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Dr. Bruno Combat 1 SISTEMA CARDIOVASCULAR Dr. Bruno Combat 2 SISTEMA • A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular. • O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sangüíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos sangüíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sangüíneos. Dr. Bruno Combat 3 CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA Dr. Bruno Combat 4 CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA • Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica. • Circulação Sistêmica - é a maior circulação; ela fornece o suprimento sangüíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células. Dr. Bruno Combat 5 SANGUE Dr. Bruno Combat 6 SANGUE • As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu processo vital, os quais são levados até elas pelo sangue. • Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono e gordura, desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais, água e vitaminas. • Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para que elementos indesejáveis como gás carbônico, que deve ser expelido pelos pulmões, e uréia, que deve ser eliminado pelos rins Dr. Bruno Combat 7 SANGUE • O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituído de substâncias nutritivas e elementos residuais das reações celulares. O plasma também possui uma parte organizada, os elementos figurados, que são os glóbulos sangüíneos e as plaquetas. – Plasma – 55% – Hemácias – 45% – Leucócitos e Plaquetas – < 1% Dr. Bruno Combat 8 COMPOSIÇÃO SANGUÍNEA • Os glóbulos dividem-se em vermelhos e brancos. Os glóbulos vermelhos são as hemácias, células sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e de gás carbônico. Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. Dr. Bruno Combat 9 COMPOSIÇÃO SANGUÍNEA • Hemácias são de 5 milhões por milímetro cúbico. • Leucócitos são de 5 a 9 mil por milímetro cúbico. Dr. Bruno Combat 10 COMPOSIÇÃO SANGUÍNEA • Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, implicadas diretamente no processo de coagulação sangüínea. São em número de 100 a 400 mil por milímetros cúbicos. Dr. Bruno Combat 11 COMPOSIÇÃO SANGUÍNEA • O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sangüíneos), impulsionados pelo coração. Sai do coração pelas artérias que vão se ramificando em arteríolas e terminando em capilares que por sua vez se continuam em vênulas e veias, retornando ao coração. • Ao nível dos capilares o plasma é acompanhado de alguns linfócitos e raramente hemácias, pode extravasar para o espaço intersticial, constituindo a linfa, que posteriormente é reabsorvida pelos capilares linfáticos passando aos vasos linfáticos e então as veias, sendo reintegrada à circulação. Dr. Bruno Combat 12 CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA • O coração é o ponto central da circulação. Partindo dele temos dois circuitos fechados distintos: • Circulação pulmonar ou direita ou pequena circulação: vai do coração aos pulmões e retorna ao coração. Destina-se à troca de gases (gás carbônico por oxigênio). • Circulação sistêmica ou esquerda ou grande circulação: vai do coração para todo o organismo e retorna ao coração. Destina- se à nutrição sistêmica de todas as células. Dr. Bruno Combat 13 ANATOMIA CARDIOVASCULAR Dr. Bruno Combat 14 Dr. Bruno Combat 15 CARACTERÍSTICAS GERAIS • Bombeia em repouso, a cada contração ~ 80mL de sangue • Bate, em repouso ~ 76bpm • A cada minuto bombeia ~ 6L • A cada hora ~ 360L • A cada dia ~ 8.640L ~ 1 carro pipa • A cada ano ~ 3.153.600L • Em 80 anos ~ 252.228.000L ~ 100 piscinas olímpicas Dr. Bruno Combat 16 CORAÇÃO • O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino. • Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites. • A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita. Dr. Bruno Combat 17 CORAÇÃO NO MEDIASTINO Dr. Bruno Combat 18 LIMITES DO CORAÇÃO • A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. • A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. • A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. • Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traquéia, o esôfago e a artéria aorta descendente Dr. Bruno Combat 19 A FIBRA MUSCULAR CARDÍACA Dr. Bruno Combat 20 CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA • Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino. • O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. Dr. Bruno Combat 21 CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA • O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. • O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração. Dr. Bruno Combat 22 CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA • Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso. • Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração.É composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sangüíneos. Dr. Bruno Combat 23 CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA • Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sangüíneos que entram e saem do coração. Dr. Bruno Combat 24 MEMBRANAS AO REDOR DO CORAÇÃO Dr. Bruno Combat 25 CONFIGURAÇÃO EXTERNA Dr. Bruno Combat 26 CONFIGURAÇÃO EXTERNA • Face Anterior (Esternocostal) - Formada principalmente pelo ventrículo direito. • Face Diafragmática (Inferior) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma. • Face Pulmonar (Esquerda) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. Dr. Bruno Combat 27 CONFIGURAÇÃO EXTERNA • Margem Direita - Formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias cavas superior e inferior. • Margem Inferior - Formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo. • Margem Esquerda - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, ligeiramente, pela aurícula esquerda. • Margem Superior - Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio. Dr. Bruno Combat 28 CONFIGURAÇÃO EXTERNA • Externamente os óstios atrioventriculares correspondem ao sulco coronário, que é ocupado por artérias e veias coronárias, este sulco circunda o coração e é interrompido anteriormente pelas artérias aorta e pelo tronco pulmonar. Dr. Bruno Combat 29 CONFIGURAÇÃO EXTERNA • O septo interventricular na face anterior corresponde ao sulco interventricular anterior e na face diafragmática ao sulco interventricular posterior. • O sulco interventricular termina inferiormente a alguns centímetros do à direita do ápice do coração, em correspondência a incisura do ápice do coração. Dr. Bruno Combat 30 CONFIGURAÇÃO EXTERNA • O sulco interventricular anterior é ocupado pelos vasos interventriculares anteriores. • O sulco interventricular posterior parte do sulco coronário e desce em direção à incisura do ápice do coração. • Este sulco é ocupado pelos vasos interventriculares posteriores. Dr. Bruno Combat 31 CONFIGURAÇÃO INTERNA • O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração. • Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão). • O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular. Dr. Bruno Combat 32 CONFIGURAÇÃO INTERNA Dr. Bruno Combat 33 ÁTRIO DIREITO • O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário. • A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores) e o seio coronário recebe o sangue que nutriu o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito. • Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido a presença de cristas musculares, chamados músculos pectinados. • O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada por três folhetos - válvulas ou cúspides). Dr. Bruno Combat 34 ÁTRIO DIREITO • Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, encontramos uma depressão que é a fossa oval. • Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio. • Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas. • O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário e encontramos também uma lâmina que impede que o sangue retorne do átrio para o seio coronário que é denominada de válvula do seio coronário. Dr. Bruno Combat 35 ÁTRIO ESQUERDO • O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides. • O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada aurícula esquerda. Dr. Bruno Combat 36 VENTRÍCULO DIREITO • O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. O seu interior apresenta uma série de feixes elevados de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas carnosas. • No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado valva tricúspide que serve para impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas, esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada nas bordas do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso ás paredes do ventrículo por intermédio de filamentos. • Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e outra septal. Dr. Bruno Combat 37 VENTRÍCULO DIREITO • O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados cordas tendíneas, as quais se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de músculos papilares. • A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas estão dispostas em concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita). • No centro da borda livre de cada uma das válvulas encontramos pequenos nódulos denominados nódulos das válvulas semilunares (pulmonares). Dr. Bruno Combat 38 VENTRÍCULO ESQUERDO • O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular esquerdo, encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída apenas por duas laminas denominadas cúspides (anterior e posterior). Essas valvas são denominadas bicúspides. Como o ventrículo direito, também tem trabéculas carnosas e cordas tendíneas, que fixam as cúspides da valva bicúspide aos músculos papilares. Dr. Bruno Combat 39 VENTRÍCULO ESQUERDO • O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo onde localiza-se a valva bicúspide(mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior artéria do corpo, a aorta ascendente, passando pela valva aórtica - constituída por três válvulas semilunares: direita, esquerda e posterior. • A principal função do ventrículo esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica (corpo). A parede ventricular esquerda é mais espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença se deve à maior força necessária para bombear sangue para a circulação sistêmica. Dr. Bruno Combat 40 CICLO CARDÍACO • Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco. No ciclo cardíaco normal os dois átrios se contraem, enquanto os dois ventrículos relaxam e vice versa. O termo sístole designa a fase de contração; a fase de relaxamento é designada como diástole. Dr. Bruno Combat 41 CICLO CARDÍACO • Quando o coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial), forçando o sangue para os ventrículos. Um vez preenchidos, os dois ventrículos contraem-se (sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do coração. Dr. Bruno Combat 42 CICLO CARDÍACO • Para que o coração seja eficiente na sua ação de bombeamento, é necessário mais que a contração rítmica de suas fibras musculares. A direção do fluxo sangüíneo deve ser orientada e controlada, o que é obtido por quatro valvas: duas localizadas entre o átrio e o ventrículo - atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e duas localizadas entre os ventrículos e as grandes artérias que transportam sangue para fora do coração - semilunares (valva pulmonar e aórtica). Dr. Bruno Combat 43 CICLO CARDÍACO • Sístole é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para os ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares abertas a passagem de sangue. Dr. Bruno Combat 44 CICLO CARDÍACO • Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas. Dr. Bruno Combat 45 CICLO CARDÍACO • Podemos dizer que o ciclo cardíaco compreende: – Sístole atrial – Sístole ventricular – Diástole ventricular Dr. Bruno Combat 46 DURAÇÃO DAS FASES DO CICLO CARDÍACO • Em repouso, a duração de um ciclo cardíaco é de 0,85seg. TEMPO ÁTRIOS VENTRÍCULOS 0,15seg. Sístole Diástole 0,30seg. Diástole Sístole 0,40seg. Diástole Diástole Dr. Bruno Combat 47 VASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA • A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio coronário. Dr. Bruno Combat 48 VASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA • As artérias coronárias são duas, uma direita e outra esquerda. Elas têm este nome porque ambas percorrem o sulco coronário e são as duas originadas da artéria aorta. Dr. Bruno Combat 49 VASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA • A artéria coronária direita: da origem a duas artérias que vão irrigar a margem direita e a parte posterior do coração, são ela artéria marginal direita e artéria interventricular posterior. • A artéria coronária esquerda, de início, passa por um ramo por trás do tronco pulmonar para atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas proximidades do ápice da aurícula esquerda. • Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo circunflexo que da origem a artéria marginal esquerda. • Na face diafragmática as duas artéria se anastomosam formando um ramo circunflexo. Dr. Bruno Combat 50 VASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA • O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na veia magna do coração, que inicia ao nível do ápice do coração, sobe o sulco interventricular anterior e segue o sulco coronário da esquerda para a direita passando pela face diafragmática, para ir desembocar no átrio direito. • A porção terminal deste vaso, representada por seus últimos 3 cm forma uma dilatação que recebe o nome de seio coronário. • O seio coronário recebe ainda a veia média do coração, que percorre de baixo para cima o sulco interventricular posterior e a veia pequena do coração que margeia a borda direita do coração. • Há ainda veias mínimas, muito pequenas, as quais desembocam diretamente nas cavidades cardíacas. Dr. Bruno Combat 51 INERVAÇÃO CARDÍACA Dr. Bruno Combat 52 INERVAÇÃO CARDÍACA • A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu interior. Dr. Bruno Combat 53 INERVAÇÃO CARDÍACA • A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, simpático e parassimpático. • Do simpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos, sendo três cervicais e quatro ou cinco torácicos. • As fibras parassimpáticas que vão ter ao coração seguem pelo nervo vago (X par craniano), do qual derivam nervos cardíacos parassimpáticos, sendo dois cervicais e um torácico. Dr. Bruno Combat 54 ATIVIDADE SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA Dr. Bruno Combat 55 INERVAÇÃO CARDÍACA • Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos cardíacos. • A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão dos batimentos contínuos do coração. É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, que se origina em uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto-rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto-excitáveis. • A FC é portanto decorrente do equilíbrio entre o tônus parassimpático e a atividade simpática. Dr. Bruno Combat 56 INERVAÇÃO CARDÍACA • A excitação cardíaca começa no nodo sino-atrial (SA), situado na parede atrial direita, inferior a abertura da veia cava superior. Propagando-se ao longo das fibras musculares atriais, o potencial de ação atinge o nodo atrioventricular (AV), situado no septo interatrial, anterior a abertura do seio coronário. Do nodo AV, o potencial de ação chega ao feixe atrioventricular (feixe de His), que é a única conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos. Após ser conduzido ao longo do feixe AV, o potencial de ação entra nos ramos direito e esquerdo, que cruzam o septo interventricular, em direção ao ápice cardíaco. Finalmente, as miofibras condutoras (fibras de Purkinge), conduzem rapidamente o potencial de ação, primeiro para o ápice do ventrículo e após para o restante do miocárdio ventricular. Dr. Bruno Combat 57 VASOS SANGUÍNEOS Dr. Bruno Combat 58 CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA • A passagem de sangue através do coração e dos vasos sanguíneos é chamada de CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA. • 100.000 A 160.000km de vasos. Dr. Bruno Combat 59 CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA • Sistema arterial • Sistema venoso Dr. Bruno Combat 60 CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA • Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares. • Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração. Dr. Bruno Combat 61 CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA • Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para fora do coração são as artérias. Estasse ramificam muito, tornam-se progressivamente menores, e terminam em pequenos vasos determinados arteríolas. A partir destes vasos, o sangue é capaz de realizar suas funções de nutrição e de absorção atravessando uma rede de canais microscópicos, chamados capilares, os quais permitem ao sangue trocar substâncias com os tecidos. Dos capilares, o sangue é coletado em vênulas; em seguida, através das veias de diâmetro maior, alcança de novo o coração. Dr. Bruno Combat 62 CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA Dr. Bruno Combat 63 LEIS GERAIS DA CIRCULAÇÃO Dr. Bruno Combat 64 ESTRUTURA DOS VASOS SANGUÍNEOS • Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente. • Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo. • Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São constituídas por células endoteliais. Dr. Bruno Combat 65 ESTRUTURA DOS VASOS SANGUÍNEOS Dr. Bruno Combat 66 ESTRUTURA DOS VASOS SANGUÍNEOS Dr. Bruno Combat 67 ANASTOMOSE • Os vasos sangüíneos são compostos por várias anastomoses, principalmente nos vasos cerebrais. • Significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais estabelecem uma comunicação entre si. A ligação entre duas artérias ocorre em ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes duas artérias de pequeno calibre se anastomosam para formar um vaso mais calibroso. • Freqüentemente a ligação se faz por longo percurso, por vasos finos, assegurando uma circulação colateral. Dr. Bruno Combat 68 SISTEMA ARTERIAL Dr. Bruno Combat 69 SISTEMA ARTERIAL • Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo- se para todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação, ou seja leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o organismo através de suas ramificações). Dr. Bruno Combat 70 SISTEMA DO TRONCO PULMONAR • Sistema do tronco pulmonar: o tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares. Dr. Bruno Combat 71 SISTEMA DO TRONCO PULMONAR • Ao entrar nos pulmões, esses ramos se dividem e subdividem até formarem capilares, em torno alvéolos nos pulmões. O gás carbônico passa do sangue para o ar e é exalado. O oxigênio passa do ar, no interior dos pulmões, para o sangue. • Esse mecanismo é denominado HEMATOSE. Dr. Bruno Combat 72 SISTEMA DA ARTÉRIA AORTA • Sistema da artéria aorta (sangue oxigenado): É a maior artéria do corpo, com diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões principais são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. A parte da aorta que emerge do ventrículo esquerdo, posterior ao tronco pulmonar, é a aorta ascendente. Dr. Bruno Combat 73 SISTEMA DA ARTÉRIA AORTA • O começo da aorta contém as válvulas semilunares aórticas. A artéria aorta se ramifica na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão irrigar o coração. Dr. Bruno Combat 74 ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA • A artéria coronária esquerda passa entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar. Divide-se em dois ramos: ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e um ramo circunflexo. A ramo interventricular anterior passa ao longo do sulco interventricular em direção ao ápice do coração e supre ambos os ventrículos. O ramo circunflexo segue o sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior do coração, originando assim a artéria marginal esquerda que supre o ventrículo esquerdo. Dr. Bruno Combat 75 ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA • A artéria coronária direita corre no sulco coronário ou atrioventricular e dá origem ao ramo marginal direito que supre a margem direita do coração à medida que corre para o ápice do coração. Após originar esses ramos, curva-se para esquerda e contínuo o sulco coronário até a face posterior do coração, então emite a grande artéria interventricular posterior que desce no sulco interventricular posterior em direção ao ápice do coração, suprindo ambos os ventrículos. Dr. Bruno Combat 76 VASOS CORONÁRIOS Dr. Bruno Combat 77 RAMIFICAÇÕES DA ARTÉRIA AORTA • A aorta se encurva formando um arco para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas: – Tronco braquiocefálico arterial – Artéria carótida comum esquerda – Artéria subclávia esquerda • O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias: – Artéria carótida comum direita – Artéria subclávia direita Dr. Bruno Combat 78 RAMIFICAÇÕES DA ARTÉRIA AORTA Dr. Bruno Combat 79 ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA • As artérias vértebras direita e esquerda e as artérias carótida comum direita e esquerda são responsáveis pela vascularização arterial do pescoço e da cabeça. • Antes de entrar na axila, a artéria subclávia dá um ramo para o encéfalo, chamada artéria vertebral, que passa nos forames transversos da C6 à C1 e entra no crânio através do forame magno. As artérias vertebrais unem-se para formar a artéria basilar (supre o cerebelo, ponte e ouvido interno), que dará origem as artérias cerebrais posteriores, que irrigam a face inferior e posterior do cérebro. Dr. Bruno Combat 80 ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA • A artéria carótida externa irriga as estruturas externas do crânio. A artéria carótida interna penetra no crânio através do canal carotídeo e supre as estruturas internas do mesmo. Os ramos terminais da artéria carótida interna são a artéria cerebral anterior (supre a maior parte da face medial do cérebro) e artéria cerebral média (supre a maior parte da face lateral do cérebro). Dr. Bruno Combat 81 ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA Dr. Bruno Combat 82 ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA • Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoíde superior, artéria lingual, artéria facial, artéria occipital, artéria auricular posterior e artéria faríngea ascendente. Seu ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar. Dr. Bruno Combat 83 POLÍGONO DE WILLIS • A vascularização cerebral é formada pelas artéria vertebrais direita e esquerda e pelas artérias carótidas internas direita e esquerda. • As vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar, ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais. • As artérias carótidas internas em cada lado originam uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior. • As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior. • As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas atravésdas artérias comunicantes posteriores. Dr. Bruno Combat 84 POLÍGONO DE WILLIS Dr. Bruno Combat 85 POLÍGONO DE WILLIS Dr. Bruno Combat 86 ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES • Explicação da tabela acima: a artéria subclávia (direita ou esquerda), logo após o seu início, origina a artéria vertebral que vai auxiliar na vascularização cerebral, descendo em direção a axila recebe o nome de artéria axilar, e quando, finalmente atinge o braço, seu nome muda para artéria braquial (umeral). Na região do cotovelo ela emite dois ramos terminais que são as artérias radial e ulnar que vão percorrer o antebraço. Na mão essas duas artérias se anastomosam formando um arco palmar profundo que origina as artérias digitais palmares comuns e as artérias metacarpianas palmares que vão se anastomosar. Dr. Bruno Combat 87 ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES Dr. Bruno Combat 88 ARTÉRIA AÓRTA – PORÇÃO TORÁCICA • Após a curva ou arco aótico, a artéria começa a descer do lado esquerdo da coluna vertebral dado origem aos ramos: – Viscerais (nutrem os órgãos): 1- Pericárdicos 2- Bronquiais 3- Esofágicos 4- Mediastinais – Parietais (irrigam a parede dos órgãos): 5- Intercostais posteriores 6- Subcostais 7- Frênicas superiores Dr. Bruno Combat 89 ARTÉRIA AORTA – PORÇÃO ABDOMINAL • Ao atravessar o hiato aórtico do diafragma até a altura da quarta vértebra lombar, onde termina, a aorta é representada pela porção abdominal. • Nesta porção a aorta fornece vários ramos colaterais e dois terminais. Dr. Bruno Combat 90 ARTÉRIA AORTA – PORÇÃO ABDOMINAL • Os ramos terminais da artéria aorta são artéria ilíaca comum direita e artéria ilíaca comum esquerda. Dr. Bruno Combat 91 ARTÉRIA AORTA – PORÇÃO ABDOMINAL Dr. Bruno Combat 92 ARTÉRIA AORTA – PORÇÃO ABDOMINAL Dr. Bruno Combat 93 ARTÉRIA AORTA – PORÇÃO ABDOMINAL Dr. Bruno Combat 94 ARTÉRIA AORTA – PORÇÃO ABDOMINAL Dr. Bruno Combat 95 ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES Dr. Bruno Combat 96 ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES Dr. Bruno Combat 97 ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES Dr. Bruno Combat 98 SISTEMA VENOSO Dr. Bruno Combat 99 SISTEMA VENOSO • É constituído por tubos chamados de veias que tem como função conduzir o sangue dos capilares para o coração. As veias, também como as artérias, pertencem a grande e a pequena circulação. • O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama-se de grande circulação ou circulação sistêmica. Dr. Bruno Combat 100 VEIAS DA CIRCULAÇÃO PULMONAR • Veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação): As veias que conduzem o sangue que retorna dos pulmões para o coração após sofrer a hematose (oxigenação), recebem o nome de veias pulmonares. • São quatro veias pulmonares, duas para cada pulmão, uma direita superior e uma direita inferior, uma esquerda superior e uma esquerda inferior. • As quatro veias pulmonares vão desembocar no átrio esquerdo. Estas veias são formadas pelas veias segmentares que recolhem sangue venosos dos segmentos pulmonares. Dr. Bruno Combat 101 VEIAS DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA • Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação): duas grandes veias desembocam no átrio direito trazendo sangue venoso para o coração. São elas: veia cava superior e veia cava inferior. Temos também o seio coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias que estão trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração. Dr. Bruno Combat 102 VEIAS PULMONARES, CAVA SUPERIOR E INFERIOR E SEIO CORONÁRIO Dr. Bruno Combat 103 VEIA CAVA SUPERIOR • Veia cava superior: a veia cava superior tem o comprimento de cerca de 7,5cm e diâmetro de 2cm e origina-se dos dois troncos braquiocefálicos (ou veia braquiocefálica direita e esquerda). • Cada veia braquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia (que recebe sangue do membro superior) com a veia jugular interna (que recebe sangue da cabeça e pescoço). Dr. Bruno Combat 104 VEIA CAVA INFERIOR • Veia cava Inferior: a veia cava inferior é a maior veia do corpo, com diâmetro de cerca de 3,5cm e é formada pelas duas veias ilíacas comuns que recolhem sangue da região pélvica e dos membros inferiores. Dr. Bruno Combat 105 SEIO CORONÁRIO E VEIAS CARDÍACAS • Seio Coronário e Veias Cardíacas: O seio coronário é a principal veia do coração. Ele recebe quase todo o sangue venoso do miocárdio. Fica situado no sulco coronário abrindo-se no átrio direito. É um amplo canal venoso para onde drenam as veias. Recebe a veia cardíaca magma (sulco interventricular anterior) em sua extremidade esquerda, veia cardíaca média (sulco interventricular posterior) e a veia cardíaca parva em sua extremidade direita. Diversas veias cardíacas anteriores drenam diretamente para o átrio direito. Dr. Bruno Combat 106 VEIAS DA CABEÇA E PESCOÇO Dr. Bruno Combat 107 VEIAS DA CABEÇA E PESCOÇO Dr. Bruno Combat 108 CRÂNIO • Crânio: a rede venosa do interior do crânio é representada por um sistema de canais intercomunicantes denominados seios da dura- máter. • Seios da dura-máter: – São verdadeiros túneis escavados na membrana dura-máter. Esta, é a membrana mais externa das meninges. – Estes canais são forrados por endotélio. – Os seios da dura-máter podem ser divididos em seis ímpares e sete pares. Dr. Bruno Combat 109 CRÂNIO Dr. Bruno Combat 110 CRÂNIO • SEIOS ÍMPARES (6): são três relacionados com a calvária craniana e três com a base do crânio. • Seios da calvária craniana: – Seio sagital superior: situa-se na borda superior e acompanha a foice do cérebro em toda sua extensão. – Seio sagital inferior: ocupa dois terços posteriores da borda inferior da parte livre da foice do cérebro. – Seio reto: situado na junção da foice do cérebro com a tenda do cerebelo. Anteriormente recebe o seio sagital inferior e a veia magna do cérebro (que é formada pelas veias internas do cérebro) e posteriormente desemboca na confluência dos seios. • Seios da base do crânio: – Seio intercavenoso anterior: liga transversalmente os dois seios cavernosos. Situado na parte superior da sela túrsica, passando diante e por cima da hipófise. – Seio intercavernoso posterior: paralelo ao anterior, este liga os dois seios cavernosos, passando por trás e acima da hipófise. – Plexo basilar: é um plexo de canais venosos que se situa no clivo do occipital. Este plexo desemboca nos seios intercavernoso posterior e petrosos inferiores (direito e esquerdo). Dr. Bruno Combat 111 CRÂNIO • SEIOS PARES: são situados na base do crânio. – Seio esfenoparietal: ocupa a borda posterior da asa menor do osso esfenóide. – Seio cavernoso: disposto no sentido ântero-posterior, ocupa cada lado da sela túrsica. Recebe anteriormente a veia oftálmica, a veia média profunda do cérebro e o seio esfenoparietal e, posteriormente, se continua com o seios petrosos superior e inferior. – Seio petroso superior: estende-se do seio cavernoso até oseio transverso, situa-se na borda superior da parte petrosa do temporal. – Seio petroso inferior: origina-se na extremidade posterior do seio cavernoso, recebe parte do plexo basilar, indo terminar no bulbo superior da veia jugular interna. – Seio transverso: origina-se na confluência dos seios e percorre o sulco transverso do osso occipital, até a base petrosa do temporal, onde recebe o seio petroso superior e se continua com o seio sigmóide. – Seio sigmóide: ocupa o sulco de mesmo nome, o qual faz um verdadeiro "S" na borda posterior da parte petrosa do temporal, indo terminar no bulbo superior da veia jugular interna, após atravessar o forame jugular. A veia jugular interna faz continuação ao seio sigmóide, sendo que o seio petroso inferior atravessa o forame jugular para ir desembocar naquela veia. – Seio occipital: origina-se perto do forame magno e localiza-se de cada lado da borda posterior da foice do cerebelo. Posteriormente termina na confluência dos seios ao nível da protuberância occipital interna. Dr. Bruno Combat 112 CRÂNIO • Face: Normalmente as veias tireóidea superior, lingual, facial e faríngica se anastomosam formando um tronco comum que vai desembocar na veia jugular interna. • O plexo pterigoídeo recolhe o sangue do território vascularizado pela artéria maxilar, inclusive de todos os dentes, mantendo anastomose com a veia facial e com o seio cavernoso. • Os diversos ramos do plexo pteridoídeo se anastomosam com a veia temporal superficial, para constituir a veia retromandibular. • Essa veia retromandibular que vai se unir com a veia auricular posterior para dar origem à veia jugular externa. • A cavidade orbital é drenada pelas veias oftálmicas superior e inferior que vão desembocar no seio cavernoso. • A veia oftálmica superior mantém anastomose com o início da veia facial. Dr. Bruno Combat 113 CRÂNIO • Pescoço: descendo pelo pescoço, encontramos quatro pares de veias jugulares. Essas veias jugulares têm o nome de interna, externa, anterior e posterior. – Veia jugular interna: vai se anastomosar com a veia subclávia para formar o tronco braquiocefálico venoso. – Veia jugular externa: desemboca na veia subclávia. – Veia jugular anterior: origina-se superficialmente ao nível da região supra-hioídea e desemboca na terminação da veia jugular externa. – Veia jugular posterior: origina-se nas proximidades do occipital e desce posteriormente ao pescoço para ir desembocar no tronco braquiocefálico venoso. Está situada profundamente. Dr. Bruno Combat 114 VEIAS DO TÓRÁX E ABDOME • Tórax: encontramos duas exceções principais: – A primeira se refere ao seio coronário que se abri diretamente no átrio direito. – A segunda disposição venosa diferente é o sistema de ázigos. • As veias do sistema de ázigo recolhem a maior parte do sangue venoso das paredes do tórax e abdome. Do abdome o sangue venoso sobe pelas veias lombares ascendentes; do tórax é recolhido principalmente por todas as veias intercostais posteriores. • O sistema de ázigo forma um verdadeiro "H" por diante dos corpos vertebrais da porção torácica da coluna vertebral. • O ramo vertical direito do "H" é chamado veia ázigos. • O ramo vertical esquerdo é subdividido pelo ramo horizontal em dois segmentos, um superior e outro inferior. • O segmento inferior do ramo vertical esquerdo é constituído pela veia hemiázigos, enquanto o segmento superior desse ramo recebe o nome de hemiázigo acessória. • O ramo horizontal é anastomótico, ligando os dois segmentos do ramo esquerdo com o ramo vertical direito. • Finalmente a veia ázigo vai desembocar na veia cava inferior. Dr. Bruno Combat 115 VEIAS DO TÓRÁX E ABDOME • Abdome: no abdome, há um sistema venoso muito importante que recolhe sangue das vísceras abdominais para transportá-lo ao fígado. É o sistema da veia porta. • A veia porta é formada pela anastomose da veia esplênica (recolhe sangue do baço) com a veia mesentérica superior. • A veia esplênica, antes de se anastomosar com a veia mesentérica superior, recebe a veia mesentérica inferior. • Depois de constituída, a veia porta recebe ainda as veias gástrica esquerda e prepilórica. • Ao chegar nas proximidades do hilo hepático, a veia porta se bifurca em dois ramos (direito e esquerdo), penetrando assim no fígado. • No interior do fígado, os ramos da veia porta realizam uma verdadeira rede. • Vão se ramificar em vênulas de calibre cada vez menor até a capilarização. • Em seguida os capilares vão constituindo novamente vênulas que se reúnem sucessivamente para formar as veias hepáticas as quais vão desembocar na veia cava inferior. • A veia gonodal do lado direito vai desembocar em um ângulo agudo na veia cava inferior, enquanto a do lado esquerdo desemboca perpendicularmente na veia renal. Dr. Bruno Combat 116 SISTEMA PORTA-HEPÁTICO • A circulação porta hepática desvia o sangue venoso dos órgãos gastrointestinais e do baço para o fígado antes de retornar ao coração. A veia porta hepática é formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica. A veia mesentérica superior drena sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas. A veia esplênica drena sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino grosso. A veia mesentérica inferior, que deságua na veia esplênica, drena partes do intestino grosso. O fígado recebe sangue arterial (artéria hepática própria) e venoso (veia porta hepática) ao mesmo tempo. Por fim, todo o sangue sai do fígado pelas veias hepáticas que deságuam na veia cava inferior. Dr. Bruno Combat 117 VEIAS QUE FORMAM A ¨VEIA PORTA¨ Dr. Bruno Combat 118 VEIAS QUE FORMAM A ¨VEIA PORTA¨ Dr. Bruno Combat 119 VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES Dr. Bruno Combat 120 VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES Dr. Bruno Combat 121 VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES Dr. Bruno Combat 122 VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES • As veias profundas dos membros superiores seguem o mesmo trajeto das artérias dos membros superiores. • As veias superficiais dos membros superiores: • A veia cefálica tem origem na rede de vênulas existente na metade lateral da região da mão. Em seu percurso ascendente ela passa para a face anterior do antebraço, a qual percorre do lado radial, sobe pelo braço onde ocupa o sulco bicipital lateral e depois o sulco deltopeitoral e em seguida se aprofunda, perfurando a fáscia, para desembocar na veia axilar. Dr. Bruno Combat 123 VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES • A veia basílica origina-se da rede de vênulas existente na metade medial da região dorsal da mão. Ao atingir o antebraço passa para a face anterior, a qual sobe do lado ulnar. No braço percorre o sulco bicipital medial até o meio do segmento superior, quando se aprofunda e perfura a fáscia, para desembocar na veia braquial medial. • A veia mediana do antebraço inicia-se com as vênulas da região palmar e sobe pela face anterior do antebraço, paralelamente e entre as veias cefálica e basílica. • Nas proximidades da área flexora do antebraço, a veia mediana do antebraço se bifurca, dando a veia mediana cefálica que se dirige obliquamente para cima e lateralmente para se anastomosar com a veia cefálica, e a veia mediana basílica que dirige obliquamente para cima e medialmente para se anastomosar com a veia basílica. Dr. Bruno Combat 124 VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES Dr. Bruno Combat 125 VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES • As veias profundas dos membros inferiores seguem o mesmo trajetodas artérias dos membros inferiores. Dr. Bruno Combat 126 VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES Dr. Bruno Combat 127 VEIA SAFENA MAGNA • Veia safena magna: origina- se na rede de vênulas da região dorsal do pé, margeando a borda medial desta região, passa entre o maléolo medial e o tendão do músculo tibial anterior e sobe pela face medial da perna e da coxa. • Nas proximidades da raiz da coxa ela executa uma curva para se aprofundar e atravessa um orifício da fáscia lata chamado de hiato safeno. Dr. Bruno Combat 128 VEIA SAFENA PARVA • A veia safena parva: origina-se na região de vênulas na margem lateral da região dorsal do pé, passa por trás do maléolo lateral e sobe pela linha mediana da face posterior da perna até as proximidades da prega de flexão do joelho, onde se aprofunda para ir desembocar em uma das veias poplíteas. • A veia safena parva comunica- se com a veia safena magna por intermédio de vários ramos anastomósticos. Dr. Bruno Combat 129 OBRIGADO PELA PACIÊNCIA!!!
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