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Disciplina: Farmacologia. Docente: Profa. Dra. Elaine Virgínia Martins de Souza Figueiredo. Discentes: Ademir Ferreira; Beatriz Lúcio; Everton Camilo; Joseane Pastora; Maria Jovanna Pereira. QUINOLONAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS Campus – Arapiraca Bacharelado – Enfermagem Breve Histórico Início dos anos 60 – primeiras quinolonas foram usadas: ácido nalidíxico na prática clínica. Início dos anos 80 – acréscimo de um átomo de flúor no anel quinolônico: fluorquinolonas (CIPROFLOXACINA). aumento do espectro para bacilos Gram-negativos boa atividade contra alguns cocos Gram-positivos POUCA OU NENHUMA ação sobre Streptococcus spp., Enterococus spp. E anaeróbios Principal razão para o desenvolvimento das NOVAS QUINOLONAS (LEVOFLOXACINA, GATIFLOXACINA, MOXIFLOXACINA, GEMIFLOXACINA) Recentemente, foram descritas alterações nos níveis de glicemia com o uso das novas quinolonas (GATIFLOXACINA). ➢ Principalmente em idosos e diabéticos. ➢ Gatifloxacina: retirada de mercado. Classificação 1ª GERAÇÃO 2ª GERAÇÃO 3ª GERAÇÃO 4ª GERAÇÃO Ácido Nalidíxico Norfloxacina Levofloxacina Trovafloxacina Rosaxacina Lomefloxacina Gatifloxacina Cinafloxacina Ácido Pipemídico Perfloxacina Moxifloxacina Sitafloxacina Ofloxacina Gemifloxacina Ciprofloxacina Principais Fármacos Ácido NalidíxicoCiprofloxacina Principais Fármacos Norfloxacina Levofloxacina Principais Fármacos Gemifloxacina Trovafloxacina Principais Fármacos Moxifloxacina Mecanismo de Ação Inibem a atividade da enzima DNA girase ou topoisomerase II DNA ocupa grande espaço Molécula de DNA compacta e biologicamente ativa Extremidades livres Síntese descontrolada de RNAm e proteínas Morte das bactérias Mecanismo de Ação Inibem a atividade da enzima topoisomerase IV separa as moléculas-filhas de DNA interligadas Divisão celular Propriedades Farmacológicas Administrados por via oral; São bem absorvidas pelo TGI. Alimento não compromete a absorção pelo TGI, mas pode retardar o alcance das concentrações séricas máximas; Níveis séricos máximos de 1 a 3 horas; Alto volume de distribuição; Concentrações relacionadas com os níveis séricos: Urina, rins, pulmões, próstata, fezes, bile, macrófagos, neutrófilos; Líquido cefalorraquidiano, ossos, líquido prostático; Líquido ascítico (pefloxacino e ofloxacino). Propriedades Farmacológicas ATRAVESSA A PLACENTA! – LÍQUIDO AMNIÓTICO E CORDÃO UMBILICAL; Leite humano (ciprofloxacino, ofloxacino, pefloxacino); Norfloxacino: utilidade limitada no tratamento de infecções urinárias; Biodisponibilidade das fluoroquinolonas 50%. Meia-vida varia de 3 a 5 horas; Eliminação renal (MAIORIA); ATENÇÃO AOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL!!!! Metabolizados no fígado(EXCEÇÕES – Pefloxacino e Moxifloxacino; ATENÇÃO AOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA!!!! Propriedades Farmacológicas Nenhuma quinolonas é removida eficientemente por diálise peritoneal ou hemodiálise. Os aspectos farmacocinéticos são importantes para: Evitar seleção e disseminação de cepas resistentes; Mutação; Menor concentração do antibiótico. São agentes que dependem da concentração e do tempo: Resulta na erradicação bacteriana. Propriedades Farmacológicas QUINOLONAS Antimicrobiano Via de ADM Dose Adulto Intervalo (horas) Ácido Nalidíxico VO 1g 6 Nitrofurantoína VO 50 a 100 mg 6 a 8 Norfloxacina VO 400 mg 12 Ciprofloxacina VO 500 a 750 mg 12 IV 200 a 400 mg 8 a 12 Levofloxacina VO/IV 250 a 500 mg 24 Moxifloxacina VO/IV 400 mg 24 Gemifloxacina VO 320mg 24 ADM = administração; VO = v ia oral; IV = intravenoso; g = gramas; mg = miligramas. Indicações Terapêuticas A. Trato genito-urinário B. Trato gastrintestinal C. Trato respiratório D. Osteomielites E. Partes moles F. Ação contra micobactérias A. Para infecções urinárias não complicadas, como cistites em mulheres jovens, causadas por germes altamente sensíveis, as quinolonas são altamente efetivas. Indicações Terapêuticas B. Todos os patógenos bacterianos conhecidos como causadores de gastroenterites são suscetíveis às quinolonas, inclusive as salmoneloses. C. Para infecções de vias aéreas superiores como sinusites, onde a ciprofloxacina não é indicada, as novas quinolonas (levofloxacina, moxifloxacina e gemifloxacina), por sua ação contra cocos gram-positivos, principalmente pneumococos, são uma alternativa terapêutica, principalmente nas sinusites de repetição. D. Nas osteomielites, sobretudo nas crônicas, onde existe a necessidade de tempo prolongado de tratamento, as quinolonas são uma ótima opção, não só pela possibilidade do uso oral, mas pelo espectro de ação. Indicações Terapêuticas E. Outra indicação terapêutica das quinolonas refere-se às infecções de pele e de tecido celular subcutâneo complicadas, como é o caso de escaras infectadas, úlceras crônicas e infecções em pacientes diabéticos (pé-diabético); F. As quinolonas também apresentam boa atividade contra micobactérias, especialmente a ciprofoxacina, ofloxacina e levofloxacina. São ativas contra M. tuberculosis, M. fortuitum, M. kansasii, entretanto, apresentam pouca atividade contra M. aviumintracellulare. Entretanto, deve ser ressaltado que as quinolonas são menos efetivas que os agentes antituberculostáticos de primeira linha. Interações Medicamentosas A. Interações de risco a ser avaliado; B. Interações de risco. A. Interações de risco a ser avaliado: É recomendada monitoração dos efeitos terapêuticos adversos, podendo ser necessária alteração na posologia; Aceclofenaco-ácido mefenâmica-cetoprofeno-diclofenaco-dipirona-ibuprofeno- meloxicam-naproxeno-nimesulida-piroxican-tenoxicam; Pode ocorrer redução do limiar de convulsão; Interações Medicamentosas Betametasona-dexametazona-metilprednisolona-prednisona-predinisolona-triancinolons. Pode ocorrer aumento do risco de tendinite. Relato de ruptura de tendões; Glibencamida-glimepirida-metformina; Podem ocorrer alterações no controle da glicemia, podendo resultar em hipo ou hiperglicemia. Itraconazol; Pode ocorrer risco de taquicardia ventricular que pode ser manifestada por tontura, palpitação ou síncope. Interações Medicamentosas B. Interações de risco: A associação deve ser evitada, pois os riscos podem ser maior do que os benefícios. Clorpromazina-haloperidol Risco aumentado de cardiotoxicidade podendo ocorrer taquicardia ventricular que pode ser manifestada por tontura, palpitação, síncope e parada cardíaca. Varfarina Risco de sangramento. Mecanismos de Resistência Alteração na enzima DNA girase; Mutação cromossômica nos genes que são responsáveis pelas enzimas alvo; Alteração da permeabilidade à droga pela membrana celular bacteriana (porinas); Bomba de efluxo. Efeitos Adversos e Contraindicações Geralmente são bem tolerantes. TGI (3 a 17%); Náuseas, vômitos e desconforto abdominal. CIPROFLOXACINO: causa mais comum de colites; Contraindicado em gestantes e crianças. GATIFLOXACINO: associado a hipoglicemia em idosos. SNC; Cefaleia branda e tontura. Raros: alucinações, delírios e convulsões. Gaba e os AINE’s na presença de QUINOLONAS; Reações cutâneas; Tendão do calcâneo (+60 anos e tratados com corticoides); Efeitos Adversos e Contraindicações Raros casos de leucopenia e eosinofilia; ESPARFLOXACINO, GATIFLOXACINO e MOXIFLOXACINO: Prolongamento do intervalo QT. Utilizar com cautela: Tratados com arrítmicos. Efeitos Adversos e Contraindicações HILAL-DANDAN, R.; BRUNTON, L. L. Manual defarmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2. Ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. ANVISA, 2007. Antimicrobianos – Bases teóricas e uso clínico. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/ modulo1/quinilonas.htm>. Acesso em: 28 nov. 2017. ARAÚJO, Sérgio. Aula 32 – Inibidores da síntese de DNA parte II. Curso de Farmacologia, 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_GM297GSLjY>. Acesso em: 28 nov. 2017. Referências Bibliográficas Obrigado!
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