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REABILITAÇÃO - Sua história em Terapia Ocupacional

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·	O QUE É A TERAPIA OCUPACIONAL
O terapeuta ocupacional habilita para a ocupação de forma a promover a saúde e o bem-estar. Com este objetivo atua, em parceria com pessoas e organizações, para otimizar a atividade e participação, tal como definido pela World Health Organisation’s International Classification of Functioning and Disability (2002). 
Promove a capacidade de indivíduos, grupos, organizações e da própria comunidade, de escolher, organizar e desempenhar, de forma satisfatória, ocupações que estes considerem significativas.
Entende-se por ocupação tudo aquilo que a pessoa realiza com o intuito de cuidar de si própria (autocuidados), desfrutar da vida (lazer) ou contribuir para o desenvolvimento da sua comunidade (produtividade). Estas ocupações podem ser tão elementares como alimentar-se ou vestir-se ou tão elaboradas como conduzir um carro ou desempenhar uma atividade laboral.
Para tal, estuda os fatores que influenciam a ocupação humana, intervindo com pessoas de todas as idades nas situações que comprometam ou coloquem em risco um desempenho ocupacional satisfatório e consequentemente, restrinjam a sua atividade e participação.
Na sua abordagem, avalia e intervém ao nível da pessoa, da ocupação e do ambiente. Intervém para desenvolver competências, restaurar funções perdidas, prevenir disfunções e/ou compensar funções, através do uso de técnicas e procedimentos específicos e/ou da utilização de ajudas técnicas ou tecnologias de apoio.
·	HISTORIA DA TERAPIA OCUPACIONAL: MOVIMENTOS PRECURSSORES
A história da terapia ocupacional está registrada em datas longínquas em que o trabalho, a diversão e o entretenimento eram os meios pelos quais se tratavam indivíduos portadores de alguma moléstia, proporcionando benefícios aos mesmos.
- As seitas religiosas egípcias, no ano de 2000 a.C., utilizavam-se do canto, da dança, da leitura e/ou dos passeios aos jardins como forma de tratamento.
- Com a Revolução Francesa, em 1789, ressurgem as técnicas ocupacionais de terapia, definindo novas idéias relativas à defesa do ser humano. Este fato permitiu a Felipe Pinel lançar as bases da moderna assistência psiquiátrica, introduzindo a terapia pelo trabalho, como parte integrante de sua reforma assistencial no Hospício Bicêtre.
- Em 1915, em Chicago (EUA), é aberta a primeira escola de terapia ocupacional e dessa data em diante várias outras escolas surgiram, como por exemplo, a do Canadá (1926) e Inglaterra (1930).
No ano de 1936 é fundada a Associação dos Terapeutas Ocupacionais Ingleses e, finalmente, no ano de 1948 a profissão é reconhecida, sendo o ano de 1951 o da criação da Federação Mundial de Terapia Ocupacional que realizou seu primeiro congresso na cidade de Edimburgo (Escócia).
- A terapia ocupacional surgiu de dois processos: primeiro, a ocupação dos doentes crônicos em hospitais de longa permanência com base em programas recreativos e/ou laborterápicos e, segundo, a restauração da capacidade funcional dos incapacitados físicos com base em programas multidisciplinares de reabilitação.
- No Brasil, a terapia ocupacional deu início à sua intervenção na década de quarenta com os doentes mentais e, na década seguinte, com os incapacitados físicos. Nos tipos de intervenção, a terapia ocupacional objetivava à remissão dos sintomas patológicos e à reabilitação social e econômica dos pacientes. Para tanto, utilizou-se do trabalho, da recreação e do exercício físico como os meios de desenvolvimento e adaptação do homem à sociedade.
- Já no ano de 1946 é criado, também no Rio de Janeiro, o Serviço de Terapêutica Ocupacional no Centro Psiquiátrico Nacional, com a direção da doutora Nise M. da Silveira, tendo a finalidade de beneficiar o doente com uma ocupação livremente escolhida, metodicamente dirigida e útil ao hospital.
- No final da Segunda Guerra Mundial, e como consequência desta, surgiu a necessidade de reabilitar e integrar um grande número de deficientes. Assim, a Terapia Ocupacional foi adquirindo maior implementação nos países mais atingidos pela guerra e na Europa em especial.
Em Portugal, o curso de Terapia Ocupacional surgiu em 1957, por iniciativa da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa. Atualmente existem 4 escolas, ao nível do ensino Politécnico, a lecionar o Curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional. É uma profissão da área da saúde reconhecida e legislada pelo governo Português.
- A formação de terapeutas ocupacionais no Brasil, deu-se por intermédio da ONU, em 1959, sendo o primeiro curso com duração de um ano, funcionando nas dependências do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
- Regulamentada em 1964, a terapia ocupacional passa a ser reconhecida em nível superior, em 1969.
- A profissão foi reconhecida através do Decreto Lei n ° 938 de 13 de outubro de 1969, pelo então presidente da república Arthur da Costa e Silva.
- Na data de 17 de Dezembro de 1975 é criado o COFFITO denominado de Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
- Com a Lei nº 6316 em 1975, criou-se o COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) e os CREFITO's (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), passando para estes a incumbência de fiscalizar e normatizar as profissões, além de definir a formação e competência dos profissionais. E em 1978 o Código de Ética Profissional de Terapia Ocupacional e Fisioterapia foi aprovado pelo COFFITO.
-Finalmente em 1987, com a Resolução COFFITO-81, o exercício do profissional de Terapia Ocupacional é revogada e redefine-se a competência do Terapeuta Ocupacional e o uso da expressão Terapia Ocupacional.
·	HISTORIA DA TERAPIA OCUPACIONAL NO MUNDO.
O uso da ocupação na atividade humana como forma de tratamento, caracteriza a essência da terapia ocupacional por isso e importante compreender a utilização da atividade humana em diferentes épocas, inclusive para poder entender as diversas características da profissão.
No decorrer da historia da humanidade verifica-se o uso da ocupação para buscar o tratamento de pessoas com vários tipos de doenças, alem da utilização de atividades manuais e ou corporais para restabelecer e ou prevenir a saúde do individuo. Na literatura de terapia ocupacional há obras que apresentam uma historia sobre o uso terapêutico das ocupações, que, em geral, remota à antiguidade; nessa perspectiva a profissão encontra seus precursores históricos entre gregos e romanos, no entanto não haviam dispositivos, métodos ou técnicas que respaldasse esse tratamento. Entretanto autores como MEDEIROS, afirma que a origem da terapia ocupacional não e tão rêmora como afirma os autores clássicos.
Nós séculos XVII e XVIII, todos os indivíduos , como: os loucos, deficientes e indigentes deveriam ser isolados em asilos, com a finalidade de proteger a sociedade dos perigos que estes causavam à segurança pública, no entanto essas instituições não tinham a função de ser um espaço onde deveriam receber tratamento terapêutico.
Em 1791 Phillpp Pinel assumia a direção de um asilo na frança, e se deparando com a trágica situação dos doentes mentais, tomou pra si a reforma assistencial, simbolizada pela quebra dos grilhões que mantinham preso os internos, e então a utilização da ocupação como forma de tratamento foi introduzida como parte principal do tratamento.
O tratamento moral introduzido por Pinel na França que era a essência da atividade terapêutica asilar, trouxe a idéia do asilo como uma casa de educação. Os resultados ou eficácia terapêutica dessa estratégia não podiam ser avaliadas por índices de "cura", mas sim, pelo funcionamento institucional.
A parti do inicio do século XIX surgiu a medica hospitalar e o tratamento moral declinou, nesse cenário passou a predominar a concepção organicista da doença mental, que passou a ser explica por conceitos anatômicos e bioquímicos. Com a realização de estudos clínicos e cirúrgicos para localizar alterações encefálicas que seriam responsáveis pelas condutas do doente mental.
No inicio do século XX houve a reemergênciadas idéias do tratamento moral junto a teoria da Psicobiologia de Aldolf Meyer, a qual estava baseada nas relações entre padrões de hábitos e doença mental. Então o homem passou, a ser visto como um organismo complexo (Psicológico e biológico, em interação com o mundo social). O enfoque deixa de ser as estruturas encefálicas e passa a ser sobre o mecanismo de organização do comportamento e estilo de vida.
O movimento de reabilitação baseado nos princípios da Psicobiologia, surgiu no século XX em razão de dois fatores: O aumento de pessoas incapacitadas pela guerra e o crescimento da preocupações com a prevenção de ocorrência e recorrência de doenças. No cenário de Pós I Guerra mundial, onde havia a necessidade de pessoas capacitadas e produtivas para a reconstrução social, cresceu o reconhecimento do tratamento pela ocupação. Visando à reabilitação social. Meyer influenciou muito Eleonor Clark Slangle, que veio ser uma das fundadoras da Terapia Ocupacional.
Em 1915, Dunton foi a primeira pessoa que lançou um manual de Terapia Ocupacional na qual foi indicado para enfermeiras .
Em 1917 foi fundada a Sociedade nacional de profissionais de Terapia Ocupacional, cujo o primeiro presidente foi George Edward Barton, um arquiteto que sentiu os efeitos benéficos do uso da ocupação, e foi o mesmo que deu nome a profissão dizendo " se a uma doença ocupacional, porque não uma Terapia Ocupacional"
A primeira guerra mundial e de extrema importância para a organização da terapia ocupacional como categoria profissional e profissão da área da saúde. 
A primeira escola de terapia ocupacional no mundo foi criada em 1917 nos Estados Unidos, por causada 1ª guerra mundial e em outros países como a Inglaterra por causa da 2ª guerra mundial.
Com a segunda guerra mundial surgiu a necessidade de Terapeutas Ocupacionais em hospitais civis e militares. Com isso houve um aumento desordenado de novas escolas de terapia ocupacional.
O aperfeiçoamento dos conhecimentos na área da saúde, exigiu o desenvolvimento de novos procedimentos científicos: a teoria da psicobiologia desenvolvido por Mayer com a pespectiva do homem interagindo no ambiente, que era considerado não cientifico , perdeu influencia e entrou em decadência durante a década de 40 e 60 a terapia ocupacional passar a ser fortemente inflenciada pelo movimento internacional de reabilitação.
·	A TERAPIA OCUPACIONAL NO BRASIL.
Na historia da utilização das ocupações como forma de tratamento no Brasil, é de extrema importância a referência da vinda da família Real portuguesa para o Brasil, que deu impulso a reestruturação psiquiátrica, principalmente depois da independência. Em 1852 no Rio de Janeiro se deu inicio o uso das ocupações como forma de tratamento com a fundação do Hospital D. Pedro II.
Em 1898 iniciou-se o funcionamento do hospital Juqueri (atual hospital Franco da Rocha) onde era atendido doentes mentais de todo o Brasil. Franco da Rocha e Pacheco e Silva introduzido lá o tratamento pelo trabalho intitulado na época por "praxiterapia".
Em 1931, Ulisses Pernambuco introduziu a ocupação terapêutica no nordeste do Brasil.
Os programas para incapacitados físicos surgiu no Brasil somente em 1940, decorrente do Movimento Internacional de Reabilitação. Órgãos como a ONO, OIT e a UNESCO, difundiram leis protecionistas aos deficientes físicos e propondo a implantação de programas específicos para o essa população.
Enquanto o movimento internacional de reabilitação se originou nos países que participaram da I e II guerra mundial no Brasil havia a preocupação com as doenças crônicas ex: Tuberculose, deficiência congênita, acidentes de trabalho, acidentes no transito e doentes ocupacionais. E foi nesse contexto que surgiu a Terapia Ocupacional no Brasil.
Em 1951 ONU enviou para a America latina emissários responsáveis para achar um local para ser implementado um Centro de Reabilitação, ficando escolhido o hospital de Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Onde o local já usava a laborterapia dês da década de 40.
De 1956 a 1965 instituto de Reabilitação recebeu auxilio técnico internacional para preparar um técnico local para assumir o serviço, nessa comissão técnica internacional estava também Elizabeth Eagles, o após o termino do treinamento foi escolhida Maria Auxiliadora Cursino Ferrari. 
No instituto a Terapia Ocupacional era responsável somente por membros superiores e pelo treinamento de AVD.
Em 1959, iniciou-se a formação "técnico de alto padrão" em fisioterapia e terapia ocupacional com a duração de 2anos. Em 1963 deu-se a aprovação do currículo mínimo de 3anos.
Em 13 de outubro de 1969 a profissão de Terapia Ocupacional foi reconhecida como nível superior e em 2001 já existiam 29 escolas de Terapia Ocupacional no Brasil inclusive no Pará.
·	A TERAPIA OCUPACIONAL E ANTES E DEPOIS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.
A Terapia Ocupacional desenvolveu-se e consolidou-se formalmente como profissão no início do século XX. O termo Terapia Ocupacional surgiu no início desse século e deve-se a um arquiteto americano, George Burton, que foi o impulsionador de uma instituição situada em Clifton Springs (New York) onde as pessoas eram reeducadas e ajudadas através da ocupação, de modo a readquirirem um sentido para a vida. Foi o início do conceito ocupação como agente promotor da saúde.
 
 
Fundadores da Terapia Ocupacional. Sentados da esquerda para a direita: Susan Cox, George Barton y Eleanor Clarck. De pé, na mesma ordem: William Rush, Isabelle Newton y Thomas Bessell Kidner.
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Como consequência da I e II Guerras Mundiais, surgindo a necessidade de tratar os feridos, a Terapia Ocupacional ganhou uma significativa importância. Foi neste contexto que se usaram pela primeira vez dispositivos, técnicas e métodos como análise de movimentos associados à incapacidade física. Sem dúvida, a expansão da Terapia Ocupacional foi grande, uma vez que o número de pacientes não parava de aumentar e consequentemente a necessidade de mais técnicos especializados nessa área de reabilitação, para puder intervir diretamente com amputados, traumatismos cranianos, indivíduos com alterações do foro psiquiátrico, como as neuroses de guerra.
 
 Fonte: http://www.historiatoumayor.blogspot.com.br/2013/05/paradigma-de-la-ocupacion.html
Atualmente parece ser unanimemente aceite que a primeira pessoa a estabelecer um curso que poderia ser identificado como precursor da profissão de Terapia Ocupacional foi Susan Tracey, enfermeira-chefe do Adams Nervine Hospital de Boston (EUA). Em 1906, Susan Tracey iniciou uma formação destinada a estudantes de enfermagem intitulada “Ocupação para Doentes” e, posteriormente em 1910, decidiu publicar o conteúdo das suas aulas em formato de livro. Paralelamente, em 1908, na Chicago School of Civics and Philanthropy, iniciou-se um curso de treino ocupacional para preparar enfermeiras destinadas a trabalharem em instituições de saúde mental. E foi também nesta altura que se começou a estruturar os fundamentos do que seria definido pelo arquiteto Jorge Barton como conceito de Terapia Ocupacional. Assim, no início do século XX, a ideia de utilizar a ocupação no tratamento de pessoas com doença mental foi-se implementando, ganhando credibilidade e difundindo. Em simultâneo, o papel social da mulher trabalhadora ligada a profissões destinadas a prestações de cuidados na área da saúde, principalmente na área da enfermagem, foi-se modificando e fortalecendo. É na altura da Primeira Grande Guerra (1914-1918) que a fisioterapia começa a existir como profissão.
 
Fonte: http://www.historiatoumayor.blogspot.com.br/2013/05/comienzos-de-la-terapia-ocupacional.html
É como consequência do pós-guerraque se verifica o desenvolvimento da Terapia Ocupacional em Inglaterra, na área das disfunções físicas, com a criação de departamentos de Terapia Ocupacional nos hospitais militares, pois era necessário reabilitar os jovens militares incapacitados durante a guerra. Os primeiros departamentos de Terapia Ocupacional na área das incapacidades físicas valorizavam o exercício articular e muscular e possuíam várias ferramentas e maquinaria diversa adaptada (por exemplo, máquinas de serrar com pedais). Predominavam atividades como a carpintaria e a pintura. 
Em 1930 a Dra. Elisabeth Casson, após ter tido contato com as escolas americanas de New York e Boston, implementou na Dorset House Psyquiatric Nursing Home, em Bristol, a primeira escola de treino em Terapia Ocupacional na Europa. Seria também em Inglaterra, em 1936, que se formaria a associação de terapeutas ocupacionais (AOT). No entanto, só nos países mais afetados pela Segunda Guerra Mundial (1939- 1945) se viria a implantar fortemente a Terapia Ocupacional, com a criação de novos e mais departamentos onde se sentia uma forte influência militar. Isto porque o trabalho deveria ter um papel relevante na reabilitação e integração dos soldados feridos, nomeadamente através da reaprendizagem das atividades da vida diária e artesanais. Existia por isso a convicção de que a ocupação ajudava a retornar ao mundo da atividade normal e contribuía para que o paciente melhorasse simultaneamente das suas incapacidades. Surgia assim a ligação da ocupação ao modelo médico, embora com a preocupação de adequar cada atividade às necessidades individuais de cada pessoa em tratamento, valorizando a motivação e a autodeterminação. Nos anos oitenta, vários autores questionaram esta ligação ao modelo médico, embora reconhecendo ter sido importante para a credibilidade da Terapia Ocupacional. Sentindo o risco da perda de identidade profissional (muitas vezes havia similitude entre a Terapia Ocupacional e a Fisioterapia), retomaram o conceito primordial que liga a ocupação à saúde. Defendem que a ocupação é fundamental para a saúde, bem-estar e confere sentido à vida.
Em 1915 foi criada a primeira escola para lecionar Terapia Ocupacional em Chicago, nos Estados Unidos da América.
De 1786 até 2000, a Terapia Ocupacional evoluiu passando por vários paradigmas, desde o Tratamento Moral, Paradigma da Ocupação, Paradigma Mecanicista e Paradigma Emergente ou Contemporâneo. Neste último paradigma, os terapeutas ocupacionais propõem-se intervir em qualquer situação em que ocorram alterações do desempenho ocupacional. Na sua intervenção, centrada no utente, os terapeutas ocupacionais utilizam as atividades significativas como meio ou como objetivo final, para restaurar o desempenho ocupacional alterado ou perdido.
No novo paradigma, os terapeutas ocupacionais propõem-se intervir em qualquer situação onde ocorra alteração do desempenho ocupacional. Na sua intervenção, centrada no cliente, os terapeutas ocupacionais utilizam as atividades significativas como meio ou como objetivo final, para restaurar o desempenho ocupacional alterado.
Em 1952 foi criada a Federação Mundial de Terapeutas Ocupacionais. Desta organização fazem parte associações de terapeutas ocupacionais de todo o mundo.
·	PÓS GUERRA.
Porém foi na 2ª Grande Guerra que a profissão expandiu-se com força total por todo o mundo, na reabilitação física psicológica e na inclusão dos sobreviventes. No Brasil, o primeiro curso de Terapia Ocupacional, instalado pela ONU em 1948, com duração de um ano, foi ministrado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Assim profissão chega ao brasil nos anos 50, tendo as primeiras escolas fundadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Em 1957 surge a World Federation of Occupational Therapy (WFOT), que contribuiu positivamente para o desenvolvimento da profissão, universalizando o programa educativo e expondo padrões básicos exigidos para a formação do Terapeuta Ocupacional.
·	MOVIMENTO INTERNACIONAL DE REABILITAÇÃO
Vídeo para MOVIMENTO INTERNACIONAL DE REABILITAÇÃO▶ 4:00
https://www.youtube.com/watch?v=Yb8IQNFcZqA
·	HISTÓRIA DA REABILITAÇÃO NO BRASIL
A Reabilitação no Brasil foi precedida por vários fatos importantes.
Tem-se registro que a final do século XIX, o Imperador Don Pedro II, preocupado com o problema dos cegos, enviou à França um médico, para que este estudasse e trouxessem ao nosso país conhecimento a cerca desta deficiência. Como consequência surge o Instituto.
Benjamin Constant no Rio de Janeiro, para assistência desses pacientes, que desenvolve suas atividades até o dia de hoje.
Durante o século XIX com os avanços da medicina européia, manifestado também pela eletroterapia e hidroterapia, desperta no Brasil uma tentativa de acompanhar essas inovações. Com isso num período não muito preciso, entre 1879 e 1883 surge no Rio de Janeiro, o primeiro gabinete de Eletroterapia da América do Sul. Registros históricos mostram também, que em 1871 foi criada a Casa das Duchas, onde se utilizava água doce ou do mar para tratamentos de doenças.
Logo após o termino da Segunda Guerra Mundial, ocorre nos Estados Unidos e na Europa um movimento para organização de centros de reabilitação, no intuito de reabilitar soldados que sofreram algum tipo de lesão física durante as batalhas. A partir daí que muitos médicos vão para os Estados Unidos e Europa, para adquirir conhecimento nessa nova área, ainda pouco difundida em nosso país. É nesse período e que o desenvolvimento dos centros de reabilitação acentua-se no Brasil e no Mundo.
Contudo, o surgimento de instituições de atendimento às pessoas com deficiências no Brasil, data de períodos históricos diferentes e adotam modelos também diferentes de acordo com as circunstâncias e agentes de sua constituição, bem como com o tipo de deficiência a que se destina reabilitar. Durante a grande epidemia de poliomielite, formaram-se os primeiros centros de reabilitação médica, para o tratamento de sequelas dessa moléstia.
Antes disso existiam algumas instituições, que tratavam pacientes atingidos por uma moléstia crônica, com o objetivo de desenvolver a reabilitação, ou uma de suas fases, é o caso do Hospital São Luiz Gonzaga, que iniciou suas atividades em 1945, com um serviço de laborterapia, destinada a dar algumas ocupações aos pacientes tuberculosos.
Em 1943, o Governo Federal se manifesta pela primeira vez sobre a causa de pessoas portadoras de doenças do aparelho locomotor e em junho desse mesmo ano foi criada e aprovada a portaria 359 pelo Ministério da Educação e Saúde, da época, nomeando a Comissão de Assistência aos Mutilados. Em maio de 1944 a Portaria 260 do mesmo Ministério incorpora essa comissão à Divisão de Organização Hospitalar, com objetivo de empregar um plano definitivo de serviço de assistência aos mutilados.
Pelo decreto de lei 5895 de 1943, ficou o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) autorizado a aproveitar indivíduos com suas capacidades limitadas.
Foi em 1947 que o primeiro Serviço de Medicina Física e Reabilitação, no Rio de Janeiro, inicia suas atividades para execução de programas de reabilitação médica.
Em 1946, Maria Hecilda Campos Salgados, após cuidar de três crianças portadoras de deficiência em um abrigo, funda o Lar Escola São Francisco, com o objetivo de atender crianças portadoras de deficiências. Em 1991, para otimizar a área disponível, foi firmado um convênio com a Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo.
A literatura mostra que a primeira clínica a receber o nome de Centro de Reabilitação no Brasil, foi o Centro Piloto de Reabilitação do SESI - Serviço Social da Indústria, criado em agosto de 1950, na cidade de São Paulo, mas já naquela ocasião existiam registros da Associação de Assistência à Criança Defeituosa, que hoje passa a ser chama Associação de Assistência a Criança Deficiente – AACD, de caráter filantrópico, destinada a tratar crianças portadoras de sequelas da poliomielite,paralisia cerebral ou defeitos congênitos.
Também em 1950 a Organização das Nações Unidas (ONU) deu início à realização de uma das suas metas mais importantes, a implantação de um Instituto de Reabilitação em um país da América Latina..
Optou-se pela cidade de São Paulo para instalação deste Instituto, que na época era uma cidade com grande demanda de pessoas que necessitavam de reabilitação, pois possuía 29.000 fábricas e 840.000 operários, além do Hospital das Clinicas, um hospital escola, com foco na pesquisa, ensino e treinamento de seus profissionais.
No ano de 1953, na cidade de São Paulo, que aconteceu o 1º Congresso Brasileiro de Medicina Legal e Criminologia, onde foi apresentado um trabalho sobre a importância econômica e social da reabilitação em nosso país e discutido a posição desta nova especialidade nas Instituições de São Paulo.
A maior epidemia de poliomielite do Rio de Janeiro, registrada no ano de 1953, fez com que em 1954, um grupo da sociedade carioca se empenhasse em criar o primeiro centro de reabilitação, destinada ao atendimento de menores e adultos portadores de deficiência física, com objetivo de implantar e desenvolver a reabilitação em sua prática, de um modo integrado, dentro de um moderno conceito definido pela Organização Mundial da Saúde como: aplicação de medidas médicas, sociais, educativas e profissionais, assim a Associação Beneficente de Reabilitação inicia suas atividades.
Dois anos depois essa mesma instituição cria a Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro, com o propósito de formar profissionais de nível superior capacitados para atender essa demanda de pacientes. Foi também em 1954 que se fundou a Sociedade Brasileira de Fisioterapia que em 1959, passa a ser designada Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação. 
Na Bahia, Salvador, em 1958, foi criado um Centro de Reabilitação, de origem particular. Simultaneamente, surgiram em Minas Gerais e Pernambuco, outros núcleos de reabilitação.
Apenas em 1956 foi então criado o Instituto Nacional de Reabilitação – INAR, já pensada desde 1950. Recebeu a colaboração da ONU e da Organização Mundial da Saúde - OMS, destinava-se essencialmente a ser um centro piloto de treinamento, formação de especialista e também com finalidade assistencial. Em 1958 o INAR teve sua denominação alterada para Instituto de Reabilitação (IR).
Das nações na América do Sul na década de 60, apenas o Brasil, possuía um Centro de Reabilitação integral, possuindo os elementos humanos principais que constitui uma equipe de reabilitação integral e com possibilidade de atender todos os tipos de incapacitados físicos, independente do sexo e da idade.
Em novembro de 1959, o Instituto de Reabilitação organizou o primeiro Seminário sobre reabilitação no Brasil. Também em 1959, no Rio de Janeiro, surge o Instituto de Reeducação Motora, primeiro centro dedicado à prevenção da paralisia cerebral e ao tratamento de crianças de alto risco.
Em maio de 1960, foi criado o Serviço de Reabilitação do Departamento de profilaxia da Lepra da Secretária de Saúde do Estado de São Paulo.
O serviço público de reabilitação, chamado Sarah Kubistscheck, pertencente à Fundação das Pioneiras Sociais, foi criado em 1961, em Brasília, DF. Hoje este Centro Nacional tem serviços instalados em diversos Estados do Brasil.
No ano de 1970 que é inaugurada a Divisão de Reabilitação Profissional do Vergueiro, DRPV, pertencente ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1993, passa-se a chamar Divisão de Medicina de Reabilitação e mais recentemente em janeiro de 2009 Instituto de Medicina Física e Reabilitação – IMREA, incluindo a Rede Lucy Montouro..
Entretanto a maior parte das Instituições destinadas a reabilitar, são criadas por iniciativas particulares. 
REFERÊNCIAS
SERVANTES, Luciano Ferraz. Terapia Ocupacional: Pesquisa e Atuação em Oncologia. Campo Grande. Ed. UCDB, 2002.
ARAÚJO, P. F. Desporto Adaptado no Brasil: origem, institucionalização e atualidades.1997. 140f. Tese (Doutorado) Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1997.
ARRUDA, E. "Evolução da ocupação como forma de tratamento". In: Terapêutica ocupacional psiquiátrica. Rio de Janeiro, 1962, pp 23-32.
ARRUDA, E. "Evolução da ocupação como forma de tratamento". In: Terapêutica ocupacional psiquiátrica. Rio de Janeiro, 1962, pp 23-32.
MONSEY, A. C. "Envolvimento no movimento de reabilitação - 1942-1960". In: Terapia Ocupacional aplicada á saaúde mental e psiquiatria.
KIELHOFNER, G. & BURKE, J. "A Terapia ocupacional após 60 anos: um relatório sobre a mudança de identidade e do corpo de conhecimentos. American Journal of Occupational Therapy, vol. 31, n°10, pp 75-88
Barros FBM. Poliomielite, filantropia e fisioterapia: o nascimento da profissão de fisioterapeuta no Rio de Janeiro. Rev C S Col 2008; 13(3): 941-54.
Pessini L, Ferrari MAC, Gonçalves MJ. Reabilitação: de um olhar histórico aos desafios contemporâneos. O Mundo da Saúde. 2008; 30(21): 5-9.
Rodrigues G. Um olhar para além da deficiência. São Paulo: Pedago Brasil. Disponível em: http://www.pedagobrasil.com.br/educacaoespecial/umolharparaalemdasdeficiencias.htm

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