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Principios da virologia

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Microbiologia
Princípios da Virologia
Prof. Paulo Ricardo de S. Moraes
moraespr@live.estacio.br
Virologia
Virologia
� Histórico
Século XVIII - Edward Jenner (por volta de 1798) se torna o pai da 
vacinação => vacina James Phipps com suspensão de crostas de “cowpox”. 
Virologia
� Histórico
• Loeffler & Frosch (1898): demonstraram a filtrabilidade do vírus da
febre aftosa 
Nome original: 
contagium vivium fluidum (fluido contagioso)
Termo correto: 
vírus (veneno em Latim)
• No final do século os pesquisadores perceberam que certas doenças, 
como a raiva e a febre aftosa, eram causadas por partículas que pareciam
se comportar como bactérias, mas eram muito menores. Classificaram
estas estruturas como as formas mais simples de vida.
Virologia
� Introdução:
• A palavra vírus origina do latim e significa veneno ou
fluído venenoso. Os vírus como partículas
extracelulares, não têm atividades metabólicas
independentes e são incapazes de reprodução por
cissiparidade, gemulação ou outros processos
observados entre as bactérias e outros
microrganismos, sendo portanto parasitas
intracelulares.
Virologia
� Introdução:
• Existem diferenças fundamentais entre os vírus e as
células vivas, que foram enumeradas por Stainer e
colaboradores (1969) que são:
a) apresentam propriedades muito diferentes da
unidade estrutural de um ser vivo, a célula;
b) enquanto o genoma celular é constituído por DNA e
RNA, no genoma viral só se encontra um dos dois
ácidos nucléicos;
Virologia
� Introdução:
• Diferenças fundamentais entre os vírus e as
células vivas:
c) apresentam como constituintes orgânicos apenas
ácido nucléico e proteína;
d) podem conter uma ou algumas enzimas, porém seu
complemento enzimático é insuficiente para reproduzir
outro vírus, ou seja, o vírus não possui portanto, ao
contrário da célula, sistema enzimático próprio;
Virologia
� Introdução:
• Diferenças fundamentais entre os vírus e as
células vivas:
e) é sempre replicado exclusivamente a partir de
seu material genético por uma célula;
f) o vírus finaliza seu processo de multiplicação por
organização de seus constituintes sintetizado pela
célula.
• GENOMA de RNA ou 
DNA
• Envoltório lipídico 
ENVELOPE (nem 
sempre).
• Uma cobertura 
proteica, chamada de 
CAPSÍDEO.
Virologia
�Estrutura do Vírus:
Virologia
� Capsídeo Viral:
• Composição essencialmente protéica;
• Composto por um número variável de proteínas;
• Alguns vírus: possuem uma "matriz" protéica, que
preenche o espaço entre o genoma e o envelope (ex.
herpes, paramixo). Esta matriz exerce funções
variáveis dentro da multiplicação ou encapsidação viral. 
Virologia
� Simetria do Nucleocapsídeo (capsídeo + genoma):
1) Vírus Icosaédricos: os capsômeros organizam-se em
icosaédricos (20 faces triangulares equiláteras, 12
vértices, e 30 arestas), os capsômeros dos
vértices de cada face são chamados “pentons” e os
capsômeros das faces de “hexons”.
Ex. poliemielite, adenovírus, herpesvírus.
Virologia
� Simetria do Nucleocapsídeo (capsídeo + genoma):
2) Vírus Helicoidais ou Tubulares: Os capsômeros
organizam-se segundo simetria do tipo helicoidal (vírus
do mosaico do tabaco, da batata, vírus da influenza e
caxumba), dispondo-se o ácido nucléico na parte
interna das unidades protéicas, associado as mesmas.
Virologia
� Simetria do Nucleocapsídeo (capsídeo + genoma):
3) Vírus Complexos: Possuem envelope e são
geralmente pleomórficos, pois o envelope não é rígido.
Ex. Esféricos (arbovírus; arboencefalites),
paralelepípedos (poxvírus; varíola), da raiva e os
bacteriófagos.
Virologia
� Simetria do Nucleocapsídeo (capsídeo + genoma):
Virologia
� Simetria do Nucleocapsídeo (capsídeo + genoma):
Virologia
� Envelope:
• Natureza glicolipídica, derivado da célula hospedeira
e com proteínas associadas; 
• Deriva das membranas celulares do hospedeiro;
• Proteínas com importante papel no ciclo celular
(ligação e fusão nas células);
• A perda do envelope resulta em perda da
infectividade;
Virologia
� Envelope:
Vírus com envelope icosaédrico Vírus com envelope helical
Virologia
� Relermbrando Morfologia Viral:
• Cada partícula viral ou “virion” é constituída por
cerne ou núcleo de ácido nucléico (DNA ou RNA, mas
nunca ambos) recoberto por um invólucro protéico
denominado cápside ou “capsídio”;
• O conjunto ácido nucléico/invólucro protéico
constitui a nucleocápside ou “nucleocapsídio”; 
Virologia
� Morfologia Viral:
Virion
Virologia
� Morfologia Viral:
• Alguns vírus possuem a nucleocápside envolvida por
um envoltório, envelope ou invólucro de glicoproteínas
e/ou lipídios. Os vírus sem esse envelope são
denominados vírus nus, e aqueles que possuem esse
envelope são denominados encapsulados ou
envelopados.
Virologia
� Cultivo dos Vírus:
1) Inoculação em animal sensível. Ex. raiva, cão.
2) Cultivo em ovos embrionados (galinha ou pata) na
cavidade alantóide, na cavidade amniótica e no saco
vitelínico. Utilizado principalmente para produção de
vacina, porque é um método barato e bem estabelecido.
3) Cultivo em células - tecidos. Culturas de células
primárias ou de linhagem contínua (carcinoma uterino
humano).
Virologia
� Cultivo dos Vírus:
O ciclo geral de todos os vírus é exemplificado pelo
ciclo dos bacteriófagos. A base principal da infecção
viral de uma dada célula é que se uma superfície celular
contiver receptor para que o vírus "ancore", este pode
ligar-se.
Virologia
� Mecanismo da Infecção do Vírus:
Dividido basicamente em 5 etapas:
1) Adsorção - ligação do vírus com a célula hospedeira;
2) Penetração e Desnudamento - injeção do ácido
nucléico dentro do citoplasma;
3) Período de Eclipse: não há qualquer evidência de
multiplicação;
Virologia
� Mecanismo da Infecção do Vírus:
Dividido basicamente em 5 etapas:
4) Replicação e Biossíntese – multiplicação dos
componentes virais.
4.1 - Ciclo de vida dos fagos:
Ciclo Lítico
Ciclo Lisogênico
5) Liberação - do vírus completo da célula hospedeira
Virologia
� Mecanismo da Infecção do Vírus:
Virologia
� David Baltimore, formulou um sistema para classificar os vírus
baseado em suas estratégias de replicação únicas. Estão descritas sete
Classes de Baltimore I, II, III, IV, V, VI,VII. Vírus são classificados em
sete grupos arbitrários:
I: DNA dupla fita (Adenovirus; Herpesvirus; Poxvirus, etc);
II: DNA simples fita de senso positivo (Parvovirus);
III: RNA dupla fita (Reovirus; Birnavirus);
IV: RNA simples fita de senso positivo (Picornavirus; Togavirus, 
Flavivírus);
V: RNA simples fita de senso negativo (Orthomixovirus, Rhabdovirus)
VI: RNA simples fita de senso positivo com um ciclo intermediário de
replicação DNA (Retrovirus);
VII: DNA dupla fita com um intermediário de RNA (Hepadnavirus).
Virologia
� Classificação dos Vírus (DNA)
Virologia
� Classificação dos Vírus (RNA)
Virologia
� Doenças decorrentes de infecções virais
• Doença, seguida por recuperação;
• Doenças persistentes;
• Doenças fatais;
• Doenças congênitas;
• Fator de contribuição ao câncer;
• Fator desencadeante de outras doenças.
Virologia
� Algumas consequências das infecções virais
• 50% de todas as ausências no trabalho e escola;
• Crianças: 7 ou mais infecções virais por ano que
requerem pelo menos uma visita ao hospital ou ao
Médico.
Virologia
� Outras utilidades virais
• desenvolvimento de vacinas;
• terapia gênica;
• ferramentas para investigar os hospedeiros
celulares;
• vetores de clonagem de genes.
Virologia� Diagnóstico laboratorial das infecções virais
• Coleta do material;
• Isolamento e detecção;
• Sorologia;
• Diagnóstico molecular.
Doenças provocadas por vírus
Virologia
� Doenças virais de pele
Varicela
• Agente: Vírus da Varicela zoster (herpes vírus);
• 90% casos em crianças de 1 a 14 anos;
• É raro se manifestar antes dos 3 meses devido a
imunidade conferido pelas imunoglobulinas 
transmitidas pela placenta materna;
• Período de incubação de 2 a 3 semanas.
• Sintomas:
- Febre moderada, erupção cutânea nas primeiras 
horas com formação de crostas granulosas após 3 ou 4 
dias;
- As vesículas aparecem em áreas do corpo que ficam 
cobertas: couro cabeludo e mucosas de vias aéreas 
superiores.
Virologia
� Doenças virais de pele
Varicela
Virologia
� Doenças virais de pele
Sarampo
• Doença causada por vírus (Morbillivirus), febril que
causa inflamação do sistema respiratório e manchas
exantemáticas.
• Contágio:
- Secreções dos olhos, nariz e garganta;
- Espirro e tosse.
• Sinais e Sintomas:
- Após 11 dias aparecem os sintomas, como: coriza,
febre, dores e manchas na boca e posteriormente no
corpo (Koplik).
• Prevenção:
- 12 Meses: 1ª dose da Tríplice Viral: Sarampo, 
caxumba e rubéola e 4 Anos: 2ª dose da Tríplice Viral
Virologia
� Doenças virais de pele
Sarampo
Virologia
� Doenças virais do Sistema Nervoso
Poliomielite, Raiva
• Poliovírus, vírus RNA, gênero Enterovírus, da família
Picornaviridae com três sorotipos: I, II e III.
• Doença infecto-contagiosa viral aguda, que pode se
manifestar como infecções inaparentes, quadro febril
inespecífico, meningite asséptica, formas paralíticas e 
morte.
• O quadro clássico é caracterizado por paralisia
flácida de início súbito.
• Principalmente por contato direto pessoa a pessoa,
pelas vias fecal-oral (a principal) ou oral-oral.
• Essa última se faz através de gotículas de muco da
orofaringe.
Virologia
� Doenças virais do Sistema Nervoso
Poliomielite
Virologia
� Doenças virais do Sistema Cardiovascular
Dengue, Febre Amarela
• Natural do Brasil;
• Vírus Flaviviridae;
• Transmissão: picada da fêmea do mosquito
Aedes aegypti contaminada;
• Difícil diagnóstico, somente exame de sangue;
• Sintomas:
- Febre alta;
- Dores no corpo;
- Prostração;
- Petéquias;
- Hemorragias nos casos graves;
Virologia
� Doenças virais do Sistema Respiratório
Influenza (Gripe)
• Vírus da influenza, que são compostos de RNA de
hélice única, da família dos Ortomixovíruse
subdividem-se em 3 tipos: A, B e C;
• Apresenta-se com início abrupto de febre alta, em
geral acima de 38º C, seguida de mialgia, dor de 
garganta, prostração, dor de cabeça e tosse seca;
• Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos
primeiros dias da doença.
Virologia
� Doenças virais do Sistema Digestivo
Hepatites, Caxumba
Virologia
� Doenças virais do Sistema Digestivo
Hepatites, Caxumba
• Hepatite A (VHA) –família Picornaviridae;
• Hepatite B (VHB) -família Hepadnaviridae;
• Hepatite C (VHC) –família Flaviviridae;
• Hepatite D (VHD) –família Deltaviridae;
• Hepatite E (VHE) –família Caliciviridae.
Virologia
� Doenças virais do Sistema Digestivo
Hepatites (Mecanismos de Transmissão)
Hepatites A e E Transmissão via fecal-oral 
e estão relacionadas às 
condições de saneamento 
básico, higiene pessoal, 
qualidade da água e dos 
alimentos.
Hepatites B,C e D Transmitidas pelo sangue 
(via parenteral e 
vertical), via sexual 
(esperma e secreção 
vaginal),sendo esta última 
incomum para hepatite C.
Virologia
� Doenças virais do Sistema Digestivo
Hepatite
• Geralmente assintomática;
• Variação de 2 a 6 semanas;
• Alguns sintomas: Mal estar, fadiga, febre, dor no
fígado, urina escura, pele e olhos amarelados;
• Prevenção:
- lavar as mão após usar o banheiro;
- cuidado com seringas;
- evitar contato sexual com contaminados;
- vacinação contra a hepatite B-grupo de risco;
Virologia
� Doenças virais do Aparelho Reprodutivo
AIDS
• Retrovírus. Possui no centro duas moléculas de RNA, 
cada uma delas envolta por moléculas protéicas;
• Contágio:
- por via sexual (esperma e secreção vaginal);
- pelo sangue (via parenteral e vertical);
- pelo leite materno.
• Tratamento:
- não existe vacina;
- não existe cura, porém medicamentos que inibem a
ação da enzimas;
- formulação de novos medicamentos.
Virologia
� Doenças virais do Aparelho Reprodutivo
Virologia
� Doenças virais do Aparelho Reprodutivo
AIDS
• Doenças Oportunistas:
- Vírus: citomegalovirose, herpes simples,...
- Bactérias: micobacterioses (tuberculose e complexo
Mycobacterium avium-intracellulare), pneumonias (S. 
pneumoniae), salmonelose.
- Fungos: candidíase, criptococose, histoplasmose;
- Protozoários: toxoplasmose, criptosporidiose, 
isosporíase.
- Tumores: sarcoma de Kaposi, linfomas não Hodkgin,
neoplasias anais e cervicais.

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