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Morfologia Citologia e Fisiologia da célula bacteriana Aula 2 MicroI

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MORFOLOGIA, 
CITOLOGIA E 
FISIOLOGIA DA CÉLULA 
BACTERIANA 
 
 
Profa. Francis Moreira Borges 
SISTEMAS DE 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ORGANISMOS 
 
 
Linnaeus 
 
Primeiro sistema de classificação de microrganismos – 1753 
(Carollus Linnaeus) 
 
Domínio (Reino) - Divisão (filo) – Classe – Ordem – Família – Gênero – 
Espécie 
Domínio Animalia 
(animais e protozoários) 
 
Constituído por seres não-fotossintéticos, móveis e sem parede 
celular 
Plantae 
(plantas, algas, bactérias e fungos) 
 
Constituído por organismos fotossintéticos, imóveis e com parede 
celular 
 
 
Haeckel 
 
Tentativa de acomodar melhor os microrganismos – 1866 (Ernest 
Haeckel) 
 
 
 
Organismos unicelulares de organização simples – terceiro reino => 
PROTISTA 
Animalia 
(animais) 
Plantae 
(plantas e algas 
multicelulares) 
Protista 
(algas unicelulares, bactérias protozoários e 
fungos) 
 
 
Whittaker 
 
Desenvolvimento da microscopia e técnicas bioquímicas – 1969 
(Robert H. Whittaker) 
 
 
Cinco reinos relacionados com estrutura celular e forma de obtenção de 
nutrientes 
Animalia (animais) Plantae (plantas) 
Protista (algas e protozoários) Fungi (fungos) 
Monera (procariotas) 
Classificação dos seres vivos, de acordo com Whittaker (1969) 
ÁRVORE FILOGENÉTICA DA VIDA 
 
 
Woese 
 
Sistema de classificação fundamentado no argumento de que a 
divisão dos microrganismos em procariotos e eucariotos era 
insuficiente – 1991 (Carl R. Woese) 
 
 
Divisão dos procariotos em Archae e Bacteria - seqüência do RNAr 16S e 18S 
Archaea 
(procariotas) 
Eukarya (eucariotas: fungos, algas, protozoários, plantas e 
animais) 
Bacteria 
(procariotas) 
As archaea são procariotas porque não possuem núcleo envolvido por membrana, mas 
possuem lipídios e ácidos nucléicos ribossomais diferentes das bactérias e dos 
eucariotos 
ÁRVORE FILOGENÉTICA DA VIDA 
Classificação dos seres vivos, de acordo com Woese (1991) 
PRINCIPAIS GRUPOS DE PROCARIOTOS 
 
 
Domínio Bacteria 
 
 Grande variedade fisiológica e morfológica. 
 
 Diferentes tipos nutricionais quanto a fonte de carbono, energia e fatores 
ambientais (oxigênio, pH, temperatura e pressão osmótica) são encontrados. 
 
 Os principais grupos filogenéticos estão agrupados em 16 filos ou divisões 
 
 
 
Domínio Archaea 
 
 Bactérias com características altamente especializadas capazes de resistir a 
altas temperaturas, concentrações de sal e valores extremos de pH. 
 
 Metabolizadores incomuns como redutoras de sulfato e metanogênicas. 
 
 Os principais grupos filogenéticos estão agrupados em 2 filos. Mais 2 filos 
foram descobertos e compõe formas de vida primitivas e as menores já 
descobertas 
DOMÍNIO EUBACTERIA 
Cianobactérias 
e Proclorófitas 
Chlamydia 
Planctomyces 
Verrucomicrobios 
Proteobactérias 
Bactérias Gram positivas 
Flavobactérias 
Cytophaga 
Bactérias verdes 
sulfurosas 
Espiroquetas Deinococos 
Bactérias verdes 
não-sulfurosas 
Bactérias 
hipertermófilas 
Nitrospira e 
Deferribacter 
DOMÍNIO ARCHAE 
Euryarchaeota 
Crenarchaeota 
Halófitas 
Termófilas 
Metanogênicas 
MORFOLOGIA BACTERIANA 
Morfologia Bacteriana: 
 
 As células bacterianas são caracterizadas morfologicamente pelo seu tamanho, forma e arranjo. 
 
Tamanho: 0,3 /0,8 m até 10/25 m. As espécies de interesse médico variam entre 0,5 a 1,0 m por 2 a 5 
m. 
 
Forma e arranjo: 
 
 
- Cocos (formas esféricas): grupo homogêneo em relação a tamanho, sendo células menores (0,8 a 1,0 
m). 
BACTÉRIAS - células procariontes, constituindo os menores seres vivos e os mais simples 
estruturalmente, embora complexos e diversificados do ponto de vista bioquímico e 
metabólico - ADAPTAÇÃO 
Características básicas dos procariontes: 
 
 Ausência de compartimentos dentro da célula - metabólitos dispersos no citoplasma; 
 Ausência de núcleo verdadeiro - cromossomo bacteriano disperso no citoplasma 
• Diplococos: cocos agrupados aos 
pares. Ex.: Neisseria (meningococo) 
• Tétrades: agrupamentos 
de quatro cocos 
 
• Estreptococos: cocos agrupados em cadeias. 
Ex.: Streptococcus 
• Estafilococos: cocos em grupos irregulares, 
lembrando cachos de uvas. Ex.: Staphylococcus 
• Sarcinas: agrupamento 
de oito cocos em forma 
cúbica. Ex.: Sarcina 
Bacilos ou bastonetes: cilíndricos, forma de bastão, podendo ser longos ou 
delgados, pequenos e grossos, extremidade reta, afilada, convexa ou 
arredondada. 
• Diplobacilos: bastonetes agrupados aos pares. 
• Estreptobacilos: bastonetes agrupados em cadeias. 
• Paliçada: bastonetes agrupados lado a lado como palitos de fósforos. 
Formas helicoidais ou espiraladas: células de forma espiral. 
• Espirilos: possuem corpo rígido e se movem às 
custas de flagelos externos, dando uma ou mais 
voltas espirais em torno do próprio eixo. 
• Espiroquetas: são flexíveis e locomovem-se às custas de 
filamentos axiais (flagelos periplasmáticos), podendo das 
várias voltas completas em torno do próprio eixo. Ex.: Gênero 
Treponema 
Formas de transição 
• Bacilos muito curtos: cocobacilos. Ex.: Prevotella • Espirilos muito curtos, assumindo formas de 
vírgula: vibriões. Ex.: Vibrio cholerae 
CITOLOGIA BACTERIANA 
 
 A observação interna das estruturas celulares dá-nos uma idéia de como a 
bactéria funciona no ambiente. A figura a seguir representa as diversas estruturas 
bacterianas: 
ESTRUTURAS CELULARES EXTERNAS 
Flagelos 
 
Estruturas especiais de locomoção, constituídas pela proteína flagelina, que formam 
longos filamentos que partem do corpo da bactéria e se estendem externamente à parede 
celular. 
O flagelo propulsiona a bactéria por movimento rotatório => dependente de energia 
fornecida pela diferença de potencial de membrana (fluxo de íons H). 
A proteína flagelar antígeno H é útil para diferenciar entre os sorovares (variações dentro 
de uma mesma espécie G-) Ex: E. coli 
 
Distribuição dos flagelos: atríquias (sem flagelo) 
 
a) monotríquio b) anfitríquio 
c) lofotríquio b) peritríquio 
Fímbrias 
 
Estruturas filamentosas mais curtas e delicadas que os flagelos, semelhantes a 
pêlos, que se originam da membrana plasmática, e são usados para fixação, e 
não para motilidade. 
 
São constituídas por uma proteína denominada pilina. 
 
Estão relacionadas com a aderência às superfícies mucosas (fímbrias comuns) 
=> colonização. 
 
Pili 
São mais longos que as fímbrias, havendo um ou dois por célula. Une as 
células para transferência de DNA de uma célula para outra. 
Pili F => relacionado com a transferência de material genético durante a 
conjugação bacteriana (fímbrias ou pili sexual – codificadas pelo plasmídeo F). 
Fímbria comum 
Pili sexual 
Cápsula 
 
Camada que circunda a célula bacteriana externamente a parede celular, de consistência 
viscosa e de natureza polissacarídica (polissacarídeo extracelular) ou polipeptídica. 
 
Pode ser evidenciada por métodos especiais de coloração (tinta nanquim). 
 
Funções: proteção da célula bacteriana contra desidratação, permitir a fixação da bactéria 
em várias superfícies, evitar a adsorção de bacteriófagos na célula bacteriana.Relacionada à virulência da bactéria, pois confere resistência à fagocitose pelas células 
de defesa do corpo – em uma mesma espécie, amostras encapsuladas são mais virulentas 
que as não-encapsuladas – AUMENTA A CHANCE DE INFECÇÃO. 
Parede Celular 
 
 Estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática e dá forma às 
células, além de proteção, mantendo a pressão osmótica intrabacteriana e 
prevenindo expansão e eventual rompimento da célula. 
 
 Composição: peptidioglicano (mucopeptídeo ou mureína) – estrutura rígida 
da parede: 
 
N-acetilglicosamina (NAG) 
ácido N-acetilmurâmico (NAM) 
tetrapeptídeo (4 aminoácidos) 
 Devido as propriedades da parede celular, as bactérias podem ser divididas em dois grandes 
grupos: GRAM POSITIVAS e GRAM NEGATIVAS, de acordo com a sua resposta à coloração de 
GRAM. 
PAREDE DAS GRAM POSITIVAS 
 
 Possuem maior quantidade de peptidioglicano, o que torna a parede dessas 
bactérias mais espessa e rígida. 
 
 Composta por peptidioglicano e ácidos teicóicos (cadeias de polifosfato com 
resíduos de ribitol e glicerol) ou ácidos lipoteicócicos. 
Citoplasma 
Peptideoglicano 
Ácidos teicóicos 
Membrana citoplasmática 
 Os ácidos teicóicos/lipoteicóicos estão ligados ao peptidioglicano APENAS nas 
bactérias Gram positivas, nunca nas Gram negativas. 
PAREDE DAS GRAM NEGATIVAS 
 
 
 Mais complexa - a quantidade de peptidioglicano é menor, e possui uma 
membrana externa envolvendo a fina camada de peptidioglicano, que se situa no 
espaço periplasmático. 
 
 MEMBRANA EXTERNA: Serve como barreira seletiva que controla a 
passagem de algumas substâncias. 
 
 
Estrutura: bicamada assimétrica, contendo fosfolipídios, semelhante à MP. 
 
 
 
• Internamente => camada de fosfolipídeos e lipoproteína, que está ancorada ao 
peptidioglicano. 
 
• Externamente => camada impermeável de lipopolissacarídeo (LPS) – molécula 
anfipática. 
A membrana externa das bactérias Gram negativas contém proteínas 
(OMP), que formam canais por onde penetram diversas substâncias. 
Membrana 
citoplasmática 
Membrana externa 
Citoplasma 
Lipopolissacarideo 
Espaço periplasmático e 
lipoproteínas 
Peptideoglicano 
Espaço periplasmático 
Essas proteínas presentes na membrana externa das Gram negativas 
constituem aprox. 50% da membrana, não relacionadas com as proteínas 
da MP, e possuem diversas funções. 
 3 segmentos ligados covalentemente: lipídio A, cerne do polissacarídeo e antígenos O. 
A porção lipídica do LPS é também chamada de ENDOTOXINA. 
O LPS pode ser tóxico, causando febre, diarréia, destruição de hemácias e 
um choque potencialmente fatal. Efeito protetor nas bactérias Gram 
negativas intestinais (resistência à solubilização pelas enzimas intestinais e 
bile). 
LPS 
Implicação da estrutura da parede celular bacteriana - COLORAÇÃO DE GRAM 
Baseado nas propriedades da parede celular (substâncias lipídicas na camada externa) 
 
• 1884 – Hans Christian Joachim Gram 
 
 
Experimentos com pneumococos – corantes 
seletivos para bactérias 
 
 
Desenvolvimento de um protocolo de 
coloração de esfregaços bacterianos 
 
 
Permitiu a divisão destes organismos em 2 
grandes grupos - visualização por microscopia 
óptica 
 
 
 Revolução no diagnóstico das doenças 
infecciosas. 
 
PAREDE CELULAR DAS MICOBACTÉRIAS 
 
 
 Bacilos aeróbios, imóveis, não-formadores de esporos, de parede celular complexa rica 
em lipídios e ceras, especialmente ácidos micólicos que são ligados covalentemente a 
lipidios acil (ácidos arabnogalactamicos). Causadores da tuberculose e da lepra. 
 
 
Estrutura da parece celular: 
 
 A parede celular das micobactérias é responsável por muitas características das 
bactérias (por exemplo, ácido resistência, crescimento lento, resistência aos 
detergentes, resistência aos antibióticos comuns). 
 
 
 Nutrientes solúveis em água entram nas células através de porinas. 
Os diferentes lipídios da parede celular das micobactérias formam uma bicamada assimétrica 
com cadeias curtas de glicerol-fosfolipídios que atuam como barreira a substâncias aquosas 
tornando a superfície celular hidrofóbica e resistente a numerosos desinfetantes, álcoois e 
ácidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gram +
Gram - Micobacterias
Bi-camada 
lipídica
Peptídeoglicano
LPS
Porina
Ácido 
Micólico
Arabnogalactose
Glicolipídio
(lipoarabnomanana)
Lipídios acil
(ceras) 
Gram +
Gram - Micobacterias
Bi-camada 
lipídica
Peptídeoglicano
LPS
Porina
Ácido 
Micólico
Arabnogalactose
Glicolipídio
(lipoarabnomanana)
Lipídios acil
(ceras) 
Membrana Citoplasmática 
 
 Aproximadamente 10 nm e separa a parede celular do citoplasma. É constituída 
de fosfolipídeos e proteínas. 
 
 Desempenha importante papel na permeabilidade seletiva da célula – funciona 
como barreira osmótica. 
 
 Difere da membrana citoplasmática dos eucariotos por: 
 
- não apresentar esteróis (colesterol) em sua composição; 
- ser sede de numerosas enzimas do metabolismo respiratório => (MESOSSOMO); 
- controlar a divisão bacteriana através do mesossomo. 
ESTRUTURAS CELULARES INTERNAS 
 
 
Área citoplasmática 
 
 Citoplasma: 80 % de água, ácidos nucléicos, proteínas, carboidratos, compostos de 
baixo peso molecular, lipídios, íons inorgânicos. Sítio de reações químicas. 
 
 Ribossomos: ligados a uma molécula de mRNA, são chamados de poliribossomos. 
Presentes em grande número nas células bacterianas. São menores – ribossomos 70S 
 
 Grânulos de reserva (inclusões): os procariotos podem acumular no citoplasma 
substâncias sob a forma de grânulos, constituídos de polímeros insolúveis (ex.: grânulos de 
glicogênio, amido, lipídios, polifosfato, enxofre e óxido de ferro) . 
 
 
 
 
Área citoplasmática 
 
 Ribossomos: ligados a uma molécula de mRNA, são chamados de poliribossomos. 
Presentes em grande número nas células bacterianas. São menores – ribossomos 70S 
Responsáveis pela síntese proteica 
Alvo de ação de antibióticos (ex: cloranfenicol e eritromicina) 
Área nuclear 
 
 
 Nucleóide: cromossomo bacteriano, constituído por uma única molécula dupla fita circular 
de DNA não delimitado por membrana nuclear e sem a presença de histonas. Contém as 
informações necessárias à sobrevivência da célula e é capaz de replicação. 
 Elementos extracromossomais 
 
Plasmídeos:, moléculas menores de DNA, dupla fita, circulares, cujos genes não 
codificam características essenciais, mas podem conferir vantagens seletivas para as 
bactérias que os possuem (ex.: genes de resistência a antibióticos, metais tóxicos, 
produção de toxinas, etc). Auto-duplicação independente do cromossomo bacteriano, e 
podem existir várias cópias dentro da célula. 
 
 Função: proteção da célula vegetativa das adversidades do meio ambiente 
(limitação de nutrientes, temperatura, e dessecação). Sua formação leva em torno 
de 6 horas. 
 
 Têm pouca atividade metabólica, pode permanecer latente por longos períodos - 
forma de sobrevivência, e não de reprodução. Ex. Bacillus e Clostridium. 
 
Endosporos verdadeiros encontrados em bactérias gram positivas. 
Esporos 
 
Também chamados de endosporos (porque se formam dentro da célula). 
 
 Esporos contém pouca água no citoplasma, possuem parede celular muito 
espessa, são altamente resistentes a agentes físicos e químicos, devido a sua 
capa impermeável de proteína tipo queratina (associado ao cálcio) e presença de 
ácido dipicolínico.As células procarióticas são compostas por água, macromoléculas, 
apresentando também uma menor quantidade de outros compostos 
orgânicos e íons. 
FISIOLOGIA BACTERIANA 
Quebra de compostos 
orgânicos complexos em 
compostos mais simples, com 
liberação de energia. Ex.: 
Degradação do açúcar. 
CATABOLISMO 
Construção de moléculas 
orgânicas complexas a partir 
de moléculas simples, com 
gasto de energia. Ex.: 
formação das proteínas. 
ANABOLISMO 
Todos os organismos vivos necessitam de compostos para sua nutrição, 
crescimento e multiplicação. Esses compostos são utilizados para a formação 
dos constituintes celulares e na obtenção de energia. 
VIAS ANABÓLICAS E CATABÓLICAS 
 
Dentro da célula bacteriana ocorrem reações químicas catalisadas por enzimas. 
O conjunto de transformações da matéria orgânica é denominado 
METABOLISMO e compreende basicamente dois processos: 
NUTRIÇÃO DOS MICRORGANISMOS 
Os microrganismos necessitam de um ambiente propício com todos os 
constituintes físicos e químicos necessários para seu crescimento. As substâncias 
ou elementos retirados do ambiente são utilizadas como blocos para a construção 
da célula. 
Os nutrientes podem ser de vários tipos, dispostos em três categorias, de 
acordo com a sua concentração e importância na célula bacteriana: 
macronutrientes, micronutrientes e fatores de crescimento. 
NUTRIENTES 
MACRONUTRIENTES 
Macronutrientes Funções 
gramas 
Carbono (Compostos orgânicos, CO2) 
Constituintes de carboidratos, lipídeos, proteínas 
e ácidos nucléicos 
Oxigênio (O2, H2O, comp. orgânicos) 
Nitrogênio (NH4, NO3, N2, comp. org.) 
Hidrogênio (H2, H2O, comp. Orgânicos) 
Fósforo (PO4) 
Enxofre (SO4, HS, S, comp. enxofre) 
 
mg 
Potássio (K+) Atividade enzimática 
Cálcio (Ca2+) Resistência ao calor do endosporo 
Magnésio (Mg2+) Cofator de enzimas, complexos com ATP, 
estabiliza ribossomos e membranas 
Ferro (Fe2+/Fe3+) Constituição de citocromos, cofator de enzimas, 
cofator de proteínas transportadores de elétrons 
MICRONUTRIENTES 
Manganês 
FATORES DE CRESCIMENTO 
São compostos que alguns tipos celulares necessitam em quantidades muito 
pequenas. 
 
Embora a maioria dos microrganismos seja capaz de sintetizá-los, alguns 
microrganismos necessitam que eles sejam adicionados ao meio de cultura. 
 
Estes compostos entram na composição das células ou de precursores dos 
constituintes celulares. 
Aminoácidos 
Purinas e pirimidinas 
Colesterol 
Vitaminas 
Vitaminas requeridas pelos 
microrganismos e suas funções 
FONTES DE CARBONO E ENERGIA PARA O 
CRESCIMENTO BACTERIANO 
As bactérias, de acordo com a fonte de carbono e de energia que utilizam, 
podem ser classificadas em diferentes tipos nutricionais: 
CARBONO ENERGIA 
HETEROTRÓFICOS AUTOTRÓFICOS FOTOTRÓFICOS QUIMIOTRÓFICOS 
Microrganismos que 
utilizam carbono 
orgânico 
Microrganismos que 
utilizam carbono 
inorgânico (CO2) 
Microrganismos que 
utilizam energia 
radiante (luz) 
Microrganismos que 
utilizam energia 
química (compostos 
químicos) 
Diversidade Metabólica entre os organismos 
PROCESSO DE NUTRIÇÃO EM PROCARIOTOS 
 
 
1) Nutrição em Gram positivos 
 
=> Estas bactérias sintetizam uma série de exoenzimas, as quais são liberadas no meio, 
clivando os nutrientes, que são captados por proteínas transportadoras. 
 
 
2) Nutrição em Gram negativos 
 
=> Devido à presença de uma membrana externa (LPS), as bactérias Gram negativas 
apresentam um grande número de porinas associadas à camada lipopolissacarídica, e que 
permitem a passagem de moléculas hidrofílicas, de baixa massa molecular. 
 
=> No espaço periplasmático dessas células, são encontrados proteases, fosfatases, 
lipases, nucleases e enzimas de degradacão de carboidratos. 
Os microrganismos exibem os mais diversos mecanismos nutricionais. A nutrição 
ocorre predominantemente pela absorção, através da oxidação de substâncias com 
alto valor energético, preferencialmente os açúcares. 
I – Fermentação: processo no qual os compostos orgânicos são 
parcialmente degradados 
FORMAS DE OBTENÇÃO DE ENERGIA 
 Lática: ácido lático 
 
 Alcoólica: etanol 
 
 Aceto-butírica: ácido butírico e acetona 
 
 Acética: ácido acético (vinagre) 
 
 Propiônica: ácido propiônico 
=> Libera energia de açúcares (2 ATP) ou 
moléculas orgânicas; 
=> Não requer oxigênio (mas pode ocorrer na 
presença deste); 
=> Não requer o uso do ciclo de Krebs ou 
cadeia de transporte de elétrons; 
=> Utiliza uma molécula orgânica como 
aceptor final de elétrons 
II - Respiração 
 
a) RESPIRAÇÃO AERÓBICA: 
processo onde os compostos 
orgânicos são completamente 
degradados, e o O2 é o aceptor 
final dos elétrons. 
 
b) RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA: processo no qual os compostos 
orgânicos são completamente degradados, e uma molécula diferente 
do O2 é o aceptor final dos elétrons (SO4, CO3, NO3, fumarato, etc) 
 
 
 
A quantidade de ATP gerada na respiração anaeróbica varia de acordo 
com o microrganismo e a via. 
Devido a somente uma parte do ciclo de Krebs funcionar sob 
condições anaeróbias, o rendimento de ATP nunca é tão alto 
quanto o da respiração aeróbica. 
Os microrganismos em crescimento estão, na 
verdade, aumentando o seu número e se 
acumulando em colônias 
 
COLÔNIAS => grupos de células => visualização 
sem utilização de microscópio. 
Quando falamos em crescimento microbiano no referimos ao número e não ao 
tamanho das células. 
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CRESCIMENTO MICROBIANO 
Físico-químicos (ambientais) 
• Temperatura 
• pH 
• Pressão Osmótica 
• O2 
Químicos 
• Água 
• Macronutreintes 
• Micronutrientes 
• Fatores de crescimento 
REQUERIMENTOS FÍSICOS E AMBIENTAIS PARA O 
CRESCIMENTO MICROBIANO 
Temperatura 
 
Cada tipo de bactéria apresenta uma temperatura ótima de crescimento. Acima do limite, 
ocorre desnaturação protéica e conseqüente morte celular. Temperaturas inferiores levam a 
uma desaceleração das atividades metabólicas. 
pH 
 
A maioria das bactérias cresce melhor dentro de variações pequenas de pH, 
sempre perto da neutralidade, entre pH 6,5 e 7,5. 
Pressão Osmótica 
 
 
A capacidade dos microrganismos se adaptar a pressões osmóticas chama-se 
OSMOADAPTAÇÃO. 
Os microrganismos são 
frequentemente encontrados 
em ambientes onde a 
concentração do soluto é 
igual o seu citoplasma (meio 
isotônico). 
 
• Halotolerantes: toleram altas concentrações de sais-10% NaCl 
 
• Halofílicos: requerem altos níveis de NaCl (Vibrio cholerae). 
Oxigênio 
 
O oxigênio pode ser inócuo, indispensável ou letal para as bactérias, o que 
permite classificá-las em: 
OXIBIÔNTICAS ANOXIBIÔNTICAS 
Aeróbios Anaeróbios 
obrigatórios 
Aeróbios 
obrigatórios 
Extremamente 
sensíveis 
Microaerófilos Aerotolerantes 
Anaeróbios 
facultativos 
 
Aeróbio 
estrito 
Anaeróbio 
estrito 
Anaeróbio 
facultativo 
Anaeróbio 
aerotolerante 
Incapacidade de eliminação ou capacidade limitada de eliminar 
produtos do metabolismo do oxigênio molecular. 
Redução do Oxigênio 
 
O2 + e
- = O2
- (ânion superóxido) 
O2 + 2 e
- = H2O2 (peróxido de hidrogênio) 
O2 + 3 e
- = H2O + OH
- (radical hidroxila) 
O2 + 4 e
- = H2O (água => redução total) 
 
Espécies Reativas do Oxigênio (EROs) 
Por que o oxigênio é letal para os anaeróbios? 
Estratégias de defesa dos microrganismos: mecanismos 
antioxidantes 
REPRODUÇÃO BACTERIANA 
 
 
As bactérias semultiplicam por DIVISÃO BINÁRIA SIMPLES, um processo devido 
à formação de septos na região do mesossomo, que se dirigem da superfície para 
o interior da célula, dividindo a bactéria em duas células filhas. 
 
A fissão é precedida pela duplicação do DNA, que se processa de modo semi-
conservativo, e cada célula filha recebe uma cópia do cromossomo da célula-mãe. 
 
O período da divisão celular depende do tempo de geração de cada bactéria 
Tempo de geração: tempo necessário para um célula se dividir em 
duas 
Quando uma bactéria é semeada em um meio apropriado, 
nas condições apropriadas, o seu crescimento segue uma 
curva definida e característica: 
A – Fase LAG: pouca divisão 
celular, os microrganismos 
estão se adaptando ao meio 
em que estão crescendo. As 
células aumentam de volume, 
mas não se dividem. 
 
B – Fase exponencial (log): 
crescimento exponencial, 
divisões celulares sucessivas, 
grande atividade metabólica. 
 
C – Fase estacionária: 
decréscimo na taxa de divisão 
celular, onde a velocidade de 
crescimento = velocidade de 
morte 
 
D – Fase de declínio ou morte: 
condições impróprias para o 
crescimento, meio deficiente 
em nutrientes e rico em 
toxinas, onde as células 
mortas excedem o número de 
células vivas 
CURVA DE CRESCIMENTO BACTERIANO

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