Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS São as próteses de uso temporário, confeccionadas para a utilização durante o período compreendido entre o preparo coronário e a cimentação da prótese final. Deve-se lembrar dos princípios biológicos, mecânicos e estéticos. Os tratamentos protéticos, dos mais simples às grandes reabilitações, necessitam do uso das coroas provisórias que por vários motivos auxiliam o cirurgião dentista na obtenção de uma prótese definitiva com resultados satisfatórios. As coroas provisórias nos auxiliam: 1) Diminuir dúvidas quanto a determinação da forma, contorno, oclusão, dimensão vertical e estética; 2) Observar como o paciente se comporta quanto a questão da higienização da nova prótese; 3) Como elemento de diagnóstico no planejamento das próteses; Para desenvolver suas funções de forma ideal, um provisório deve possuir: · Justeza de forma, que se traduz na resistência do mesmo, isto é, a coroa provisória deve resistir aos esforços mastigatórios sem desgaste ou fratura; · Justeza de adaptação, a qual influenciará na retenção do provisório. Este deve copiar o mais fielmente possível o preparo, impedindo deslocamentos; · Possibilidade de polimento. O provisório deve ser passível de polimento afim de apresentar lisura superficial e auxiliar assim na moldagem, já que não há acúmulo de placa bacteriana, trazendo assim saúde periodontal; · Possibilidade de consertos, evitando necessidade de confecção de outro provisório em caso de fratura; · Possibilidade de reembasamento, ocasionando ajuste na adaptação sempre que da retirada e recolocação do provisório; · Baixo custo, já que ficará por pouco tempo na boca; · Estética aceitável, principalmente em dentes anteriores. MATERIAIS DE CONFECÇÃO · Resina acrílica ativada quimicamente, usada em técnica direta; · Resina acrílica ativada termicamente, usada em técnica indireta. TÉCNICAS DE CONFECÇÃO PRÉ-CLÍNICA II PROFESSORA: Regina Márcia Serpa Pinheiro Técnicas de confecção: podem ser diretas ou indiretas; na técnica direta há uma única sessão, o resultado é imediato, mas necessita de um maior tempo clinico; já na técnica indireta é quando envia para o laboratório confeccionar, tendo assim uma melhor qualidade superficial, pois é feita em resina prensada, que tem menor porosidade, mas tem um maior custo, o CD só vai adaptar. 1. Técnica indireta : Confecção do provisório em laboratório protético com resina acrílica ativada termicamente. Esta técnica é indicada quando o provisório é realizado com o intuito de ser usado por muito tempo. Apresenta resultados estéticos ótimos, mas custo maior. Consiste na moldagem do preparo e envio ao laboratório, onde será confeccionado o provisório. É importante sempre lembrar da necessidade da moldagem do arco antagonista e da tomada do registro de mordida, afim de que o protético possa estabelecer os contatos ideais com os elementos antagonistas e adjacentes. 2. Técnica direta : Confecção do provisório diretamente na boca do paciente. Alguns tipos de provisórios técnica direta: 1)Com molde em alginato ( molda-se o(s) dente(s) em uma moldeira parcial ou total, prepara-se o dente e em seguida aplica-se a resina acrílica no molde, leva-se em boca e após a polimerização são feitos os ajustes). Passos: Moldagem prévia – nessa técnica é usada a moldeira parcial, molda a coroa, remove a coroa, manipula a resina, coloca dentro do molde e coloca na boca do paciente. Então só remove os excessos e faz a cimentação. Em casos onde o dente apresenta integridade de forma ou preenchimento. A moldagem é realizada com alginato ou optosil. Após a execução do preparo dental, vaselina-se o dente a fim de impedir retenção da resina no mesmo. Manipula-se a resina acrílica e, quando esta se encontrar na fase plástica, preenche-se o molde e leva-se o mesmo à boca. Durante a fase borrachóide da resina, remove-se e recoloca-se a moldeira em posição, a fim de facilitar a posterior remoção do provisório, através da compensação da contração da resina. Após a completa polimerização da resina, retira-se o provisório do dente, executando-se os procedimentos de acabamento e polimento. O reembasamento é feito com resina duralay, a qual apresenta rápida polimerização e alta lisura, sendo favorável ao periodonto. Após novo acabamento e polimento, realiza-se o ajuste proximal e oclusal. Esta técnica apresenta a vantagem de já obtermos a escultura, sendo portanto simples e rápida. 2)Com molde em silicona pesada (mesma técnica com alginato); 3)Técnica da casca de ovo (A superfície do molde obtido dos dentes é preenchido com uma fina camada de resina acrílica e após sua polimerização é levada em boca para testar sua adaptação e oclusão e em seguida reembasada); 4) Dentes de estoque: Esta técnica é indicada para dentes anteriores, onde a estética é fundamental. Inicialmente seleciona-se a cor, forma e tamanho do dente de estoque, tendo em base os dentes adjacentes e antagonistas. Desgasta-se o mesmo com broca esférica, podendo ser removida toda sua face lingual. Utiliza-se as facetas, que são desgastadas até que se adaptem ao preparo. Seleciona-se em seguida resina acrílica de cor compatível com o dente, manipula-se a mesma, preenchendo o dente de estoque e levando-o em posição. Outra forma seria com o dente preparado já vaselinado então coloca monômero e polímero em potes dappen separados, vaselina o dente preparado, coloca a faceta no preparo e vai colocando a resina acrílica utilizando a técnica de nealon, deve-se lembrar que a resina, em seu processo de polimerização, sofre uma reação exotérmica, ou seja, libera calor, por isso é importante ficar irrigando com água para evitar o aquecimento e ficar tirando a faceta para que a resina não contraia no preparo. Depois que polimeriza e retira do preparo, é feita a remoção dos excessos com as brocas. É importante que o término esteja bem definido para que ele possa ser visualizado e que seja removido apenas o excesso e nada mais. Após remoção dos excessos procede-se ao reembasamento, acabamento e polimento. É importante ressaltar que deve-se conservar o máximo possível o dente de estoque, visto que este apresenta polimento ótimo, dificilmente obtido em consultório. Reembasamento – tem a finalidade de melhorar a adaptação marginal da restauração temporária ao preparo dentário. É feito quando o término não está visível, consiste em colocar um pouco de resina no término e coloca o provisório, então delimita esse término com grafite e faz o polimento para em seguida ser feita a cimentação. Lembrar da tríade da estética, que é forma, textura e cor, nessa ordem. Acabamento e polimento – numa avaliação microscópica o polimento é muito melhor quando é feito com as pontas de borracha, deixando assim um provisório mais liso. 5) Através de "bola" de resina acrílica: Vaselina-se o dente em questão, assim como seus antagonistas e adjacentes. Manipula-se a resina acrílica e durante a fase plástica faz-se uma "bolinha", leva-se à boca e pede-se para o paciente ocluir, dessa forma ganha a referência em altura, observa também o ponto de contato, que deve ser marcado, pois este não pode ser desgastado. Então espera a polimerização para fazer a anatomia do dente, pode traçar uma linha correspondente ao sulco e também as pontas de cúspides para ajudar. O reembasamento é feito também com resina duraley, devendo o provisório atingir o término do preparo. Realiza-se o ajuste proximal e oclusal, término da escultura e posterior polimento. 6) Através do uso de coroas de policarbonato: Esta técnica apresenta a vantagem de produzirresultados ótimos quanto à lisura do provisório. Seleciona-se inicialmente a coroa de policarbonato, levando-a à boca para prova e adaptação, a qual é realizada com auxílio de tesouras. A coroa funciona como um molde, por isso deve-se selecionar um tamanho maior que o desejado, com o intuito de compensar a contração da resina. Preenche-se a coroa com resina acrílica e leva-se a mesma à boca. Após a polimerização, remove-se a coroa de policarbonato e obtém-se o provisório. Procede-se ao acabamento e polimento como nos casos anteriores.
Compartilhar