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INTERDIÇÃO Entende-se por interdição, a declaração judicial da incapacidade de pessoa natural, impedindo-a de praticar atos da vida civil, ao passo que será nomeado um curador para auxiliá-lo. O que seria a incapacidade no Brasil? A incapacidade no Brasil ocorre por dois critérios: objetivo, pela idade, e subjetivo, pelo psicológico. As pessoas menores de 18 anos são consideradas incapazes e não é necessária nenhuma medida para o reconhecimento dessa incapacidade. Já para considerar um maior de idade incapaz, por ser uma exceção, é necessário seguir as regras da “ação de interdição”. Para ser declarada a interdição não é possível que o interesse seja somente financeiro, mas sim de proteger a dignidade do interditando e não interesse de terceiros. Para ser declarada incapaz a pessoa deve ter dificuldade para compreender as consequências de suas ações e decisões, por algum transtorno mental, dependência química, doença neurológica e etc, o que será devidamente atestado por perícia médica. Poderá requerer a interdição o pai, mãe, tutor, cônjuge ou algum parente próximo e até mesmo o Ministério Público. Entretanto não é o grau de parentesco que determina a proximidade, pois a pessoa deve ter convívio suficiente para enxergar a necessidade da interdição. Na interdição feita pelo Ministério Público, só ocorrerá em casos de doença mental grave e se as pessoas citadas nos incisos I, II e III do artigo 747 não existirem ou não promoverem a interdição e se existindo forem incapazes, sendo requerida a interdição pelo MP, o juiz nomeará um curador. Art. 747 A interdição pode ser promovida: I - pelo cônjuge ou companheiro; II - pelos parentes ou tutores; III - pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando; IV - pelo Ministério Público. Parágrafo único. A legitimidade deverá ser comprovada por documentação que acompanhe a petição inicial. DA PROPOSITURA DA AÇÃO A ação deve ser proposta no foro do domicilio do incapaz e, existindo Vara de Família e Sucessões, será ela a destinatária para o correto julgado. O requerente deverá comprovar ser legítimo para tal propositura, comprovar a incapacidade e o momento em que ele descobriu a mesma. Se o caso for de urgência, o juiz nomeará um curador provisório. Após tal propositura, o requerente deverá juntar laudos médicos para a comprovação da incapacidade e transcorrido esse procedimento, o interditando será citado para comparecer perante o juiz para esclarecer sobre sua vida pessoal. Ele deverá formar o convencimento do juiz quanto a sua capacidade para praticar atos da vida civil do incapaz. Nos casos de extinção da causa de interdição, será procedido o seu levantamento que pode ser requerido pelo próprio interdito e mesmo havendo declaração de interdição, o artigo 756 em seu §1º, demonstra a possibilidade de requerer na mesma interdição sem interferência do curador. A interdição poderá ser proposta de forma parcial quando o interdito demonstrar capacidade para prática de alguns atos da vida civil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: GAIO JÚNIOR, Antônio Pereira. Instituições de Direito Processual Civil. 3ª edição revista e atualizada. Salvador: JusPodvm, 2016. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS. INTERDIÇÃO páginas 999 a 1004.
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