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Aula 10 Hist Direito

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HISTÓRIA DO DIREITO NO BRASIL
AULA 10 - A Era Vargas – O Estado Novo
Prof: Leonardo Bruno
Objetivos:
 Compreender o processo de instauração da ditadura do Estado Novo
 Identificar o papel dos diversos setores da sociedade neste contexto;
 Entender as contradições da construção da estrutura legal brasileira no contexto da ditadura do Estado Novo. 
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Era Vargas: O Estado Novo – Aula 10
O Golpe de Estado
 O golpe de Estado em nenhum momento visou combater a ameaça comunista. Assim como em outro tempos na história do Brasil, a ameaça comunista foi só uma cortina de fumaça para garantir poderes totais à Vargas e seus apoiadores.
 Com o golpe do Estado Novo, militares que apoiavam a iniciativa varguista, assumiram postos chaves na política brasileira. Muitos foram governadores e dirigentes de empresas estatais. 
 O Congresso foi fechado.
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Era Vargas: O Estado Novo – Aula 10
A Constituição Polaca de 1937
Ao contrário da constituição de 1934, a sua sucessora não foi gestada em debates parlamentares. Seu texto foi escrito por Francisco Campos, ministro da justiça, que mais tarde iria ser o redator de outra constituição autoritária, a de 1967.
Esta constituição teve como principal característica a centralização do poder, que garantiu ao governo nomear intervetores no estados, que nomeavam prefeitos
Atribuiu ao executivo funções específicas do parlamento, que por sua vez ficou praticamente esvaziado das suas prerrogativas..
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Era Vargas: O Estado Novo – Aula 10
Ainda sobre a constituição de 1937
 Art. 11 - A lei, quando de iniciativa do Parlamento, limitar-se-á a regular, de modo geral, dispondo apenas sobre a substância e os princípios, a matéria que constitui o seu objeto. O Poder Executivo expedirá os regulamentos, complementares.
 Art 12 - O Presidente da República pode ser autorizado pelo Parlamento a expedir decretos-leis, mediante as condições e nos limites fixados pelo ato de autorização.? (...)
Como se sabe, o Estado Novo se configurou em uma ditadura, entre outros motivos, por ter sido governado por meio exclusivo de Decretos-lei emanados pelo Poder Executivo, sem participação legislativa por parte do Parlamento. Todavia, conforme lido acima, era da responsabilidade do Parlamento (Poder Legislativo) limitar e autorizar a emanação dos referidos Decretos (art. 12), sendo que ao Poder Executivo caberia somente expedir os regulamentos, complementares às normatizações gerais estabelecidas pelo Parlamento (art.11)
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O Brasil do Estado Novo
 O governo tinha muito apoio popular, porque suas políticas de assistência social e atendimento das necessidades do mais pobres, principalmente aqueles que se transferiam das áreas rurais para as cidades, eram eficientes. Projetos de moradia populares, o alto índice de empregabilidade, somado às leis de proteção dos trabalhadores forjou este apoio. Para este setor a democracia não era fundamental desde que estas políticas continuassem;
 Nos outros segmentos as relações de apoio ou oposição ao governo eram mais visíveis e foram se amplificando ao longo dos anos. A burguesia industrial, por exemplo, tinha interesses no desenvolvimentismo, mas não gostou nem um pouco das leis trabalhistas. As próprias forças armadas foram se dividindo em dois grupos políticos: um que mantinham as convicções nacionalistas e desenvolvimentistas do positivismo e outro que adotava a concepção capitalista como referência política.
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A Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT
 A CLT é de 1943. Na verdade, a consolidação estabeleceu a organização e estruturação das diversas leis trabalhistas que viam sendo promulgadas ou decretadas desde de 1934.
 São pontos das Leis Trabalhistas: a Identificação profissional, duração (jornada) do trabalho, salário mínimo, férias anuais,segurança e medicina do trabalhos, proteção ao trabalho da mulher e do menor, previdência social e regulamentações de sindicatos das classes trabalhadoras.
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O Brasil e a II Guerra Mundial
 Politicamente o Brasil do Estado Novo, pela sua concepção anticomunista e antiliberal, se aproximava das potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
 Economicamente os principais parceiros econômicos do Brasil eram EUA e Alemanha, o que gerava uma divisão de interesses.
 No entanto, as conferências da OEA em Buenos Aires e Cuba deram ao Brasil a chancela que precisava: Neutralidade;
 Esta condição mudou com os ataques japoneses à Pearl Harbor, que colocou os EUA e pressão sobre os demais membros da OEA para segui-los.
 Mas Vargas aproveitou as circunstâncias para negociar e exigiu a transferência de tecnologia siderúrgica para o Brasil entrar na guerra.
 Com as negociações em andamento, os ataques aos navios brasileiros que faziam a cabotagem precipitaram a tomada de decisão.
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O Fim da guerra e o fim do Estado Novo 
 Com o fim da II Guerra Mundial e o retorno dos militares, a hegemonia de apoio a Vargas se desfez e os militares, em maioria, passaram a questionar o poder autoritário.
 O desgaste de 15 anos de poder era visível, nem mesmo a base popular mantinha-se sólida. As contradições características de quem está no governo eram visíveis.
Vargas ainda fez movimentos salvacionistas. Permitiu a criação de partidos políticos, o Congresso recuperou parte de suas prerrogativas, mas foram insuficientes.
Vargas foi deposto em 1945, mas antes de sair alocou seus aliados nos recém criados PSD (burgueses e setores da agroexportação) e no PTB (sindicalistas e trabalhadores). Preparava a sua volta nos braços do povo, como profetizou.
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Era Vargas: O Estado Novo – Aula 10

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