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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

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AULA 07 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
Olá pessoal! 
 
Alerto vocês para essa aula de hoje. É uma aula muito complicada e cheia de 
conceitos importantes e necessários para a perfeita compreensão da aula 
subseqüente. 
 
As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
 
Prof. César Frade 
FEVEREIRO/2012 
 
 
AULA 07 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 2 
 
41. Companhia Aberta e Companhia Fechada 
 
A Lei 6.404/76 regula o mercado de ações no Brasil e é, atualmente, o marco 
regulatório principal das companhias abertas. 
 
A Lei define que uma sociedade anônima terá o seu capital dividido em ações, 
seja ela uma companhia aberta ou fechada. O artigo 10 da Lei 6.404/76 define 
que: 
 
“Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em 
ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao 
preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.” 
 
Este mesma Lei define uma companhia aberta e uma companhia fechada. 
 
Uma companhia será considerada aberta se os valores mobiliários de sua 
emissão forem admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. 
Será fechada se esses valores não puderem ser negociados no mercado. 
 
Importante ressaltar que somente os valores mobiliários registrados no órgão 
fiscalizador competente – Comissão de Valores Mobiliários – podem ser 
negociados no mercado de valores mobiliários, podendo ser nas bolsas ou em 
balcão. 
 
Cabe acrescentar que para se negociar um valor mobiliário publicamente há a 
necessidade de registro prévio na CVM. 
 
O artigo 4º e seus parágrafos define bem esse tema, conforme mostrado 
abaixo: 
 
“Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada 
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou 
não admitidos à negociação no mercado de valores 
mobiliários. (grifo meu) 
 
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PROFESSOR CÉSAR FRADE 
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§ 1o Somente os valores mobiliários de emissão de companhia 
registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser 
negociados no mercado de valores mobiliários. (grifo meu) 
 
§ 2o Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será 
efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão de 
Valores Mobiliários. (grifo meu) 
 
§ 3o A Comissão de Valores Mobiliários poderá classificar as 
companhias abertas em categorias, segundo as espécies e classes 
dos valores mobiliários por ela emitidos negociados no mercado, e 
especificará as normas sobre companhias abertas aplicáveis a cada 
categoria. 
 
§ 4o O registro de companhia aberta para negociação de ações no 
mercado somente poderá ser cancelado se a companhia emissora de 
ações, o acionista controlador ou a sociedade que a controle, direta 
ou indiretamente, formular oferta pública para adquirir a totalidade 
das ações em circulação no mercado, por preço justo, ao menos igual 
ao valor de avaliação da companhia, apurado com base nos critérios, 
adotados de forma isolada ou combinada, de patrimônio líquido 
contábil, de patrimônio líquido avaliado a preço de mercado, de fluxo 
de caixa descontado, de comparação por múltiplos, de cotação das 
ações no mercado de valores mobiliários, ou com base em outro 
critério aceito pela Comissão de Valores Mobiliários, assegurada a 
revisão do valor da oferta, em conformidade com o disposto no art. 
4o-A. 
 
§ 5o Terminado o prazo da oferta pública fixado na regulamentação 
expedida pela Comissão de Valores Mobiliários, se remanescerem em 
circulação menos de 5% (cinco por cento) do total das ações emitidas 
pela companhia, a assembléia-geral poderá deliberar o resgate 
dessas ações pelo valor da oferta de que trata o § 4o, desde que 
deposite em estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de 
Valores Mobiliários, à disposição dos seus titulares, o valor de 
resgate, não se aplicando, nesse caso, o disposto no § 6o do art. 44. 
 
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PROFESSOR CÉSAR FRADE 
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§ 6o O acionista controlador ou a sociedade controladora que adquirir 
ações da companhia aberta sob seu controle que elevem sua 
participação, direta ou indireta, em determinada espécie e classe de 
ações à porcentagem que, segundo normas gerais expedidas pela 
Comissão de Valores Mobiliários, impeça a liquidez de mercado das 
ações remanescentes, será obrigado a fazer oferta pública, por preço 
determinado nos termos do § 4o, para aquisição da totalidade das 
ações remanescentes no mercado.” 
 
O dicionário da BOVESPA1 informa que uma companhia aberta é uma: 
 
“Companhia com valores mobiliários registrados na CVM, admitidos à 
negociação no mercado de títulos e valores mobiliários, de bolsa ou 
de balcão. (grifo meu) 
A CVM pode classificar as companhias de capital aberto em 
categorias, conforme as espécies e classes dos valores mobiliários por 
ela emitidos, negociados nesses mercados. 
 
A companhia aberta sujeita-se ao cumprimento de uma série de 
normas quanto a: 
a) natureza e periodicidade de informações a divulgar 
b) forma e conteúdo dos relatórios de administração e demonstrações 
financeiras 
c) padrões contábeis, relatório e parecer de auditores independentes 
d) informações prestadas por diretores e acionistas controladores, 
relativos à compra, permuta ou venda de ações emitidas pela 
companhia, sociedades controladas e controladoras 
e) divulgação de deliberações de assembléia de acionistas, órgãos da 
administração, fatos relevantes ocorridos nos negócios, que 
possam influir de modo ponderável na decisão de comprar ou 
vender ações, por parte de investidores. 
 
Nota: companhias abertas existentes antes da edição da lei 
10.303/2001 podem ter seu capital social com até dois terços de 
ações preferenciais.” 
 
1
 Estou optando por colocar alguns conceitos que estão no dicionário da BOVESPA porque se por acaso cair alguma 
questão da Lei que você não teve a oportunidade de ler, esses conceitos podem dar uma dica tendo em vista o fato de 
que são um resumo do que há de mais importante. 
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42. Debêntures 
 
As debêntures são títulos que podem ser emitidos pelas companhias abertas 
não financeiras e estão regulamentados na Lei 6.404/76. 
 
Vamos imaginar uma situação em que uma empresa não-financeira necessita 
de uma quantidade vultuosa de recursos, por exemplo, para construir um 
estádio de futebol para a Copa de 2014 ou o Estádio Olímpico para 2016. Essa 
empresa poderá captar um empréstimo via BNDES, poderá emitir ações para 
captar recursos ou mesmo emitir debêntures. 
 
No caso da emissão de debêntures, a empresa emite um título em que o 
comprador desse título passa a ter direitos contra a empresa emissora, tanto 
de receber seus recursos de volta quanto de obter uma remuneração sobre os 
recursos emprestados. 
 
Após a sua emissão, elas podem ser negociadas no pregão da BOVESPA como 
se fossem ações. 
 
A empresa que emitir debêntures estará dando ao titular damesma direito de 
crédito contra ela, podendo assegurar juros fixos ou variáveis, participação no 
lucro da companhia e prêmio de reembolso. 
 
Importante salientar que a Lei determina que somente a Assembléia-Geral 
poderá tem competência para deliberar acerca da emissão de debêntures. 
 
Importante salientar que o valor total da emissão das debêntures, exceto em 
alguns casos que constam em Lei, não poderá ultrapassar o valor do capital 
social da companhia. Esse é um limitador do montante a ser captado pela 
empresa por meio da emissão de debêntures. 
 
A Lei determina também que caso a empresa opte por emitir debêntures no 
exterior, tal emissão somente poderá ser feita após prévia aprovação do Banco 
Central. 
 
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Vamos para a Lei 6.404/76, então. No capítulo de debêntures2, as informações 
mais importantes são as seguintes: 
 
“Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos 
seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes 
da escritura de emissão e, se houver, do certificado. 
 
Art. 53. A companhia poderá efetuar mais de uma emissão de 
debêntures, e cada emissão pode ser dividida em séries. 
 
Parágrafo único. As debêntures da mesma série terão igual valor 
nominal e conferirão a seus titulares os mesmos direitos. 
 
Art. 54. A debênture terá valor nominal expresso em moeda nacional, 
salvo nos casos de obrigação que, nos termos da legislação em vigor, 
possa ter o pagamento estipulado em moeda estrangeira. 
 
§ 1o A debênture poderá conter cláusula de correção monetária, com 
base nos coeficientes fixados para correção de títulos da dívida 
pública, na variação da taxa cambial ou em outros referenciais não 
expressamente vedados em lei. 
 
Art. 55. A época do vencimento da debênture deverá constar da 
escritura de emissão e do certificado, podendo a companhia estipular 
amortizações parciais de cada série, criar fundos de amortização e 
reservar-se o direito de resgate antecipado, parcial ou total, dos 
títulos da mesma série. 
 
Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, 
fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e 
prêmio de reembolso. (grifo meu) 
 
Art. 57. A debênture poderá ser conversível em ações nas condições 
constantes da escritura de emissão, que especificará: 
 
 
2
 Me reservei o direito de não copiar os artigos na íntegra e saltar alguns deles, os quais julgava ser de menor 
importância. 
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I - as bases da conversão, seja em número de ações em que poderá 
ser convertida cada debênture, seja como relação entre o valor 
nominal da debênture e o preço de emissão das ações; 
 
II - a espécie e a classe das ações em que poderá ser convertida; 
 
III - o prazo ou época para o exercício do direito à conversão; 
 
IV - as demais condições a que a conversão acaso fique sujeita. 
 
§ 1º Os acionistas terão direito de preferência para subscrever a 
emissão de debêntures com cláusula de conversibilidade em ações, 
observado o disposto nos artigos 171 e 172. 
 
Art. 59. A deliberação sobre emissão de debêntures é da 
competência privativa da assembléia-geral, que deverá fixar, 
observado o que a respeito dispuser o estatuto: (grifo meu) 
 
I - o valor da emissão ou os critérios de determinação do seu limite, e 
a sua divisão em séries, se for o caso; 
 
II - o número e o valor nominal das debêntures; 
 
III - as garantias reais ou a garantia flutuante, se houver; 
 
IV - as condições da correção monetária, se houver; 
 
V - a conversibilidade ou não em ações e as condições a serem 
observadas na conversão; 
 
VI - a época e as condições de vencimento, amortização ou resgate; 
 
VII - a época e as condições do pagamento dos juros, da participação 
nos lucros e do prêmio de reembolso, se houver; 
 
VIII - o modo de subscrição ou colocação, e o tipo das debêntures. 
 
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§ 1o Na companhia aberta, o conselho de administração poderá 
deliberar sobre a emissão de debêntures simples, não conversíveis 
em ações e sem garantia real, e a assembléia-geral pode delegar ao 
conselho de administração a deliberação sobre as condições de que 
tratam os incisos VI a VIII deste artigo e sobre a oportunidade da 
emissão. 
 
§ 2º A assembléia-geral pode deliberar que a emissão terá valor e 
número de séries indeterminados, dentro de limites por ela fixados 
com observância do disposto no artigo 60. 
 
§ 3º A companhia não pode efetuar nova emissão antes de colocadas 
todas as debêntures das séries de emissão anterior ou canceladas as 
séries não colocadas, nem negociar nova série da mesma emissão 
antes de colocada a anterior ou cancelado o saldo não colocado. 
 
Art. 60. Excetuados os casos previstos em lei especial, o valor 
total das emissões de debêntures não poderá ultrapassar o 
capital social da companhia. (grifo meu) 
 
§ 1º Esse limite pode ser excedido até alcançar: 
 
a) 80% (oitenta por cento) do valor dos bens gravados, próprios ou 
de terceiros, no caso de debêntures com garantia real; 
 
b) 70% (setenta por cento) do valor contábil do ativo da companhia, 
diminuído do montante das suas dívidas garantidas por direitos reais, 
no caso de debêntures com garantia flutuante. 
 
§ 2º O limite estabelecido na alínea a do § 1º poderá ser determinado 
em relação à situação do patrimônio da companhia depois de 
investido o produto da emissão; neste caso os recursos ficarão sob 
controle do agente fiduciário dos debenturistas e serão entregues à 
companhia, observados os limites do § 1º, à medida em que for 
sendo aumentado o valor das garantias. 
 
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§ 3º A Comissão de Valores Mobiliários poderá fixar outros 
limites para emissões de debêntures negociadas em bolsa ou 
no balcão, ou a serem distribuídas no mercado. (grifo meu) 
 
Art. 62. Nenhuma emissão de debêntures será feita sem que tenham 
sido satisfeitos os seguintes requisitos: 
 
I - arquivamento, no registro do comércio, e publicação da ata da 
assembléia-geral, ou do conselho de administração, que deliberou 
sobre a emissão; 
 
II - inscrição da escritura de emissão no registro do comércio; 
 
III - constituição das garantias reais, se for o caso. 
 
§ 1º Os administradores da companhia respondem pelas perdas e 
danos causados à companhia ou a terceiros por infração deste artigo. 
 
Art. 71. Os titulares de debêntures da mesma emissão ou série 
podem, a qualquer tempo, reunir-se em assembléia a fim de deliberar 
sobre matéria de interesse da comunhão dos debenturistas. 
 
§ 1º A assembléia de debenturistas pode ser convocada pelo agente 
fiduciário, pela companhia emissora, por debenturistas que 
representem 10% (dez por cento), no mínimo, dos títulos em 
circulação, e pela Comissão de Valores Mobiliários. 
 
§ 2º Aplica-se à assembléia de debenturistas, no que couber, o 
disposto nesta Lei sobre a assembléia-geral de acionistas. 
 
§ 3º A assembléia se instalará, em primeiraconvocação, com a 
presença de debenturistas que representem metade, no mínimo, das 
debêntures em circulação, e, em segunda convocação, com qualquer 
número. 
 
§ 4º O agente fiduciário deverá comparecer à assembléia e prestar 
aos debenturistas as informações que lhe forem solicitadas. 
 
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§ 5º A escritura de emissão estabelecerá a maioria necessária, que 
não será inferior à metade das debêntures em circulação, para 
aprovar modificação nas condições das debêntures. 
 
§ 6º Nas deliberações da assembléia, a cada debênture caberá um 
voto. 
 
Art. 73. Somente com a prévia aprovação do Banco Central do 
Brasil as companhias brasileiras poderão emitir debêntures no 
exterior com garantia real ou flutuante de bens situados no 
País. (grifo meu) 
 
§ 1º Os credores por obrigações contraídas no Brasil terão 
preferência sobre os créditos por debêntures emitidas no exterior por 
companhias estrangeiras autorizadas a funcionar no País, salvo se a 
emissão tiver sido previamente autorizada pelo Banco Central do 
Brasil e o seu produto aplicado em estabelecimento situado no 
território nacional. 
 
§ 2º Em qualquer caso, somente poderão ser remetidos para o 
exterior o principal e os encargos de debêntures registradas 
no Banco Central do Brasil. (grifo meu) 
 
§ 3º A emissão de debêntures no estrangeiro, além de observar os 
requisitos do artigo 62, requer a inscrição, no registro de imóveis, do 
local da sede ou do estabelecimento, dos demais documentos 
exigidos pelas leis do lugar da emissão, autenticadas de acordo com a 
lei aplicável, legalizadas pelo consulado brasileiro no exterior e 
acompanhados de tradução em vernáculo, feita por tradutor público 
juramentado; e, no caso de companhia estrangeira, o arquivamento 
no registro do comércio e publicação do ato que, de acordo com o 
estatuto social e a lei do local da sede, tenha autorizado a emissão. 
 
§ 4º A negociação, no mercado de capitais do Brasil, de 
debêntures emitidas no estrangeiro, depende de prévia 
autorização da Comissão de Valores Mobiliários”. (grifo meu) 
 
 
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43. Underwriting 
 
A palavra “underwriting” significa subscrição. Na verdade, quando um empresa 
precisa lançar suas ações no mercado financeiro, na bolsa, ela deve procurar 
uma corretora, uma distribuidora ou um banco de investimento para que este 
possa auxiliá-la na tarefa. 
 
Esses agentes especializados no mercado financeiro irão fazer com que haja 
uma adequação da empresa às normas da CVM e auxiliar na distribuição dos 
valores mobiliários quando do seu lançamento. Essa organização e auxílio da 
operação é que é a subscrição da operação. Enquanto isso, os agentes são 
chamados de subscritores (“underwriter”). 
 
Segundo Newlands Jr: 
 
“Por ser uma regra da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, 
nenhuma empresa pode vender diretamente suas ações no mercado 
quando a emissão é pública. É necessária a intermediação de uma 
instituição financeira por meio de uma operação de underwriting.” 
 
Essas operações podem ser feitas das mais diversas formas. Uma operação de 
underwriting pode ser do tipo firme, melhores esforços ou stand-by. 
 
Quando há um lançamento do tipo Garantia Firme, o underwriter da 
operação, antes mesmo do lançamento, garante à empresa a venda da 
totalidade da emissão. Caso, o subscritor não consiga colocar a totalidade no 
mercado, ele terá adquirido o restante. Logo, o risco da empresa emissora é 
bastante baixo, pois antes mesmo da emissão já sabe o valor que conseguirá 
levantar. 
 
Quando o lançamento for do tipo Melhores Esforços, o underwriter da 
operação garante à empresa emissora que irá fazer o maior esforço possível 
para efetuar a colocação da operação pela melhor taxa ou preço. No entanto, 
não irá garantir nenhum valor previamente. 
 
Quando o lançamento for do tipo Stand-By, a instituição subscritora se 
compromete a colocar junto ao público o restante dos valores mobiliários em 
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determinado espaço de tempo e caso isso não ocorra, ela mesma irá adquirir 
esses títulos. 
 
Importante destacar que alguns autores colocam o bookbuilding como uma 
forma de subscrição. Entretanto, quando há uma subscrição por melhores 
esforços ou mesmo uma firme, o subscritor liga para todos os potenciais 
compradores com o objetivo de anunciar a operação que irá fazer e levantar a 
demanda existente para tal operação. Dessa forma, ele poderá determinar ou 
avaliar, dependendo do caso, o valor de venda do título. Portanto, após ele 
perguntar a quantidade demandada de cada investidor a um determinado 
preço, o subscritor anota esse valor em um “caderno” e assim vai construindo 
esse “caderno” de preço. 
 
Segundo o dicionário da BOVESPA, as operações de Underwriting podem ser as 
seguintes: 
 
Underwriting Firme (straight): Subscrição em que a instituição 
financeira subscreve integralmente a emissão para revendê-la 
posteriormente ao público. Selecionando esta opção a empresa 
assegura a entrada de recursos. O risco de mercado é do 
intermediário financeiro. 
 
Underwriting de Melhores Esforços (Best efforts): Subscrição 
em que a instituição financeira se compromete a realizar os melhores 
esforços para a colocação junto ao mercado das sobras do 
lançamento. Não há comprometimento por parte do intermediário 
para a colocação efetiva de todas as ações. A empresa assume os 
riscos da aceitação ou não das ações lançadas por parte do mercado. 
 
Underwriting de standby: Subscrição em que a instituição 
financeira se compromete a colocar as sobras junto ao público em 
determinado espaço de tempo, após o qual ela mesmo subscreve o 
total das ações não colocadas. Decorrido o prazo, o risco de mercado 
é do intermediário financeiro. 
 
 
 
 
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44. Mercado de Câmbio 
 
Antes de começarmos a falar sobre mercado de câmbio é fundamental que 
consigamos entender o que significa câmbio. Eu, particularmente, gosto muito 
de um exemplo que coloco em sala e, praticamente, retira todos os mitos 
acerca desse mercado. 
 
Quando você vai a um mercado e verifica que a batata está custando R$2,00, 
o que aquilo significa? Significa que um quilo de batata pode ser trocado por 
R$2,00, concorda? 
 
Então. No câmbio é a mesma coisa. Quando eu te digo que a taxa de câmbio 
está custando R$2,00, isso significa que você pode trocar R$2,00 por US$1,00 
ao invés de um quilo de batata. Isso que acabei de explicar se chama taxa de 
câmbio. No entanto, câmbio é a troca de uma moeda por outra qualquer. O 
preço dessa troca é a taxa de câmbio. 
 
Segundo o dicionário de Finanças da BOVESPA, câmbio é: 
 
“relação entre valores de duas ou mais moedas nacionais.” 
 
O normativo vigente do CMN define que o mercado de câmbio brasileiro 
compreende as operações de compra e de venda de moeda estrangeira e as 
operações com ouro-instrumento cambial, realizadas com instituições 
autorizadas pelo Banco Central do Brasil a operar no mercado de câmbio, bem 
como as operaçõesem moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com 
sede no País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior. 
 
Cabe ressaltar que as taxas de câmbio praticadas no mercado de câmbio 
brasileiro são livremente negociadas entre os agentes e seus clientes e são 
amplamente divulgadas pela imprensa. O Banco Central divulga as taxas de 
câmbio praticadas no mercado interbancário, não fazendo, atualmente, 
nenhum tipo de fixação desta. 
 
 
 
 
 
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44.1. Instituições Autorizadas a Operar 
 
O Conselho Monetário Nacional, em seu normativo, elenca quais as instituições 
estão autorizadas a operar em câmbio e que tipos de operação cada uma delas 
pode fazer. 
 
As autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser 
concedidas pelo Banco Central do Brasil a 
• bancos múltiplos; 
• bancos comerciais; 
• caixas econômicas; 
• bancos de investimento; 
• bancos de desenvolvimento; 
• bancos de câmbio; 
• sociedades de crédito, financiamento e investimento; 
• sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; 
• sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários; e 
• sociedades corretoras de câmbio. 
 
É importante destacar que desde 2009 as agências de turismo e os hotéis não 
podem negociar no mercado de câmbio. 
 
 
Os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio podem realizar as 
seguintes operações: 
 
I - bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as 
operações previstas para o mercado de câmbio; 
 
II - bancos de desenvolvimento: operações específicas autorizadas pelo Banco 
Central do Brasil; 
 
III - sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades 
corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos 
e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio: 
a) compra e venda de moeda estrangeira em cheques vinculados a 
transferências unilaterais; 
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b) compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de 
viagem relativos a viagens internacionais; 
c) operações de câmbio simplificado de exportação e de importação e 
transferências do e para o exterior, de natureza financeira, não sujeitas ou 
vinculadas a registro no Banco Central do Brasil, até o limite de US$ 50.000,00 
(cinqüenta mil dólares dos Estados Unidos) ou seu equivalente em outras 
moedas; e 
d) operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de 
banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior; 
 
 
44.2. Operações Básicas 
 
As operações básicas no mercado de câmbio devem ser registradas por meio 
de contrato de câmbio pois desta forma o Banco Central tem condições de 
saber como estão sendo cursadas as operações. 
 
Normativo do CMN dispõe que: 
 
“Art. 80 – As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e 
vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais 
em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo 
contraparte na operação agente autorizado a operar no mercado de 
câmbio, observada a legalidade da transação, tendo como base a 
fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na 
respectiva documentação. 
 
§ 1º O disposto no caput compreende as compras e as vendas de 
moeda estrangeira, por pessoas físicas ou jurídicas, residentes, 
domiciliadas ou com sede no País, para fins de constituição de 
disponibilidades no exterior e do seu retorno. 
 
§ 2° As transferências financeiras relativas às aplicações no exterior 
por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central do Brasil devem observar a 
regulamentação específica. 
 
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§ 3º Os fundos de investimento podem efetuar transferências do e 
para o exterior relacionadas às suas aplicações fora do País, 
obedecida a regulamentação editada pela Comissão de Valores 
Mobiliários e as regras cambiais editadas pelo Banco Central do 
Brasil. 
 
§ 4° As transferências financeiras relativas a aplicações no exterior 
por entidades de previdência complementar devem observar a 
regulamentação específica 
 
§ 5º Sem prejuízo do dever de identificação dos clientes de que trata 
o artigo 18 desta Resolução, nas operações de compra e de venda de 
moeda estrangeira até US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados 
Unidos), ou do seu equivalente em outras moedas, é dispensada a 
apresentação da documentação referente aos negócios jurídicos 
subjacentes às operações de câmbio.” 
 
 
 
44.3. Contratos de Câmbio 
 
O contrato de câmbio é o documento que formaliza a operação de compra ou 
de venda de moeda estrangeira. 
 
Nele deverão constar informações sobre a moeda estrangeira transacionada, a 
taxa de câmbio contratada, o valor correspondente em moeda nacional e os 
nomes do comprador e do vendedor. Os contratos de câmbio devem ser, 
obrigatoriamente, registrados no Sisbacen pelo agente autorizado a operar no 
mercado de câmbio. Tal fato permite ao Banco Central o acompanhamento de 
todas as operações cursadas nesse mercado. 
 
Nas operações de compra ou de venda de moeda estrangeira de até US$ 3 mil, 
ou seu equivalente em outras moedas estrangeiras, não é obrigatória a 
utilização do contrato de câmbio, mas o agente do mercado de câmbio deve 
identificar seu cliente e registrar a operação no Sisbacen. 
 
 
 
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44.4. SISCOMEX 
 
O Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, instituído pelo Decreto 
n° 660, de 25.9.92, é a sistemática administrativa do comércio exterior 
brasileiro, que integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior - 
SECEX, da Secretaria da Receita Federal - SRF e do Banco Central do Brasil - 
BACEN, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das 
operações de exportação. 
 
A partir de 1993, com a criação do SISCOMEX, todo o processamento 
administrativo relativo às exportações foi informatizado. As operações 
passaram a ser registradas via Sistema e analisadas "on line" pelos órgãos que 
atuam em comércio exterior, tanto os chamados órgãos "gestores" (SECEX, 
SRF e BACEN) como os órgãos "anuentes", que atuam apenas em algumas 
operações específicas (Ministério da Saúde, Departamento da Polícia Federal, 
Comando do Exército etc.). 
 
Na concepção e no desenvolvimento do Sistema, foram harmonizados 
conceitos, códigos e nomenclaturas, tornando possível a adoção de um fluxo 
único de informações, tratado pela via informatizada, que permite a eliminação 
de diversos documentos utilizados no processamento das operações. 
 
O sistema de registro de exportações totalmente informatizado permitiu um 
enorme ganho em agilização, confiabilidade, rápido acesso a informações 
estatísticas, redução de custos etc. 
 
O acesso ao SISCOMEX IMPORTAÇÃO é feito por meio de conexão com o 
Serpro a fim de que as operações que necessitam de Licenciamento de 
Importação possam ser efetuadas. 
 
O SISCOMEX tem sido constantemente aprimorado,tendo incorporado o 
Módulo Drawback Eletrônico, em novembro de 2001. 
 
 
 
 
 
 
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44.5. Remessas de Câmbio 
 
A pessoa interessada em fazer uma remessa de moeda estrangeira para o 
exterior deve se dirigir a uma instituição autorizada pelo Banco Central do 
Brasil a operar no mercado de câmbio ou uma empresa conveniada e 
apresentar a documentação necessária para a remessa. Caberá ao agente 
informar a taxa de câmbio praticada, as tarifas que serão cobradas pela 
operação e os procedimentos adicionais necessários. 
 
A empresa conveniada referida pode ser uma instituição financeira ou uma 
pessoa jurídica qualquer, contratada por uma instituição do sistema financeiro 
autorizada a operar no mercado de câmbio especificamente para efetuar esse 
tipo de transação. 
 
As empresas conveniadas financeiras podem realizar operações cujo valor, por 
operação, não exceda a US$ 3 mil e que sejam relativas a turismo 
internacional e a transferências unilaterais, como, por exemplo, manutenção 
de residentes, doações, aposentadorias e pensões, indenizações e multas, 
patrimônio. 
 
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
Questão 78 
 
 (NCE – CVM – Analista – 2008) – Nos termos da Lei nº 6404 de 15 de 
dezembro de 1976, a companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido 
em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas está limitada ao 
seguinte parâmetro: 
 
a) valor do patrimônio líquido da companhia; 
b) valor de mercado das suas ações; 
c) preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas; 
d) sua participação no capital social da sociedade; 
e) valor econômico da companhia. 
 
 
Questão 79 
 
 (NCE – CVM – Analista – 2008) – A legislação societária brasileira define a 
companhia aberta como aquela que: 
 
a) possui mais de dois acionistas e o seu capital social está dividido em ações 
ordinárias e preferenciais; 
b) os valores mobiliários de sua emissão estejam admitidos à negociação no 
mercado de valores mobiliários; 
c) publica seus atos societários e demonstrativos financeiros em jornal de 
grande circulação; 
d) possui uma carteira de investimento diversificada em valores mobiliários; 
e) do seu quadro societário podem participar acionistas estrangeiros. 
 
 
Questão 80 
 
(Cesgranrio – BB – Escriturário – 2010) – As Companhias ou Sociedades 
Anônimas podem ser classificadas como abertas ou fechadas. São classificadas 
como abertas quando 
a) seu passivo está atrelado a opções de mercado futuro. 
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b) seus principais ativos são ações de outras companhias de capital aberto. 
c) sua estrutura de capital permite a entrada de sócios estrangeiros. 
d) suas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado balcão. 
e) suas ações são propriedade dos sócios fundadores e não estão à venda. 
 
 
Questão 81 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – Considerando-se uma empresa regida pela Lei 
6404/76 e alterações posteriores, analise as afirmativas a seguir: 
I – As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da 
companhia aberta e fechada podem ser apenas de uma única classe. 
II – Uma companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de 
sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores 
mobiliários. 
III – O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a 
restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 70% (setenta por 
cento) do total das ações emitidas. 
 
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são somente: 
a) II; 
b) I e II; 
c) I e III; 
d) II e III; 
e) I, II e III. 
 
 
Questão 82 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – As sociedades anônimas são: 
a) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital 
não se divide em ações, de livre negociabilidade, limitando-se a 
responsabilidade dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações 
por eles subscritas ou adquiridas; 
b) pessoas jurídicas de direito público em que o capital não se divide em 
ações; 
c) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital 
se divide em ações de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade 
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dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles 
subscritas ou adquiridas; 
d) associações de empresas ou conglomerados que têm por finalidade compor 
determinadas companhias; 
e) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital 
se divide por cotas, de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade 
dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles 
subscritas ou adquiridas. 
 
 
Questão 83 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – As debêntures são: 
a) ativos lançados no mercado financeiro sem autorização da Comissão de 
Valores Mobiliários – CVM, que conferem aos seus detentores o direito de 
crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do certificado, 
conforme art. 52 da Lei 6404/76; 
b) títulos de dívida de médio ou longo prazos, emitidos pelas sociedades 
anônimas não-financeiras de capital aberto, que conferem aos seus detentores 
o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do 
certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76; 
c) emitidas pelas companhias fechadas com prévia autorização do Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que conferem aos 
seus detentores o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura 
de emissão e do certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76; 
d) títulos cuja emissão no mercado independe de deliberação da assembléia 
geral; 
e) títulos que não podem ser recomprados pelo emissor. 
 
 
Questão 84 
 
(Fundação Carlos Chagas – BB – Escriturário – 2010) – As debêntures, 
segundo a Lei no 6.404/76, são títulos nominativos ou escriturais emitidos por 
sociedades por ações. Asseguram ao seu titular direito de crédito contra a 
companhia emissora e 
a) devem ser registradas para negociação em Bolsa de Valores. 
b) podem ser emitidas por bancos de investimento. 
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c) são adquiridas por investidores no mercado internacional. 
d) podem ser emitidas pelo prazo máximo de 360 dias. 
e) têm as suas garantias, se houver, especificadas na escritura de emissão. 
 
 
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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
 
Questão 78 
 
 (NCE – CVM – Analista – 2008) – Nos termos da Lei nº 6404 de 15 de 
dezembro de 1976, a companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido 
em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas está limitada ao 
seguinte parâmetro: 
 
a) valor do patrimônio líquido da companhia; 
b) valor de mercado das suas ações; 
c) preçode emissão das ações subscritas ou adquiridas; 
d) sua participação no capital social da sociedade; 
e) valor econômico da companhia. 
 
Resolução: 
 
Observe que a grande maioria das questões acerca da Lei 6.404/76 trazem a 
literalidade da lei. Eu sei que a Lei não é pequena, na verdade, ela é enorme, 
mas uma leitura “na diagonal” pode ser algo interessante. 
 
Muitas vezes de nada adiantará eu ficar aqui descrevendo alguns itens acerca 
da Lei pois existem 300 artigos nela. O examinador pode escolher um de forma 
aleatória e colocar na prova. É claro que existem alguns mais importantes e 
com a aula irei repassando a vocês. 
 
Essa questão nada mais é do que o artigo 1 da Lei, conforme exposto abaixo: 
 
“Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em 
ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao 
preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.” 
 
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra C. 
 
Gabarito: C 
 
 
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Questão 79 
 
 (NCE – CVM – Analista – 2008) – A legislação societária brasileira define a 
companhia aberta como aquela que: 
 
a) possui mais de dois acionistas e o seu capital social está dividido em ações 
ordinárias e preferenciais; 
b) os valores mobiliários de sua emissão estejam admitidos à negociação no 
mercado de valores mobiliários; 
c) publica seus atos societários e demonstrativos financeiros em jornal de 
grande circulação; 
d) possui uma carteira de investimento diversificada em valores mobiliários; 
e) do seu quadro societário podem participar acionistas estrangeiros. 
 
Resolução: 
 
A própria Lei 6.404/76 mostra as definições de companhia aberta e companhia 
fechada. 
 
Uma companhia será considerada aberta se os valores mobiliários de sua 
emissão forem admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. 
Será fechada se esses valores não puderem ser negociados no mercado. 
 
Importante ressaltar que somente os valores mobiliários registrados no órgão 
fiscalizador competente – Comissão de Valores Mobiliários – podem ser 
negociados no mercado de valores mobiliários, podendo ser nas bolsas ou em 
balcão. 
 
E para que seja feita uma distribuição pública, ou seja, para que as ações ou 
qualquer outro valor mobiliário de emissão de uma companhia aberta seja 
vendido ao público, há a necessidade de registro prévio na CVM. 
 
O artigo 4º e seus parágrafos define bem esse tema, conforme mostrado 
abaixo: 
 
“Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada 
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou 
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não admitidos à negociação no mercado de valores 
mobiliários. (grifo meu) 
 
§ 1o Somente os valores mobiliários de emissão de companhia 
registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser 
negociados no mercado de valores mobiliários. (grifo meu) 
 
§ 2o Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será 
efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão de 
Valores Mobiliários. (grifo meu) 
 
§ 3o A Comissão de Valores Mobiliários poderá classificar as 
companhias abertas em categorias, segundo as espécies e classes 
dos valores mobiliários por ela emitidos negociados no mercado, e 
especificará as normas sobre companhias abertas aplicáveis a cada 
categoria. 
 
§ 4o O registro de companhia aberta para negociação de ações no 
mercado somente poderá ser cancelado se a companhia emissora de 
ações, o acionista controlador ou a sociedade que a controle, direta 
ou indiretamente, formular oferta pública para adquirir a totalidade 
das ações em circulação no mercado, por preço justo, ao menos igual 
ao valor de avaliação da companhia, apurado com base nos critérios, 
adotados de forma isolada ou combinada, de patrimônio líquido 
contábil, de patrimônio líquido avaliado a preço de mercado, de fluxo 
de caixa descontado, de comparação por múltiplos, de cotação das 
ações no mercado de valores mobiliários, ou com base em outro 
critério aceito pela Comissão de Valores Mobiliários, assegurada a 
revisão do valor da oferta, em conformidade com o disposto no art. 
4o-A. 
 
§ 5o Terminado o prazo da oferta pública fixado na regulamentação 
expedida pela Comissão de Valores Mobiliários, se remanescerem em 
circulação menos de 5% (cinco por cento) do total das ações emitidas 
pela companhia, a assembléia-geral poderá deliberar o resgate 
dessas ações pelo valor da oferta de que trata o § 4o, desde que 
deposite em estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de 
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Valores Mobiliários, à disposição dos seus titulares, o valor de 
resgate, não se aplicando, nesse caso, o disposto no § 6o do art. 44. 
 
§ 6o O acionista controlador ou a sociedade controladora que adquirir 
ações da companhia aberta sob seu controle que elevem sua 
participação, direta ou indireta, em determinada espécie e classe de 
ações à porcentagem que, segundo normas gerais expedidas pela 
Comissão de Valores Mobiliários, impeça a liquidez de mercado das 
ações remanescentes, será obrigado a fazer oferta pública, por preço 
determinado nos termos do § 4o, para aquisição da totalidade das 
ações remanescentes no mercado.” 
 
O dicionário da BOVESPA3 informa que uma companhia aberta é uma: 
 
“Companhia com valores mobiliários registrados na CVM, admitidos à 
negociação no mercado de títulos e valores mobiliários, de bolsa ou 
de balcão. (grifo meu) 
A CVM pode classificar as companhias de capital aberto em 
categorias, conforme as espécies e classes dos valores mobiliários por 
ela emitidos, negociados nesses mercados. 
 
A companhia aberta sujeita-se ao cumprimento de uma série de 
normas quanto a: 
f) natureza e periodicidade de informações a divulgar 
g) forma e conteúdo dos relatórios de administração e demonstrações 
financeiras 
h) padrões contábeis, relatório e parecer de auditores independentes 
i) informações prestadas por diretores e acionistas controladores, 
relativos à compra, permuta ou venda de ações emitidas pela 
companhia, sociedades controladas e controladoras 
j) divulgação de deliberações de assembléia de acionistas, órgãos da 
administração, fatos relevantes ocorridos nos negócios, que 
possam influir de modo ponderável na decisão de comprar ou 
vender ações, por parte de investidores. 
 
 
3
 Estou optando por colocar alguns conceitos que estão no dicionário da BOVESPA porque se por acaso cair alguma 
questão da Lei que você não teve a oportunidade de ler, esses conceitos podem dar uma dica tendo em vista o fato de 
que são um resumo do que há de mais importante. 
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Nota: companhias abertas existentes antes da edição da lei 
10.303/2001 podem ter seu capital social com até dois terços de 
ações preferenciais.” 
 
Existem inúmeras instruções CVM acerca das companhias abertas, a grande 
maioria disciplinando os mais diversos itens dispostos pela Lei 6.404/76. 
 
Concluímos, diante de tudo que foi exposto acima,que o gabarito é a letra B. 
 
Gabarito: B 
 
 
Questão 80 
 
(Cesgranrio – BB – Escriturário – 2010) – As Companhias ou Sociedades 
Anônimas podem ser classificadas como abertas ou fechadas. São classificadas 
como abertas quando 
a) seu passivo está atrelado a opções de mercado futuro. 
b) seus principais ativos são ações de outras companhias de capital aberto. 
c) sua estrutura de capital permite a entrada de sócios estrangeiros. 
d) suas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado balcão. 
e) suas ações são propriedade dos sócios fundadores e não estão à venda. 
 
Resolução: 
 
A legislação em vigor determina que uma companhia será considerada aberta 
se os valores mobiliários de sua emissão estiverem admitidos à negociação no 
mercado de valores mobiliários. Veja o trecho abaixo: 
 
“Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada 
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não 
admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. 
 
§ 1o Somente os valores mobiliários de emissão de companhia 
registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser negociados 
no mercado de valores mobiliários.” 
 
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Portanto, se essas ações puderem ser negociadas nas bolsas ou no mercado de 
balcão (mercado de valores mobiliários), essa companhia será considerada 
aberta. O gabarito é a letra D. 
 
Gabarito: D 
 
 
Questão 81 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – Considerando-se uma empresa regida pela Lei 
6404/76 e alterações posteriores, analise as afirmativas a seguir: 
I – As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da 
companhia aberta e fechada podem ser apenas de uma única classe. 
II – Uma companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de 
sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores 
mobiliários. 
III – O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a 
restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 70% (setenta por 
cento) do total das ações emitidas. 
 
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são somente: 
a) II; 
b) I e II; 
c) I e III; 
d) II e III; 
e) I, II e III. 
 
Resolução: 
 
Essa questão “parece” que está com seus itens retirados da Lei. É claro que 
com a Lei do lado fica simples encontrar o que é verdadeiro e o que é falso. 
Vamos lá, prosseguir em nossas análises. 
 
A Lei prevê a existência de três tipos de ações, quais sejam: ordinárias, 
preferenciais ou de fruição. Informa ainda, literalmente, que as ações 
ordinárias de uma companhia fechada e as preferenciais de uma companhia 
aberta ou fechada poderão der de uma ou mais classe. Observe o texto legal 
abaixo citado. 
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“Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens 
que confiram a seus titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de 
fruição. 
 
§ 1º As ações ordinárias da companhia fechada e as ações 
preferenciais da companhia aberta e fechada poderão ser de 
uma ou mais classes. (grifo meu) 
 
§ 2o O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas 
a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% 
(cinqüenta por cento) do total das ações emitidas.” 
 
 
Dessa forma, observamos que o item I está correto. 
 
A própria Lei 6.404/76 define o que é considerada companhia aberta ou 
fechada. Segundo determinação legal, consideraremos companhia aberta as 
empresas cujos valores mobiliários de sua emissão possam vir a ser 
negociados no mercado de valores mobiliários. Ou seja, empresas cujas ações 
podem ser livremente negociadas na Bolsa ou no mercado de balcão. 
 
As fechadas são aquelas cujos valores mobiliários não podem ser negociados 
no mercado de valores mobiliários. Importante frisar que somente valores 
mobiliários registrados na CVM podem ser negociados no mercado de valores 
mobiliários. Abaixo, fragmento da Lei que versa a esse respeito. 
 
“Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada 
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não 
admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.” 
 
Dessa forma, vemos que o item II da questão é verdadeiro. 
 
Vamos tentar entender o que o item III nos diz. O parágrafo 2º do artigo 15 da 
Lei 6.404/76, transcrito acima, diz que: 
 
“§ 2o O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas 
a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% 
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(cinqüenta por cento) do total das ações emitidas. (Redação dada 
pela Lei nº 10.303, de 2001).” (grifo meu) 
 
Quando observamos o que está escrito e comparamos com a afirmação da 
questão, vamos que há uma coincidência do texto com exceção do quantitativo 
do total de ações. Observe que a prova em questão é datada de 2005 e a 
mudança neste parágrafo ocorreu em 2001. Logo, não podemos falar que esse 
não era o texto legal em 2005, concordam? 
 
Dessa forma, se pensarmos no texto literal e é isso que acho que vocês 
deveriam fazer, marcaríamos o item III como sendo falso, pois o correto é que 
o número de ações preferenciais não pode ultrapassar o valor de 50% do total 
das ações emitidas. Enquanto a questão fala que não pode ultrapassar o valor 
de 70%. 
 
Como tenho um viés matemático e de raciocínio lógico, não posso admitir que 
a questão III esteja errada. Porque algo que não pode ultrapassar 50% 
também não pode ultrapassar nada além de 50%, logo, não pode ultrapassar 
70%. Estão me entendendo? 
 
Se eu falo que um goleiro de futebol do meu time não pode ser aceito na 
“peneira” se for menor do que 1,80m, ele também não poderia ser aceito se 
fosse menor que 1,70m. Me entendenram? Qualquer subconjunto que for 
escolhido nos limites excluídos, também deverá ser excluído. Logo, há espaço 
para uma discussão enorme nesse item. 
 
Infelizmente a prova que encontrei na internet me diz que o gabarito é a letra 
C, mas não foi possível encontrar o gabarito definitivo. Provei com as 
explicações acima que o gabarito seria B ou E, mas nunca C. Provavelmente 
houve um erro do site que peguei a prova ou da instituição em seu gabarito 
preliminar. 
 
Agora vocês querem saber se eu marcaria B ou E, concordam? Apesar da 
lógica me mandar marcar a letra E, eu marcaria B pois praticamente todas as 
questões desse tipo são “copiadas” da Lei e essa não é diferente. Sendo assim, 
é muito improvável que o examinador quando fez a questão tenha alterado o 
50% para 70% com o intuito de tentar te enganar na forma lógica da questão. 
Ele apenas mudou um número que a tornou, para ele, falsa. 
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Podem falar o que quiser, sei que muitos não vão concordar com meus 
argumentos e outros não irão concordar com a minha decisão de marcar a 
letra B, mas apesar de a questão levar a uma discussão imensa (que espero 
que não precisemos fazê-la no fórum, pois deixei claras as duas posições 
possíveis), DUVIDO que qualquer banca examinadora anularia a questão pelos 
motivos que coloquei.DUVIDO também que uma banca como a ESAF ou o CESPE deixem passar na 
prova uma questão como essa. Acho que eles, nunca levariam tal questão que 
poderia ser facilmente questionada, em relação à sua lógica, para a prova. 
 
Gabarito: B ou E 
 
 
Questão 82 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – As sociedades anônimas são: 
a) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital 
não se divide em ações, de livre negociabilidade, limitando-se a 
responsabilidade dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações 
por eles subscritas ou adquiridas; 
b) pessoas jurídicas de direito público em que o capital não se divide em 
ações; 
c) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital 
se divide em ações de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade 
dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles 
subscritas ou adquiridas; 
d) associações de empresas ou conglomerados que têm por finalidade compor 
determinadas companhias; 
e) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital 
se divide por cotas, de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade 
dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles 
subscritas ou adquiridas. 
 
Resolução: 
 
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Novamente a questão nos leva à literalidade da Lei 6.404/76 acrescendo que 
as S.A. são pessoas jurídicas de Direito Privado (e isso vocês aprendem em 
Direito Administrativo ou Empresarial e devem saber mais do que eu sobre o 
assunto). A Lei dispõe em seu artigo 1º que: 
 
“Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em 
ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao 
preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.” 
 
Com isso, vemos que o gabarito é a letra C. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 83 
 
(NCE – CVM – Agente – 2005) – As debêntures são: 
a) ativos lançados no mercado financeiro sem autorização da Comissão de 
Valores Mobiliários – CVM, que conferem aos seus detentores o direito de 
crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do certificado, 
conforme art. 52 da Lei 6404/76; 
b) títulos de dívida de médio ou longo prazos, emitidos pelas sociedades 
anônimas não-financeiras de capital aberto, que conferem aos seus detentores 
o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do 
certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76; 
c) emitidas pelas companhias fechadas com prévia autorização do Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que conferem aos 
seus detentores o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura 
de emissão e do certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76; 
d) títulos cuja emissão no mercado independe de deliberação da assembléia 
geral; 
e) títulos que não podem ser recomprados pelo emissor. 
 
Resolução: 
 
As debêntures são títulos que podem ser emitidos por companhias abertas 
desde que não sejam instituições financeiras. Há uma pressão grande por 
parte das instituições financeiras para que elas passem a poder emitir 
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debêntures e dessa forma, consigam alongar suas dívidas. Atualmente, elas 
emitem Certificado de Depósito Bancário – CDB para captação de recursos, 
mas os prazos utilizados no mercado são bem menores que aqueles que 
poderiam ser conseguidos com as debêntures. 
 
Vamos para a Lei 6.404/76, então. No capítulo de debêntures4, as informações 
mais importantes são as seguintes: 
 
“Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos 
seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes 
da escritura de emissão e, se houver, do certificado. 
 
Sendo assim, o gabarito da questão é a letra B. 
 
Gabarito: B 
 
 
Questão 84 
 
(Fundação Carlos Chagas – BB – Escriturário – 2010) – As debêntures, 
segundo a Lei no 6.404/76, são títulos nominativos ou escriturais emitidos por 
sociedades por ações. Asseguram ao seu titular direito de crédito contra a 
companhia emissora e 
a) devem ser registradas para negociação em Bolsa de Valores. 
b) podem ser emitidas por bancos de investimento. 
c) são adquiridas por investidores no mercado internacional. 
d) podem ser emitidas pelo prazo máximo de 360 dias. 
e) têm as suas garantias, se houver, especificadas na escritura de emissão. 
 
Resolução: 
 
Vimos anteriormente os itens mais importantes da Lei 6.404/76 acerca das 
debêntures. Sendo assim, só nos resta responder a questão sem tecer maiores 
comentários a respeito. Elas têm suas garantias especificadas na escritura da 
emissão. 
 
 
4
 Me reservei o direito de não copiar os artigos na íntegra e saltar alguns deles, os quais julgava ser de menor 
importância. 
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Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
 
Gabarito: E 
 
 
 
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GABARITO 
 
78- C 79- B 80- D 81- C 82- C 
83- B 84- E 
 
 
 
 
E aí pessoal, 
 
Grande abraço a vocês e até a próxima aula. 
 
César Frade 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br

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