVENDO A PROBLEMATIZAÇÃO 
Agora que você já viu todo o conteúdo teórico, vamos voltar ao problema 
exposto lá no início e encontrara melhor alternativa para solucioná-lo. E então, 
diante da grave degradação ao meio ambiente no caso apresentado, quais 
medidas serão possíveis para acabar com o dano ambiental? 
a. O Ministério Público ajuíza um Mandado de Segurança Coletivo, em 
nome da população do município, contra o Poder Público para acabar com o dano 
ambiental e recuperar a área. 
b. Os moradores da cidade, de forma individual, demandam judicialmente 
contra o Poder Público Municipal, por meio do Mandado de Segurança Individual, 
para evitar o dano. 
c. Uma associação de moradores da área afetada, constituída há 5 anos, 
cuja função institucional é a proteção ao meio ambiente da localidade, ajuíza um 
Mandado de Segurança Coletivo contra o ato ilegal do Poder Público Municipal. 
 
Para consultar o feedback de cada uma das alternativas, acesse o material 
on-line. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
011 
SÍNTESE 
Chegamos ao final de mais uma aula. No encontro de hoje tratamos de dois 
instrumentos importantíssimos para tutela do meio ambiente: Mandado de 
Segurança Individual e Mandado de Segurança Coletivo. 
Quanto ao mandado de segurança individual, tratamos de seu conceito e 
seu perfil, das hipóteses de cabimento e da legitimidade ativa e passiva. Vimos 
ainda o prazo decadencial para impetração do writ, a competência para 
julgamento e a possibilidade de concessão de liminar. 
No que tange ao Mandado de Segurança Coletivo, abordamos as questões 
atinentes à legitimidade ativa, falamos sobre os partidos políticos com 
representação no Congresso Nacional, sobre as entidades de classe, sobre os 
sindicados, além das associações, as quais devem ter sido constituídas há mais 
de um ano. Por fim, tratamos da possibilidade de concessão de liminar após prévia 
oitiva do representante legal da pessoa jurídica de direito público. 
Relembre mais um pouco de tudo o que vimos neste tema no vídeo do 
Professor Alexandre. Acesse pelo material on-line. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
012 
REFERÊNCIAS 
AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito ambiental esquematizado. 5ª ed. 
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014. ANDRADE, Adriano. 
MASSON, Cleber. 
ANDRADE, Landolfo. Interesses difusos e coletivos esquematizado. 4ª ed. rev., 
atual e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014. 
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 12ª ed. Rio de Janeiro: Lumem 
Juris, 2010. 
DIDIER JR., Fredie. ZANETI JR, Hermes. Curso de Direito Processual Civil: 
processo coletivo. Vol 4. 9ª ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2014. 
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 14ª ed. 
rev., ampl. e atual em face da Rio+20 e do novo “Código” Florestal. São Paulo: 
Saraiva, 2013. 
GAJARDONI, Fernando da Fonseca. Direitos difusos e coletivos II. São Paulo: 
Saraiva, 2012. 
GALLI, Marcelo. Defensoria Pública pode propor ação civil pública, decide 
Supremo. Revista Eletrônica Consulto Jurídico. Disponível em: < 
http://www.conjur.com.br/2015-mai-07/defensoria-publica-propor-acao-civil-
publica-decide-supremo >. Acesso em: 5 jan. 2017. 
MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sergio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo 
Curso de Processo Civil. v. 1. Revista dos Tribunais. São Paulo. 2015. 
MARINS, Jomar. Ação civil pública sem presença do Ministério Público é nula, 
decide TRT-4. Revista Eletrônica Consulto Jurídico. Disponível em: < 
http://www.conjur.com.br/2015-mai-07/defensoria-publica-propor-acao-civil-
publica-decide-supremo >. Acesso em: 5 jan. 2017. 
MARINS, Jomar. Ibama pode propor Ação Civil Pública Ambiental. Revista 
Eletrônica Consulto Jurídico. Disponível em: < http://www.conjur.com.br/2013-jan-
15/ibama-propor-acao-civil-publica-reparacao-dano-ambiental >. Acesso em: 5 
jan. 2017. 
MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difuos em juízo. 20ª ed. Rev., 
ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007. 
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Ações constitucionais. 2ª ed. rev., atual. e 
ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013. 
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de processo coletivo, volume único. 
2ª ed., rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014. CCDD 
– Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 
 
 
013 
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. TARTUCE, Flávio. Manual de direito do 
consumidor: direito material e processual. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense: São 
Paulo: MÉTODO, 2014. 
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 17ª ed. São Paulo, 
2000 
THOMÉ, Romeu. Manual de Direito Ambiental. 5ª ed. São Paulo: JusPodivm, 
2015.

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