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IMUNOLOGIA - APOSTILA CONTEÚDO COMPLETO

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IMUNOLOGIA VETERINÁRIA 
 
 
4° PERÍODO 
MONITORIA DE IMUNOLOGIA VETERINÁRIA 
RAFAELLY SIVA LIMA 
MEDICINA VETERINÁRIA | Universidade Federal de Alagoas – Unidade Viçosa 
Prof.ª Karla Patrícia Chaves da Silva 
1 
 
INTRODUÇÃO À IMUNOLOGIA 
 
 O sistema imunológico é o sistema de defesa do corpo contra os agentes invasores, ou seja, antígenos; 
 O principal órgão de defesa é a pele; 
 Agentes invasores podem ser qualquer coisa que não faz parte do organismo naturalmente, ou seja, 
não-próprio, estranho... 
 O fundamento do sistema imunológico é a diferenciação do que é próprio e do que é não-próprio; 
 Todas as células de um mesmo organismo possuem a mesma carga genética, ou seja, o mesmo 
COMPLEXO DE HISTOCOMPATIBILIDADE PRINCIPAL, e é isso que permite que as células do SI não 
destruam as células próprias do corpo, essas células são fabricadas para reconhecer o não próprio; 
 O “controle de qualidade” do corpo é muito rigoroso (principalmente em relação ao linfócitos) tudo 
que vai para a corrente sanguínea vai em perfeito estado. 
 
DIFERENÇAS ENTRE ANTÍGENOS E IMUNÓGENOS: 
 ANTÍGENO: qualquer agente não-próprio que esteja no organismo. Se relaciona apena com a 
imunidade inata. Qualquer agente no qual as células da imunidade inata possam se ligar e gerar uma 
resposta pode ser chamado de antígeno. 
 IMUNÓGENO = é um antígeno que tem a capacidade de ativar a imunidade adquirida ou seja, eles tem 
a capacidade de ativar uma resposta imunológica de memória. Para que um antígeno possa ser 
considerado um imunógeno ele precisa possuir algumas características, são elas: 
 Estranho ao organismo; 
 Complexidade química; 
 Capacidade de ser degradado (por isso a maioria são proteínas) 
 Infeccioso 
 
 
TIPOS DE RESPOSTAS: 
 
 IMUNIDADE INATA: é a imunidade natural, que funciona através de resposta imunológica inespecífica; 
o RESPOSTA IMUNOLÓGICA INESPECÍFICA: é a resposta do organismo contra antígenos, ela não 
seleciona o agente invasor antes de destruir. Funciona como soldados atuando em uma frente 
de batalha, vão atacando o que vai aparecendo, não vai até a “raiz” do problema. Fazem apenas 
a defesa rotineira do corpo e controlam as infecções. Os neutrófilos são os fagócitos que atuam 
com essa resposta. TODA A PROGENITORA MIELÓIDE ATUA COM ESSA RESPOSTA INESPECÍFICA. 
 IMUNIDADE ADQUIRIDA/ ESPECÍFICA: é a imunidade efetuada por linfócitos, que só é acionada ao 
encontrar imunógenos. Ou seja, quando a imunidade inata não dá conta, a imunidade adquirida entra 
em ação! 
 
2 
 
ORIGEM DA CÉLULAS DE DEFESA 
Todas as células do sistema imunológico partem de uma célula pluripotencial denominada célula-tronco. A 
diferenciação das células-tronco se dá a partir da geração de duas progenitoras importantes: progenitora 
linfoide e progenitora mielóide. 
 
 
NEUTRÓFILO: é o fagócito que está presente na circulação e atua nas fases iniciais da infecção. Está 
presente de forma abundante na circulação e possui capacidade de chegar rapidamente ao local da 
infecção. Integra o SISTEMA POLIMORFONUCLEAR FAGOCÍTICO. Atua dentro do sangue. 
MACRÓFAGO: é o fagócito que está presente nos tecidos e integra o SISTEMA MONUNUCLEAR 
FAGOCÍTICO. Sua principal função é fagocitar e destruir microrganismos porém pode atuar, entre outras 
coisas, na digestão de células mortas, na produção de citocinas que fazem o recrutamento de mais 
3 
 
monócitos, e também estimulando o reparo tecidual. Possui uma forma antecessora, presente na 
circulação, denominada Monócito. 
EOSINÓFILO, MASTÓCITO E BASÓFILO: São células adicionais com ação granulocítica. Eosinófilo-> presente 
nos tratos respiratório, intestinal e geniturinário, atua principalmente no combate à parasitas, podendo 
estar envolvido em reações alérgicas. Mastócito e Basófilo-> encontradas espalhadas por todo o corpo, 
podem estar envolvidas em várias reações alérgicas. 
NATURAL KILLER (NK): é um citotóxico que faz parte da imunidade inata, sua função é identificar células 
infectada e induzi-las à apoptose. 
CÉLULAS DENDRÍTICAS: são células com capacidade fagocítica consideradas as principais células 
apresentadoras de antígeno, presente nos tecidos epiteliais, linfóides e em parênquima de órgãos. 
LINFÓCITO T: possui duas subpopulações, 
Linfócito Tcd4+-> auxiliar. Atua no recrutamento de linfócito Tcd8+ e na ativação de Linfócito B; 
Linfócito Tcd8+-> citotóxico. Atua destruindo células infectadas na circulação. 
LINFÓCITO B: possuem capacidade de produzir anticorpos quando são ativadas e diferenciadas em 
plasmócito. 
 
 
4 
 
SISTEMA LINFÓIDE 
O sistema linfóide compõe a defesa específica e tem como função PRODUZIR, MATURAR, DIFERENCIAR, 
ARMAZENAR E ACIONAR os linfócitos T e B; 
 
 ÓRGÃOS LINFÁTICOS PRIMÁRIOS: são compostos por timo e a medula óssea (nas aves a medula óssea 
é substituída pela Burça de Fabricius). Função: produção, maturação e diferenciação dos linfócitos. 
 
 ÓRGÃOS LINFÁTICOS SECUNDÁRIOS/PERIFÉRICOS: são órgãos espalhados pelo por todo o corpo, são 
eles: linfonodos, baço, fígado, tonsilas e placas de payer. Função: armazenar e servir como sítio de 
ativação (acionar). 
Os linfócitos encontrados nos órgão linfáticos secundários já se encontram maduros, porém, ainda não 
possuem especificidade. Só desenvolvem essa especificidade ao encontra um imunógeno. Ou seja, estes 
linfócitos estão maduros, porém ainda estão desativados. 
 
 
COMO FUNCIONA O SÍTIO DE ATIVAÇÃO 
 
5 
 
ANTICORPO: é uma substancia de natureza proteica que é sintetizada pelo plasmócito. NÃO é uma célula. 
Faz parte da imunidade adquirida e está presente no humor aquoso. 
RESPOSTA HUMORAL: diz respeito ao anticorpo. 
LINFÓCITOS EFETORES: são aqueles que não estão desativados, ou seja, já passaram pelo sítio de ativação 
e estão desempenhando a sua função. Já foram acionados. 
 
 Todas as células, ao serem infectadas, passam a apresentar receptores para o antígeno que a 
infectou, ou seja, ficam “sujas” com ente antígeno; 
 Então as células de defesa da imunidade inata vão de encontro aos linfócitos sujas com esse 
antígeno, ou seja, com uma pequena parte desse antígeno presa há uma molécula apresentadora 
presente em sua superfície. 
 Os linfócitos NÃO possuem receptores para o antígeno, mas sim para a molécula apresentadora 
contida na célula da imunidade inata. Depois de se ligar a esta molécula apresentadora o linfócito 
“estuda” o antígeno. 
 
IMUNIDADE PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA 
 IMUNIDADE PRIMÁRIA: é o primeiro contato com o agente infeccioso. Após a resposta contra o agente 
infeccioso, parte dos LINFÓCITOS B permanecem na circulação, e os LINFÓCITOS T CD4+ (que estavam 
nos órgãos linfático) também descem, esses linfócitos presentes na circulação passam a ser chamados 
de células de memória. No caso de um segundo contato com o mesmo agente infeccioso (imunidade 
secundária) a resposta será mais rápida, intensa e eficaz pois “pula” a etapa do reconhecimento (que é 
a parte mais demorada). Isso explica o motivo de, muitas vezes, a segunda infecção ser imperceptível. 
 
 IMUNIDADE SECUNDÁRIA: acontece quando ocorre o segundo contato com o agente infeccioso. 
 
 
 As células de memória são compostas apenas pelos linfócitos T CD4+ e pelos linfócitos B. NÃO 
tem linfócito T CD8+; 
 Quanto mais intensa for a infecção, mais intensas são as células de memória; 
 O objetivo de toda vacinação é o de desenvolver a imunidade primária. 
 
 
REATIVIDADE IMUNOLÓGICA CRUZADA 
A resposta imunológica contra um único agente infeccioso é POLICLONAL, ou seja, resulta da ação 
de diferentes clones das células de defesa contra os diferentes epítopos desse agente.Ex.: o 
anticorpo desenvolvido contra um agente X pode agir também contra um agente Y (isso acontece 
se eles possuírem epítopos iguais em sua superfície), ou seja, uma única resposta imunológica pode 
ser eficaz contra mais de um agente infeccioso. Esse princípio é usado na concepção de muitas 
vacinas. 
 
6 
 
CITOCINAS 
 
As citocinas são substancias excretadas pelas células de defesa, capazes de regular o seu próprio 
metabolismo ou a atividade de outras células. Qualquer célula de defesa é capaz de produzir citocinas, 
porém, o LINFÓCITO T CD4+ tem maior potencial. 
 As citocinas tem como função: mediar e regular as imunidades inata e adquirida e servir como fator de 
ativação da hematopoiese; 
 São as citocinas amadurecem as células de defesa, ela funcionam como ativadores, cada combinação 
de citocinas tem uma função diferente. 
 
 
ETIOLOGIA DAS CITOCINAS 
Natureza: protéica; 
Função: - autócrina (atua na própria célula); 
 - parácrina (atua em uma célula próxima); 
 -endócrina (efeito sistêmico) 
 
 
TIPOS DE CITOCINAS 
 INTERLEUCINAS (IL): não possuem função específica, pode atuar de diferentes formas, de acordo com 
a finalidade para qual está sendo sintetizada; 
 FATOR DE NECROSE TUMORAL (TNF): regula a imunidade, crescimento celular e etc... 
 INTÉRFERON (IFN): prepara a célula próximo a ela para a infecção. É produzida por uma célula de 
defesa infectada e possui ação parácrina. 
 FATOR DE CRESCIMENTO: possibilita a maturação e diferenciação das células de defesa; 
 QUIMIOCINAS/QUIMIOTAXIA: funciona como um sinalizador, possibilitando o deslocamento da célula 
de defesa para o local da infecção. 
 
 
 
REGULAÇÃO DAS ATIVIDADES IMUNOLÓGICAS 
 
As citocinas podem interagir entre elas, com diferentes efeitos: 
 
ANTAGÔNICO: uma citocina inibe o efeito da outra; 
REDUNDANTE: efeitos somados potencializando o efeito final. 
 
7 
 
COMPLEXO DE HISTOCOMPATIBILIDADE PRINCIPAL (MHC) 
 
 MHC-1 : Uma única molécula dividida em três domínios, com uma molécula estabilizadora ligada a 
ela ( beta microglobulina). Possui fenda de ligação com o peptídeo fechada (comporta apenas peptídeo 
menores). 
 
 
 MHC-2: é uma molécula dividida em duas cadeias (alfa e beta) e cada cadeia subdivide-se em dois 
domínios (alfa 1 e 2, beta 1 e 2). as cadeias são ligadas por uma ponte dissulfídica. Possui fenda de 
ligação com o Peptídeo aberta (suportando de 12 à 20 resíduos de aminoácidos). 
 
 
 
 
PARES CO–ESTIMULATÓRIOS E DE ADESÃO: são proteínas de membrana, presente nos linfócitos, que 
funcionam como receptores complementares, aumentando a ligação entre o linfócito e o MHC. 
8 
 
PROCESSAMENTO E APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS 
 
RESPOSTA DO TIPO EXTRACELULAR – ANTÍGENO EXÓGENO (MHC-2) 
Fagócito captura o antígeno -> forma a vesícula ácida, onde os lisossomos o degradam à peptídeo -> ao 
mesmo tempo, o gene MHC-2 é expresso no DNA do fagócito -> a molécula de MHC-2 é sintetizada no 
retículo endoplasmático rugoso -> essa molécula de MHC-2 é transportada para a vesícula ácida, pelo 
complexo de Golgi -> ao chegar na vesícula ácida ela se “encaixa” com o peptídeo do antígeno -> 
novamente o complexo de Golgi transporta essa molécula (agora já ligada) só que dessa vez em direção à 
superfície do fagócito. 
 
 
 
RESPOSTA DO TIPO INTRACELULAR – ANTÍGENO ENDÓGENO (MHC-1) 
Antígeno infecta célula -> proteossoma o degrada à peptídeo -> ao mesmo tempo o gene MHC-1 é 
expresso no DNA da célula -> a molécula de MHC-1 é sintetizada no retículo endoplasmático rugoso -> os 
peptídeos degradados pelo proteossoma são transportados até o RER através de vesículas transportadoras 
-> no RER o peptídeo se liga à molécula de MHC-1 -> são transportados para a superfície através do 
complexo de Golgi. 
 
 
9 
 
BIOLOGIA E ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS 
 
ATIVAÇAO DE LINFÓCITOS T 
O linfócito não diferenciado (inativo) é chamado de TH0. Dependendo da natureza do antígeno ele pode se 
diferenciar em: 
 
 TH1: bactérias e vírus; 
 TH2: parasitas e alergias. 
 
Essa diferenciação é feita através de alguns grupos de citocinas que, além de fazerem essa diferenciação, também 
atuam com efeito parácrino em outras células, são elas: 
 
 
VIAS DE MORTE – LINFÓCITO T CD8+ 
 
Na atuação do Linfócito T CD8+ a célula apresentadora de antígeno torna-se célula-alvo, ou seja, o 
Linfócito T CD+ destrói essa célula. Para que isso ocorra podem haver duas vias de morte. 
 
1ª VIA DE MORTE: 
 
 
 FENÓTIPOS DE 
LTCD4+ 
10 
 
2ª VIA DE MORTE: 
 
 
 
BIOLOGIA DOS LINFÓCITOS B 
 
O amadurecimento (maturação) dos Linfócitos B se dá em três fases: 
 
 FASE 1 (PRÓ-B)-> na medula óssea a progenitora linfóide dá origem a uma célula (que dará origem 
ao Linfócito B) chamada PRÓ-B e nela desenvolve-se uma proteína chamada IGM TRANSITÓRIA DE 
MEMBRANA possuindo uma cadeia leve e uma cadeia pesada ainda transitórias; 
 
 FASE 2 (PRÉ-B imatura)-> as cadeias se desenvolvem, tornam-se definitivas e a célula passa a se 
chamar PRÉ-B imatura. 
 
 FASE 3 (BCR)-> desenvolve-se outras proteínas de membrana, denominadas IGα e IGβ. Essas três 
proteínas juntas (IGM, IGα e IGβ) dão origem ao BCR - receptor de células B, onde: 
 IGM: ativa o Linfócito B; 
 IGα e IGβ: intensificam a ativação, funcionam com transdutoras de sinal. 
 
 
 
 
Essa via de morte assemelha-
se a um botão que estimula a 
apoptose da célula-alvo, onde 
FAZ seria a chave e L-FAS seria 
a fechadura. 
 
11 
 
 
ATIVAÇÃO DE CÉLULA B 
 
A ativação do Linfócito B necessita de 2 estímulos: 
 1º ESTÍMULO: estímulo do BCR atravez do aontígeno; 
 2º ESTÍMULO: estímulo feitos atravez da citocinas do Linfócito T CD4+. 
 
Somente a partir desses dois estímulos, os Linfócitos B se diferencia em BLASTÓCITOS, uma parte desses 
blastócitos se diferencia em PLASMÓCITOS (que irá sintetizar e excretar anticorpos) e outra parte se prolifera 
em CÉLULAS B DE MEMÓRIA (que ficam prontas para o caso de outras infecções). O plasmócito é a forma 
efetora. 
 
 
 
12 
 
ANTICORPOS 
 
 
FUNÇÃO DO ANTICORPO: imobiliza agentes microbianos e auxilia na sua eliminação. 
O anticorpo NÃO destrói agentes, ele apenas imobiliza, ou seja, se liga eles evitando que se proliferem para 
outros lugares, e também auxilia na sua eliminação pois sinalizam para proteínas do sistema complemento. 
 
PLASMÓCITO: é a forma efetora do linfócito B que sintetiza e excreta anticorpos. 
 
 
 
MORFOLOGIA FUNCIONAL DO ANTICORPO 
 
O anticorpo tem uma estrutura com duas cadeias leves e duas cadeias pesadas ligadas por pontes 
dissulfeto, onde ocorre dois tipos de ligação: 
 Ligação intracadeias = liga as duas cadeias pesadas; 
 Ligação intercadeias = liga uma cadeia leve à uma cadeia pesada. 
Cada cadeia possui uma REGIÃO CONSTANTE (que sempre vai ser igual em todas as classes de anticorpos) 
e uma REGIÃO VARIÁVEL (que é complementar ao antígeno, ou seja, é a região de ligação com o 
antígeno). 
 
 
 
A região variável (que é a região de ligação com o antígeno) é subdividida em três sub-regiões 
denominadas CD – determinantes de complementariedade, nomeadas em CD1, CD2 e CD3. 
 
 
 
São esses “CDs” que 
mudam de acordo com a 
classe e com o antígeno. 
13 
 
Se dividirmos o anticorpo em duas partes é possível visualizar duas regiões, denominadas Fab e Fc: 
 
 
 
 FAB: região de ligação com o antígeno; 
 FC: (fragmento cristalizado) responsável pelas atividades biológicas. É essa região 
quem sinaliza para os fagócitos. 
 
 
14CLASSES DE ANTICORPOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IgM -> é a primeira a ser secretada durante a infecção, ao entrar em 
contato com o antígeno, quando ela sai do plasmócito sai ligada à outras 4 
iguais a ela, formando uma estrutura de formato pentâmero, com 10 sítios 
de ligação com antígenos. Como ela não possui especificidade, ela funciona 
com uma “vassoura” que vai varrendo os antígenos na fase aguda da 
infecção. 
 
 
 
 
 IgG -> é a segunda a ser secretada pelo plasmócito, já na fase 
crônica da infecção. Possui alta afinidade com o antígeno (pois seu 
CDs são altamente específicos, maduros e refinados...). Sai sozinho 
do plasmócito, ou seja, possui forma de monômero com 2 sítios de 
ligação com o antígeno. 
 
 
 
 
 IgA -> é o anticorpo das mucosas e glândulas secretórias, ou seja, 
só vai ser sintetizado se o plasmócito estiver lá. Tem a forma de dímero, 
ou seja, sai do plasmócito em dupla, com 4 sítios de ligação com o 
antígeno. 
 
 
 
 
 IgE -> é o anticorpo excretado em casos de infecções 
parasitárias e alergias. É um monômero, ou seja, sai sozinho 
do plasmócito e possui 2 sítios de ligação com o antígeno. No 
processo de alergia ele se liga aos mastócitos, fazendo com 
que esses se degranulem (liberem os grânulos de histamina) 
contra o alérgeno ou parasita. 
 
IgM existem dois tipos de imunoglobulinas nessa classe: IgM de membrana (encontrada no 
BCR) e IgM secretória (secretada pelo plasmócito). Atua na fase aguda de infecções por 
bactérias, vírus e etc... 
IgG é uma espécie de “IgM mais maduro” por isso possui mais afinidade. Atua na fase crônica 
de infecções por bactérias, vírus e etc... 
IgE atua em casos de parasitas e alergias. 
IgA encontrada em mucosas e glândulas secretórias. 
15 
 
SISTEMA COMPLEMENTO 
 
O sistema complemento é formado por proteínas com ação enzimática que são ativadas na superfície do 
antígeno e que são denominadas pela sigla C e por um número, exemplo: C1, C2, C3... Existem ainda duas 
proteínas desse sistema que não são nomeadas assim, são elas: Fator B e Fator D. Esse sistema funciona 
como uma cascata onde uma ação desencadeia outra. 
As proteínas que compõem o sistema complemento ficam dispersas na circulação. Os anticorpos NÃO as 
produzem, eles apenas as atraem até a membrana do antígeno. 
CAM = complexo de ataque à membrana. É um canal formado pelo sistema complemento e que é capaz 
de causar a lise do antígeno. 
IMUNOCOMPLEXO: rede de anticorpos ligados ao antígeno. 
 
CASCATAS DE COMPLEMENTO – VIAS DE AÇÃO 
 
 
*VIA CLÁSSICA* 
 
C1 se liga à região Fc do anticorpo (C1q: se liga à Fc, C1r: cliva e ativa C1s, C1s: cliva C4) C1 
cliva C4 gerando C4b  C2 se liga à C4b  C2 é clivado e a porção C2a fica, formando C4b2a 
 C4b2a é a C3-convertase da via clássica  C3–convertase cliva C3  C3b se liga a C4b2a, 
formando C4b2a3b  C2b2a3b é a C5–convertase  C5–convertase cliva C5  C5b se liga à 
C6, C7, C8 e C9  formando o MAC 
 
 
 
*VIA ALTERNATIVA* 
 
C3 é clivado espontaneamente  C3a vai para o sangue e C3b fica  Fator D cliva o Fator 
B  Ba sai e Bb fica  C3b se junta a Bb formando C3bBb  C3Bb é uma C3-convertase, 
ou seja, cliva mais C3  C3a sai e C3b fica, juntando-se à C3-convertase e formando 
C3aBb3b  C3aBb3b é a C5-convertase  C5-convertase se cliva C5  C5a sai e C5b fica 
 C5b atrai C6, C7, C8 e C9  formando o MAC. 
 
 
IMUNIDADE 
ADQUIRIDA 
(Depende de anticorpos) 
 IMUNIDADE INATA 
(Não depende de anticorpo) 
16 
 
*VIA DAS LECTINAS* 
 
O MBL se liga à MANOSE presente na superfície do antígeno  MBL ativa MASP-1 e MASP-2  esses 
clivam C4 e C2, formando C4b2b  C4b2b é a C3-convertase, ou seja, cliva C3  C3a sai e C3b se junta à 
C3-convertase, formando C4b2b3b  C4b2b3b é a C5-convertase, ou seja, cliva C5  C5a sai e C5b fica  
C5b atrai C6, C7, C8 e C9  formando o MAC. 
 
 
 
 
RESUMO: 
VIAS C3-CONVERTASE C5-CONVERTASE RESUMO 
VIA CLÁSSICA C4b2b C4b2b3b 
C1  C4 e C5  C4b2b  C3  C4b2b3b 
 C5  C5b + C6, C7, C8 e C9 = MAC 
VIA 
ALTERNATIVA 
C3bBb C3bBb3b 
C3  C3b  Fator D  Fator B  Bb 
 C3bBb  C3  C3b  C3bBb3b  C5 
 C5b + C6, C7, C8 e C9 = MAC 
VIA LECTINA C4b2b C4b2b3b 
MANOSE + MBL  MASP-1 e MASP-2  
C4 e C2  C4b2b  C3  C3b  
C4b2b3b  C5  C5b  C5b + C6, C7, C8 
e C9 = MAC 
 
 
 
IMUNIDADE INATA 
17 
 
IMUNIZAÇÃO 
 
 Na imunidade passiva natural (materno/fetal) os anticorpos doados pela mãe duram de 21 à 40 dia 
na circulação. Essa doação pode ocorrer via colostro e/ou via placenta; 
 Soro antiofídico, soro antirrábico e etc... São exemplos de terapias envolvendo a imunidade passiva 
artificial; 
 A quantidade de anticorpos na circulação vai acabando conforme os plasmócito vão morrendo; 
 Não existem células de memória de Linfócito Tcd8+, somente de Linfócitos Tcd4+ e de Linfócitos B; 
 Na imunidade secundária não há o processamento e apresentação de antígenos; 
 Os anticorpos circulantes no corpo de um animal são do tipo policlonal, ou seja, são produzidos por 
diferente tipos de plasmócito para diferentes tipos de determinantes antigênicos; 
 A chave da resposta imunológica adquirida é o LTcd4+; 
 Se, dentro do corpo do animal, o antígeno sofrer mutação ou recombinação gênica e a nova cepa 
formada não fazer reatividade imunológica cruzada com a forma antiga, o animal torna-se 
susceptível outra vez... o nome disso é Regudização; 
 Anticorpos são gerados entre 15 à 21 dias após a infecção; 
 ADJUVANTES: substâncias que podem vir acompanhadas das vacinas e que ajudam a potencializar o 
seu efeito. Exemplo: adjuvante lipídicos (vacinas oleosas) -> fazem com que a vacina seja liberada 
lentamente além de ajudar a causar uma pequena lesão na área (que vai chamar a atenção do 
sistema imunológico). 
 
TIPOS DE VACINAS 
Classificação das vacinas de acordo com a natureza do antígeno: 
BACTERIANA Podendo ser ATENUADA ou INATIVADA 
VIRAL Podendo ser ATENUADA ou INATIVADA 
 
 Classificação de acordo com a quantidade de agentes: 
MONOVALENTE Quando possui apenas um agente. 
POLIVALENTE Diferentes cepas de um único agente. 
MISTA Vários agentes, de várias doenças. 
 
18 
 
 
De acordo com o tratamento do antígeno utilizado para a fabricação da vacina, essas podem ser 
classificadas como: 
TIPO DEFINIÇÃO VANTAGEM DESVANTAGEM 
ATENUADAS Quando a patogenicidade do 
antígeno utilizado é apenas 
reduzida, permanecendo a 
capacidade de causar infecção. 
A resposta é intensa e 
duradoura. 
 
A segurança é reduzida 
pois podem retomas a 
patogenicidade. 
INATIVADAS Patogenicidade é totalmente 
anulada. 
Alta segurança. Resposta imunológica 
moderada e mais curta. 
 
 
MÉTODOS DE ATENUAÇÃO E INATIVAÇÃO 
 
 MÉTODOS FÍSICOS E QUÍMICOS: utiliza-se de métodos físicos ou químicos para atenuação do agente. 
Exemplo: calor (autoclave), fenol, formol e etc...; 
 
 ATENUAÇÃO BIOLÓGICA: utiliza-se de métodos biológicos para atenuação do agente. Exemplo: várias 
passagens em ovos embrionados; 
 
 MÉTODOS MICROBIOLÓGICOS: passa-se o antígeno em vários meios de cultura, até perder o 
plasmídeo; 
 
 ANTÍGENOS NATURALMENTE ATENUADOS: utiliza-se um agente que seja naturalmente atenuadao, na 
espécie que será vacinada, mas que faça reatividade imunológica cruzada com o agente para qual se 
deseje ser imunizado, ou seja, confecciona-se a vacina com um agente que não é capaz decausar 
doença naquela espécie mas que compartilhem dos mesmos determinantes antigênicos; 
 
 MÉTODOS MOLECULARES: o princípio desses métodos é encontrar no antígeno um gene que seja 
expresso emTODAS as infecções que ele cause e que esteja presente em todas as suas cepas. Depois 
de encontrar esse gene, pode-se se proceder através de duas vias: 
 
o DNA RECOMBINANTE: o gene é produzido artificialmente e depois é inoculado em uma célula 
do corpo do animal a ser imunizado (que irá servir como célula receptora). Essa célula irá 
realizar todo o processamento e apresentação desse antígeno e assim desencadear a resposta 
imunológica para conferir imunidade em uma futura infecção; 
 
o VETORES VIRAIS VIVOS: depois de encontrar o gene ele é inoculado em um bacteriófago e este é 
inoculado no organismo do animal a ser imunizado. Dentro do organismo ele ataca o antígeno 
que apresente o tal gene, ou seja, o bacteriófago é “treinado” para combater o antígeno. 
 
-Observação: a vantagem de se utilizar os métodos moleculares é a segurança e a desvantagem é o preço. 
 
 
19 
 
 
HIPERSENSIBILIDADES 
 
 
Hipersensibilidade é uma reação exacerbada do sistema imunológico que acaba culminando em algum tipo 
de dano ao organismo; 
 As hipersensibilidades são conhecidas popularmente como alergias; 
 Existem quatro tipos de hipersensibilidade e todas elas se dão em três fases: sensibilização, ativação e 
fase efetora. 
 
OBSERVAÇÃO: ao se tratar de hipersensibilidades, tudo o que for classificado como antígeno passam a ser 
chamado de alérgeno. 
 
 
TIPOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 1 
(ANAFILÁTICA) 
Clássica. Mediada por IgE. Tempo de resposta: 2 à 3 minutos. 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 2 
(CITOTÓXICA) 
Mediada por anticorpos (IgM e IgG) que ativam o sistema complemento. 
Tempo de resposta: 5 à 8 horas. 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 3 
(MEDIADA PELOS COMPLEXOS 
IMUNES) 
Mediada por IgG, IgM, complexos imunes e fagócitos (ags solúveis). 
Tempo de resposta: 2 à 8 horas. 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 4 
(CELULAR OU TARDIA) 
É o único tipo de hipersensibilidade mediada por células, os Linfócitos T. 
Tempo de resposta: 24 à 72 horas. 
 
 
 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I 
 
 
SENSIBILIZAÇÃO ATIVAÇÃO FASE EFETORA 
Acontece quando há o primeiro 
contato com alérgeno. Ocorre 
todo o processo de 
processamento e apresentação 
desse alérgeno (como se fosse 
um antígeno), dando origem à 
um mastócito armado com IgE, 
ou seja, um mastócito com IgE 
ligado a ele. 
Acontece quando há o segundo 
contato com o alérgeno. Esse 
alérgeno se liga ao IgE presente 
na superfície do mastócito 
armado e o estimula a fazer a 
próxima fase (efetora). 
Fase de degranulação. Mastócito 
se degranula, liberando os 
grânulos de: Histamina 
(principal), Leucotrieno e 
Tromboxano, que atuam 
causando: vasodilatação, edema 
e hemorragia. 
 
 
 
20 
 
Exemplo: Ac se ligam à célula causando opsonização. 
À Exemplo: Ac se ligando à receptores hormonais do próprio organismo. 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO II 
 
 
É a hipersensibilidade mediada por anticorpos (IgM e IgG) que causam inúmeras reações, entre elas, a 
ativação do sistema complemento. A causa desse tipo de reação é idiopática e, devido a isso, não há como 
saber o momento em que ocorreu a sensibilização (primeiro contato com o alérgeno). 
Os anticorpos envolvidos nesse tipo de reação podem ser anticorpos auto reativos (que reagem ao 
próprio) ou então anticorpos normais (que reagem a antígenos) mas que por alguma razão também 
reagem ao próprio. Esses anticorpos podem fazer interação com: 
 Células 
 Tecidos 
 Receptores 
 Ou outros... 
Observação: o sintoma da hipersensibilidade vai variar de acordo com a interação que o anticorpo fizer. 
 
EXEMPLO DE ANTICORPO INTERAGINDO COM CÉLULAS: 
Anticorpo reage a uma célula própria -> provoca a ativação da cascata do complemento -> e também 
sinaliza para os fagócitos (opsonina) -> isso vai acarretar a destruição da célula, causando inflamação e 
lesão tecidual. 
 
EXEMPLO PRÁTICO 1: 
Uma mulher com RH negativo gestando um feto com RH positivo. Em dado momento da gestação o 
sistema imune estranha o sangue do feto e gera uma resposta contra ele, porém, na primeira gestação é 
muito difícil que essa reação consiga causar danos a esse feto. Em uma segunda gestação de um feto com 
RH também positivo, onde a mulher já possui anticorpos, pode ocorrer: 
- Eritoblastose: destruição de eritrócito -> aborto; 
-Anemia hemolítica: após o nascimento (caso consiga nascer) 
 
EXEMPLO PRÁTICO 2: 
No Hipertireoidismo, anticorpos se ligam a receptores de TSH e estimulam esse receptor (mesmo sem 
ligante), provocando a secreção exagerada do hormônio TSH. Ou então pode ocorrer o contrário, ou seja, 
os anticorpos inibindo esses receptores. 
 
21 
 
HIPESENSIBILIDADE TIPO III 
 
É desencadeada por imunocomplexos (anticorpos ligado a antígenos) que são dirigidos que são dirigidos a 
antígenos solúveis, onde esse se depositam nos tecidos causando danos geralmente sistêmicos. 
Os imunocomplexos são formados normalmente pelo organismo, sem que isso seja um problema, o 
problema se dá quando esse são formados de maneira excessiva (ou não são removidos) e acabam se 
depositando em algum local. Essa deposição pode ocorrer tanto em tecido quanto na circulação, e causa 
patologias diferentes de acordo com o local afetado. 
 Os principais imunocomplexos que mediam esse tipo de hipersensibilidade são IgM e IgG. 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Formação de imunocomplexos (anticorpos se ligam à antígenos) -> imunocomplexos se depositam -> 
recrutamento de leucócitos (macrófago ou monócitos e neutrófilos) e ativação do sistema complemento -> 
liberação de enzimas pelos neutrófilos, ação dos fagócitos... (regulação inflamatória) -> lesão tecidual e 
quimiotaxia* -> dano! 
*QUIMIOTAXIA: migração de células. 
 
 Os principais tecidos afetados são: sinóvias, glomérulos, pequenas artérias, endocárdio das válvulas 
cardíacas e capilares cerebrais. 
 Exemplo de doenças: nefrite, artrite, glomerolonefrite, vasculite, lúpus; 
 
______________________________________________________________________________ 
 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV 
 
 É encontrada em muitas reações infeciosa, na dermatite de contato (resultante da sensibilidade a 
determinadas substancias químicas simples) e na rejeição de tecidos transplantados; 
 É a única hipersensibilidade mediada por células; 
 Também chamada de hipersensibilidade celular ou tardia. 
 
EXEMPLO DE MECANISMO DE AÇÃO: 
Ocorre quando o agente invasor continua se reproduzindo mesmo dentro do fagócito, o que faz com que 
mais e mais antígenos sejam processados e apresentados e mais e mais Linfócitos Tcd4+ sejam ligados a 
ele... Esses LTcd4+ ficam ali, e vão aumentando de tamanho (até tornarem-se epitelióides), depois eles se 
fundem tornando-se Gigantócitos de Langehans. Dentro desses gigantócitos acaba sendo formada uma 
necrose gasosa e o organismo, como última resposta, forma fibrinogênio em volta da lesão... dando origem 
ao granuloma. Todo esse processo ocorre porque a estimulação antigênica não cessa. 
 
22 
 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
 
A tolerância imunológica é o processo pelo qual o sistema imunológico não ataca o antígeno. Existem 
vários mecanismos que permitem a tolerância imunológica do organismo: 
 DELEÇÃO: quando a célula auto-reativa (que reage ao próprio) é destruída; 
 ANERGIA: quando a célula auto-reativa é inativada; 
 ABORTO CLONAL: deleção do Linfócito B; 
 SELEÇÃO NEGATIVA: deleção ou anergia do Linfócito T; 
 ANIMAL HIPERÉGICO: pico da resposta imunológica; 
 ANIMAL NORMÉGICO: resposta imunológica constante; 
 ANIMAL ANÉRGICO: baixa resposta imunológica; 
 TOLÉRÓGENO: antígenos próprios que desencadeiam a auto tolerância. 
Observação: Umavez que as células do sistema imunológico são programadas para tolerar um grupo de 
célula, elas tornam-se especificamente tolerante somente aquele grupo. 
 
 
TOLERÂNCIA CENTRAL 
 
Ocorre no órgão linfóide primário e consiste na destruição ou inativação de células B e células T auto 
reativas. 
MECANISMO DE AÇÃO: 
 
 
ÓRGÃO LINFÓIDE 
PRIMÁRIO 
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TOLERÂNCIA PERIFÉRICA 
 
É feita através de Células T Reguladoras, nos órgãos linfoides secundários. 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
 
 
ÓRGÃO LINFÓIDE 
SECUNDÁRIO

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