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Aula8 MudançasClimaticas

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03/10/2017
1
Mudanças Climáticas Mudanças Climáticas 
GlobaisGlobais
DISCIPLINA:DISCIPLINA: Conservação da Biodiversidade 
PROFESSORA: PROFESSORA: Ana Gabriela Delgado Bieber
EE--MAIL: MAIL: gabieber@gmail.com 
Sumário
1) Contextualização do problema
2) Mudanças climáticas em períodos passados
3) Indícios das mudanças climáticas na 
Atualidade
4) Previsões de mudanças para o séc. XXI 
5) Iniciativas para conter as atuais mudanças 
climáticas
6) Principais efeitos das mudanças climáticas 
sobre as espécies
Mudanças Climáticas Globais
Carvão mineral e carvão vegetal usados para gerar energia
em fábricas.
Posteriormente também o petróleo passa a ser usado
Revolução Industrial Queima de Combustíveis para o Transporte 
(de Cargas ou Pessoas)
Desmatamento de Grandes Áreas Florestais Resultado: Aquecimento Global
Fonte: IPCC; Figura: Begon, 2006
03/10/2017
2
Resultado: Alterações no Padrão de Precipitação
Fonte: www.ipcc.ch
Resultado: Aumento do Nível do Mar
Fonte: www.ipcc.ch
No estudo da poluição atmosférica, distinguem-se três 
grandes problemas globais: 
� o Efeito Estufa (Mudanças Climáticas)
� o Buraco na Camada de Ozônio
� a Chuva Ácida
Mudanças no Clima: uma Conseqüência da Poluição
• O clima da Terra está em constante mudança desde
sempre
• Os seres vivos sempre precisaram se adaptar às novas
condições ambientais, a fim de sobreviver e se reproduzir
• Espécies que não se adaptavam, extinguiam-se
• Para muitas espécies, essa mudança significa movimento.
• Estabelecer-se em outra área com condições
climáticas mais adequadas
Clima em Épocas Passadas 
Fonte: http://www.biohabitats.com. Thoughts on Climate-Driven Species Movement
Exemplo: Mudanças Climáticas do Pleistoceno
Pleistoceno durou de 2,6 milhões a 11,7 mil anos atrás
Fonte: www.scotese.com
Exemplo: Mudanças Climáticas do Pleistoceno
03/10/2017
3
• Glaciações são devidas provavelmente à variação da
posição da Terra relativamente ao Sol e à conseqüente
alteração na energia solar recebida principalmente no
Hemisfério Norte -> ciclos de Milankovitch
•16 ciclos de glaciação no Pleistoceno - com fases de 50.000 -
100.000 anos
• 4 mais importantes (na Europa – Würm, Riss, Mindel
e Günz; na América do Norte, Wisconsin, Illinois, Kansas
e Nebraska)
• Períodos glaciais (frios e secos) eram intercalados por
períodos interglaciais (quentes e úmidos)
• O aquecimento pós-glacial foi de cerca de 8°C (última Era do
Gelo acabou há 20.000 anos atrás)
Exemplo: Mudanças Climáticas do Pleistoceno
Exemplo: Mudanças 
de distribuição após 
última glaciação 
Pleistocênica
• Mudanças na 
distribuição de 4 spp. 
de plantas na América 
do Norte após o último 
período glacial
• Dados foram 
baseados em grãos de 
pólen depositados em 
lagos e brejos 
• Distribuição pretérita 
de plantas é bem 
melhor conhecida do 
que a de animais
Fonte: Ricklefs 2010
Dois grandes pontos diferenciam as mudanças climáticas
observadas atualmente das mudanças passadas:
1) Rotas de migração - Para algumas espécies existem
rotas. Ao alterar a paisagem em nome do desenvolvimento,
agricultura e infra-estrutura, nós, humanos, dificultamos a
movimentação natural dessas espécies na paisagem.
2) Ritmo da mudança climática - Cientistas do clima
alertam que a taxa de variação durante o próximo século será
pelo menos 10 vezes mais rápida do que qualquer mudança
de clima nos 65 milhões de anos anteriores.
• Mas espécies também tem mudado sua distribuição
mais rapidamente do que esperado pelos cientistas
Mudanças Climáticas: Pleistoceno x Antropoceno
Fonte: http://www.biohabitats.com. Thoughts on Climate-Driven Species Movement
•Acredita-se que a elevação da temperatura do ar na
superfície terrestre desde a Revolução Industrial até hoje
teria sido de 0,8°C.
•Os cientistas apontam que é provável que o planeta se
aqueça pelo menos 1,5°C até o fim deste século.
•Na maioria dos cenários, é provável que o aquecimento
global ultrapasse os 2°C, resultando em eventos climáticos
extremos mais intensos e frequentes.
Aquecimento Global Atual
Tais mudanças poderiam resultar no:
� derretimento das calotas polares;
� com conseqüente aumento no nível do mar;
� grandes mudanças no padrão climático global;
� e na distribuição das espécies.
Aquecimento Global Atual
GEEs - Gases do Efeito Estufa
O CO2 e demais gases (CH4, N2O) do efeito estufa ocorrem
naturalmente na atmosfera.
Sem esses gases a Terra seria inadequada, muito fria pra
sobrevivência – porque a maior parte da luz absorvida pela
superfície da Terra seria irradiada de volta ao espaço.
GEEs e Efeito Estufa
03/10/2017
4
Mantém a temperatura média da Terra e viabiliza a
existência de vida.
Efeito Estufa - Natural
Maior intensidade da liberação, aumento da temperatura da
Terra.
Efeito Estufa - Antropogênico
Aumento da 
Temperatura
Maior intensidade da liberação, aumento da temperatura da
Terra.
Efeito Estufa - Antropogênico
Aumento da 
Temperatura
Antes de 1850, a concentração de CO2 na 
atmosfera era na ordem de 280ppm. 
Durante os últimos 150 anos, ela aumentou 
para mais de 350ppm.
Metade desse aumento ocorreu durante os 
últimos 30 anos, e continua crescendo!
Emissões de CO2
Fonte: Ricklefs 2010
Aumento na Concentração de GEEs na Atmosfera
Fonte: www.ipcc.ch
10000 5000 0
Tempo (antes de 2005)
10000 5000 0
Tempo (antes de 2005)
10000 5000 0
Tempo (antes de 2005)
CO2
CH4
N2O
Emissões por tipo de GEE, segundo o Inventário Brasileiro das
Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, de
30 de novembro de 2009
Período do inventário, de 1990 até 2005
Emissões de GEEs no Brasil
03/10/2017
5
Principais fontes de emissão de GEEs, segundo o Inventário
Brasileiro das Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de
Efeito Estufa.
Emissões de GEEs no Brasil
Principais fontes de emissão de CO2, segundo o Inventário
Brasileiro das Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de
Efeito Estufa.
Emissões de CO2 no Brasil
• Criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e 
pelo Programa Ambiental das Nações Unidas.
• O objetivo do IPCC é fornecer informações técnicas, científicas 
e socioeconômicas, de forma relevante e sem posicionamento 
específico, visando embasar decisões governamentais.
• Constatação de que as alterações climáticas são 
principalmente provocadas por CO2 emitido pela queima de 
combustíveis fósseis.
• Em 2007, o IPCC e AL Gore dividiram o premio Nobel da Paz, 
pelo trabalho de ambos na conscientização da comunidade e 
das lideranças mundiais para o problema e as conseqüências 
da mudança climática.
http://www.ipcc.ch/organization/organization_history.shtml
Relatórios:
1) IPCC Assessment Report -1990
2) IPCC Assessment Report -1995
3) IPCC Assessment Report – 2001
4) IPCC Assessment Report – 2007
5) IPCC Assessment Report – 2013-2014
6) IPCC Assessment Report – 2022 (expectativa)
http://www.ipcc.ch/organization/organization_history.shtml
Segundo o quinto relatório do IPCC, publicado em 2014, há
95% de certeza científica que as alterações no clima são
causadas pelas atividades humanas.
Previsões do IPCC Previsões do IPCC (2014) - Temperatura
O relatório reforçou que o aumento poderia ser limitado 
a 2ºC, se uma grande mudança na matriz energética e no 
consumo acontecer.
03/10/2017
6
Previsões do IPCC (2014) – Gelo no Ártico Previsões do IPCC (2014) – Nível do Mar
Previsões do IPCC (2014) – pH do Oceano
� Recursos hídricos: possível redução da oferta de água
potável em certas regiões, maior incidência de secas e
aumento de disputas por água;
� Biodiversidade: projeções sugerem uma elevação do
risco de extinção de espécies no século 21 por pressões
como poluição e aumento das espécies invasoras;
Previsõesdo IPCC 2014 – Principais Impactos
� Ecossistema marinho: risco de diminuição das
populações em zonas tropicais devido ao aumento da
temperatura e à acidificação. Rendimentos de pesca
devem cair
� Produção de alimentos: certos cultivos em áreas tropicais
(como arroz, trigo e milho na América do Sul) podem sofrer
impacto negativo.
Previsões do IPCC 2014 – Principais Impactos
� Amazônia: ameaça de savanização devido ao aumento da
temperatura;
� Inundações: populações de áreas costeiras devem sofrer
com aumento do nível do mar. Nas cidades, maior
quantidade de chuvas deve causar enchentes e
deslizamentos de terra.
Previsões do IPCC 2014 – Principais Impactos
03/10/2017
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Principais 
Iniciativas Globais 
para Conter as 
Emissões de GEEs e 
as Mudanças 
Climáticas 
• Segunda Conferência das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, 
contou com a participação de mais de 160 líderes de Estado 
que assinaram a Convenção Marco Sobre Mudanças 
Climáticas.
• Estabelecimento de metas para que os países industrializados 
permanecessem no ano de 2000 com os mesmos índices de 
emissão de CO2 de 1990.
• Agenda 21 - plano de ação para ser adotado global, nacional 
e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, 
governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a 
ação humana impacta o meio ambiente
Protocolo de Kyoto - 1997
• Ratificado em 1998; em vigor desde 2005. 
• Objetivo: reduzir em 5,2% em relação ao nível de 1990, as 
emissões de gases poluentes responsáveis pelo efeito estufa e 
aquecimento global entre 2008 e 2012.
• Medidas para atingir as metas de redução:
• aumento da eficiência energética em setores relevantes da
economia;
• promoção de práticas sustentáveis de manejo florestal,
florestamento e reflorestamento;
• promoção de formas sustentáveis de agricultura;
• promoção e pesquisa de tecnologias de seqüestro de dióxido
de carbono.
• Acordo não atingiu seus objetivos iniciais, pois entre os anos de 
2005 e 2012 houve um aumento da emissão mundial destes 
gases em 16,2%.
• Apenas países desenvolvidos (listados no Anexo 1) eram 
obrigados a cumprir metas absolutas de cortes de emissão de 
CO2
• Criação de três mecanismos de mercado, ou de “flexibilização”:
• Comércio de emissões (entre países desenvolvidos)
• Implementação conjunta (projetos de redução de emissões 
bancados por países desenvolvidos em nações do ex-bloco 
socialista)
• Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, ou MDL (projetos 
de redução de emissões bancados por países industrializados 
nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos):
• Esses países ganham créditos de Reduções Certificadas 
de Emissões (RCE) - “créditos de carbono”.
Protocolo de Kyoto - 1997
Cerca de 100 países ratificaram o documento.
Protocolo de Kyoto - 1997
• na Rio-92, se criou a Convenção de Mudanças Climáticas 
(UNFCCC – United Nations Framework Convention for Climate 
Change), que começou a vigorar em 21 de março de 1994, e 
atualmente conta com 195 países-membro.
• Todos os anos a partir de 1995, ocorre a Conferência das 
Partes (COP) para reavaliar objetivos e ações propostas pela
Convenção:
• COP1 – Berlin
• COP3 – Kyoto
• COP20 - Lima
• 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças 
Climáticas (COP21) realizada em dezembro de 2015, Paris
COP 21, Paris
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• Ápice de mais de 20 anos de negociações
• 195 países e a União Européia produziram um dos documentos 
mais importante do século XXI: acordo universal que define como 
a humanidade combaterá o aquecimento global nas próximas 
décadas
• Coalizão de Alta Ambição – aliança liderada pelas Ilhas 
Marshall, inclui os países-ilha e os países mais vulneráveis além 
de gigantes econômicos (como EU, EUA e Brasil), mas não teve 
adesão de China e Índia.
• Novo acordo passará a vigorar em 2020
Fonte: http://www.observatoriodoclima.eco.br/
Fonte: http://www.oeco.org.br/especiais/cop21/
COP 21, Paris Intended Nationally Determined Contributions(INDCs)
•Plano que define as medidas que cada país adotará para 
cortar emissões de gases de efeito estufa e para proteger sua 
população, seus ecossistemas e sua infra-estrutura dos efeitos 
das mudanças climáticas.
• Segundo o ex-presidente do México, Felipe Calderón, as 
metas não têm peso de lei mas são “socialmente vinculantes”
• Nações tinham que submeter INDCs para a UNFCCC 
(Convenção de Clima das Nações Unidas) antes da COP21
•Consulta:http://www4.unfccc.int/submissions/INDC/Submis
sion%20Pages/submissions.aspx
COP21 – Acordo de Paris
• “Conter o aumento da temperatura média global em bem menos 
do que 2oC acima dos níveis pré-industriais e envidar esforços 
para limitar o aumento de temperatura a 1,5oC acima dos níveis 
pré-industriais, reconhecendo que isso reduziria de maneira 
significativa os riscos e os impactos da mudança climática”.
• Revisões das INDCs a cada cinco anos das metas, a partir de 
2023; 
• Financiamento de US$ 100 bilhões por ano dos países 
desenvolvidos para países em desenvolvimento. Em 2025 pode 
ser definida nova cifra.
• Mecanismo de perdas e danos, para apoiar os países mais 
vulneráveis em relação a impactos inevitáveis.
Fonte: http://www.observatoriodoclima.eco.br/
Fonte: http://www.oeco.org.br/especiais/cop21/
COP21 – Detalhes ausentes no texto final
• Retirada menção ao objetivo de longo prazo de descarbonizar
a economia, ou de atingir a neutralidade de carbono, ou de cortar 
no mínimo 70% das emissões mundiais de gases-estufa até 
2050. 
• Meta de temperatura não vem acompanhada de um roteiro 
dizendo como o mundo pretende limitar o aquecimento a menos 
de 2oC ou a 1,5oC.
• Segundo cientistas do clima, meta 
estabelecida não é baseada nos 
fatos.
Fonte: http://www.oeco.org.br/especiais/cop21/
François Hollande, presidente francês, Laurent Fabius, 
presidente da COP21, e Ban Ki-Moon, secretário-geral das 
Nações Unidas, comemoram o novo acordo do clima.
INDC do Brasil
• Brasil é o 12º maior emissor de CO2
• Meta: reduzir até 2025 suas emissões de gases em 37% em relação 
a 2005 e indicação de chegar a 43% em 2030.
• Ressalva: Atualmente, já reduziu 41% do que foi emitido em 2005, 
graças à redução do desmatamento. 
• Pode usar mercado de créditos de carbono.
INDC dos EUA
• Meta: reduzir até 2025 suas emissões de gases entre 26 e 28% em 
relação aos níveis de 2005
• Não está considerando nenhuma contribuição do mercado 
internacional de créditos de carbono
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INDC da União Européia
• União Européia: 28 países membros
• Meta: reduzir até 2030 suas emissões de gases de efeito 
estufa em pelo menos 40% em relação aos níveis de 1990
• Não está considerando nenhuma contribuição do mercado 
internacional de créditos de carbono
INDC de Palau
• Meta indicativa: reduzir até 2025 suas emissões de gases de 
efeito estufa em 22% em relação aos níveis de 2005 ao 
aumentar uso de energia renovável e aumentar eficiência 
energética.
• Não está considerando 
nenhuma contribuição do 
mercado internacional de 
créditos de carbono
Pesquisa Voltada ao Assunto – Mudanças 
Climáticas e Biodiversidade
Revistas voltadas ao assunto:
• Global Environmental Change – desde 
1990
– Impact Factor (2015): 5,679
• Global Change Biology – desde 1995
– Impact Factor (2015): 8,444
Maioria dos trabalhos concentra-se em plantas e 
vertebrados:
• Maior interesse do público leigo
• Maior conhecimento científico (taxonomia, fisiologia, 
ecologia) 
• Maior interesse econômico 
Principais mudanças em espécies/comunidades:
• fenologia 
• distribuição geográfica
• perda de interações
Pesquisa Voltada ao Assunto – Mudanças 
Climáticas e Biodiversidade
Fenologia - Plantas florescem mais cedo
� Artigo publicado em 2002 na Science por Alastair Fitter e seu
pai,Richard Fitter.
� Como hobby, Richard anotava a
data do primeiro florescimento de
plantas, a chegada de aves na
primavera, as datas de partida das
borboletas ao final do verão e outros
sinais da passagem das estações.
� Análise dos dados de florescimento
de 385 spp. de plantas nas imediações
de Oxford (Inglaterra), por 47 anos,
forneceu indícios claros que a maioria das
spp. têm começado a florescer mais cedo
(em média, 4,5 dias) – ou seja, para elas
a primavera chega mais cedo.
Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/quando_a_primavera_chega_mais_cedo.html
Alterações na temperatura e outros aspectos do clima
proporcionam uma mudança nos padrões físico-químicos
sobre os quais os nichos das espécies estarão sobrepostos
no futuro -> Condições & Recursos são afetados
As unidades de conservação já estabelecidas para espécies-
chave poderão estar nos lugares errados, e as espécies
atualmente apropriadas para projetos de restauração podem
não ter mais sucesso.
Além disso, é provável que cada uma das regiões do mundo
esteja sujeita a um novo conjunto de espécies invasoras,
pragas e doenças.
Mudanças na distribuição das espécies
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10
Exemplo: Formigas e Plantas da Região Florística
do Cabo, África do Sul
•Vegetação arbustiva sempre- verde, 
de clima semi-árido, dominada por 
plantas dependentes de fogo;
•Um dos hotspots de biodiversidade;
•Mais de 6.000 plantas endêmicas:
•20% das plantas são 
mirmecocóricas
•Região considerada sensível às 
mudanças climáticas:
•Aumento de 1,8ºC nos próximos 
50 anos
Fonte: Botes et al. 2006
Exemplo: Formigas e Plantas da Região Florística
do Cabo, África do Sul
• Coleta de formigas com 
pitfalls em 17 faixas 
altitudinais
• Pelo menos, 4 spp. 
mirmecocóricas
• Temperatura, juntamente 
com altitude e atributos 
vegetacionais, explicaram 
grande parte da variação 
na composição de 
formigas 
Baseado em: Botes et al. 2006, 
Ants, altitude and change in the
northern Cape Floristic Region. 
J. Biogeogr. 33: 71-90
Fonte: Botes et al. 2006
Exemplo: Formigas e Plantas da Região Florística
do Cabo, África do Sul
• Formigas características das maiores 
altitudes seriam perdidas
• A formiga mirmecocórica Camponotus
niveosetosus seria substituída por uma 
outra mirmecocórica, Tetramorium
quadrispinosum
• Não haveria apenas efeito unidirecional: 
clima -> vegetação -> formigas
Fonte: Botes et al. 2006
A partir destes resultados, Botes et al. (2006) prevêem que as 
alterações climáticas terão os seguintes efeitos sobre as 
formigas: C. niveosetosus
T. quadrispinosum
Provável Extinção de Espécies com 
Distribuição Restrita
Espécies com distribuição restrita podem vir a se extinguir 
porque não conseguem colonizar os novos lugares propícios:
• Existência de barreiras geográficas (como montanhas, 
grandes rios, etc.) 
• Ocorrência em fragmentos isolados aliada a uma baixa 
capacidade de dispersão da espécie 
Exemplo Hipotético: Atta robusta, 
a saúva da restinga
Baseado em : Teixeira et al.
2008. Atta robusta: endemismo, 
extinção ou ausência de 
estudos? In: Vilela et al. (eds.). 
Insetos Sociais – da Biologia à 
Aplicação. Editora UFV.
Fonte: Teixeira et al. 2008
• Atta robusta encontra-se 
apenas nas restingas do RJ e 
ES
• Barreira geográfica ao sul 
seria a Serra do Mar
• Com cenário futuro de 
aumento de temperatura e 
aumento do nível do mar, a 
saúva preta provavelmente 
não conseguiria se dispersar 
para o sul ou para o interior
Fonte: Teixeira et al. 2008
Exemplo Hipotético: Atta robusta, 
a saúva da restinga
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• Estudo na Ilha de Guriri – ES 
mostrou que a espécie interage 
com diásporos de 36 spp. de 
plantas na restinga
• Sementes são abandonadas em 
trilhas ou sobre o ninho – maior 
densidade de plântulas nestes 
locais
• Solo do ninho deve ser mais rico 
que o solo da restinga
Fonte: Teixeira et al. 2008
Exemplo Hipotético: Atta robusta, 
a saúva da restinga
Perda hipotética de Atta
robusta pode também 
significar perda de interações
Pesquisa com 704 espécies de corais revelou que
aproximadamente 33% delas estão ameaçadas de extinção
com o crescente aumento de temperatura do planeta.
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/aquecimento_global_ameaca_recifes_de_corais.html
Recifes de Corais Ameaçados
Esses organismos constroem estruturas que sustentam uma
grande quantidade de seres marinhos.
Se eles perdem espaço no oceano, também são prejudicados
peixes, moluscos, lulas, crustáceos e caranguejos, entre
outros.
Recifes de Corais Ameaçados
As principais ameaças aos corais estão ligadas à
poluição e mudanças climáticas:
- Branqueamento: devido à perda das algas zooxantelas
simbióticas que geralmente vivem dentro dos corais (sendo
responsáveis por parte de sua alimentação e pela sua cor
característica);
- Acidificação dos oceanos: os esqueletos de recifes de corais
são formados a partir dos íons carbonato presentes na água
do mar, o processo de acidificação dos oceanos pode reduzir
a concentração desses íons;
- Surgimento de doenças: corais enfraquecidos pelo
branqueamento estariam ainda mais sujeitos a doenças
Recifes de Corais Ameaçados
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/aquecimento_global_ameaca_recifes_de_corais.html
• O grupo de vertebrados mais ameaçado de 
extinção (30% das spp.)
• I Congresso Mundial de Herpetologia, Inglaterra, 1989 –
cientistas relataram observações a respeito da diminuição de 
algumas populações desses animais. 
• A maior parte dos declínios tem sido registrada em regiões 
tropicais montanhosas. 
• Destaque para Austrália e Américas
• Relatos de declínio são mais freqüentes para espécies de 
médio e grande porte
• Possíveis causas: 
• Destruição de hábitats
• Chuva ácida
• Inseticidas, herbicidas, fungicidas e resíduos industriais
• Introdução de espécies exóticas 
Declínio Global de Anfíbios
Fonte: Verdade et al. 2010. Rev. Estudos Avançados 64
• Mas, grande vilão seria o fungo Batrachochytrium
dendrobatidis (Bd), cuja proliferação tem sido favorecida pelo 
aquecimento global. 
• Detectado em todos os continentes, menos na Antártida, ele 
está por trás do declínio de dezenas de espécies de anfíbios no 
mundo. 
• Duas das espécies de anfíbios mais amplamente 
comercializadas no mundo, a rã-touro (Lithobates
catesbeianus) e a rã aquática africana (Xenopus laevis) são 
hospedeiras assintomáticas do Bd, transmitindo para outros 
anfíbios
Declínio Global de Anfíbios
Fonte: Verdade et al. 2010. Rev. Estudos Avançados 64
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A quitridiomicose
altera a 
capacidade da 
pele dos anfíbios 
de fazer o 
balanço de íons. 
As concentrações 
no sangue se 
alteram e o 
animal acaba 
morrendo de 
ataque cardíaco.
Declínio Global de Anfíbios
Fonte: Verdade et al. 2010. Rev. Estudos Avançados 64
Declínio Global de Anfíbios
Rã-touro (Lithobates catesbeianus), um 
dos vetores assintomáticos da 
quitridiomicose
Rã-do-riacho (Hylodes magalhaesi), uma 
das primeiras espécies brasileiras a
ser diagnosticada com a 
quitridiomicose.
Mudanças Climáticas e Invasões Biológicas
Três fatores são determinantes para o sucesso da invasão 
biológica:
• Fatores históricos
• História de vida da espécie
• Adequação climática
Fonte: Duncan et al 2001. J Anim Ecol; 
Dukes & Mooney 1999. Tree
Elementos da mudança global Efeito em invasões biológicas 
↑ [CO2] positivo/negativo
mudança climática positivo 
↑ de deposição de N positivo 
perturbação positivo 
↑ fragmentação positivo 
Resumo: Principais efeitos das mudanças 
climáticas sobre as espécies
• Efeito sobre a capacidade de espécies tornarem-se invasoras e 
deslocarem outras espécies
• Mudança da distribuição geográfica das espécies
• Com prováveis extinções caso indivíduos não sejam 
suficientementerápidos ou habitat esteja fragmentado 
• Mudança na fenologia das espécies 
• Interações mutualísticas entre espécies podem vir a ser afetadas 
por:
• falta de sincronização entre espécies
• aumento de produtividade da vegetação 
• mudança da distribuição geográfica de alguma(s) espécie(s) 
envolvida(s)
Bibliografia utilizada
• Begon et al. 2006. Ecology - from Individuals to ecosystems. 
• Primack & Rodrigues 2001. Biologia da Conservação. (parte do 
Cap. 2)
• Ricklefs 2010. A economia da natureza, 6ª edição. Editora 
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. (pags 397-400, pags 517-
519)
• Smith & Smith 2006. Elements of Ecology. 6th edition.
• http://www.observatoriodoclima.eco.br/
•http://www.oeco.org.br/tag/cop21/
•http://www.scientificamerican.com/report/do-or-die-the-global-
climate-summit-in-paris/?WT.mc_id=SA_ENGYSUS_20151210
•http://www.cambioclimatico.org/tema/introduccion-al-cambio-
climatico
•https://www.cdp.net/en-US/Pages/HomePage.aspx
•http://agencia.fapesp.br/os_desafios_brasileiros_para_o_cumpri
mento_das_metas_de_reducao_de_emissoes_de_co2_/22423/
•http://www.ipcc.ch

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