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Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 1 Obras da Engenharia – Ponte de Millau GRUPO 6 Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 2 SUMÁRIO 1- INDRODUÇÃO ....................................................................................04 2- A OBRA....................................................................................................05 3- NÚMEROS DA OBRA......................................................................05 4- MÉTODO CONSTRUTIVO.............................................................06 5- DIFICULDADES...................................................................................08 6- COMPARAÇÕES................................................................................. 09 7- CONCLUSÃO.........................................................................................10 REFERÊNCIAS ....................................................................................11 Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 3 Ponte de Millau Genivânia de Souza Santos e-mail: genivaniasouzagss@gmail.com Jessika Ketlen Santos da Silva e-mail: jessika.ketlen@hotmail.com Neemias Pereira de Aguiar Silva e-mail: ladios_007@hotmail.com Rafael Amorim de Alcantara e-mail: rafaelamorimalc97@gmail.com RESUMO O seguinte relatório trata-se em apresentar uma grande obra da engenharia contemporânea. Sendo de grande importância para compreensão de quão pode ser desafiador a profissão de engenheiro civil e assim servindo de avaliação para a disciplina Introdução a Engenharia Civil do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília. Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 4 1- INTRODUÇÃO O relatório mostrará como foi planejada e construída a Ponte de Millau na França, a mais alta ponte já construída pelo homem. Assim como sua importância, principais desafios, métodos adotados e comparar com métodos utilizados em pontes convencionais construídas pelo mundo. Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 5 2- A OBRA A obra foi projetada pelo arquiteto inglês Norman Foster e pelo engenheiro francês Michel Virlogeux, a obra é a mais alta ponte rodoviária do mundo, a Ponte de Millau, possui 342 metros de altura e 2460 metros de comprimento e foi feita para ligar Paris ao Mediterrâneo e encontra-se próximo a cidade de Millau. Antes da sua construção, o tráfego de veículos entre Paris e Barcelona tinha como trajeto o vale do rio Tarn, causando pesados congestionamentos, principalmente na época das férias de verão. Com esses problemas, foi necessária a criação de um modo alternativo, com o intuito de amenizar o transito no local. Isso fez com que a ponte fosse construída atravessando o vale presente na cidade, pelo ponto mais alto, formando uma ligação entre Clermont- Ferrand, a região do Languedoc e a Espanha, reduzindo consideravelmente o custo de transitar por esta rota. Sua Construção começou em outubro de 2001 e terminou em dezembro de 2004, porém seu planejamento já era trabalhado desde os anos 80. A obra estava planejada para durar três anos, porém as más condições climáticas atrasaram a inauguração. Está ponte tem uma vida útil de cerca de 120 anos. Contando com o trabalho de 500 operários, a construção demorou sensivelmente 3,2 anos e teve o custo de 394 milhões de euros. 3- NÚMEROS DA OBRA Contando com o trabalho de 500 operários, a construção demorou 3 anos e teve o custo de 394 milhões de euros. A estrutura, em betão armado e pré-esforçado, consumiu 127.000 m3 de betão, 19000 toneladas de aço e 5000 toneladas de aço pré-esforçado. A ponte foi construída tendo como horizonte 120 anos de vida útil. A construção da ponte ficou a cargo do grupo que foi criado na fusão dos grupos Fougerolles e SEA, o Grupo Eiffage. As previsões de tráfego do projeto foram excedidas logo no primeiro ano, o que poderá vir a trazer alguns problemas para a ponte mais cedo do que era esperado. O recorde de veículos num dia ocorreu em 12 de agosto de 2006 e contabilizaram-se nada mais nada menos do que 53.795. Altura: 343 metros, largura: 2.460 metros; número de trabalhadores: 500, tempo de construção: 3 anos, material de construção: cimento armado e aço, número de pilares: 7, volume de cimento usado: 85,000 metros cúbicos, espessura da pista: 4.20 metros, largura da Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 6 pista: 32.05 metros, peso da estrutura metálica: 36.000 toneladas, pilar mais baixo: 77 metros, pilar mais alto: 245 metros. 4- MÉTODOS CONSTRUTIVOS Sua construção começou em outubro de 2001, mas a discussão em torno de seu projeto iniciou-se muito antes. Os primeiros estudos para compor o viaduto datam de 1987, porém, foi apenas em 1996 que se obteve um consenso quanto à abordagem técnica e arquitetônica da obra. A partir daí, ainda correram anos para o governo francês decidir qual concessionária seria responsável pela ponte. Por fim, a obra começou a ser construída em outubro de 2001, sendo inaugurada em tempo recorde: dezembro de 2004. A construção do tabuleiro foi realizada em solo, e depois deslocada de torre em torre: ao todo oito torres temporárias foram construídas com aço, provendo sustentação adicional. O deslocamento deu-se por um sistema hidráulico que empurrava lentamente as seções do tabuleiro: a cada 4 minutos a plataforma se movia 600 mm. Esse deslocamento acontecia a partir das duas extremidades da ponte, até que as seções “empurradas” se encontrassem num ponto acima do Rio Tarn. A atenção às condições climáticas foi crucial para realizar esta operação, já que o local podia sofrer ventos de até 130 km/h que prejudicariam o movimento das seções. As 2200 seções que compuseram a pista foram fabricadas a partir de um robô soldador de duas cabeças e uma cortadora de plasma controlada por computador. A exatidão das peças foi medida a laser, com margem de erro de uma fração de milímetro. A grande dificuldade da equipe foi transportar as seções das fábricas onde eram produzidas até Millau. Para evitar danos às peças, as rotas foram estrategicamente traçadas, e o transporte se realizava em comboios, assegurados pela polícia francesa. Para se ter uma ideia da grandiosidade do projeto, sua altura supera a da Torre Eiffel eexigiu o desenvolvimento de novas técnicas de engenharia em sua construção. Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 7 Figura 2: comparação de Altura entre a Ponte de Millau e a Torre Eiffel A ponte é formada por oito trechos construídos em aço, suportados por cabos estaiados escorados em sete pilares de concreto armado. A pista pesa 36.000 toneladas, e tem 2460 m, com 32 m de largura por 4,2 m de altura. Forma a maior pista suportada por cabos do mundo. A pista de rolagem tem uma declividade de 3% do sul para o norte, com curvas suaves de 20 km de raio, o que dá aos motoristas excelente visibilidade. Comporta duas faixas de tráfego de cada lado. Os pilares medem de 77 até 246 m, com a seção variando de um diâmetro de 24,5 m na base até 11 m no alto. Cada um pesa 2230 toneladas. Os pilares foram construídos primeiro, juntamente com pilares adicionais e temporários em aço, então as rampas deslizaram por eles a uma velocidade de 600 mm a cada quatro horas, pela força de macacos hidráulicos guiados por GPS. Figura 3: construção da ponte Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 8 5- DIFICULDADES Ela é a ponte suspensa por cabos mais alta do mundo. Estes cabos suportam uma via expressa de 36000 toneladas. Em sua construção foram encontradas dificuldades como a altura da ponte, levantamento de 7 torres de aço de 700 toneladas cada e colocação da via expressa. Para diminuir riscos de acidentes, resolveram fazer todo passadiço em terra firme, e para isso, ele deveria ser feito de aço. Assim surgiria o problema do assentamento da via expressa já pronta sobre os pilares. Para solucionar este problema, eles encaixaram um pilar de modo que seus cabos sustentassem a parte da frente do passadiço à medida em que eles fossem sendo colocados sobre o vale e construíram torres de aço de sustentação provisória entre os pilares. Foram também utilizados um sistema hidráulico de levantamento para levantar e empurrar partes do passadiço para frente. Segundo geólogos, a zona de Millau é propensa a desabamentos de terra, tanto é que 4000m3 de terra caíram sobre o primeiro pilar. O acidente não prejudicou a estrutura, mas deslocou mão de obra e esforços para desafogar o pilar. O piso da ponte foi construído no solo, no final do viaduto e deslocado lentamente de uma torre até a outra, com oito torres temporárias, em aço, provendo sustentação adicional. Com o objetivo de assegurar a posição dos pilares a serem construídos de acordo com o que fora projetado, a equipe fez uso de um GPS que precisava as coordenadas de coloca-ção das formas com a mínima margem de erro possível: 4mm. O segundo pilar, o mais alto, foi construído a 245m do solo, 546m da extre-midade norte da ponte e 1914 metros da sul. A fim de otimizar o tempo de obra, os pilares foram construídos todos ao mesmo tempo. A economia também aconteceu na utilização do concreto: os pilares são vazios, já que o concreto no centro destes tem participação mínima na resistência da estrutura, por isso a ideia de montagem de formas. Para a construção dos pilares, além de atentar à engenharia e forma desses, era necessário também cuidar para que a cor e o efeito de sombra saíssem de acordo com o que o arquiteto Norman Foster tinha planejado. Por fim, foram montados os mastros para sustentarem os cabos de aço. Com 90m de altura, os mastros foram colocados a partir de uma técnica que faz o levantamento das estruturas por duas torres de aço equipadas com um sistema hidráulico. Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 9 Figura 4: fortes ventos dificultando a construção 6- COMPARAÇÕES Antes de Millau ser construído, a maior obra do gênero era o Europabrücke, na Áustria. A construção francesa, por sua vez, superou duas vezes a austríaca em altura. Millau só não é maior que a Ponte Royal Gorge, no Colorado (EUA), que tem uma plataforma com 321 metros acima do Rio Arkansas. A diferença, no entanto, é que a obra americana suporta apenas o trânsito de pedestres, enquanto Millau oferece duas pistas em cada sentido para o tráfego rodoviário. Comparar o viaduto de Millau com alguma obra brasileira é difícil. Ambos especialistas entrevistados sugerem como lembrança a Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira, na zona sul da cidade de São Paulo. De acordo com o engenheiro Valdir Pignatta e Silva, é possível traçar alguma semelhança do tabuleiro para cima do Viaduto de Millau com a obra paulistana. Já a parte de baixo da ponte de Millau pode remeter aos viadutos da Imigrantes: "não são tão altos, mas bastante esbeltos", explica. Zanettini, apesar de também sugerir a comparação com a Ponte Estaiada, acredita que a qualidade das obras brasileira está bem longe do nível da construção francesa. "Nossas pontes são muito ruins arquitetonicamente falando". Para o arquiteto, falta para o Brasil aliar a ciência à arte. Para ambos profissionais, falta investir em obras com material metálico: "o aço é maravilhoso para uma terra que é o centro do ferro no mundo", defende o arquiteto. Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 10 6-CONCLUSÃO Portanto nota-se que a Ponte de Millau é mais do que uma solução para o trânsito local, a Ponte de Millau, é uma obra conhecida mundialmente não só pela sua grandiosidade, mas também por sua elegância, sendo assim ela não é encarada apenas como uma obra de mobilidade, mas uma obra de impacto social e econômico para região já que passa a ser um grande ponto turístico. Ela pode ser considerada uma das obras chamadas de “faraônicas” devido ao seu grau de dificuldade de construção, valor e pelo tamanho. Para que sua construção pudesse ser concluída foi necessária a parceria com profissionais de diversas áreas da engenharia. Com isso nota-se o quão desafiadora a engenharia pode ser, no qual se tem um problema gerando uma necessidade de uma solução e aí aparecem os engenheiros para pensar nas melhores soluções, realizá-las e assim contribuir para melhoria da sociedade, que neste caso é a mobilidade. Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Civil e Ambiental ______________________________________________________________ Introdução à Engenharia Civil 169374 – 2017.2 11 REFERÊNCIAS Disponível em <http://wwwo.metalica.com.br/ponte-de-millau-a-construcao-da-maior-ponte-estaiada-do- mundo> Acesso em: 23/11/17 Disponível em <http://www.engenhariaeconstrucao.com/2011/02/viaduto-de-millau.html > Acesso em: 23/11/17 Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=oy8s_k5CaCA&t=632s> Acesso em: 20/11/17 Disponível em < https://civilizacaoengenheira.wordpress.com/2012/10/10/maravilhas-da-engenharia-1-ponte- de-millau/> Acesso em: 25/11/17
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