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Biologia

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1). Defina e diferencie os termos patógeno e antígeno:
 Antígeno: São compostos antígenos, em geral são componentes de micróbios invasores, como cápsulas, parede celular, flagelos, fimbrias e toxinas de bactérias, capsídeos de vírus ou superfícies de certos micróbios.
 Antígenos não microbianos incluem pólen, clara de ovo, moléculas de superfícies de células do sangue, proteínas séricas de outros indivíduos ou espécies e moléculas de superfícies de órgãos e tecidos transplantados. 
 Os antígenos desempenham a funções importantes na resposta do sistema imune. Eles induzem uma resposta imune altamente específica, que na imunidade humoral, resulta na produção de anticorpos capazes de reconhecer o antígeno que os originou. Antígenos que causam uma resposta desse tipo são, portanto, mais conhecidos como imunógenos. 
 Em geral, os anticorpos reconhecem e interagem com regiões específicas dos antígenos chamados epítopos ou determinantes antigênicos. A natureza dessa interação depende do tamanho, da forma e da estrutura química do sítio de ligação na molécula de anticorpo. 
 Patógeno: organismos que são capazes de causar doenças em hospedeiro. Algumas, por exemplo, podem causar doenças em seres humanos, sendo essas, portanto, um patógeno. Além de bactérias, podemos citar como patógenos: fungos, protozoários e vírus.
 A capacidade de um patógeno provocar alterações nos organismos hospedeiros infectados é denominado de patogenicidade. Existem organismos com grande patogenicidade, ou seja, que produzem em praticamente todos os infectados. Esse é o caso do sarampo. Vale destacar, no entanto que existem organismos com baixa patogenicidade, ou seja, que causam sintomas graves em poucos infectados.
 A virulência, por sua vez, é a capacidade do patógeno de produzir danos no organismo hospedeiro, ou seja, virulência refere-se à intensidade e a gravidade das doenças causadas pelos patógenos. Um patógeno com alta virulência é responsável por causar morte de vários doentes, como ocorre com a raiva, por exemplo. Já o de baixa virulência geralmente produz sinais e sintomas pouco preocupantes.
Um patógeno de alta virulência apresenta diversas estratégias que garantem sucesso no processo infeccioso. A presença de capsulas, resistência a antimicrobianos e a capacidade de causar mudanças estruturais e bioquímicas nas células hospedeiras são exemplos de fatores importantes relacionados com a virulência de algumas espécies de bactérias.
Classificação dos patógenos – eles podem ser classificados em dois grupos:
1 – Patógeno primário: é aquele que causa doença no organismo, mesmo que o indivíduo esteja saudável. Como por exemplo de micro-organismo patogênico primário podemos citar a bactéria Mycobacterium tuberculosis, que causa tuberculose, e os vírus da hepatite e gripe.
2. Patógeno oportunista: é aquele que pode ser encontrado normalmente no organismo, porém não causa nenhum dano em indivíduos saudáveis. O organismo só será infectado e tera a doença quando ocorrerem baixas nas defesas imunológicas, como por exemplo de micro-organismos patogênicos oportunistas podemos citar o Staphylococcus aureus que pode causa pneumonia, furúnculo e septicemia (infecção geral grave que envolve risco de vida). 
2). Descreva e explique as primeiras e as segundas linhas de defesa do organismo.
PRIMEIRA LINHA DE DEFESA
A primeira linha de defesa contra as infecções é uma barreira física que possui produtos não específicos da pele e das membranas mucosas.
Fatores físicos 
 1. A estrutura da pele intacta e da queratina, uma proteína à prova d’água, oferece resistência à invasão microbiana.
 2. Alguns patógenos podem penetrar as membranas mucosas.
 3. O aparelho lacrimal protege os olhos de substâncias irritantes e micro-organismos.
 4. A saliva remove os micro-organismos dos dentes e da língua.
 5. O muco retém muitos micro-organismos que penetram os tratos respiratório e gastrintestinal; no trato respiratório inferior, o elevador ciliar move o muco para cima e para fora.
 6. O fluxo de urina retira os micro-organismos do trato urinário, e as secreções vaginais removem os micro-organismos da vagina.
Fatores químicos 
1. O sebo contém ácidos graxos insaturados que inibem o crescimento de bactérias patogênicas. Algumas bactérias frequentemente encontradas na pele podem metabolizar o sebo e causar uma resposta inflamatória associada à acne.
 2. A perspiração remove os micro-organismos da pele.
 3. A lisozima é encontrada nas lágrimas, na saliva, nas secreções nasais e na perspiração.
 4. A acidez elevada (pH 1,2-3,0) do suco gástrico impede o crescimento bacteriano no estômago.
Microbiota normal e imunidade inata 
1. A microbiota normal modifica o ambiente, um processo que pode impedir o crescimento de patógenos.
SEGUNDA LINHA DE DEFESA
A entrada de um micróbio na primeira linha de defesa estimula a produção de fagócitos, a inflamação, a febre e as substâncias antimi-crobianas.
Elementos constituintes do sangue 
1. O sangue consiste em plasma (fluido) e nos elementos constituintes (células e fragmentos celulares).
 2. Os leucócitos (células brancas do sangue) são divididos em granulócitos (neutrófilos, basófilos eosinófilos e células dendríticas) e agranulócitos.
 3. Em muitas infecções, o número de leucócitos aumenta (leucocitose); algumas infecções são caracterizadas por leucopenia (diminuição do número de leucócitos).
Sistema linfático 
1. O sistema linfático consiste em vasos linfáticos, linfonodos e tecidos linfoides.
 2. O fluido intersticial retorna ao plasma sanguíneo através dos vasos linfáticos.
Fagócitos 
1. A fagocitose é a ingestão de micro-organismos ou material particulado por uma célula.
 2. A fagocitose é realizada pelos fagócitos, por certos tipos de células brancas do sangue ou por
seus derivados.
Ações das células fagocíticas 
3. Os fagócitos mais importantes entre os granulócitos são os neutrófilos.
 4. Os monócitos aumentados tornam-se macrófagos livres e macrófagos fixos.
 5. Os macrófagos fixos estão localizados em tecidos específicos e fazem parte do sistema fagocítico mononuclear.
 6. Os granulócitos predominam durante os estágios iniciais da infecção, enquanto os monócitos predominam à medida que a infecção diminui.
Mecanismo da fagocitose 
 7. A quimiotaxia é o processo pelo qual os fagócitos e os micro-organismos se atraem.
 8. Os receptores do tipo Toll (TLRs) de um fagócito reconhecem as células microbianas; o reconhecimento pode ser facilitado pela opsonização – cobertura do micróbio com proteínas do soro.
 9. Os pseudópodes dos fagócitos engolfam os micro-organismos e os envolvem em um fagossomo para finalizar a digestão.
 10. Muitos micro-organismos fagocitados são mortos por enzimas lisossômicas e agentes oxidantes.
Evasão microbiana da fagocitose 
 11. Alguns micróbios não são mortos e podem até mesmo se reproduzir nos fagócitos.
 12. Os mecanismos de evasão incluem proteína M, cápsulas, leucocidinas, complexos de ataque à membrana e prevenção da formação de fagolisossomo.
Inflamação 
 1. A inflamação é uma resposta corporal a uma lesão celular. A inflamação é caracterizada por dor, calor, rubor e edema e, em algumas ocasiões, perda de função.
 2. O fator de necrose tumoral a (TNF-a) estimula a produção das proteínas de fase aguda.
Microbiologia 
Vasodilatação e aumento da permeabilidade
vascular 
 3. A liberação de histamina, cininas e prostaglandinas causa a vasodilatação e o aumento da permeabilidade vascular.
 4. Os coágulos sanguíneos podem se formar ao redor de um abscesso, de modo a impedir a disseminação da infecção.
Migração de fagócitos e fagocitose 
 5. Os fagócitos têm a habilidade de se aderir ao revestimento interno dos vasos sanguíneos (marginação).
 6. Eles também têm a habilidade de se comprimir entre os vasos sanguíneos (diapedese).
 7. O upus é o acúmulo de tecido danificado e micróbios mortos, além de granulócitos e macrófagos.
Reparo tecidual 
 8. Umtecido é reparado quando o estroma (tecido de sustentação) ou o parênquima (tecido funcional) produz novas células.
 9. O reparo pelos fibroblastos de um estroma resulta em cicatriz.
Febre 
 1. Febre é uma elevação anormal da temperatura corporal produzida em resposta a uma infecção bacteriana ou infecção viral.
 2. Endotoxinas bacterianas, interleucina-1 e fator de necrose tumoral a (TNF-a) podem induzir a febre.
 3. O resfriamento indica que a temperatura corporal está se elevando. A crise (sudorese) indica que a temperatura corporal está caindo.
Substâncias antimicrobianas 
Sistema complemento 
 1. O sistema complemento é formado por um grupo de proteínas do soro sanguíneo que ativam uma a outra para destruir os micro-organismos invasores.
 2. As proteínas do complemento são ativadas em cascata.
 3. A ativação de C3 pode resultar em lise celular, inflamação e opsonização.
 4. O complemento é ativado pelas vias clássica, alternativa e da lecitina.
 5. O complemento é desativado por proteínas reguladoras do hospedeiro.
 6. Deficiências do complemento podem resultar em aumento da suscetibilidade a doenças.
 7. Algumas bactérias evitam a destruição pelo complemento por intermédio de cápsulas, complexos carboidrato-lipídeo de superfície e destruição enzimática de C5a.
3). Quais as consequências da ligação antígeno – anticorpo?
Antígeno é qualquer substância, normalmente proteínas, reconhecidas como estranhas pelo organismo, o qual arma uma resposta imune contra este antígeno. Os antígenos podem ser, por exemplo, uma proteína do envoltório viral ou da membrana de uma bactéria.
Anticorpos são proteínas, da classe das imunoglobulinas, produzidas pelas células B do sistema imune do organismo para combater antígenos.
Os anticorpos são específicos para um determinado antígeno e se ligam a ele de modo a sinalizar para a destruição por células do sistema imune, como macrófagos, para a liberação de substâncias que irão atacar o organismo-alvo, como as do sistema complemento, ou então neutralizam o antígeno impedindo sua ação.
A molécula do anticorpo possui o formato de um Y, sendo que nos ‘braços” do Y que se encontram as regiões variáveis, específicas para um determinado antígeno, onde ocorre a ligação entre eles.
4) Como se dá, passo a passo a seleção clonal de células produtoras de anticorpos, desde o reconhecimento.
Células-tronco da medula óssea originam as células B com IgM e IgD em suas superfícies, que reconhecem epítopos específicos.
Para antígenos T-dependentes, as células B são selecionadas por antígenos com epítopos que se repetem.
Para antígenos T-independentes, as células B são ativadas por uma célula T, que foi ativada por um fragmento antigênico apresentado com o MHC II do hospedeiro.
Células B ativadas se diferenciam em plasmócitos e células de memória.
As células B que reconhecem o próprio (self) são eliminadas por deleção clonal.
5). Descreva detalhadamente o processo de inflamação.
O processo inflamatório, na dor localizada participam certas substâncias químicas produzidas pelo organismo. Dentro da área inflamada ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos, macrófagos e linfócitos).
 
Os leucócitos destroem o tecido danificado e enviam sinais aos macrófagos, que ingerem e digerem os antígenos e o tecido morto. Em algumas doenças este processo pode apresentar caráter destrutivo e o tratamento dependerá da causa da inflamação.
6). Explique a febre e seu mecanismo.
 A Febre ou pirexia, é um sintoma médico descrito como um aumento na temperatura corporal para níveis acima de 37 graus Celsius). Sendo um mecanismo adaptativo, a febre é uma reação do corpo contra patógenos; a sensação ruim que sente a pessoa febril faz com que ela poupe energia e descanse, funcionando também através do maior trabalho realizado pelos linfócitos e macrófagos com a vasodilatação causada pelo aquecimento. Apesar da maior parte das febres ser causada por infecções, nem sempre febre é indicador de infecção. Mede-se tradicionalmente a temperatura corporal através da boca, da axila ou do ânus utilizando um termômetro, que pode ser normal ou eletrônico. 
Mecanismo 
 A febre geralmente ocorre em resposta a substância pirogênicas (o mais conhecido é a interleucina 1), que são secretados pelas células como resposta inflamatória. Essas substâncias pirogênicas agem no hipotálamo (o termostato do corpo), reconfigurando-o para uma temperatura mais alta, e ao fazê-lo, evoca os mecanismos de aumento de temperatura do corpo, fazendo-o aumentar a temperatura a níveis acima do normal. 
O corpo tem várias técnicas para aumentar a temperatura: tremores, que envolvem movimentos físicos e que produzem calor vasoconstrição, ou seja, a diminuição do fluxo sanguíneo da pele, reduzindo quantidade de calor perdido pelo corpo. A temperatura do corpo é mantida nestes níveis até que os efeitos dos pirógenos cessem. 
Tipos 
A pirexia pode ser classificada como de baixa intensidade (38 a 39ºC), moderada (39 a 40º) ou alta (mais de 40ºC), dependendo de quanto a temperatura corpórea subiu. 
A febre pode ser benéfica, e é parte da resposta do corpo para uma doença; no entanto, se a febre for acima de 42ºC, então pode causar danos significativos aos neurônios, com risco de convulsões. Essa situação é chamada de hipertermia maligna. 
A temperatura normalmente flutua ao longo do dia, e o mesmo se aplica à febre. Se esse padrão característico estiver ausente, a temperatura aumentada do corpo pode ser por causa de insolação, uma disfunção mais séria. A insolação é causada pelo excesso de sol e desidratação. 
Tratamento 
As drogas que reduzem a febre são chamadas de antipiréticos. Os antipiréticos mais comuns são o paracetamol (nome comercial: Tylenol) e a dipirona (nome comercial: Novalgina). No fim de 2004, as farmácias brasileiras foram proibidas de vender dipirona sem receita médica. 
Causas de Febres no pós-operatório 
Após uma cirurgia é comum haver a elevação da temperatura corporal até 37,8 graus Centígrados sem maiores significados. No entanto, temperaturas maiores de 38 graus podem representar, conforme o tempo decorrido desde a cirurgia:  até 48 horas atelectasia (problema pulmonar).  Terceiro e quarto dia: pneumonias, quinto dia: abcesso (coleção purulenta na área cirúrgica.  Outras causas não infecciosas de febre 
Em transfusões sanguíneas incompatíveis  Doenças reumáticas ,Doenças autoimunes 
Padrões de Febre característicos  Algumas doenças apresentam um padrão febril bem característico, chamando a atenção para seu diagnóstico: Tuberculose – febre vespertina (todo final de tarde), não muito alta.  Malária – febre alta durante um dia inteiro e seguido de alguns dias sem febre, dependendo do tipo de falcíparum e de quantas vezes foi contaminado.  Abcesso: Febre persistente, baixa, com piora a noite 
7) Quais os efeitos da absorção do sistema complemento?
8). Diferencie sistema imune Inato e Adaptativo, Humoral e Celular.
1. A imunidade inata:
A imunidade inata corresponde ao conjunto de mecanismos de resistência à infecção e de pronto combate ao agente infeccioso, que são determinados pelos genes herdados de nossos pais (linhagem germinal).  As principais células envolvidas nessa linha de frente da resposta imunológica são os neutrófilos e os macrófagos, as quais exercem seu efeito protetor, sobretudo, através do processo de fagocitose.
Muitas vezes, a resposta imune inata é eficaz na eliminação do patógeno, entretanto, vários patógenos sofrem mudanças no arranjo ou na constituição de seus “pedaços” diretamente reconhecíveis pelas células da imunidade inata. Nesse caso, é desenvolvida uma resposta imunológica específica ao patógeno, ou seja, uma resposta adaptada ao reconhecimento e ao combate de um agente patogênico específico, a imunidade adaptativa.
O início da resposta imune adaptativa é deflagrado por um outro tipo de célula do sistema imune inato, a qual é especializada na ativação de linfócitos antígeno-específicos através da apresentação de fragmentos antigênicos do agente infeccioso, a célula dendrítica (DC). As células dendríticas imaturas localizam-se nos tecidos e, assim como os macrófagos e os neutrófilos, as DCs são fagocíticas, quando no estado imaturo; porém, estas células assumem um papel de apresentação de antígenos em uma segunda fase do processo de resposta ao agente infeccioso, ou seja, em uma fase que, faz-se necessária a indução de uma resposta imunológica mais específica e efetiva a um tipo de microrganismo que não tenha sido eliminado através da resposta imune inata.
Imunidade adquirida
A imunidade adquirida ou adaptativa é ativada pelo contato com agentes infecciosos e sua resposta à infecção aumenta em magnitude a cada exposição sucessiva ao mesmo invasor. Existem dois tipos de imunidade adquirida: a imunidade humoral e a imunidade celular. A imunidade humoral gera uma resposta mediada por moléculas no sangue e nas secreções da mucosa, chamadas de anticorpos, produzidos pelos linfócitos B, sendo o principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas. Os anticorpos reconhecem os antígenos (qualquer partícula estranha ao corpo), neutralizam a infecção e eliminam estes antígenos por variados mecanismos efetores. Por sua vez, a imunidade celular gera resposta mediada pelos linfócitos T. Quando microrganismos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam dentro das células hospedeiras, estando inacessíveis para os anticorpos circulantes, as células T promovem a destruição do microrganismo ou a morte das células infectadas, para eliminar a infecção.
Imunidade humoral é o processo de defesa do organismo em que atuam os anticorpos, moléculas proteicas encontrados no plasma sanguíneo, também conhecidas como imunoglobulinas. O termo humoral vem do latim humor, que quer dizer fluido ou líquido corporal.
Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B maduros, células que recebem o nome de plasmócitos. A função dos anticorpos é identificar e neutralizar os antígenos, que são substâncias ou microrganismos estranhos o corpo humano. Cerca de 20% das proteínas encontradas no plasma sanguíneo são anticorpos, cuja produção é desencadeada em resposta às partículas estranhas que, de alguma maneira, invadem o organismo.
Nesse processo de combate a invasores, os anticorpos, ao reconhecerem as substâncias estranhas, se combinam quimicamente com elas e inativam-nas. A reação antígeno-anticorpo é completamente exclusiva, ou seja, cada tipo de anticorpo é capaz de identificar apenas um tipo de antígeno, por isso, dizemos os anticorpos são proteínas específicas de defesa.
Essa especificidade está associada às estruturas químicas das moléculas dos antígenos e dos anticorpos. A molécula de um anticorpo, cujo formato lembra a letra Y, é composta por quatro cadeias polipeptídicas: duas cadeias mais longas, denominadas cadeias pesadas; e duas mais curtas, que são chamadas de cadeias leves. Todas as cadeias possuem sítios de ligação, regiões onde os antígenos são reconhecidos e unidos à proteína de defesa, formando o complexo antígeno-anticorpo. Por fim, a molécula é “sustentada” por uma porção denominada região constante, que estabelece a interação entre o anticorpo e os demais componentes do sistema imunitário.
Com a formação do complexo imune, a partícula estranha ao organismo não pode se desenvolver e multiplicar, sendo, portanto, neutralizada. Isso facilita a eliminação definitiva do antígeno pelas células fagocitárias, como os macrófagos, principalmente.
A imunidade humoral consiste em no mais importante mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e as substâncias tóxicas que produzem, como é o caso da Clostridium tétano, bactéria causadora do tétano.
Imunidade celular
A imunidade celular ou imunidade mediada por células foi descoberta por investigadores que procuravam uma forma de transferir a imunidade celular adquirida a um determinado antígeno entre dois animais, um que tinha sido infetado e que já tinha adquirido imunidade e outro que nunca tinha entrado em contato com o determinado antígeno.
Assim, os cientistas conseguiram compreender que a resistência contra alguns antígenos poderia ser transmitida através de anticorpos, enquanto a resistência contra outros antígenos só era possível se existisse transferência de células, designada por imunidade celular.
As principais células responsáveis pela imunidade celular são os linfócitos T, sendo que esta imunidade é adquirida e não inata, visto que ocorre após um processo inflamatório e consequente atuação de macrófagos, linfócitos ou células infetadas por vírus que apresentam os antígenos aos linfócitos T. 
Ao longo desta apresentação feita pelos macrófagos eles fagocitam e digerem os antígenos, formando deste modo porções de moléculas com poder antigénico, que são inseridas nas suas membranas. Por sua vez, os linfócitos T devido às suas capacidades reconhecem essas porções de moléculas com poder antígeno e atuam sobre elas.
Durante a resposta celular existe a intervenção de diversos tipos de linfócitos: os linfócitos T auxiliares, os linfócitos T citolíticos, os linfócitos T supressores, os linfócitos T memória, que possuem as seguintes funções:
	TIPOS DE LINFÓCITOS T
	FUNÇÕES
	Linfócitos T citolíticos (citotóxicos-Tc)
	Detectam e eliminam as células que exibem antígenos que exibem antígenos estranhos.
	Linfócitos T auxiliares (Th)
	detectam antígenos estranhos e segregam mensageiros químicos que estimulam a capacidade defensiva de outras células  do sistema imunitário, como os fagócitos, os linfócitos B e os linfócitos T.
	Linfócitos T supressores (Ts)
	Produzem mensageiros químicos que inibem a atividade das células B e T, após a infeção se encontrar debelada.
	Linfócitos T memória (Tm)
	Células inativas que, no entanto, ficam aptas a responder a uma nova exposição ao mesmo antígeno.
 
9). Descreva e explique as linhas de defesa do organismo.
1ª linha de defesa: Barreiras
 Barreiras são estruturas que impedem a penetração dos agentes invasores. Como exemplos de barreiras químicas, pode-se citar a enzima lisozima, presente em saliva, suor e lágrimas e com ação destruidora sobre a parede celular bacteriana, e o ácido clorídrico (HCl) presente no suco gástrico, que elimina micro-organismos provenientes de água e alimento. Como exemplo de barreiras mecânicas, pode-se citar o muco das vias aéreas, que retém micro-organismos para que não atinjam os alvéolos pulmonares, e os epitélios de revestimento em pele e mucosas, que dificultam a entrada de micro-organismos. 
2ª linha de defesa: Defesa Inata
A defesa inata é inespecífica, agindo com o objetivo de eliminar os agentes invasores que tenham ultrapassado as barreiras e atingido a circulação sanguínea. Como componentes da defesa inata, temos leucócitos como neutrófilos e eosinófilos, a reação inflamatória e a febre. 
A inflamação é uma resposta da defesa inata acionada contra agentes físicos (como queimaduras por calor), mecânicos (como pancadas), químicos (como queimaduras por ácidos) ou biológicos (como infecções). A reação inflamatória é desencadeada por mediadores químicos, sendo os principais deles as prostaglandinas, produzidas a partir dos constituintes das células danificadas. 
3ª linha de defesa: Defesa Adaptativa
A defesa adaptativa apresenta duas importantes propriedades, a especificidade de ação e a memória. A especificidade se refere ao fato do sistema imune reconhecer o antígeno para poder combatê-lo da maneira mais eficiente possível. A memória se refere ao fato de que, uma vez que se entra em contato com um antígeno uma vez, todas as informações sobre ele são armazenadas, de tal maneira que num segundo contato a resposta ocorre de maneira muito mais rápida. Como componentes da defesa adaptativa, temos os anticorpos ou imunoglobulinas, que são proteínas produzidas por células chamadas plasmócitos e que agem especificamente contra determinadas substâncias,chamadas antígenos, e os linfócitos T8 ou células assassinas, que agem especificamente contra células infectadas por vírus ou contra células cancerosas. 
10) Sobre vírus, descreva as diferenças dos ciclos lítico e lisogênico e quais as características virais?

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