Buscar

texto historiograficos apol 100

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Questão 1/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Considere o seguinte trecho: 
“O primeiro passo para trabalhar com uma fonte é retirar dela dados de sua produção bem como seu conteúdo explícito. Tratando-se de um documento escrito, por exemplo, inicia-se com sua decifração, leitura e contextualização. […]. Diferentes documentos exigem, portanto, diferentes especialidades, como aprender a ler textos manuscritos medievais ou modernos. […] Além disso, a interpretação de um documento legal é diferente, por exemplo, da de um artigo de revista, em que a diagramação é um componente importante da informação. Sem esquecer que outros tipos de documentos exigem métodos específicos: métodos de análise de imagens são diferentes dos de monumentos que, por sua vez, serão diferentes para objetos de uso cotidiano. […] O primeiro passo para uma adequada análise histórica é o conhecimento adequado das fontes com as quais se trabalha. Não existem documentos que sejam mais ou menos verdadeiros, mais ou menos intencionais”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FONTOURA, Antonio. Teoria da História. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 20, 21 e 25. 
De acordo com o fragmento acima e o texto-base Historiografia e Narrativa: Do Arquivo ao Texto, no que diz respeito às questões propostas pelo historiador-leitor e à interpretação das fontes para a construção do discurso histórico, analise as afirmativas abaixo:
I. Segundo os teóricos da história, é possível capturar os significados e a realidade do passado de forma absoluta, construindo a história como uma imagem perfeita do passado.
II. Segundo os historiadores, é possível construir uma relação perfeita e natural entre o narrado e o vivido, ou seja, entre o discurso histórico engendrado no presente e a experiência real vivida no passado.
III. Os leitores devem ter em mente que a base das questões postas pelos historiadores em suas pesquisas precedem a escolha do corpus documental.
IV. Os problemas levantados pelos historiadores no seu presente são elementos que nortearão a análise e a crítica das fontes, bem como a sua pertinência na pesquisa histórica em andamento.
V. A verdade histórica é facilmente alcançada pelo historiador-leitor se ele se ativer à proposta de compreensão totalizante da história a partir dos conceitos e significados reais que estão expostos nas fontes como reflexos do passado. 
São corretas apenas as afirmativas:
Nota: 20.0
	
	A
	I, III e V
	
	B
	II, III e IV
	
	C
	II e IV
	
	D
	I e V
	
	E
	III e IV
Você acertou!
“É preciso ir mais além e observar que as questões propostas pelas pesquisas precedem a escolha do corpus documental, orientando a análise e crítica das fontes, apontando a pertinência da documentação. Bloch pensa os problemas criados com paixão, no universo da imprevisibilidade das ações humanas. Nessa perspectiva, Antônio Montenegro, sensível aos signos da matéria da história, também procura destituir a verdade aprisionada em um império totalizador, quebrando correspondências simplificadoras entre conceitos, palavras e o mundo material/real. Procura situar-se no fio da navalha, para desnaturalizar o jogo tenso da linguagem e da história: ‘[...] voltamos ao começo desse percurso, ao movimento, à impossibilidade de capturar de forma absoluta os significados; ou mesmo determiná-los, mediante uma relação que se deseja natural entre o dito e o vivido ou o que se imagina real. Rachar as palavras, romper seus liames naturalizados e evidentes com as coisas, com o que se denomina real.’” (texto-base, p. 4-5).
Questão 2/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Considere o fragmento a seguir: 
“Enredado em uma maneira frequentemente a mesma de elaborar o seu discurso sobre o passado, de organizar os fatos que constituirão o seu material de reflexão, de constituir as fontes através das quais estabelecerá a sua leitura sobre as sociedades que o precederam, o historiador só mais raramente é convidado a refletir sobre os caminhos em pontilhado que acaba percorrendo repetidas vezes no que se refere à feitura do texto histórico propriamente dito”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/viewFile/11335/6449>. Acesso em: 20 maio 2017. 
De acordo com o texto-base A Escrita História: distinções entre o texto literário e o texto historiográfico, sobre um aspecto básico de leitura de textos históricos, indique a afirmativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	Estes textos podem ser lidos sem a necessidade de um aprofundamento da contextualização histórica e levantamento de informações adicionais, tendo em vista que eles sempre apresentam uma história total sobre o tema de interesse.
	
	B
	Textos históricos podem tratar do tempo presente, sendo acessíveis ao leitor através das crônicas jornalísticas, com uma leitura direta e um padrão interpretativo simples.
	
	C
	A leitura dos textos históricos não precisa levar em conta a forma de construção e apresentação do texto, pois, como a história já aconteceu, o estilo e organização da narrativa pouco interfere no texto histórico.
	
	D
	Por tratarem de fatos e ações (humanas ou da natureza) que aconteceram no passado, os textos históricos devem ser tratados como verdades absolutas.
	
	E
	Todo leitor de textos históricos tem de ter em mente que esse tipo de texto, antes de mais nada, possui um conteúdo temático que diz respeito às ações humanas no passado.
Você acertou!
“Inspirados em Mikhail Bakhtin (1997), parece-nos coerente defender que o texto histórico também apresenta um conteúdo temático, que normalmente são as narrativas das ações humanas passadas; um estilo, que se materializa, por exemplo, nas escolhas lexicais; e uma estrutura composicional, que se manifesta via de regra em forma de prosa” (texto-base, p. 2).
Questão 3/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Considere o trecho a seguir: 
“Ricoeur rebate a crítica de que a narrativa não comporta relacionar diferentes temporalidades, dizendo que, mesmo na narrativa tradicional, o simples fato de que, na História, o vivido ocorreu num tempo diferente do tempo em que foi narrado, já institui, no mínimo, duas temporalidades. Em oposição à crítica de que a narrativa é insuficiente para dar explicações, o autor argumenta que a própria ação já constitui, em si, uma pré-narrativa, uma vez que a linguagem já dá elementos para compreender a ação. […] O indivíduo que narra está imerso em uma sociedade que possui crenças, valores, linguagem e formas de ver o mundo que permitem a ele dar um significado à ação no ato de narrar, antes mesmo de a ação ser submetida a um processo formal de análise”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUBD-A3HEMK/tese_atual___1_2_2015_1.pdf?sequence=1>. Acesso em: 22 maio 2017. 
Tendo em conta esse fragmento e o texto-base Historiografia e Narrativa, considerando a noção de temporalidade existente nos textos históricos e as suas implicações, indique a afirmativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	O leitor deve entender que os textos históricos são retratos do passado que só terão validade historiográfica se o historiador não deixar que questões do seu presente distorçam os conteúdos analisados nas fontes.
	
	B
	As temporalidades presentes nos textos históricos dizem respeito a diferentes passados, dentro de uma linearidade temporal que não deve ser maculada pelos historiadores com problemas levantados no seu presente (anacronismo).
	
	C
	Todo leitor deve ter em mente de que há uma convergência entre diferentes temporalidades nos textos históricos, pois o historiador escreve no seu presente, sobre um passado, um texto que será lido no futuro, diálogo entre diferentes períodos que gera implicaçõesna memória e na história.
Você acertou!
“Os historiadores, orientando-se pelas sensibilidades e experiências construídas, preferem falar em diálogo entre o presente e o passado, refletindo acerca das implicações desse diálogo com a memória e a história. Portanto, o documento está imbricado às condições e relações que as sociedades mantêm com o seu passado, conferindo presença a um passado ou aos passados. Segundo Antônio Paulo Rezende (2009): ‘Não podemos, no entanto, dispensar esse diálogo entre passado e presente. Ele é a base da vida, da narrativa e da constituição de memória. Sem ele, sepultaríamos qualquer reflexão sobre a história. A memória fortalece a relação entre as experiências e as sensibilidades construídas [...]’. Opondo às generalizações, questiona-se sobre o tempo, a história e a escrita, meditando acerca de um tempo presente sem ancoragens: ‘Escrever história é também mediar temporalidades, exercer a atividade de tradução entre naturezas, sociedades e culturas de tempos distintos. Colocados nesta terceira margem da temporalidade, que é o presente, o historiador tem a tarefa de construir com sua narrativa uma canoa que possa mediar [(sobre) passado, (no) presente e (para o) futuro]’ (ALBUQUERQUE JUNIOR: 2007, p. 33)” (texto-base, p. 3-4).
	
	D
	Os historiadores acadêmicos e outros leitores devem considerar os textos históricos como pontes entre diferentes memórias temporais, que, diferente dos textos acadêmicos, representam as verdadeiras histórias das sociedades.
	
	E
	Todo leitor deve ter em mente de que há uma convergência entre diferentes temporalidades nos textos históricos, que reproduzem a verdade factual de um passado a partir da memória erigida nas sociedades atuais, mas que só será definido como história no futuro.
Questão 4/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Leia o fragmento a seguir: 
“Teoria da história é aqui entendida e praticada como um estudo que tem por objeto especialmente o texto historiográfico: […] não se preocupa com a condição de emergência dos eventos, mas analisa a representação dos mesmos em histórias dadas à interpretação, ou seja, à leitura”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/109370/000411925.pdf?sequence=1>. Acesso em: 21 maio 2017. 
Apreciando este fragmento e o artigo O historiador enquanto leitor: história da historiografia e leitura da história, ao tratarmos da importância da prática da leitura para o texto histórico, indique a afirmativa correta:
Nota: 20.0
	
	
	A
	No ato de escrita, o historiador estipula certos parâmetros para a leitura, pois esta é uma operação para a qual o autor não deve ser indiferente, já que o significado pleno de um texto histórico se consubstancia na sua leitura.
Você acertou!
“tornado a história uma leitura mais exigente que o ordinário. […] Sua leitura avalia traduções, julga as edições, condena os exageros e estipula os parâmetros para um ‘leitor ideal’. No entendimento de Clio, ‘a leitura é ela mesma uma operação, uma colocação em prática, uma passagem ao ato, que não é de forma alguma indiferente, nula, que não é ausência de atividade, uma passividade pura, uma tábula rasa’. Ainda nas suas palavras, ‘a leitura é um ato comum, a operação comum daquele que lê e daquilo que é lido, da obra e do autor, do livro e do leitor, do autor e do leitor’. Consequência marcante disso é o fato de que, para a musa, um texto apenas encontra seu significado pleno na prática da leitura” (texto-base, p. 64).
	
	
	B
	A leitura é acessória para o autor de um texto histórico porque não o legitima e não é uma das finalidades do historiador.
	
	
	C
	Um texto histórico não depende de sua leitura e interpretação, pois se legitima como objeto de conhecimento apenas através da transposição do discurso presente nas fontes.
	
	
	D
	A prática de leitura do texto histórico só é importante para o leitor quando vista pelo prisma do entretenimento.
	
	
	E
	Ao ser lido e interpretado pelo leitor profissional, um texto histórico apenas encontra a sua plenitude enquanto obra literária quando nele o historiador transmite os fatos reais em sua integralidade.
Questão 5/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Leia o trecho abaixo: 
“A recuperação histórica do passado para entender problemas e interrogações postos no ‘agora’ é importante para o pesquisador na medida em que este passado contém muitos dos elementos constitutivos da realidade contemporânea. [...] queremos deixar bem claro que a atitude de buscar a recuperação do passado não se dá sem a intencionalidade do pesquisador uma vez que não acreditamos numa história neutra, que não possui pressupostos e indagações à realidade”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NORONHA, Olinda Maria. História da Educação: sobre as origens do pensamento utilitarista no ensino superior brasileiro. Campinas, SP: Editora Alínea, 1998. p. 18. 
De acordo com o texto-base Considerações sobre Historiografia e Narrativa a partir da Leitura de Peixe Grande, no que diz respeito ao cuidado que se deve ter com a linguagem durante a leitura e interpretação de textos históricos, marque a afirmativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	A bela linguagem influencia o historiador, levando-o a ler e aceitar narrativas históricas romanceadas como fatos concretos, mesmo sem a fundamentação do conteúdo em documentos e na historiografia.
	
	B
	Ao ler e interpretar um texto historiográfico e as fontes, o historiador deve dar atenção à linguagem utilizada, pois, mesmo sendo neutra em relação aos fatos e não interferindo na sua apresentação, é o uso da linguagem que define a organização, o estilo e a forma da narrativa.
	
	C
	Os historiadores, como leitores, não podem ancorar a sua leitura só no conteúdo factual dos textos (fontes e historiografia), pois a linguagem presente neles não é neutra e, por isso, interfere na interpretação dos objetos, nos métodos de análise e na produção dos próprios textos históricos.
Você acertou!
“Os historiadores sempre foram fascinados pelo ‘real’. Desde a Antiguidade clássica, ao menos, escreveram sobre eventos, pessoas, atitudes, comportamentos, ações e ideias baseando-se na ancoragem desses fenômenos na realidade por meio da observação. Posteriormente, os documentos passaram a garantir a factualidade de seus objetos e, portanto, os historiadores concentraram suas discussões na crítica e na análise desses portais que davam acesso aos mundos do passado. Durante o século XX, no entanto, pesquisas na área da filosofia da linguagem e da teoria da literatura, entre outras, apontaram um intruso nesse mundo perfeito da análise histórica da realidade: a linguagem não era neutra e o uso que os historiadores faziam dela interferia em seus objetos, seus procedimentos e, portanto, em toda uma série de questões que eram pressupostos do método histórico” (texto-base, p. 101-102).
	
	D
	Os historiadores e leitores não devem se preocupar com a linguagem de textos históricos, pois a linguagem é neutra e o uso que os historiadores fazem dela não interfere em seus trabalhos historiográficos.
	
	E
	Os leitores não devem se preocupar com a linguagem e o estilo presente nas fontes e nos textos dos historiadores, pois o papel da linguagem se resume à tarefa de facilitar o entendimento dos textos.

Outros materiais