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Resumo:
INTRODUÇÃO:
Em tempos primórdios, o sistema de produção era executado artesanalmente, realizado de forma totalmente autônoma, onde o homem realizava suas tarefas manuais por conta própria, detendo grande parte do controle dos riscos que estava exposto (1). Com o advento da Revolução Industrial, no início do século XIX, aumentou-se a utilização de máquinas e, consequentemente, a taxa de mortalidade causada por condições inseguras dentro das indústrias, já que nessa época não era levada em conta as capacidades e limitações físicas dos operadores. (2)
Os operários ficavam expostos a situações precárias de trabalho, com alta exposição a condições inseguras, e não eram vistos ou tratados como seres humanos. Até que aconteceram as primeiras movimentações sociais, com a criação de sindicatos e a busca para melhores condições de trabalho, que fez com que as empresas fossem obrigadas a oferecer melhores condições e maior segurança aos trabalhadores e o governo a criar leis para controlar a situação. (2)
Hoje em dia, no Brasil, os trabalhadores são regulamentados por leis que buscam oferecer melhores condições em termos de Saúde e Segurança no Trabalho, como as Normas Regulamentadoras – NR’s, que dispõe de diversos requisitos e procedimentos relativos à segurança e medicina do trabalho obrigatórios para as empresas públicas ou privadas, ou órgãos públicos, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. (3)
Uma dessas Normas Regulamentadores trata especificamente sobre a Ergonomia, a NR 17, que segundo (6), contribui para melhorar a eficiência, a confiabilidade e a qualidade das operações industriais, aperfeiçoando o sistema homem-máquina, a organização do trabalho e as melhorias das condições de trabalho.
Diante disso, este presente trabalho tem a seguinte questão problema: os colaboradores de uma empresa de previdência complementar, situada em um município localizado na região Sul Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, estão trabalhando em ambiente seguro, de acordo com o que a Norma Regulamentadora 17 estabelece?
Temos como objetivo geral verificar se os colaboradores da empresa de previdência complementar estão inseridos em um ambiente seguro, não oferecendo riscos para a sua saúde. E os objetivos específicos são: fazer uma pesquisa bibliográfica dos conceitos sobre segurança no trabalho, doenças ocupacionais (LER/DORT), e a Norma Regulamentadora 17; aplicar um questionário no nosso objeto de estudo; e fazer uma análise dos resultados obtidos.
Como futuros administradores, estamos sujeitos a trabalhar em escritórios grande parte da nossa vida, e este ambiente também pode oferecer riscos para a nossa saúde. Este trabalho se justifica pela falta de informação que temos sobre esses riscos e que medidas podem ser tomadas para evitá-los.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segurança no trabalho
Segundo Nogueira, a primeira estatística oficial disponível sobre acidentes de trabalho no Brasil ocorreu em 1969, tendo-se registrado a marca alarmante de 1.059.296 acidentes em uma população de 7.268.449 trabalhadores, sendo que pelo menos 14,47% daqueles trabalhadores tinham sofrido pelo menos um acidente durante aquele ano. Esse índice apresentou tendências crescentes até atingir o máximo de 18,10% em 1972. A partir de 1975, com a adoção de medidas preventivas e a atuação governamental nessa área, os índices tenderam a decrescer, baixando para 3,84% em 1984.
A Segurança do trabalho pode ser entendida como conjuntos de medidas e ações que são adotadas visando diminuir os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e assim proteger a integridade do trabalhador no ambiente de trabalho. Ela ainda faz com que a empresa se organize, aumentando sua produtividade, melhorando as relações humanas no trabalho, etc.
A Segurança do trabalho atua de diversas maneiras dentro da empresa, sempre buscando adaptar o ambiente de trabalho ao trabalhador.  Para isso, são desenvolvidas ações técnicas, administrativas e médicas. São definidas por normas e leis. No Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.
O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Com a implementação da Segurança do trabalho nas empresas, elas acabam ganhando um redução nos gastos com contratação de mão de obra temporária ou permanente para ocupar o lugar deixado pelo trabalhador acidentado; credibilidade junto à comunidade e seus colaboradores, demonstrando ser uma empresa séria e comprometida com a segurança e bem estar de todos que nela trabalham; e consequentemente um maior rendimento para sua produção.
Doenças ocupacionais: LER/DORT
Com o advento do sistema capitalista e da produção em série, o trabalhador precisou se submeter a condições e ambientes impróprios para uma boa qualidade de vida no trabalho, passou a ser uma mera ferramenta do grande sistema produtivo e ter menos controle nesse processo, ocasionando assim, uma perda gradativa em suas condições física e emocionais. 
Com este novo cenário, e essa inserção forçada dos trabalhadores nesse novo sistema e paradigma, foram surgindo novas doenças ocupacionais, entre elas as LER/DORT. Tais doenças laborais são característica de processos de trabalho repetitivos, fragmentados, especializados e, juntando com maiores pressões por ritmo acelerado de trabalho, isolamento e competitividade, só agravam e facilitam o surgimento dessas doenças. 
No Brasil, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), conceitua as doenças osteoarticulares relacionadas ao trabalho – DORT, como as lesões por esforços repetitivos, ou LER, originária de fatores laborais, ou seja, que, por condições desfavoráveis no trabalho, o indivíduo venha a acometer dessas lesões. 
Toda DORT é uma LER, mas o contrário não se aplica, visto o conceito empreendido pelo INSS, o fato gerador é exclusivamente de lesões originárias do trabalho. Um exemplo, se um funcionário de uma empresa trabalha em boas condições de ergonomia e com uma carga de trabalho adequada, sem abusos, mas, habitualmente, após sair do trabalho, ele gosta de jogar tênis e com esse hábito desenvolve uma lesão por esforço repetitivo, isto não é considerado uma DORT, mas, somente uma LER. Em outro caso, um funcionário que trabalha em um setor administrativo, faz o uso contínuo de editores de texto elaborando grandes textos, por consequência da alta carga de trabalho e da falta de ergonomia, um apoiador de pulso reduziria esse esforço, ele desenvolve uma LER, esta sim será considerada uma DORT. (Revista Proteção, s.d.)
Dados da Occupational Safety and Health Administration, ou Ministério de Saúde e Segurança Ocupacional dos Estados Unidos, estima que as DORT representam mais de 600.000 casos de lesões e doenças e que atualmente são equivalentes de um a cada três dólares gastos em compensações trabalhistas. (OSHA, 2004) 
No Brasil, segundo dados do INSS, as LER/DORT representaram, de 2001 a 2006, 70% dos casos de doenças ocupacionais, em 2009, por exemplo, a Previdência Social registrou algumas patologias mais recorrentes no sistema musculoesquelético, foram elas: lesões no ombro (19,7%), sinovite e tenossinovite (17,2%) e dorsalgia (7,6%). Em 2010 repetiram­se as patologias com prevalência de 20,0%, 15,5% e 7,4%, já em 2011 foram de 20,2%, 14,2% e 7,7% respectivamente.Há de lembrar que essas quantias podem aumentar visto que o INSS não engloba trabalhadores informais. (Goiás, 2015)
Para se dirimir esses números e melhorar a qualidade de vida do trabalhador, deve-se tomar algumas medidas, tais como: pequenas pausas entre atividades que se caracterizem pela repetitividade, melhorar a postura, ginásticas laborais antes e durante o expediente, compra de EPI’s, contratação de profissionais da área de segurança no trabalho e medidas de cautela sobre ergonomia e segurança no trabalho em geral.
Norma Regulamentadora 17: Ergonomia
Essa norma tem como objetivo estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. É de responsabilidade do empregador realizar a análise ergonômica para verificar se o empregado está bem adaptado às condições de trabalho. O estudo das características psicofisiológicas está relacionado com o estudo das relações entre fenômenos psíquicos e fisiológicos.
Para locais onde o trabalho é executado na posição sentada, a mobília deve ser adaptada para esta posição. As bancadas, mesas, escrivaninhas e papéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura e ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; e ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.
Os assentos devem ser de altura ajustável, possuir pouca ou nenhuma conformação na base do assento, ter borda frontal arredondada e encosto com forma levemente arredondada adaptada ao corpo para proteção da região lombar. A partir da análise ergonômica do trabalho poderá ser exigido também suporte para os pés, que se adapte ao comprimento de perna do trabalhador.
De acordo com os equipamentos dos postos de trabalho, eles devem se adequar às características psicofisiológicas dos trabalhadores. Para os trabalhos que envolvam leitura de documentos para digitação, deve ser fornecido suporte ajustável para os documentos de forma que evite movimentação frequente do pescoço e fadiga visual, e ser utilizado sempre que possível documento legível e que não seja brilhante ou que provoque ofuscamento
Com relação à trabalhos que envolvam a utilização com frequência de computadores, estes devem possibilitar o ajuste da tela à iluminação do ambiente para proteger contra reflexos e possibilitar ângulo correto de visibilidade; o teclado deve ser independente e ter mobilidade; a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; devem possuir altura ajustável.
Com relação às condições ambientais, nos locais de onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, etc., é recomendado que os níveis de ruído esteja de acordo com a NBR 10152 (ou até 65 dB caso atividade não esteja relacionada na norma); que a temperatura esteja entre 20ºC e 23ºC; que a velocidade do dar não seja superior a 0,75m/s; e que a humidade relativa do ar não seja inferior a 40%.
Em todos os locais devem haver iluminação adequada, uniformemente distribuída e difusa, de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. Os níveis mínimos de iluminamento são estabelecidos na NBR 5413.
Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser incluídas pausas para descanso.
Nas atividades de processamento eletrônico de dados, exceto se houver algum acordo coletivo, o trabalhador não deve ser remunerado ou ter alguma vantagem baseado no número individual de toques sobre o teclado, em atividades que envolvam digitação.
O número máximo de toques no teclado exigidos não deve ser superior a 8 mil por hora; o tempo efetivo de entrada de dados não deve exceder o limite de 5 horas, sendo que, no período restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; quando o funcionário for afastado do trabalho por um período igual ou superior a 15 dias, deve retornar as atividades normais aos poucos.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este trabalho é definido de acordo com seu objetivo como pesquisa descritiva. Utiliza como procedimentos técnicos os meios bibliográficos que serviu na apresentação das definições dos principais conceitos relacionados ao tema de pesquisa, nos quais buscou-se literatura de autores referenciais, assim como a consulta a sites especializados e revistas eletrônicas. E também pode ser caracterizado como documental, já que utilizará de dados primários que são livres de opiniões e análises. Quanto a abordagem do problema, pode ser caracterizada como uma pesquisa quantitativa.
RESULTADOS
Aplicar questionário e detalhar os resultados
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1: Segurança e Saude no Trabalho
2: Segurança e Saúde no Trabalho Guia para Implementação
3: http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_1.html: 
4 A Responsabilidade E A Conscientização Do Uso Do Epi (Equipamento De Proteção Individual), No Ambiente De Trabalho.
5 http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_17.html
6 http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2009/09/o-que-e-ergonomia1.pdf
Ministério do Trabalho e Emprego (2008). «Inspeção do Trabalho Segurança e Saúde no Trabalho - Normas regulamentadoras». Ministério do Trabalho e Emprego. Consultado em 20 de maio de 2010
NOGUEIRA, D. P. (1987). Prevention of accidents and injuries in Brazil. 
Peixoto, Neverton Hofstadler. Curso técnico em automação industrial : segurança do trabalho. – 3. ed. – Santa Maria : Universidade Federal de Santa Maria : Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, 2011. 
Pesquisa publicada no portal A Crítica». Consultado em 22 de agosto de 2016
Lida, Itiro (2005). Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher.

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