Buscar

LEUCEMIAS MIELÓIDES CRÔNICAS hemato

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

LEUCEMIAS MIELÓIDES CRÔNICAS 
As (LMC) ocorrem mais frequentemente na meia-idade, e a maioria dos pacientes apresenta uma substituição de medula normal por célula com um cromossomo anômalo do grupo G, o cromossomo da Filadélfia ou Ph. Essa anomalia é resultado de uma translocação recíproca envolvendo a banda q34 do cromossomo 9 e a banda q11 do cromossomo 22. O oncogene celular c-ABL , que codifica uma proteína tirosina cinase, é translocado para uma região do cromossomo 22 contendo um conjunto de pontos de quebra. Parte da região 5´ BRC permanece no cromossomo 22 e a região 3´ é deslocada para o cromossomo 9 juntamente com oncogene c-SIS ( que codifica uma proteína com alto grau de homologia a uma das subunidades do fator de crescimento derivado das plaquetas). 
Como resultado da translocação para o cromossomo 22, forma-se um mRNA BCR/c-ABL quimérico, que resulta na síntese de proteína de 210 kDa, com atividade na proteína tirosina cinase altamente potencializada se comparada com o produto de 145 kDa do oncogene e ABL. Esta fusão pode ser detectada pelo método de hibridização fluorescente in situ (FISH). Quando diagnosticada, aproximadamente 80% dos pacientes têm mais de 50 anos de idade, e a sua incidência aumenta com a idade. Assim sendo, é rara na criança. Os homens são mais afetados que as mulheres.
Leucemias mielóide crônica do cromossomo Filadélfia-negativo
	Alguns pacientes com patologia típica são ph-, mas análises moleculares permitem detectar os rearranjos BCR-ABL. Outros pacientes com a mesma patologia também negativos apresentam uma variante de LMC (leucemia mileóide crônica) que geralmente esta associada com menor número de mielócitos, e maior numero de células monocitóides e neutrófilos atípicos no sangue periférico. Nestes casos a anemia grave e trombocitopenia são mais frequentes do que na LMC clássica. Uma forma juvenil da LMC ph- ocorre em crianças, frequentemente com marcantes linfadenopatia e erupções eczematosas.
Diagnósticos
A célula Ph- tem uma característica especial, que corresponde ao aumento da atividade da tirosino cinase, uma proteína que estimula a proliferação celular. Isto justifica o aumento no número de leucócitos, característico desta doença. O hemograma é um exame realizado no sangue do paciente, que revela um aumento no número de leucócitos. A primeira atitude a ser tomada é diferenciar de um quadro infeccioso que também apresenta aumento destas células. O diagnóstico definitivo da LMC é realizado através da identificação do cromossomo Filadélfia que é a marca da LMC. Esta identificação pode ser feita pelo exame de PCR, que é um exame realizado no sangue, ou pela citogenética que é realizado na medula óssea, colhida através da punção na parte de trás da bacia ou do osso esterno no meio do tórax. Este procedimento dura cerca de 15 minutos e pode ser um pouco desconfortável, porém é realizado sob anestesia local, com total segurança.
HEMORIO- INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI - MANUAL DO PACIENTE - LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA EDIÇÃ O REVISADA 02/2009.
 
LEUCEMIAS LINFÓIDES CRÔNICAS
Leucemias crônicas de células B
	As leucemias crônicas de células B podem ser classificadas em distúrbios de células T e B.
Leucemia linfocítica crônica
	LLC é uma doença predominantemente de idosos, caracterizada por número elevado de linfócitos que se acumulam no sangue, baço, fígado e linfonodos. Na maioria dos casos, as células constituem uma população monoclonal de linfócitos B imaturos, com baixa densidade de imunoglobulinas na superfície. Os pró linfócitos também podem ser encontrados em grande quantidade variável no sangue periférico, e que em alguns casos aumenta a medida do avanço da doença.
 O hemograma da LLC revela uma linfocitose absoluta e o sangue periférico tem uma morfologia linfoide característica. Anemia normocrômica e trombocitopenia são achados frequentes na doença avançada. Aproximadamente dez por cento dos pacientes desenvolvem uma anemia hemolítica secundária. 20% dos pacientes são assintomáticos e o diagnostico se da através de exames rotineiros de sangue.
Leucemia linfocítica crônica: tipos celulares mistos 
	Os casos de leucemias de tipos celulares mistos incluem aqueles que apresentam uma população dimórfica de pequenos lonfócitos e pro-línfocitos e aqueles que apresentam um espectro de linfócitos pequenos e grandes com menos de 10 % de pro-línfocitos. Alguns destes casos se assemelham a LLC no ponto de vista laboratorial e clínico, também sob o aspecto de evolução clínica. Outros marcadores mais típicos de LLP, e são mais refratários a terapia, apresentando um quadro de evolução mais agressivo que a LLC clássica. 
Diagnósticos 
	Geralmente o exame da medula óssea não é indispensável para estabelecer o diagnóstico, o exame de medula óssea revela uma importante substituição dos elementos normais da medula óssea por linfócitos, podendo atingir 30- 95% do conteúdo total da medula óssea. As biopsias por agulhas apresentam acumulo nodular, intersticial e células anômalas. O diagnóstico de LLC-B requer a presença de um número de linfócitos aumentado no sangue periférico, acompanhamento durante pelo menos 3 meses. Também incluindo a LLC tipo celular misto, com imunoperoxidase para detectar as células em proliferação.. Também incluem o estadiamento clínico, a contagem e morfologia dos linfócitos no sangue periférico, o tempo de duplicação dos linfócitos, e o padrão de infiltração da medula óssea. Por sua vez, os marcadores de prognóstico biológico integram parâmetros extensivamente estudados como marcadores séricos, alterações citogenéticas detectadas por hibridização fluorescente in situ (FISH).
 Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar Universidade do Porto - Ângela Alexandra Rodrigues Ribeiro Ano Letivo 2009/2010
Leucemia pró-linfocítica- (LLC)
	A leucemia pró-linfocítica, é uma variante da LLC normalmente ocorre em pacientes idosos e está associada com esplenomegalia (aumento anormal do volume do baço) marcante, com linfocitose absoluta. A microscopia eletrônica revela diferenças características e o esfregaço sanguíneo mostra linfócitos maiores do que aqueles encontrados na LLC clássica. Os estudos indicam que a maioria dos pró-linfócitos são de linhagem B, e também os estudos com os marcadores permitiram estabelecer diferenças entre LLC e LLP pela maior expressão de Ig de superfície. Nesse tipo celular há muito mais células periféricas em proliferação e o prognostico é pior do que para B-LLC. 
Diagnóstico
	Podem ter seu diagnóstico com base na morfologia das células linfoides, observadas no sangue periférico. Diagnóstico por imunofenotipagem: as amostras foram analisadas em até 24 horas após a sua coleta, para não ter o risco de perda de expressão de antígenos, com a utilização de alí- quotas de 100 µl de sangue por tubo à lise das hemácias, sem lavagem das amostras para evitar a perda de populações celulares específicas da doença. 
Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências Biológicas Laboratório de Patologia Geral Imunopatologia e Citologia - Doutor em Ciências Médicas com ênfase em Patologia Experimental pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/Universidade de São Paulo (USP); professor adjunto IV da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Leucemia de células cabeludas (pilosas)-(HCL)
Os portadores da (HCL) leucemia da célula cabeluda, geralmente apresentam-se com pancitopenia e esplenomegalia sem linfadenopatia (processo patológico que afeta os nódulos linfáticos) ocorrendo mais frequentemente no sexo masculino. As células características, de origem B, são encontradas no sangue periférico e também podem ser encontradas em abundância nos aspirados de medula óssea. Ocorre substituição do tecido hematopoiético normal por discretas células pilosas mononucleares. Em muitos pacientes difíceis de obter um aspirado de medula óssea é necessário optar pela biópsia por agulha para o diagnostico. Variantes da leucemia da célula cabeluda, em casos raros apresentam um leucograma de<40x10º(9)/le esplenomegalia.
Diagnóstico
	Em casos que optam pela biópsia, observa-se a infiltração de células cabeludas e um padrão denso de fibras de reticulina. O diagnóstico da HCL é feito através de aspectos citomorfológicos, histopatológicos, imunofenotípicos e citoquímicos das células cabeludas, sendo o diagnóstico laboratorial realizado com alguns critérios obrigatórios e confirmatórios. Os cortes histológicos do baço podem revelar “lagos” vasculares pouco comuns resultantes da infiltração destes órgãos pelas células cabeludas.
Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco da Universidade de Pernambuco – FCM/UPE. Medicina (Ribeirão Preto. Online) 2016;
Leucemia linfocítica granular grande (linfocitose crônica de célula T)- (T-LTG)
	Pacientes com T-LTG normalmente apresentam neutropenia crônica, anemia e linfocitose T, persistente por mais de 3 meses, alguns pacientes que são soropositivos para artrite reumatoide, e é uma leucemia que esta 40% das vezes relacionadas a outras doenças hematológicas. Os estudos dos rearranjos gênicos do receptor das células T determinam um caráter clonal das células, mas a doença acaba apresentando um curso benigno. Essas células podem ser grandes, e com o citoplasma abundante e com múltiplos grânulos primitivos e delgados. Aproximadamente 15% dos casos apresentam um imunofenótipo de células exterminadoras naturais, “Natural Killer” e linfócitos T. 
Diagnósticos 
As células são marcadoras CD3, CD8, CD16 e CD57 de células T, mais frequentemente são CD4. Esfregaços também do sangue periférico mostra linfócitos anormais e aglutinação positiva na área de Golgi pela coloração com fosfatase ácida, também são demosntrados no esfregaço linfócitos grandes representativos com múltiplos grânulos citoplasmáticos primitivos. O paciente apresenta esplenomegalia, neutropenia crônica e linfocitose.
Leucemia linfoma de células T adulta- (ATLL)
	É uma malignidade linfoproliferativa rara, ocorre predominantemente no Japão e na população negroide das Índias Ocidentais e de outros países do Caribe, e dos EUA. Trata-se da leucemia crônica cujo vírus responsável é o HTLV I determinado o vírus da leucemia- linfoma de célula T humana-I, sendo um retrovirus. Ocorre o rearranjo dos genes dos receptores das células T.
Diagnósticos
 A invasão das células hospedeiras induz proliferação celular, mas não um sítio de integração consistente e nenhuma ativação identificada de um oncogene. Os linfomas evoluem, de maneira caracteristicamente rápida, com envolvimento precoce de linfonodos, pele, sangue e medula óssea. Útil na diferenciação entre linfoma/leucemia de células T. 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde - Avaliação dos parâmetros hematológicos e imunofenotipicos de pacientes com doenças linfoproliferativas crônicas do Rio Grande do Norte

Outros materiais

Outros materiais