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Revista SBC Competicoes cientificas

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REVISTA DA
SOCIEDADE
BRASILEIRA
DE COMPUTAÇÃO
Secretarias Regionais 
incentivam alunos
16
e 18
XIII Maratona 
de Programação
COMPETIÇÕES CIENTÍFICAS
Revelando novos talentos
12
a 15
07
Outubro 
Novembro
Dezembro 2008
PA
NO
RA
M
A
REVISTA DA
SOCIEDADE
BRASILEIRA
DE COMPUTAÇÃO
Outubro 
Novembro
Dezembro 2008
www.sbc.org.br
Caixa Postal 15012
CEP: 91.501-970 – Porto Alegre/RS
Av. Bento Gonçalves, 9.500
Setor 4 – Prédio 43412 – Sala 219
Bairro Agronomia - CEP: 91.509-900
Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3308.6835 | Fax: (51) 3308.7142
E-mail: comunicacao@sbc.org.br
Diretoria:
José Carlos Maldonado (ICMC – USP)
Presidente
Virgílio Augusto Fernandes Almeida (UFMG)
Vice-Presidente
Carla Maria Dal Sasso Freitas (UFRGS)
Diretora Administrativa 
Paulo Cesar Masiero (ICMC – USP)
Diretor de Finanças
Marcelo Walter (UFPE)
Diretor de Eventos e Comissões Especiais
Edson Norberto Cáceres (UFMS)
Diretor de Educação 
Karin Breitman (PUC-Rio)
Diretora de Publicações
Augusto Sampaio (UFPE)
Diretor de Planejamento e Programas Especiais 
Aline Santos Andrade (UFBA)
Diretora de Secretarias Regionais
Altigran Soares da Silva (UFAM)
Diretor de Divulgação e Marketing
Ricardo de Oliveira Anido (UNICAMP)
Diretor de Regulamentação da Profissão
Carlos Eduardo Ferreira (USP)
Diretor de Eventos Especiais
Taisy Silva Weber (UFRGS)
Diretora de Cooperação com Sociedades Científicas
Editor Responsável: 
Altigran Soares da Silva (UFAM)
Editor Associado:
Carlos Eduardo Ferreira (USP)
Produção e Execução:
Giornale Comunicação Empresarial
Fone: (51) 3378.7100
www.giornale.com.br
Coordenação: Miqueline De Faveri
Redação: Leonardo Tissot, Mariana D’Avila e Miqueline 
De Faveri
Projeto Gráfico: Denise Polidori
Editoração: Júlia Teles
Fotos: Arquivo SBC 
Diretora e Jornalista Responsável: 
Fernanda Carvalho Garcia (Reg. Prof. 8231)
eventos | p.04 entrevista | p.06 comenda | p.22
EX
PE
DI
EN
TE
valores para 2009
Se você deseja renovar a anuidade ou se associar à SBC, 
confira o valor anual:
Estudante: R$ 40,00
Efetivo/ Fundador: R$ 100,00
Institucional: R$ 530,00
Assinante Institucional C: R$ 1.060,00
Assinante Institucional B: R$ 2.020,00
Assinante Institucional A: R$ 3.610,00
A anuidade da SBC vale pelo ano fiscal (janeiro a dezembro). 
Sócios da SBMicro têm desconto.
Adquira as publicações editadas pela SBC por meio do site 
www.sbc.org.br.
nesta edição:
EDITORIAL
03
CAMPANHA DE 
RENOVAÇÃO DA ANUIDADE
ASSOCIE-SE
A SBC conta atualmente com cerca de 4 mil associa-
dos, entre professores universitários, estudantes de 
graduação e pós-graduação e profissionais da Compu-
tação. Possui também aproximadamente 230 universi-
dades, centros de pesquisas, empresas e associações 
de empresas como sócios ou assinantes institucionais. 
Todos, além de contar com as vantagens de pertencer 
à Sociedade, contribuem para o desenvolvimento cien-
tífico e tecnológico da área no País. De acordo com 
Carla Dal Sasso Freitas, Diretora Administrativa da en-
tidade, a SBC tem por missão fortalecer as atividades 
de ensino, pesquisa e disseminação do conhecimento 
em Computação no Brasil. As atividades direcionadas 
ao ensino e à utilização de informática na escola tam-
bém recebem atenção especial. “A SBC conta com uma 
Comissão de Educação que estuda e propõe melhorias 
nos currículos de graduação e tem também forte atua-
ção na pós-graduação, através do seu Fórum de Coor-
denadores de Pós-Graduação”, afirma. 
No âmbito da pesquisa, a SBC promove diversos even-
tos relacionados às mais diversas áreas da Computação, 
propiciando intercâmbio de conhecimento e formação 
de parcerias entre os pesquisadores presentes. Além 
de apoiar a disseminação do conhecimento gerado, 
através dos anais desses eventos, a Sociedade publi-
ca três periódicos, o Journal of the Brazilian Computer 
Society (JBCS), a Revista Brasileira de Informática na 
Educação e a Revista Eletrônica de Iniciação Científica, 
que estão à disposição dos sócios, dependendo do tipo 
de associação. Recentemente foi lançada uma nova re-
vista, a SBC Horizontes, mais voltada para a formação 
profissional. “Como toda a associação visa fortalecer 
uma instituição para que ela seja representativa e lute 
pelos interesses dos seus membros, a associação à 
SBC é a forma natural que estudantes, professores e 
profissionais têm de apoiar as atividades promovidas 
pela Sociedade”, acrescenta.
Como fazer para atrair mais talentos para a área de Computação? 
Como motivar os estudantes a passarem horas e horas aprendendo 
técnicas de programação e estruturas de dados, ou técnicas de robótica 
e inteligência artificial, e ainda se divertirem com isso? Nesta edição da 
Computação Brasil, apresentamos as Olimpíadas Científicas promovi-
das pela SBC: a Maratona de Programação, a Olimpíada Brasileira de 
Informática (OBI) e a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR).
O interesse dos jovens na área de Computação e Tecnologia de Informa-
ção vem sofrendo uma queda acentuada nos últimos anos. Os motivos 
para isso são objeto de diversos estudos, mas ainda não há conclusões 
claras a respeito do que leva menos estudantes do Ensino Médio a se 
interessarem pela área, apesar das ofertas de emprego continuarem 
a se ampliar e dos salários continuarem muito bons (mesmo após a 
crise!). As Olimpíadas Científicas certamente auxiliam na atração de 
jovens, especialmente os que demonstram talento para trabalhar com 
tecnologia. 
Mostramos como funcionam as competições e os enormes ganhos que 
os participantes têm na sua formação e mesmo em sua carreira. Ex-
competidores da Maratona e das olimpíadas contam suas experiên-
cias e como a preparação para estes eventos os ajudou a alcançar 
importantes posições em grandes empresas na área de Tecnologia da 
Informação.
Destacamos também as finais brasileiras da Maratona de Programa-
ção, ocorridas nos dias 14 e 15 de novembro de 2008 em Vila Velha, 
no Espírito Santo. O nível da competição foi excelente, e mostrou um 
amadurecimento dos times por todo o País, com equipes premiadas 
vindas de instituições de todas as regiões do Brasil. Mostramos ainda 
como estas competições são financiadas por meio de parcerias com 
agências de fomento, com a Fundação Carlos Chagas e mesmo com 
algumas empresas da área.
As competições só existem por causa do trabalho de centenas de vo-
luntários que colaboram com a aplicação das provas, organização das 
sedes, elaboração e correção dos problemas, divulgação local e outras 
atividades. Procuramos destacar o empenho destas pessoas, sem as 
quais nenhuma das competições conseguiria sobreviver. Mostramos 
como o trabalho de divulgação tem se espalhado por todo o País, e 
como a preparação dos estudantes tem envolvido mais e mais volun-
tários. E mal termina a competição, já começa o trabalho do ano se-
guinte! Haja fôlego!
Desejamos uma ótima leitura, e contamos com o apoio de todos para 
nos ajudarem a divulgar estas olimpíadas em sua instituição, cidade 
e região!
Para os estudantes, o valor da anuidade é subsidiado, se 
forem considerados os custos de manutenção da Socieda-
de e suas múltiplas atividades. Com uma contribuição mí-
nima, eles podem receber a Revista Computação Brasil e 
participar com descontos consideráveis dos eventos pro-
movidos pela SBC, nos quais há sub-eventos diretamente 
voltados para estudantes, e das Escolas Regionais.
Segundo a Diretora, todos os eventos pro-
movidos e apoiados pela entidade oferecem 
descontos na inscrição aos seus sócios. Para 
se associar, basta preencher o formulário dis-
ponível na página da SBC, na seção “Associe-
se”, e efetuar o pagamento da anuidade. O 
associado receberá uma carteira de identifi-
cação. A anuidade vale para o ano fiscal, ou 
seja, de janeiro a dezembro de cada ano. Dúvi-
das podem ser esclarecidas através do e-mail 
sbc@sbc.org.br.Conheça as vantagens de se tornar sócio 
da Sociedade Brasileira de Computação.
Estudantes
0504
EV
EN
TO
S COMPETIÇÕES AJUDAM 
NA EDUCAÇÃO DE 
ESTUDANTES
OLIMPÍADA BRASILEIRA DE INFORMÁTICA
A primeira edição da OBI (Olimpíada 
Brasileira de Informática) foi realizada 
em 1999 e envolveu 300 alunos. Este 
evento é organizado em todas as esco-
las estaduais, municipais e particulares, 
para estudantes dos ensinos Funda-
mental e Médio que têm interesse em 
participar (hoje são mais de 12 mil ins-
crições). Atualmente, ela é composta de 
duas fases e duas modalidades (sendo 
uma subdividida em duas categorias e 
outra em três). De acordo com o Prof. 
Ricardo Anido, Coordenador do evento, 
o objetivo da competição é “descobrir ta-
lentos que possam ser aprimorados des-
de cedo, para que se tornem profissio-
nais competentes, promovam a carreira 
de Computação e o uso do computador 
como ferramenta qualificada, e não sim-
plesmente de acesso à Internet”. 
As provas são presenciais, individuais e 
ocorrem em um final de semana. Para 
o ingresso na disputa, há uma idade 
limite de 20 anos, sendo este o único 
requisito. Cada instituição tem um pro-
fessor representante, que organiza a 
Olimpíada localmente. A primeira fase é 
realizada na escola, já a segunda, com 
grande concentração de participantes, 
normalmente acontece nas capitais ou 
grandes cidades. O Prof. Anido destaca 
que o desempenho dos estudantes tem 
melhorado muito, em todos os níveis, 
porque os colégios vêm se preocupando 
em prepará-los. Ele informa, também, 
que OS CONCORRENTES COM RESULTADOS 
SUPERIORES AOS DEMAIS SÃO CONVIDADOS 
A ESTUDAR COMPUTAÇÃO NA UNICAMP, PA-
TROCINADOS INTEGRALMENTE PELA FUNDA-
ÇÃO CARLOS CHAGAS. “São entre 60 e 80 
escolhidos para o curso, que dura uma 
semana. Além disso, os quatro melhores 
classificados da modalidade Sênior são 
selecionados a participar da IOI (Olimpí-
ada Internacional de Informática), orga-
nizada anualmente, sempre em países 
diferentes”. Em 2008, a IOI ocorreu no 
Egito e em 2009 será na Bulgária. 
MARATONA DE PROGRAMAÇÃO
A Maratona de Programação, patroci-
nada pela Fundação Carlos Chagas, faz 
parte do Concurso de Programação da 
ACM (Association for Computer Machi-
nery), que é a sociedade científica nos 
Estados Unidos responsável por unir os 
profissionais, acadêmicos e estudantes 
de Computação. Chamado ICPC (Inter-
national Collegiate Programming Con-
test), o evento existe desde os anos 70 
e passou a ocorrer em todo o mundo (e 
não apenas nos Estados Unidos) a partir 
da década de 90. Na competição bra-
sileira, os alunos são confrontados com 
problemas de diferentes níveis de difi-
culdade, para testar seus conhecimen-
tos nas áreas de programação, desen-
volvimento de algoritmos e estruturas 
de dados. A primeira fase é distribuída 
em várias sedes, espalhadas pelo País. 
Cada uma seleciona os melhores times 
(formados por três pessoas) para partici-
par das finais brasileiras. O Prof. Carlos 
Ferreira, organizador do evento, escla-
rece: “A atuação dos grupos é medida 
pelo número de problemas que conse-
guem resolver durante as cinco horas de 
prova”. Ele explica que, para que todas 
as equipes tenham uma formação equi-
valente, há um limite à participação de 
cada aluno. “Esta restrição é de cinco 
anos desde o início da graduação, ou 
23 anos. Por exemplo: se a pessoa está 
no terceiro ano e sua idade é 27, ain-
da pode se inscrever. Ou, se ela já está 
no mestrado, mas ainda tem 22 anos, 
também pode”. Para fazer parte desta 
disputa, os estudantes devem, inicial-
mente, encontrar um representante da 
instituição, que será o técnico e fará o 
processo de inscrição, explicado no site 
http://maratona.ime.usp.br. Em sua his-
tória de competições, o Brasil ganhou 
cinco vezes o título latino-americano do 
ICPC. A melhor classificação do País foi 
obtida por um time do ITA, em 2005, 
em San Antonio, no estado americano 
do Texas. Em abril de 2008, quatro ti-
mes brasileiros foram a Banff, Canadá. 
A final mundial de 2009 será realizada 
em Estocolmo, na Suécia. 
COMPETIÇÃO BRASILEIRA DE ROBÓTICA
A 1ª CBR (Competição Brasileira de 
Robótica) foi realizada no ano de 2003, 
em Bauru (SP), junto com o SBAI (Sim-
pósio Brasileiro de Automação Inteligen-
te). Desde então, ocorre anualmente, 
sendo que, nos anos ímpares, realiza-se 
junto com o SBAI, e, nos pares, com a 
JRI (Jornada de Robótica Inteligente) da 
SBC. “A disputa acontece entre alunos 
de nível superior e professores, e tem 
como objetivo desenvolver, científica e 
tecnologicamente, a área de robótica 
móvel inteligente no Brasil”, explica o 
Prof. Flávio Tonidandel, organizador da 
CBR. Para a realização das provas, existe 
um steering committee, chamado CCR 
(Comitê de Competições Robóticas), 
que rege as condições e as caracterís-
ticas da disputa. O CCR gerencia tanto 
a CBR quanto a OBR. As inscrições são 
feitas pelo site do evento, e é necessá-
rio apresentar um artigo chamado TDP 
(Team Description Paper), que precisa 
ser aprovado. Já na CBR, a avaliação 
em algumas categorias é feita por meio 
de pontuação no desenvolvimento da 
tarefa e, em outras, apenas por disputa 
direta entre os participantes. No site do 
LARC 2008 (Latin American Robotics 
Competition) há mais informações so-
bre as categorias: http://jri2008.dca.
ufrn.br/LARC/index_pt.php. “Temos no-
tícias de que existem projetos de robôs 
anfíbios ou submarinos e de navegação 
de robôs móveis em ambientes contro-
lados, que têm o seu desenvolvimento 
proveniente de resultados obtidos por 
meio da competição de robótica”, co-
memora Flávio. 
OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ROBÓTICA
A 1ª Olímpiada Brasileira de Robótica 
(OBR) ocorreu em 2007, organizada 
pelo ITA e pela UFRN (Universidade Fe-
deral do Rio Grande do Norte). A OBR 
é uma competição anual, dividida em 
duas fases, voltada a qualquer aluno 
dos ensinos Fundamental e Médio. O 
Prof. Luiz Marcos Gonçalves, organi-
zador do evento em 2008, explica que, 
ENTRE OS OBJETIVOS DA OBR, DESTACAM-SE 
“DESPERTAR E ESTIMULAR O INTERESSE PELA 
ROBÓTICA, ÁREAS AFINS E A CIÊNCIA EM GE-
RAL, ALÉM DE PROMOVER A SUA INTRODU-
ÇÃO NAS ESCOLAS, proporcionar novos 
desafios aos estudantes, identificar ta-
lentos e estimulá-los a seguir carreiras 
científico-tecnológicas”. Ele afirma que 
a OBR procura, ainda, “colaborar no 
desenvolvimento e aperfeiçoamento dos 
professores e na melhoria do ensino no 
Brasil”. 
Para a inscrição, basta ser aluno do en-
sino fundamental ou médio (ou de cur-
sinho pré-vestibular oficializado); garan-
tir que o cadastro na escola seja feito por 
um alguém autorizado, no site (http://
obr.ic.unicamp.br/); que um professor 
representante seja definido; e que o alu-
no tenha menos de 20 anos completos 
até o mês de realização das finais. 
Em 2008, a OBR foi composta de três 
modalidades olímpicas: Teórica, Prática 
e Duatlon. As finais ocorreram em três 
dias de competição, para a Prática, e 
em três dias de curso e de tarefas práti-
cas (de programação de robôs), para a 
Duatlon. Os melhores colocados destas 
duas modalidades, em nível nacional, 
foram convocados para fazer parte da 
Seleção Brasileira de Robótica, que, em 
2009, representará o Brasil no Mundial 
da RoboCup, em Graz, na Áustria. Neste 
ano, entre os quase 12 mil participantes 
de todo o País, mais de 700 atingiram, 
pelo menos, 80 pontos na modalidade 
Teórica (o máximo são 100). “Durante 
as finais, tivemos a grata satisfação de 
saber que o MEC está interessado em 
nosso trabalho, com a definição de uma 
comissão para alavancar esta área de 
vez no Brasil. Ainda não temos nada ofi-
cial, mas esperamos notícias em breve”, 
finaliza o Prof. Luiz Marcos.
Com o objetivo de despertar o interesse pela área de Computação, 
a OBI, a OBR, a CBR e a MaRatOna de PROgRaMaçãO PRO-
MOveMa dIfuSãO de COnheCIMentOS, POR MeIO de atI-
vIdadeS que envOlvaM deSafIO, engenhOSIdade e uMa 
Saudável dOSe de COMPetIçãO. estas disputas procuram, ain-
da, colaborar no desenvolvimento e aperfeiçoamento dos profes-
sores, ajudando na melhoria do ensino em geral. Conheça melhor 
cada um destes eventos. 
M
ER
CA
DO
 D
E 
TR
AB
AL
HO VALE A PENA COMPETIR
especialistas do campo da tecnologia e da Informática 
contam como a participação nas Olimpíadas de Informáti-
ca e de Robótica e nas Maratonas de Programação foram 
importantes para sua formação profissional. 
“De forma bastante simplificada, a Olimpíada desen-
volveu em mim um conjunto de habilidades que tornou 
possível minha entrada em empresas como Microsoft e 
Google. Os problemas resolvidos nesse tipo de compe-
tição são semelhantes às perguntas feitas nas entrevis-
tas de emprego e fazem parte do dia-a-dia de um enge-
nheiro de software, em empresas de alta tecnologia.”
Igor de Andrade Lima Gatis, Engenheiro de Software 
do Google
“Participar da Maratona foi fundamental para minha 
formação. Existe uma série de problemas – aos quais 
temos pouca exposição durante a faculdade – muito 
explorados nas competições. A habilidade em resolvê-
los em pouco tempo é muito útil, especialmente em 
entrevistas de emprego.”
Thiago Hirai, Engenheiro de Desenvolvimento de 
Software da Microsoft
“O principal benefício de se participar das Olimpíadas 
é o desenvolvimento da habilidade de resolver proble-
mas complexos. Também aprendi vários truques de 
programação e compreendi, em detalhes, os diversos 
algoritmos fundamentais da Computação. A participa-
ção nas olimpíadas me ajudou a receber ofertas de 
trabalho da Microsoft (Redmond), uma bolsa de dou-
torado na Dinamarca e, recentemente, uma posição de 
professor na Universidade de Londres.” 
Paulo Oliva, Professor da Queen Mary, University Of 
London
“Essas competições são excelentes para o desenvolvi-
mento do aluno, por fazê-lo estudar tópicos avançados 
da área, obrigá-lo a trabalhar sob pressão e estresse 
extremos e acostumá-lo ao trabalho em grupo e à com-
petitividade. Para minha carreira foi fundamental, uma 
vez que os participantes que se dedicam bastante cos-
tumam ter todos esses diferenciais já citados, tão fun-
damentais não só no mercado, mas também na área 
acadêmica.”
Pedro Demasi, Doutorando em Engenharia de Sis-
temas e Computação, Professor Universitário e De-
senvolvedor
“Participo da Maratona desde 1999. Foi a coisa mais 
prazerosa da minha vida de estudante. Graças a ela, 
tenho conhecimento aprofundado em programação, 
algoritmos e estruturas de dados, otimização, testes, 
além de capacidade de análise e de adaptação, ge-
rência de estresse e treinamento de equipes. Consegui 
uma bolsa de doutorado por causa dessas qualidades. 
Estou com várias possibilidades de emprego e os resul-
tados da Maratona são meus diferenciais. As grandes 
empresas lutam para ter um vencedor competente em 
sua equipe.”
Alessandro de Luna Almeida, Arquiteto de Software
“Como resolvi seguir carreira acadêmica, não tenho 
experiência pessoal para dizer se a participação na 
Maratona ajuda ou não em uma contratação. Mas me 
parece que somente ter feito parte não seria um grande 
diferencial, dado que qualquer um pode inscrever seu time 
e não marcar nenhum ponto. O que realmente chama a 
atenção é vencer. Com o objetivo de ter um bom currículo, 
acredito que existam melhores usos da quantidade exorbi-
tante de tempo que é necessário para fazer um grupo che-
gar ao nível de campeão. Mas com o objetivo de aprendiza-
do, não tem comparação. Foi ótimo assimilar as técnicas, 
ao sentir necessidade delas para resolver as questões, em 
vez de apenas ler o conteúdo. Aprendi muito mais. Com o 
tempo você começa a reconhecer certas categorias de enig-
mas e aprende a não cometer certos tipos de erros.” 
Juliana Freire, Doutoranda em Matemática na New York 
University
“Participar da primeira Maratona de Programação no Brasil 
foi uma experiência fantástica! Aprendi muito nos treinos: 
técnicas de programação, depuração, coordenação, análise 
e resolução rápida de problemas; isso tudo me tornou um 
melhor profissional. A oportunidade de participar da final 
mundial foi inesquecível.” 
Alexandre Oliva, Engenheiro de Computação e Mestre em 
Ciência da Computação
“Com a participação e preparação para as Olimpíadas, de-
senvolvi minha capacidade de elaboração de algoritmos e 
resolução de problemas, e passei a escrever código correto, 
limpo e eficiente em menos tempo. Essas são habilidades 
valorizadas na hora de entrar no mercado de trabalho. Meu 
primeiro emprego, quando terminei o mestrado, foi uma 
indicação de um amigo das competições.” 
Vinicius Fortuna, Engenheiro de Software do Google
“Participar das Maratonas de Programação da SBC/ACM foi 
uma experiência marcante e inesquecível. Além dos aspec-
tos técnicos, me proporcionou viajar e fazer boas amizades. 
Ter feito parte destas competições foi um fator importante 
para a minha aceitação em bons programas de mestrado 
e doutorado. Minha vivência nestas competições foi útil, 
também, em processos de entrevista para emprego em vá-
rias empresas. Certamente os conhecimentos e a experiên-
cia adquiridos auxiliaram a lidar com estas situações de 
alta pressão.” 
Guilherme de Lima Ottoni, Engenheiro de Computação 
(FURG), Ph.D em Ciência da Computação (Princeton 
University)
“A Maratona começa como uma maneira divertida de co-
locar em prática muito daquilo que se via em sala de aula, 
mas com pouca oportunidade de aplicação. O espírito 
competitivo é um incentivo para que você continuamente 
queira aprender novas coisas. Um competidor da Marato-
na adquire uma experiência em programação e resolução 
de problemas consideravelmente acima da média do seu 
colega de curso que não participa. E essa experiência é 
muito valorizada pelas companhias de software, uma vez 
que grande parte das competições é patrocinada por no-
mes como Microsoft, Google e IBM”.
Leonardo Bespalhuk Facci, Engenheiro de Desenvolvi-
mento de Software da Microsoft
0706
08
SB
C
SB
C
VEM AÍ O WCCE 2009
CONHEÇA A PRIMEIRA 
EDIÇÃO DA SBC 
HORIZONTES
Educação e Tecnologia para um Mundo Melhor 
é o tema principal do WCCE 2009 (World Confe-
rence on Computers in Education). A conferência 
buscará explorar diferentes perspectivas dentro do 
tema, cobrindo todos os níveis de educação formal 
– assim como educação informal, aspectos sociais 
e desafios enfrentados pelos países em desenvol-
vimento. São esperados profissionais de todos os 
continentes, que trabalham no campo da educa-
ção, informação e tecnologias de comunicação.
A 9ª edição do WCCE 2009 é um evento da IFIP 
(International Federation for Information Proces-
sing), que conta com a cooperação da Sociedade 
Brasileira de Computação e, nesta edição, será 
organizado pela UFRGS, UFSC e IDESTI (Insti-
tuto de Capacitação, Pesquisa e Desenvolvimen-
to Institucional em Gestão Social de Tecnologia 
de Informação).
A SBC Horizontes é a mais nova publicação da Sociedade Bra-
sileira de Computação voltada especificamente para auxiliar 
estudantes (graduação e pós) e recém-graduados em busca de 
uma carreira de sucesso em Computação. A revista é eletrônica 
e formada por uma série de colunas, cada qual com um con-
junto de temas específicos. Tem tom informativo e descontraí-
do, sem ser exaustivo. 
O caráter dos textos apresentados na SBC Horizontes é definido 
por tópicos que discutem diretamente a carreira em Computa-
ção. Entre os temas abordados estão vantagens, problemas e 
dificuldades na carreira, ética, perfis e alternativas de carreira, 
dicas e estratégias para sucesso, mulheres na Computação, es-
tudar/trabalhar no Brasil ou no exterior, eventos promovidos e 
apoiados pela SBC, entre outros. A intenção é terum repositório 
organizado de informação para auxiliar a carreira de sócios es-
tudantes e recém-graduados da SBC. 
A revista é publicada a cada trimestre no website http://www.
sbc.org.br/horizontes. Os artigos da primeira edição focam em 
temas como: a língua inglesa e o profissional de Computação, 
a participação feminina na área, ética e Computação, o profis-
sional de banco de dados, como preparar o currículo Lattes, 
vencendo no mundo globalizado, trabalhar remotamente numa 
empresa multinacional, estudar nos EUA, cursos de tecnologia, 
o primeiro evento científico de uma aluna de graduação, alunos 
premiados, entre outros.
CONCURSO DE LOGO
O primeiro evento promovido pela SBC Horizontes foi o concur-
so para escolha do seu logo. Ernesto Cid Brasil de Matos, do 
Centro de Ensino Unificado de Teresina (CEUT), criou a opção 
vencedora. Ele recebeu um kit de produtos da Google Brasil, pa-
trocinadora do concurso. O segundo e o terceiro colocados são, 
respectivamente, Anderson Vicente da Universidade do Oeste 
Paulista (UNOESTE) e Luís Fernando Heckler, da Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Parabéns a eles e aos 
demais participantes que tornaram essa escolha acirrada!
PUBLIQUE NA SBC HORIZONTES
Convidamos os sócios da SBC a submeterem artigos e matérias 
para a SBC Horizontes. Instruções completas estão disponíveis 
no website da revista. O prazo para contribuir com a segunda 
edição é 15 de março de 2009. 
Por Mirella M. Moro (UFMG) e Marta Mattoso (COPPE/UFRJ),
Editoras-Chefe da SBC Horizontes
São aguardadas contribuições em diferentes formatos, como 
sessões colaborativas interativas, simpósios, demonstrações, 
painéis, workshops, artigos (completos e resumos) e pôsteres. 
Todos os trabalhos serão avaliados e os artigos aprovados farão 
parte dos anais da conferência. Os selecionados irão compor 
um livro, editado pela Springer-Verlag, e versões ampliadas de 
alguns artigos serão publicadas em uma edição especial do 
periódico “Education and Information Technologies”.
Os tópicos e perspectivas principais do encontro são: Solida-
riedade digital; Educação Continuada; Professores: Métodos de 
Ensino, Desenvolvimento Profissional e o Papel dos Professo-
res; Estratégias de Tomada de Decisão; Networking e Colabo-
ração; e Inovação e Criatividade nas Escolas. Cada um dos 
tópicos pode ser abordado pelas perspectivas Social, Ensino e 
Aprendizagem, Tecnologia e Infra-estrutura e Pesquisa.
O prazo para submissão de contribuições (todos os formatos) é 31/12/2008. A notificação de aceitação será 
enviada em 28/2/2009. Mais informações no site www.wcce2009.org.
Como participar?
AGENDA
EVENTOS 
WTA - Workshop de Tecnologia Adaptativa – Dias 29 e 30 de janeiro – São Paulo (SP) 
ERIN - I Escola Regional de Informática da Região Norte I – De 4 a 6 de março – Manaus (AM)
ERAD - IX Escola Regional de Alto Desempenho – De 17 a 20 de março – Caxias do Sul (RS) 
ERBD - V Escola Regional de Banco de Dados – De 15 a 17 de abril – Ijuí (RS) 
SBSI - V Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – De 20 a 22 de maio – Brasília (DF) 
SVR - XI Symposium on Virtual and Augmented Reality – De 25 a 28 de maio – Porto Alegre (RS) 
SBRC - XXVII Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores – De 25 a 29 de maio – Recife (PE) 
SBQS - VIII Simpósio Brasileiro de Qualidade de Software – De 1º a 5 de junho – Ouro Preto (MG) 
CSBC - XXIX Congresso da Sociedade Brasileira de Computação – De 21 a 24 de julho – Bento Gonçalves (RS)
SB
C
1110
SB
CLEITURA
INTERATIVA 
Desde o ano 2000, a Editora Campus-Elsevier estabeleceu um convê-
nio com a Sociedade Brasileira de Computação para a produção conti-
nuada de uma série de livros, com a chancela da associação. A parceria 
visa aproveitar a credibilidade institucional da organização e o alto nível 
de qualidade e distribuição da editora. Esta é a chave do sucesso dessa 
união: conteúdo de qualidade em obras bem feitas. 
Por saber que, cada vez mais, os livros têm disputado a atenção e o tem-
po do aluno com diversas novidades, vem sendo realizado um investi-
mento no desenvolvimento de material complementar a eles. O editor 
da coleção, Andre Gerhard Wolff, explica: “Uma de nossas propostas é 
incorporar elementos de jogos eletrônicos, para motivar e provocar posi-
tivamente o leitor no processo de aprendizagem”. A série Campus SBC 
tem por objetivo publicar livros-texto focados nas principais disciplinas 
da graduação em Ciência da Computação, Engenharia de Computação 
e Sistemas de Informação. “Com base na definição de currículo referên-
cia da SBC (CR99), buscamos na comunidade acadêmica brasileira, 
autores renomados para a produção dos textos”, informa Andre. 
A SBC tem uma grade intensa de eventos durante o ano, e esses mo-
mentos são utilizados para o lançamento das obras. Além disso, a edi-
tora promove mostras em livrarias e palestras em faculdades. “É im-
portante salientar que faz parte do processo de divulgação a entrega de 
livros para professores das disciplinas relacionadas aos temas. Assim, 
damos a eles a oportunidade para, com o material em mãos, analisar e 
decidir pela adoção dos mesmos”. 
As solicitações podem ser feitas por educadores cadastrados, diretamen-
te no site da editora. Existe grande expectativa quanto às novidades 
previstas para 2009. Junto à Coordenadora da Série, Professora Karin 
Breitman, houve um chamado de serviços e muitas propostas interes-
santes foram recebidas. 
A Série tem alcançado muito sucesso. Até o momento, são seis livros 
publicados. Na última edição do prêmio Jabuti, a obra “Introdução ao 
Teste de Software”, dos professores José Carlos Maldonado, Marcio De-
lamaro e Mario Jino conquistou o 3° lugar da categoria. “A Série não 
pára de crescer e estamos sempre em busca de novos títulos. Se o leitor 
tiver interesse em apresentar uma proposta, basta entrar em contato 
com a Professora Karin Breitman (karin@inf.puc-rio.br) que ela será 
avaliada com o maior interesse”, incentiva Andre.
Série Campus SBC aposta no desenvolvi-
mento de novos materiais, a fim de des-
pertar a atenção dos alunos.
O Charla 2008 (grand Challenges Workshop), evento voltado 
aos pesquisadores da área de Computação da américa latina, 
ocorreu pela primeira vez nos dias 5 e 6 de setembro deste 
ano, em Buenos aires (argentina).
UNINDO AS AMÉRICAS
Alunos Destaque
Organizado pela SBC e pelo CLEI (Centro Latinoamericano 
de Estudios en Informática), o seminário teve patrocínio do 
LATAM Virtual Institute e da Microsoft Research. De acordo 
com o Vice-Presidente da SBC, Prof. Virgílio Almeida, o 
evento buscou fomentar o trabalho de grupos de pesqui-
sadores na América Latina, com o intuito de identificar e 
caracterizar problemas de pesquisa que são, ao mesmo 
tempo, desafiadores em termos científicos e relevantes para 
a região.
O objetivo foi plenamente atingido, já que os temas defi-
nidos possuem as características essenciais para suprir as 
necessidades debatidas: avançar a Ciência da Computação 
e áreas correlatas; motivar pesquisadores da América Lati-
na; e criar colaborações entre diferentes grupos na região. 
“Essa colaboração poderá formar importantes redes de co-
nhecimento, unindo estudiosos de vários países em torno 
Desde 2003 a Sociedade Brasileira de Computação recompensa os estudantes com melhor desempenho aca-
dêmico com o prêmio ALUNO DESTAQUE. O objetivo é incentivar os egressos a investir na carreira. A escolha 
fica a cargo do delegado institucional e do coordenador de curso da universidade. A premiação é entregue 
durante as cerimônias de colação de grau, e inclui uma placa personalizada e certificado. 
Os delegados institucionais que têm interesse em homenagear estudantes da sua instituição devem entrar em 
contato pelo e-mail institucional@sbc.org.br. A relação completa dos homenageados pode ser encontrada no 
site www.sbc.org.br.de problemas importantes para todos”, afirma.
Os desafios definidos pelo grupo, após os dois dias de debate 
são: Tecnologias de Informação e Comunicação Orientadas 
ao Cidadão; Multilinguismo e Identidade Latino-americana 
em um Mundo Digital; Computação Orientada ao Monito-
ramento e Controle Ambiental; e Redes Colaborativas Com-
plexas. “O documento resultante do CharLA está em proces-
so de elaboração e deverá ser disponibilizado no portal do 
evento, ainda em fase de construção, no início de 2009”, 
revela o Presidente da SBC, Prof. José Carlos Maldonado, 
que representou a entidade no evento, juntamente com os 
professores Virgílio Almeida e Augusto Sampaio.
Participaram do CharLA, no total, 20 pesquisadores da 
América Latina, além de membros do comitê organizador. 
Uma nova edição do seminário deve ocorrer em 2010, em 
local a ser definido.
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EM BUSCA DA VITÓRIA
e atrativos para os participantes. Ao contrário do que ocorre 
normalmente, a Maratona não poderia ser realizada com as 
equipes dispostas em um mesmo ambiente, e sim divididas 
em oito laboratórios espalhados pelo campus. Para atender a 
uma das regras estabelecidas da competição – a necessidade 
dos participantes serem vistos uns pelos outros durante as cin-
co horas de prova –, a organização contou com a tecnologia. 
“Instalamos câmeras em cada laboratório, de forma que todos 
pudessem acompanhar a Maratona, inclusive os técnicos, que 
assistiram a tudo no Cine Teatro da universidade”, explica. 
Esta foi apenas uma das inovações oferecidas pela organização 
na Maratona deste ano. Outros diferenciais foram o ambien-
te praiano, com as equipes confortavelmente instaladas em 
hotéis a beira-mar, e o tratamento altamente profissional das 
atividades de recreação e logística para acomodar e transportar 
os competidores durante os dois dias de evento. “TRABALHA-
MOS COM EMPRESAS QUE POSSIBILITARAM UM ÓTIMO ATENDIMENTO 
ÀS PESSOAS. ISSO COM CERTEZA GEROU UM GASTO MAIOR POR PARTE 
DA ORGANIZAÇÃO, MAS CONTRIBUIU MUITO PARA A QUALIDADE DA MA-
RATONA”, destaca.
INTEGRAÇÃO 
Na manhã de sexta-feira, 14 de novembro, o clima entre as 
equipes, naturalmente, ainda não era de amizade. Recém-
chegados de viagem, os competidores não estavam totalmente 
integrados – algo normal, especialmente considerando a quan-
tidade de pessoas de diferentes estados brasileiros envolvidos 
na disputa. No entanto, a organização estava decidida a mudar 
esta situação e preparou atividades de integração que geraram 
uma reviravolta completa na relação entre os maratonistas.
Levadas de ônibus até a Praia da Costa, por volta das 16h, 
as equipes tiveram a oportunidade de interagir por meio de 
atividades esportivas, desenvolvidas por recreacionistas profis-
sionais. Foram fornecidos materiais esportivos e organizadas 
pequenas competições, para que todos pudessem aproveitar 
momentos de diversão e lazer antes do estresse e estado de 
concentração total que seria exigido no dia seguinte. 
Divididos em três times – identificados por fitas azuis, verdes e 
vermelhas – os maratonistas puderam escalar plataformas, dis-
putar corridas sobre tábuas e pneus e mergulhar no mar, sendo 
observados por alguns curiosos moradores de Vila Velha que 
cruzavam a avenida Antônio Gil Veloso, próxima à orla. Apesar 
de nublado, o tempo cooperou, sem chuva durante a atividade. 
Ao final, todos caminharam até a Ilha da Sereia, localizada a 
poucos metros da beira da praia. Sorridente, o Coordenador 
Carlos Eduardo Ferreira dizia a quem quisesse ouvir: “Conse-
guimos integrar a rapaziada”. As expressões fechadas e tensas 
foram trocadas por sorrisos, abraços e muitas fotografias entre 
os competidores.
Os treinadores das equipes participantes também aprovaram 
a atividade. Para o Prof. Armando Gouveia, do ITA (Instituto 
Tecnológico de Aeronáutica), a integração foi muito positiva. 
“Ajudou os alunos a descontrair, o que foi importante, pois eles 
estavam preocupados com a Maratona”, afirmou. O coach das 
equipes King of Fighters e Fatal Fury, da UFS (Universidade Fe-
deral do Sergipe), Thadeu Henrique Rodrigues, tem a mesma 
opinião. “Um pouco de divertimento é bom para diminuir a 
tensão que a competição provoca”, analisou.
UM LONGO CAMINHO
No entanto, o sábado marcou a volta das expressões tensas 
do dia anterior. A concentração das equipes era bastante ní-
tida a qualquer um que transitasse pelos saguões dos hotéis 
e pelo restaurante Josefa’s, onde os participantes realizaram 
todas as refeições nos dois dias em Vila Velha. Durante o almo-
ço, que ocorreu às 11h30, o burburinho ao redor das mesas 
era mínimo, deixando claro o foco total dos competidores nos 
problemas que deveriam resolver em poucas horas. Afinal, a 
preparação e as dificuldades para chegar à final da Maratona 
foram grandes para todos os times.
Algumas histórias curiosas demonstram a vontade e esforço 
que muitas equipes tiveram de dispor para chegar à Vila Velha. 
O Prof. Wladimir Tavares, da UFC (Universidade Federal do 
Ceará), revelou que, até dois dias antes da viagem, a participa-
ção de sua equipe, batizada de AVL Team, era uma incógnita. 
“Conseguimos as passagens de avião apenas na quarta-feira, 
dia 12, graças ao apoio da Funcap (Fundação Cearense de 
Apoio à Pesquisa) e da FCPC (Fundação Cearense de Pesquisa 
e Cultura). A Pró-Reitoria da UFC só teve condições de ajudar 
com o valor das inscrições”, conta.
Se o clima não era o esperado pela organização e pelos com-
petidores da 13ª edição da Maratona de Programação da SBC, 
que ocorreu em Vila Velha (no Espírito Santo, a 5 Km da capital 
Vitória), o mesmo não pode ser dito a respeito da motivação 
dos participantes. O tempo nublado e ventoso – que pouco 
combina com o cenário de uma cidade praiana – em nada 
atrapalhou a animação e vontade dos maratonistas, que sou-
beram aproveitar cada momento do evento, nos dias 14 e 15 
de novembro.
Das 51 equipes classificadas para a final, 47 tiveram condi-
ções de comparecer e disputar uma vaga na etapa mundial 
da competição, que ocorre em Estocolmo (Suécia), em abril 
de 2009. Mais de 140 acadêmicos de Computação estiveram 
presentes, juntamente com seus técnicos, representando 18 
estados brasileiros. No total, mais de 360 equipes competiram 
nas etapas regionais da Maratona, com 130 universidades en-
volvidas na disputa, em 40 sedes. O crescimento ano a ano é 
notável, especialmente se comparado à primeira edição do 
evento, ocorrida em 1996, na qual apenas 13 times 
participaram. Na palestra de abertura da edição de 
2008, o Coordenador, Prof. Carlos Eduardo Ferreira, 
demonstrou satisfação pelo interesse dos estudantes. 
“É bom ver como essa brincadeira está crescendo”, afir-
mou.
ORGANIZAÇÃO E CLIMA PRAIANO
O Diretor de Sede desta edição da Maratona, Prof. Cristia-
no Biancardi, começou a organizar o evento ainda no ano 
passado. Após realizar as etapas regionais da compe-
tição no Espírito Santo em 2006 e 2007, o também 
Coordenador do curso de Ciência da Computação da 
UVV foi mais ambicioso: apresentou uma proposta 
para sediar a final da Maratona no estado. “Em 2007 
fui a Belo Horizonte, onde ocorreu a final, para observar 
como tudo funcionava, assimilar todos os detalhes da or-
ganização e, assim, poder realizar aqui um trabalho de alto 
nível, como é o padrão da Maratona”, revela.
Com a colaboração do Prof. Carlos Eduardo, a ci-
dade de Vila Velha foi avaliada sob vários aspec-
tos: rede hoteleira, estrutura da universidade 
a XIII Maratona de Programação reu-
niu, em sua etapa final, 47 equipes na 
uvv (Centro universitário vila velha), 
no espírito Santo. em uma das mais 
equilibradas edições da competição, 
a ufPe (unIveRSIdade fedeRal de 
PeRnaMBuCO) fOI a gRande venCe-
dORa, com suas duas equipes conquis-
tando a primeira e a terceira colocações.
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Os 10 primeiros colocados na Maratona 2008 *
Medalha de ouro:
1 – Prático, Cícero e Heitor – UFPE – 7 problemas resolvidos [classificado para a Final Mundial]
2 – Triforce – UFPR – 6 problemas resolvidos [classificado para a Final Mundial]
3 – YaThreeSobas – UFPE – 6 problemas resolvidos **
Medalha de prata:
4 – NULL – UFES – 6 problemas resolvidos [classificado para a Final Mundial]
5 – Posso ajudar? – UECE – 6 problemas resolvidos [classificado para a Final Mundial]
6 – Time Limit Exceeded – UFSC – 6 problemas resolvidos [classificado para a Final Mundial]
Medalha de bronze:
7 – Guerreiros da Poli – EP-USP – 6 problemas resolvidos [classificado para a Final Mundial]
8 – Tampureção – Unicamp – 6 problemas resolvidos
9 – End of List – IME-USP – 6 problemas resolvidos
10 – Merputação – Unicamp – 5 problemas resolvidos
A lista completa pode ser acessada no endereço http://maratona.ime.usp.br/resultados08/score.php.html.
* Seis equipes brasileiras participarão da Final Mundial, em Estocolmo (Suécia), em abril de 2009. As passagens serão patrocinadas 
pela Fundação Carlos Chagas.
** A equipe YaThreeSobas não poderá representar o Brasil na Final Mundial, já que uma regra do ICPC (International Collegiate Pro-
gramming Contest) estabelece que uma mesma instituição – no caso, a UFPE – não pode ter mais de um representante na competição. 
Assim, a equipe Prático, Cícero e Heitor, melhor classificada, disputará a Final.
As equipes da UFS também passaram trabalho para chegar ao 
Espírito Santo. Para economizar, quatro dos seis competidores e 
o técnico viajaram de carro de Aracaju (SE) até Salvador (BA), 
encarando 320 Km de estrada e a travessia em uma balsa. 
Após deixarem o automóvel no estacionamento do aeroporto, 
na Bahia, pegaram um vôo até Vitória. “E ainda temos que en-
carar a volta”, lembrou o coach Thadeu Rodrigues.
Outra equipe que viajou de carro até o local da Maratona – e 
percorrendo uma distância ainda maior (cerca de 3 mil km) 
– foi a GoGo40, da UFPA (Universidade Federal do Pará). De 
acordo com os maratonistas Hector Masuda, Péricles Macha-
do e Paulo de Almeida, foi necessário diri-
gir por nada menos que seis estados até a 
chegada ao Espírito Santo, numa viagem 
de aproximadamente 60 horas. “Saímos 
no domingo de madrugada de Belém (PA) 
e chegamos em Vila Velha por volta das 
18h de terça”, revelam.
Alguns times, no entanto, puderam con-
tar com uma melhor estrutura e apoio 
para disputar a Maratona. Um exemplo é 
a equipe Amazonas Info, da UFAM (Universidade Federal do 
Amazonas). De acordo com o técnico – o professor e Coordena-
dor do curso de Ciência da Computação da Universidade José 
Francisco Magalhães Netto –, o convênio com o INDT (Insti-
tuto Nokia de Tecnologia) permitiu a compra das passagens e o 
custeamento das hospedagens. “Ter um apoio forte é essencial, 
pois ajuda a motivar os alunos a participar de eventos importan-
tes como a Maratona e outros promovidos pela SBC”, pondera.
Quem também conseguiu um grande suporte foi a UDESC 
(Universidade do Estado de Santa Catarina), que levou duas 
equipes à Maratona: TAE e Relax. “O Centro de Formação de 
Talentos – Datasul, com quem temos uma parceria, patrocinou 
a vinda de uma equipe. Ao conquistarmos a segunda vaga, 
a UDESC custeou a viagem do outro time”, revela o técnico 
Claudio Cesar de Sá. Todo apoio é essencial, principalmente 
levando em conta que esta é apenas a segunda vez que a uni-
versidade catarinense consegue classificar times para a final da 
Maratona. “Em 2009, nossa idéia é vir com uma equipe ainda 
mais competitiva. Estamos fazendo atualmente um trabalho de 
base. Afinal, um bom resultado não acontece da noite para o 
dia”, completa. 
CONCENTRAÇÃO, EXPECTATIVA E BALÕES
A concentração total valeu a pena. A partir das 14h15 do dia 
15 de novembro, as 47 equipes começaram a resolver os 11 
problemas propostos nesta edição da Maratona. O equilíbrio foi 
muito grande e os resultados, ansiosamente acompanhados pe-
los técnicos durante as cinco horas da prova. A cada balão que 
surgia próximo aos computadores onde uma equipe trabalhava 
(o que representava um novo problema resolvido), seus técni-
cos comemoravam. Como é de 
praxe, nos últimos 60 minutos 
o placar foi congelado e quem 
estava do lado de fora não rece-
beu mais informações a respei-
to de quem estava submetendo 
resultados e resolvendo os pro-
blemas.
Os campeões foram os pernam-
bucanos do time Prático, Cícero 
e Heitor, composta por Pedro Bello, Hallan dos Santos e Pablo 
Pinheiro. Treinando em equipe todos os sábados – e indivi-
dualmente durante a semana, desde o mês de março –, eles 
acreditavam ter condições de apresentar um bom desempenho 
em sua primeira participação juntos (os três já haviam disputa-
do a Maratona separadamente), mas não estavam esperando 
conquistar o lugar mais alto do pódio tão cedo. “Essa vitória nos 
motiva a continuar treinando cada vez mais”, afirmam. O trio 
viajará para o exterior pela primeira vez, quando irão representar 
o Brasil na Final Mundial da Maratona, na Suécia (juntamente 
com mais cinco equipes. Confira box). Mas será que eles sa-
bem alguma coisa do país nórdico? “Só que é muito frio e tem 
muita mulher bonita”, brincam.
Mas houve mais pernambucanos se destacando. A equipe Ya-
ThreeSobas, composta por Víctor Medeiros, Artur de Aquino e 
Maíra Araújo, ficou em terceiro lugar, e foi uma das únicas a 
contar com uma menina em sua formação. “Não entendo por 
que tão poucas mulheres participam da Maratona, pois temos 
tantas condições de fazer sucesso quanto os homens”, diz Maí-
ra. Também competindo pela primeira vez, o time não esperava 
ir tão longe. “Queríamos ficar pelo menos em 10º lugar para 
conquistar uma medalha. Mas conseguimos ir além”, come-
moram.
A treinadora das duas equipes, Prof.ª Liliane Salgado, era só 
sorrisos após a divulgação dos resultados. Para ela, os gran-
des vencedores são os próprios estudantes, não a universidade. 
“O MAIOR GANHO DA MARATONA É O CONHECIMENTO E QUEM LEVA ESSE 
CONHECIMENTO É O ALUNO”, reflete. Mas ela também destaca o 
bom trabalho realizado na UFPE há alguns anos. “Esta foi nos-
sa quarta conquista nesta competição. Antes de eu assumir as 
equipes, a Prof.ª Kátia Guimarães, que fundou a Maratona em 
nossa universidade, treinou outros times que levaram o título 
em três oportunidades, e essa vitória também é dela”, afirma.
A segunda colocada foi a equipe Triforce, da UFPR, treinada 
pelo Prof. André Guedes. Curiosamente, os três maratonistas 
são irmãos: Bruno, Raphael e Eduardo Ribas. Esta foi a se-
gunda vez que eles disputaram a competição em família. Em 
2007, alcançaram a sétima colocação. Bruno, que acabou de 
se formar, e Raphael, que concluirá a graduação no final de 
2008, não farão mais parte do time no ano que vem. O pri-
meiro, no entanto, deve assumir como treinador de uma nova 
equipe a ser formada, que contará com o caçula Eduardo. 
“Nosso trabalho flui bem em grupo e queremos manter isso 
2009”, afirmam.
Na cerimônia de encerramento, a festa ficou por conta dos dez 
times medalhistas, que subiram ao palco do Cine Teatro da 
UVV para receberem seus prêmios. “Foi sem dúvida a mais 
disputada das maratonas, mostrando, como afirmei na aber-
tura, que o evento ‘pegou’ no País todo”, disse o Prof. Carlos 
Eduardo Ferreira.
NOVO DESTINO: CAMPINAS
No ano que vem, a final da Maratona volta a ocorrer em Cam-
pinas (SP), no campus da Unicamp. O Diretor de Sede da com-
petição será o Prof. Rodolfo Jardim de Azevedo. A expectativa é 
de crescimento ainda maior, tanto no número de equipes da pri-
meira fase, quanto no de participantes da final. Potencial para 
isso, o Brasil já vem demonstrando há muitos anos
Juízes administram resultados
A Maratona de Programação é coordenada, tam-
bém, por juízes que realizam um trabalho bastante 
específico. No Brasil, cinco foram os responsáveisnesta edição: o juiz-chefe, Prof. Ricardo Anido, 
acompanhado do Prof. Cláudio Leonardo Lucchesi 
(IC-Unicamp), dos doutorandos Raphael Marcos 
Menderico (IC-Unicamp) e Pedro Demasi (COPPE/
UFRJ) e do mestrando em Computação Gráfica Fá-
bio Moreira.
De acordo com eles, 99% do trabalho é realizado 
antes da Maratona. “Elaboramos, juntamente com 
outros professores da América Latina, os problemas 
para a competição, que é a etapa mais trabalhosa”, 
revelam. Além disso, os juízes recebem as submis-
sões durante a prova, conferindo os resultados dos 
problemas, que são gerenciados pelo software Boca. 
Segundo eles, os períodos inicial e final de cada Ma-
ratona são os mais críticos, pois é quando os com-
petidores submetem mais resultados. “Os primeiros 
e os últimos 30 minutos são os mais complicados, 
mas em geral não temos problemas para adminis-
trar as competições”, afirmam. 
“foi a mais disputada 
das maratonas, mos-
trando que o evento 
‘pegou’ no País todo”
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EN
SI
NO
CRESCENDO A OLHOS VISTOS
nos últimos anos, as competições científicas pro-
movidas pela SBC têm apresentado crescimento em 
muitas regiões do Brasil. grande parte deste aumento 
na presença de alunos interessados nas Olimpíadas 
Brasileiras de Informática (OBI) e de Robótica (OBR), 
bem como na Maratona de Programação deve-se ao 
trabalho das Secretarias Regionais.
16
individuais de grupos de estudantes. Com uma maior 
divulgação e apoio, 1.700 alunos do Sergipe estiveram 
presentes na competição naquele ano. O número au-
mentou ainda mais em 2008, chegando a 3.200 
estudantes inscritos. Os estados da Bahia e de 
Alagoas, que também compõem a regional, 
apresentaram crescimento semelhante, em-
bora numa proporção menor. 
Entre as estratégias de divulgação implanta-
das pela Prof.ª Leila Silva, estão as visitas às 
escolas de Ensino Médio e Fundamental da 
região, que possibilitaram uma aproximação com 
os professores e alunos; o envio de cartazes e car-
tas explicativas do evento para esses colégios; contato 
por meio de correio eletrônico, via listas de discussão; 
e a realização de cerimônias de premiação dos alunos 
ganhadores – com veiculação na mídia local, o que valorizou 
ainda mais suas conquistas –, incluindo a entrega de me-
dalhas perante suas famílias, amigos e sociedade em geral. 
“O efeito é muito positivo. As escolas, os estudantes e os pais 
ficam mais entusiasmados com o evento. Convidamos todas 
as escolas premiadas para a cerimônia, bem como as auto-
ridades locais, e conferimos as medalhas aos alunos. É uma 
grande festa”, revela.
A importância da participação efetiva dos Secretários Regio-
nais e Representantes Institucionais na divulgação das com-
petições científicas em todo o País é ratificada pelas lideran-
ças da SBC. “A OBI depende muito das Secretarias Regionais. 
Os locais onde as Olimpíadas funcionam melhor são aqueles 
onde os Secretários abraçam a causa, vestem a camisa da 
competição. Nesses lugares é que os resultados aparecem de 
forma mais contundente”, afirma o Coordenador da OBI, Prof. 
Ricardo Anido. 
No entanto, os Secretários não estão sozinhos nesta cami-
nhada. A Diretoria de Secretarias Regionais da SBC, liderada 
pela Prof.ª Aline Andrade (UFBA), está implementando ações 
e incentivando o trabalho em cada região. A Diretoria tem 
estimulado os Secretários Regionais e Representantes Institu-
cionais a promoverem iniciativas que ofereçam apoio à OBI, 
submetendo projetos nos editais dos seus estados para este 
propósito. “Para a OBI 2008, várias regionais implantaram o 
curso de programação que foi proposto pela organização geral 
do evento. Os Secretários deram apoio para o desenvolvimen-
to destes cursos em várias Regionais, o que foi importante 
para o crescimento”, diz a Diretora. 
Outra iniciativa de impacto foram as visitas às instituições de 
ensino de cada região. “Acredito ser importante entrar em con-
tato com professores e alunos, realizar pequenos seminários, 
Divulgação nos meios de comunicação 
A divulgação na mídia também é uma estratégia uti-
lizada pelo Secretário da Regional Nordeste 1, Pedro 
Porfírio Muniz Farias (UNIFOR). De acordo com ele, espe-
cialmente quando há grande participação de alunos de Ensi-
no Fundamental e Médio, é importante atrair a atenção dos 
meios de comunicação, pois estes ajudam a dar visibilidade 
aos colégios e a seus bons alunos, o que aumenta o interesse 
das escolas em apoiar as competições científicas. A preocu-
pação atual é a de disseminar a OBI no interior do estado do 
Ceará, aumentar a participação do público feminino e, tam-
bém, tentar atingir a escola pública. Para o Prof. Pedro Porfírio, 
isso é fundamental para atingir mais público. “No Ceará, 22 
escolas de diversas cidades se inscreveram nos últimos anos, 
o que alavancou nossos índices. Chegamos, inclusive, a ser o 
enfim, fazer uma divulgação corpo a corpo, mesmo”, aponta 
o Prof. Wagner Arbex, Representante Institucional em Minas 
Gerais. Ele acredita, ainda, que, para a OBI, UM TRABALHO DE 
TUTORIA PODE SER INTERESSANTE PARA SE IDENTIFICAR O POTENCIAL 
DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, COMEÇANDO A TRA-
BALHAR SUAS APTIDÕES ANTES MESMO DE ENTRAREM PARA A UNIVER-
SIDADE. Já na Maratona de Programação, “o ideal é apresentar 
os resultados para o mercado, assim como para as instituições 
de ensino e pesquisa, mostrando o diferencial da qualificação 
desses estudantes”, pondera.
Buscando a participação de mais alunos
A maioria dos Secretários Regionais está sintonizada e tra-
balhando para o aumento da participação nas competições 
científicas na sua região. Em Sergipe, por exemplo, o número 
de participantes tem chegado próximo ao de São Paulo, tradi-
cionalmente o estado com os mais altos índices de inscrições. 
Isso está ocorrendo porque a Secretaria Regional vem atuando 
fortemente, o que é decisivo para os resultados obtidos. A res-
ponsável por este trabalho entre os anos de 2005 e 2007 foi 
a Prof.ª Leila Silva (UFS), Secretária da Regional Nordeste 3, 
atualmente coordenada pela Prof.ª Simone Branco. 
Até o ano de 2007, a participação de alunos da região na 
OBI era praticamente inexistente, salvo eventuais iniciativas 
18
EN
SI
NO segundo estado em número de participantes na OBI, perden-do apenas para São Paulo, cuja população é muito maior”, 
analisa. O resultado também se reflete no excelente número 
de premiações. “Estamos nos articulando com as delegacias 
institucionais para melhorar também a participação dos ou-
tros dois estados da Regional – Maranhão e Piauí”, afirma.
Criatividade para atrair alunos
Uma iniciativa diferente foi idealizada pela Prof.ª Odette Mes-
trinho Passos, Secretária da Regional Norte 1, que englo-
ba os estados do Acre, Amazonas e Roraima. Para ajudar 
a divulgar as competições científicas entre alunos do Ensino 
Médio e Fundamental, foi criada em 2008 a I 
Olimpíada de Informática de Itacoatiara (cidade 
do interior do Amazonas), com o apoio da FAPE-
AM (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado 
do Amazonas). “A expectativa era de que 200 
alunos de Ensino Médio e Fundamental partici-
passem, mas esse número foi muito maior. No 
total, 800 alunos se inscreveram, a maioria de 
escolas públicas, o que demonstra o interesse e 
potencial da região”, aponta a professora. No to-
tal, dez alunos de Ensino Fundamental e dez de 
Ensino Médio se classificaram. Três estudantes 
foram premiados com participação no SBIE (Simpósio Bra-
sileiro de Informática na Educação), realizado em Fortaleza, 
entre os dias 12 e 14 de novembro deste ano.
A expectativa é aumentar aos poucos a participação na re-
gião. Em 2008, quatro alunos da Fundação Nokia de Ensino, 
através do Prof. Manoel Pantoja, foram premiados com uma 
medalha de prata (este aluno ganhou também um curso na 
Unicamp), duas medalhas de bronze e uma de honra ao mé-
rito. Além disso, a FundaçãoNokia de Ensino premiou os es-
tudantes que se destacaram na OBI sem um reconhecimento 
oficial. Para divulgar os vencedores, a Secretaria Regional es-
palhou outdoors pela cidade de Manaus. Em 2009, espera-se 
que pelo menos quatro equipes classifiquem-se para a OBI.
Buscar apoios para crescer
O Prof. Everaldo Artur Grahl (FURB), Secretário Regional de 
Santa Catarina, sempre busca o apoio dos Representantes 
Institucionais, pois eles conhecem bem a realidade de cada 
instituição e estão mais próximos dos estudantes. “O que nós 
procuramos fazer em nossa região é contatar estes Represen-
A Olimpíada Brasileira de Robótica é uma iniciativa da Co-
missão Especial de Robótica da SBC (CER-SBC) e do Comi-
tê de Robótica da Sociedade Brasileira de Automática (CR-
SBA). Sua criação foi motivada pela idéia de estender as já 
tradicionais competições de robótica, que são voltadas ao 
ensino universitário, aos níveis escolares mais elementares 
(Fundamental e Médio). O primeiro projeto para sua realiza-
ção foi elaborado no final de 2004, tendo sido enviado em 
2005 e também em 2006, ao Edital das Olimpíadas Cien-
tíficas do CNPq, sem sucesso em ambas tentativas. Diante 
dessas recusas, uma nova abordagem foi adotada ainda no 
final de 2006, para a realização da primeira OBR, em 2007, 
pelo Prof. Jackson Matsuura (ITA), que aceitou o desafio de 
organizar a primeira edição do evento, mesmo sem recursos 
oficiais. Nesse ano, a OBR não teve financiamento oficial, 
mas graças a patrocínios conseguidos com a EDACOM (re-
presentante da LEGO Education no Brasil), da China in Box 
e da Ocean Air, ela foi um sucesso total. Em sua primeira 
edição, teve a fantástica marca de mais de 6 mil alunos. 
Os organizadores acreditam que, graças a este feito, houve 
uma sensibilização dos responsáveis, e o suporte oficial para 
2008 finalmente saiu. A OBR foi uma das cinco olimpía-
das científicas que tiveram auxílio oficial do CNPq em 2008. 
Além disso, recebeu patrocínio (em forma de numerário) da 
EMBRAER. Houve, também, apoio da EDACOM, na forma de 
empréstimo de kits para as finais do Duatlon.
Os recursos oficiais para a OBR deste ano foram consegui-
dos por meio de projeto individual do organizador enviado ao 
CNPq, assim como os recursos já garantidos para 2009. Nos 
últimos dois anos, houve outros colaboradores (empresários 
do ramo ou não) que ajudaram. Certamente, sem o apoio 
institucional da SBC e da SBA, nada seria possível. A SBC 
AJUDA IMENSAMENTE, DISPONIBILIZANDO UMA CONTA PARA A OBR, E 
TAMBÉM COM O SEU PESSOAL QUE, ENTRE OUTRAS ATIVIDADES, GE-
RENCIA OS PATROCÍNIOS. 
O CNPq forneceu R$ 60 mil em 2008 e o mesmo para 
2009, no entanto, o montante não será suficiente, pois a 
previsão é de que o evento cresça muito, atingindo, no míni-
mo, 30 mil alunos. Aos patrocinadores, o retorno é imediato, 
principalmente em forma de marketing. A OBR tem grande 
repercussão na mídia em quase todas as capitais do Brasil. A 
maior parte de seu público é, atualmente, vinda de colégios 
particulares, mas a intenção é justamente atingir o segmento 
das escolas públicas. O Governo Federal e os empresários 
certamente terão a lucrar dando suporte à Olimpíada. Pode 
ser possível, por exemplo, ministrar cursos para professores 
da rede pública, ensinando a fazer Robótica com baixíssimo 
custo, usando sucatas. Em troca, as autoridades estaduais 
cederiam alguma forma de amparo – está em negociação 
o acerto para estes e outros tipos de patrocínio. A OBR vem 
da elite intelectual da área, portanto, associar uma marca a 
isto é, sem dúvida, retorno garantido. E, ao contrário do que 
possa parecer, o que se almeja é a união com empresários e 
comunidade, em prol deste objetivo comum. 
AR
TI
GO
19
FINANCIAMENTO 
PARA ROBÓTICA
Luiz Marcos
coordenador da oBr
universidade Federal do rio Grande do Norte (uFrN)
lmarcos@dca.ufrn.br
tantes e solicitar ajuda na divulgação, que pode se dar por 
meio do envio de mensagens eletrônicas para as listas locais, 
palestras em eventos de Computação e, principalmente, nas 
semanas acadêmicas dos cursos”, explica. 
De acordo com o professor, a maioria dos eventos científicos 
estão crescendo em participação e também estão mais estru-
turados, permitindo uma maior visibilidade. Especificamente 
em Santa Catarina, a Maratona de Programação é realizada 
anualmente na sua edição regional, respeitando o rodízio de 
regiões e instituições. “Procuramos incentivar a realização de 
competições locais que servem como seletiva para a edição 
regional”, afirma. 
Quanto à OBI, o proces-
so é um pouco diferente, 
pois depende muito da 
sensibilização das esco-
las e, principalmente, de 
professores de Informáti-
ca e Matemática. Procu-
ra-se, então, estreitar as 
relações, buscando apoio 
dos professores, princi-
palmente pelo fato de a 
Olimpíada de Matemáti-
ca ser muito tradicional e forte na região, atraindo jovens para 
suas competições há anos. A OBI ainda está em crescimento 
e nem todas as escolas reconhecem ou têm informações cla-
ras sobre o evento. Para o ano de 2009, estão sendo busca-
dos apoios de prefeituras e de grandes empresas de software 
da região, visando uma colaboração na divulgação e premia-
ção local, além de viabilizar a ida dos classificados para as 
próximas etapas.
a maioria dos eventos 
científicos estão crescen-
do em participação 
e também estão mais 
estruturados.
após as disputas regionais, a segunda 
edição da Olimpíada Brasileira de Ro-
bótica (OBR)* chegou ao seu final em 
Salvador (Ba), no mês de outubro. no 
total, mais de 12 mil estudantes de en-
sino Médio e fundamental participaram 
da competição, que demonstrou potencial 
para um crescimento ainda maior nos 
próximos anos.
O Presidente da Fundação Carlos Chagas, Prof. Rubens 
Murillo Marques – que também criou o primeiro curso de 
Computação do Brasil, na Unicamp, em 1969 – oferece 
grande apoio às competições científicas da área em todo 
o País. Este é mais um fator fundamental para o sucesso 
da união entre a Fundação e a SBC. “A parceria é extrema-
mente interessante pois o seu objetivo maior é contribuir 
para a educação, estimulando os alunos. Isso ajuda a criar 
oportunidades de emprego para aqueles que se destacam. 
A Fundação se sente gratificada em participar das com-
petições científicas junto à SBC”, afirma o Prof. Marques. 
O contrato entre as instituições já foi renovado por dois 
anos, mas a idéia é prolongá-lo por tempo indeterminado. 
“Ainda temos muitos desafios pela frente”, prevê.
OB
R
2120
FO
M
EN
TO PARCERIA DE 
SUCESSO
Em 2005, 150 equipes participaram da Maratona de Pro-
gramação. Três anos depois, esse número chegou a nada 
menos que 360. Na OBI, o número pulou de 5.773 em 
2006 para 12.822 em 2008. Mas não foi por acaso que 
o índice de inscrições mais do que dobrou em ambas as 
competições em um período tão curto de tempo. A SBC fir-
mou, em 2006, uma parceria que estabeleceu um diferen-
cial importante na promoção destas competições científicas 
no Brasil. Com o patrocínio da Fundação Carlos Chagas, foi 
possível investir ainda mais em eventos como a Maratona e 
a OBI, atingindo um expressivo retorno em tempo recorde.
Para o Prof. Carlos Eduardo Ferreira, Diretor de Eventos da 
SBC, as similaridades ideológicas entre as entidades pos-
sibilitaram esta parceria de sucesso. “O objetivo da Fun-
dação é apoiar atividades de formação nas várias áreas, e 
a de Tecnologia da Informação ocupa papel de destaque. 
A OBI e a Maratona têm como foco atrair talentos para a 
de Computação e valorizar os estudantes que demonstrem 
bom desempenho. Se percebe que ambas têm interesses 
em comum, e a parceria espelha bem isso”, afirma.
Mais do que o apoio financeiro, a Fundação Carlos Chagas 
possibilitou à SBC uma tranqüilidade maior para organizar 
as competições. Graças ao suporte do patrocinador, a So-ciedade pôde trabalhar com foco mais direcionado. “Sem ter 
de correr atrás de apoio, pudemos nos dedicar à divulgação 
dos eventos de forma integral, e desde então o número de 
participantes só tem aumentado”, revela o Prof. Ferreira.
DE OLHO NO 
FUTURO
A OBR 2008 foi um grande sucesso. Depois das etapas regio-
nais, que ocorreram entre os dias 8 e 29 de agosto deste ano, 
24 equipes chegaram à finalíssima. No total, cerca de 150 
estudantes participaram desta última etapa da competição. 
O evento ocorreu no hotel Bahia Othon Palace, em Salvador, 
entre os dias 25 e 30 de outubro, e foi bastante elogiado pe-
los participantes e professores que acompanharam cada time. 
“Não temos palavras para descrever o quão linda foi a ‘festa’. 
Recebemos parabéns de todos os lados e os repassamos aos 
professores das escolas que nos ajudaram a organizar as pri-
meiras fases e também aos que abrilhantaram as finais”, reve-
la o Coordenador do evento, Prof. Luiz Marcos (UFRN).
As equipes que disputaram as finais da OBR foram divididas 
em três modalidades: Duatlon (composta por alunos do Ensi-
no Médio), Prática Nível 1 (alunos do Ensino Fundamental) 
e Prática Nível 2 (também do Ensino Médio). Tantas pessoas 
competindo ao mesmo tempo deram um trabalho extra à or-
ganização: foi necessário contratar um gerador, pois a capaci-
Os campeões da OBR 2008
Satisfação de ambas as partes
estimular ainda mais a participa-
ção de alunos de Computação em 
competições científicas. Com este 
objetivo, a SBC fIRMOu, eM 2006, 
uMa PaRCeRIa COM a funda-
çãO CaRlOS ChagaS, que já 
auMentOu eM MaIS de 100% a 
PReSença de eStudanteS na 
MaRatOna de PROgRaMaçãO e 
na OBI (OlIMPíada BRaSIleIRa 
de InfORMátICa).
Parceria já rende frutos
Além do crescimento da participação nas competições científicas, 
muito mais já foi feito desde que a SBC e a Fundação Carlos 
Chagas uniram forças. No início deste ano, por exemplo, foram 
oferecidos cursos de programação em 11 cidades para os parti-
cipantes da OBI com melhor desempenho (em nível iniciante). 
Também foi ampliado o número de sedes na primeira fase da 
Maratona de Programação, que passou de 21, em 2005, para 
43 neste ano. “Isso possibilita que times de regiões distantes par-
ticipem do evento mais facilmente”, aponta o Prof. Ferreira.
O Prof. Ricardo Anido, responsável pela OBI, também aponta 
outro destaque: as medalhas conquistadas por alunos brasileiros 
nas Olimpíadas Internacionais. Em 2008, o País ganhou quatro 
medalhas de bronze, feito que poucas nações conseguem atingir. 
“Isso demonstra a consistência de nosso trabalho. O objetivo é, 
em três anos, conquistar uma medalha de ouro internacional, 
o que deve ocorrer com a seqüência de nossa atuação junto à 
Fundação”, analisa.
dade de potência de energia elétrica fornecida pelo hotel (15 
KVA) não suportou as necessidades dos participantes – mes-
mo porque as Competições Latino-Americana e Brasileira de 
Robótica (categorias IEEE e Robocup) também estavam ocor-
rendo simultaneamente no mesmo local. “Consumimos quase 
20 KVA diariamente”, afirma. 
Após dois anos realizando a competição, os organizadores 
acreditam que os objetivos da OBR já estejam sendo alcança-
dos. Entre eles, despertar e estimular o interesse de crianças 
e adolescentes pela Robótica e a ciência em geral, além de 
promover a difusão de conhecimentos básicos sobre o tema 
de forma lúdica e cooperativa. “Também QUEREMOS QUE A 
ROBóTICA SEJA INTRODUzIDA NAS ESCOLAS DE ENSINO 
MÉDIO E FUNDAMENTAL, IDENTIFICANDO OS GRANDES 
TALENTOS NA ÁREA, DE FORMA A MELHOR INSTRUí-LOS E 
ESTIMULÁ-LOS A SEGUIR CARREIRAS CIENTíFICO-TECNO-
LóGICAS FUTURAMENTE. Estamos trabalhando neste senti-
do”, conclui o Prof. Luiz Marcos. 
CAMPEÕES DA MODALIDADE PRÁTICA NÍVEL 1:
1º Lugar: Time Hipérion – Colégio Objetivo (SP)
2º Lugar: Time Lampião – Colégio Nossa Senhora 
de Fátima (BA)
3º Lugar: Time Downloading – Escola Primeiro Mundo (ES)
CAMPEÕES DA MODALIDADE PRÁTICA NÍVEL 2:
1º Lugar: Time Legos Sumô – Colégio Christus (CE)
2º Lugar: Time Mamute – Colégio Salesiano Jardim 
Camburi (ES)
3º Lugar: CIC Sumô 3 – Colégio Anchieta (BA)
CAMPEÕES DA MODALIDADE DUATLON:
1º Lugar: Glauber de Souza Rosa – Colégio Sinodal (RS)
2º Lugar: José Messias Pereira dos Santos Jr. – Colégio 
Anchieta (BA)
3º Lugar: Amyr Lozober, A. Liessin – Scholem Aleichem (RJ)
 Gabriel Assis Bezerra – Colégio Motiva (PB)
 Jarley Miranda – Clovis Borges Miguel (ES)
 Marcony Magno Alves da Silva – Escola São Jorge (PE)
* A OBR 2008 foi organizada pela Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e as finais 
contaram com a colaboração da Universidade Federal 
da Bahia (UFBA).
2322
CO
M
EN
DA HONRA AO MÉRITO
Entre os sete novos comendadores que integram a Ordem 
Nacional do Mérito Científico na área de Ciências Tecnoló-
gicas, cinco fazem parte da SBC. Os professores Arndt von 
Staa, Claudia Bauzer Medeiros, Edmundo Albuquerque de 
Souza e Silva, Flávio Rech Wagner e Paulo Roberto Freire 
Cunha compõem – oficialmente – o grupo seleto das maiores 
personalidades em Ciência e Tecnologia no País. A entrega 
das insígnias e diplomas será feita pelo Presidente Luiz Inácio 
Lula da Silva, em data ainda não definida.
Conheça melhor os agraciados
ARNDT VON STAA
Graduado em Engenharia Mecânica 
pela PUC-Rio, onde também concluiu 
mestrado em Informática, o professor 
do Departamento de Informática da 
PUC-Rio Arndt von Staa fez o doutorado 
em Ciência da Computação na University 
of Waterloo (Canadá). Suas pesquisas são 
focadas em engenharia de software, mais 
especificamente em qualidade e teste de software, além de 
sistemas multi-agente.
A indicação da Academia Brasileira de Ciências, acredita ele, 
deve-se à sua contribuição, desde 1962, para o estabeleci-
mento e consolidação da Computação no Brasil. “Participei 
da criação, na PUC-Rio, do primeiro departamento de In-
formática do País. Mais tarde fui o seu diretor por 10 anos. 
Formei mais de 60 mestres e sete doutores, muitos deles do-
centes em outras universidades. Ajudei ainda na criação de 
diversas empresas através da Incubadora Gênesis da PUC-
Rio”, afirma.
Entre os destaques de sua carreira, está a criação de um dos 
primeiros compiladores de compiladores, com o qual foram 
desenvolvidos inúmeros projetos de pesquisa aplicada por 
seus colegas e alunos de pós-graduação. Mais adiante, pro-
jetou o formatador de textos ATF e o meta-ambiente Talisman 
para suporte ao desenvolvimento de software.
Até julho de 2008, o pesquisador publicou mais de 80 arti-
gos arbitrados completos em veículos nacionais e internacio-
nais, cinco livros e nove capítulos de livros. Tem 14 softwares 
desenvolvidos sem registro de patente.
CLAUDIA BAUZER MEDEIROS
Para a Prof.ª do Instituto de Computação 
da UNICAMP desde 1985 e que se tornou 
membro da SBC no ano seguinte, é uma 
honra e grande responsabilidade ingressar 
no grupo de comendadores. De acordo com 
ela, suas principais contribuições para o de-
senvolvimento tecnológico do Brasil são liga-
das à disseminação do conhecimento científico: formação de 
alunos (pós-graduação e graduação) e publicações. “O Brasil 
precisa muito de gente competente em Computação. A for-
mação recebida, principalmente no nível de pós, influencia 
muito a carreira de um profissional ou pesquisador. Trata-se 
de uma enorme responsabilidade, pois cada orientador é um 
multiplicador não apenas de conhecimento, mas também de 
metodologia de trabalho, incitação à pesquisa e ética”, sa-
lienta.
Engenheira Eletricista formada pela PUC-Rio e PhD em Com-
putação (University of Waterloo, Canadá), Claudia tem livre 
docência em Bancos de Dados (UNICAMP). É membro da 
Coordenação de Área de Ciência e Engenharia de Computa-
ção da FAPESP, desde 2004, e foi coordenadora do CA-CC 
do CNPq e vice-coordenadora do Comitê deComputação da 
CAPES. Pela SBC, exerceu os cargos de conselheira, diretora 
e presidente.
Desenvolve pesquisas em bancos de dados científicos, work-
flows e sistemas de informação para biodiversidade e plane-
jamento agro-ambiental. Orientou 40 mestres e 10 doutores 
e publicou mais de uma centena de artigos científicos. Entre 
os principais prêmios recebidos, estão o Newton Faller (SBC), 
o Change Agent (Anita Borg) e o Prêmio de Excelência Aca-
dêmica zeferino Vaz (UNICAMP), além de Doctor Honoris 
Causa (Universidad Antenor Orrego, Peru).
EDMUNDO ALBUQUERQUE DE SOUZA E SILVA
Sócio-fundador da SBC e professor titular 
da UFRJ – tendo atuado desde 1987 na 
pós-graduação da COPPE –, Edmundo 
recebeu a notícia da admissão à Ordem 
do Mérito Científico com surpresa e 
alegria. “É muito agradável ter um re-
conhecimento como esse depois de 30 
anos de trabalho”, diz.
Edmundo foi professor visitante de renomadas universidades 
e centros de pesquisa no exterior, como o T.J. Watson da 
IBM, UCLA, USC, Chinese University of Hong Kong e Poli-
técnica de Torino. Foi co-Presidente do Comitê de Programa 
Técnico de cinco importantes conferências internacionais do 
IEEE, ACM e IFIP. Foi também membro do CA-CC do CNPq, 
Coordenador Adjunto do Comitê de Ciência da Computação 
da CAPES, e é o Coordenador atual. Além disso, publicou 
mais de 110 artigos completos com processo de arbitragem, 
oito capítulos e organizou três livros internacionais.
Suas atividades de pesquisa incluem a modelagem e aná-
lise de sistemas de Computação e redes de computadores. 
Atuando nesta área, contribuiu para a ligação do País com a 
Internet. Edmundo também participa de projetos de grande 
impacto educacional no estado do Rio de Janeiro, como o 
consórcio CEDERJ de Universidades públicas do Rio, cujo 
objetivo é levar educação de qualidade em nível de gradua-
ção ao interior do Estado.
FLÁVIO RECH WAGNER
Professor do Instituto de Informática 
da UFRGS desde 1977 e atual diretor, 
Flávio Rech Wagner é graduado em En-
genharia Elétrica e Mestre em Ciência da 
Computação pela mesma Universidade 
e Doutor em Informática pela Universida-
de de Kaiserslautern (Alemanha). Realizou 
estágios de pós-doutorado na Universidade Joseph Fourier 
e no Instituto Nacional Politécnico de Grenoble, ambos na 
França. Foi Professor Visitante da Universidade de Tübingen 
(Alemanha) e Pesquisador Visitante do Centro Científico Rio 
da IBM Brasil.
Desenvolve pesquisas na área de Engenharia da Computação, 
atuando principalmente no projeto de sistemas embarcados. 
Para ele, a admissão à Ordem Nacional do Mérito Científico 
foi também um reconhecimento à UFRGS e à excelência dos 
seus grupos de pesquisa. “Fico bastante orgulhoso e emo-
cionado. Tive a felicidade de poder fazer essa homenagem à 
Universidade através do meu nome”, afirma. 
Atualmente, Flávio é conselheiro titular do Comitê Gestor da 
Internet (CGI.br). Foi Presidente da SBC e ocupou diversas 
outras funções em sua Diretoria e Conselho. Atuou 
também na CAPES e no CA-CC do CNPq e foi ainda 
membro do CATI, o comitê gestor do fundo setorial 
de Informática (CT-Info). Em 2004, a SBC conce-
deu-lhe o Prêmio Newton Faller por sua atuação na 
comunidade científica nacional.
PAULO ROBERTO FREIRE CUNHA
Segundo o atual Diretor do Centro de 
Informática da UFPE – que atua na 
instituição como professor titular des-
de 1992 –, Paulo Roberto Cunha, o 
reconhecimento da Academia Brasi-
leira de Ciências aos pesquisadores 
traz visibilidade à SBC e à área da 
Computação, que cada vez conquistam mais es-
paço no cenário científico brasileiro. “Fiquei feliz e 
surpreso com a notícia”, afirma. Graduado em Enge-
nharia Elétrica e mestre em Ciência da Computação 
pela UFPE, ele concluiu doutorado na University of 
Waterloo (Canadá) e Pós-doutorado no INRIA (Fran-
ça). Foi professor convidado na University of Montre-
al (Canadá), no INRIA, na University of Westminster 
e no Imperial College of Science and Technology (In-
glaterra). Prof. Paulo atua ainda como assessor do 
CNPq e da CAPES e é consultor da Fundação Centro 
de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD) e membro 
da SBC, tendo atuado como vice-presidente entre 
1993 e 1997. Foi também pró-reitor de Pesquisa e 
Pós-Graduação da UFPE de 1995 a 2003.
Sua pesquisa acadêmica é voltada a sistemas dis-
tribuídos, redes de computadores e engenharia de 
software. Até junho de 2007, publicou 146 artigos 
completos com arbitragem em conferência nacionais 
e internacionais, 25 artigos completos em periódi-
cos, sete livros e seis capítulos de livros. Orientou 24 
dissertações de mestrado e seis teses de doutorado 
e foi diversas vezes premiado e homenageado pela 
comunidade acadêmica nacional.
A Ordem Nacional do Mé-
rito Científico foi instituída 
em 1993 por decreto do 
presidente da República 
e destina-se a premiar 
personalidades nacionais e 
estrangeiras que se des-
tacam na área científica e 
tecnológica.
Cinco MeMBROS da SOCIedade BRaSIleIRa de COMPu-
taçãO fORaM adMItIdOS à ORdeM naCIOnal dO MéRI-
tO CIentífICO, na categoria tecnologia, em agosto de 2008. 
a distinção reconhece o trabalho acadêmico ou político 
realizado pelos pesquisadores.
24
Com este número da Computação Brasil, fechamos 2008 com 
a certeza de que cumprimos vários de nossos objetivos. Ao mes-
mo tempo, vislumbramos diversos desafios para a continuidade 
do nosso trabalho na perspectiva do contínuo fortalecimento da 
área de Computação no Brasil.
A SBC completou três décadas de atuação em 2008 e se reno-
va ano a ano, pela participação ativa de seu grande contingente 
de quase 2 mil sócios estudantes que trazem novas demandas 
e sugestões para a Sociedade, com efetiva participação nos di-
versos eventos. A eles é dirigida, principalmente, a mais nova 
revista da SBC, a SBC Horizontes, cuja primeira edição foi re-
centemente publicada, assim como todo o esforço da Comissão 
de Educação, no estudo e discussão das questões que envol-
vem o ensino de graduação e pós-graduação. 
A SBC, sobretudo, se renova, a cada vez que um evento pro-
movido ou apoiado agrega pesquisadores, profissionais e estu-
dantes, pois a essência da Sociedade é justamente a integração 
entre os pares para a discussão de quaisquer questões que di-
zem respeito ao ensino, pesquisa, desenvolvimento e aplicação 
de métodos e sistemas computacionais na solução de proble-
mas sociais. Ao longo deste ano foram 38 eventos promovidos 
(regionais, nacionais e internacionais) que reuniram cerca de 
7,7 mil pessoas. A SBC apoiou, também, a realização de outros 
56 eventos organizados em sua maioria por universidades ou 
faculdades isoladas, ou outras sociedades científicas. 
Nossa SBC fecha o ano com mais de 3,5 mil sócios, entre 
pesquisadores, profissionais e estudantes, além de 140 insti-
tuições afiliadas. Considerando, portanto, seus associados e os 
milhares de participantes em todos os eventos, promovidos ou 
apoiados, pode-se avaliar a ordem de grandeza do alcance de 
suas ações. 
Há que se ressaltar que a SBC, por meio de suas várias ins-
tâncias – Diretoria, Conselho, Secretarias Regionais e Repre-
sentações Institucionais –, faz-se presente em várias ocasiões 
e fóruns, desde as formaturas das centenas de cursos de Com-
putação e Informática, nas quais são conferidos os prêmios de 
Aluno Destaque, e audiências públicas no Legislativo Federal 
para tratar da questão da Regulamentação da Profissão, até 
conselhos e comissões de órgãos ligados ao sistema de ciência 
e tecnologia nacional. 
VISLUMBRAMOS 2009 COMO MAIS UM ANO DE RENOVAÇÃO E DE TRA-
BALHO REDOBRADO. NUNCA A COMPUTAÇÃO NO BRASIL ESTEVE TÃO 
EVIDENTE, EM TODOS OS NÍVEIS DE ATIVIDADE. A discussão a respeito 
dos Grandes Desafios para os próximos 10 anos reiniciará em 
março e culminará sendo o tema do Congresso, em julho. Hou-
ve também, em setembro, em Buenos Aires, o evento CharLA

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