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GUIA DE ESTUDO AULA 02 CONTABILIDADE ATUARIAL

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CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
MÓDULO C – FASE II – 2015 – NÚCLEO ESPECÍFICO – 
GUIA DE ESTUDO – AULA 02 
DISCIPLINA: CONTABILIDADE ATUARIAL 
 Nesta aula iremos trabalhar a Conceitos básicos do seguro 
1.INTRODUÇÃO 
O seguro cobre uma grande variedade de riscos inerentes a todas 
as atividades humanas, desta forma, utiliza-se como qualquer 
outro ramo do saber de conceitos e terminologias próprias, devido 
sua ampliação de conceitos e do objetivo de seguros, para 
compreender este segmento faz necessário entender os conceitos 
básicos 
1.1 A profissão de Atuário 
O seguro é baseado no conceito de COMPARTILHAMENTO, ou 
divisão de riscos. Exemplo clássico – Os camelos dos comerciantes 
da Babilônia no século XIII a.C. 
Quem perdesse o camelo, por morte ou desaparecimento, na 
travessia do deserto em direção aos mercados vizinhos recebia 
outros pagos pelos demais criadores. 
• 1800 a.C. Babilônia – Código de Hamurabi. Previa que os 
navegadores deveriam associar-se para ressarcir aquele que 
perdesse seu navio em alguma tempestade. 
 
• Os Hebreus e os Fenícios praticavam o MUTUALISMO. É a 
formação de um grupo de pessoas com interesses em comum 
constituindo uma reserva econômica para dividir o risco de 
um acontecimento não previsto. 
 
A coletividade assumia a responsabilidade pela reparação na 
ocorrência de sinistros. Os fenícios para repor as 
embarcações nas travessias do Mar Mediterrâneo e do Mar Egeu. 
 
Os hebreus para repor os acidentes com os rebanhos dos pastores. 
• Na Idade Média o Papa Gregório IX proibiu o mutualismo por 
considerar uma heresia, um sacrilégio alguém tentar 
amenizar a vontade divina. 
• Somente Deus poderia amenizar os infortúnios e as 
desgraças do homem. 
SEGUROS NAUTICOS 
• Os navegadores passaram a pegar dinheiro emprestado nos 
bancos, que seria devolvido acrescido de elevados juros se a 
embarcação voltasse sem sofrer danos ou perdas. 
• Assim o SEGURO MARITIMO pode ser considerado como um 
dos mais antigos e a base para todas as demais formas de 
seguros. 
• O primeiro contrato de seguro marítimo com emissão de 
apólice foi redigido em Genova – Itália em 1347. 
• Os sistemas jurídicos da época consideravam o seguro como 
um “jogo” por isso sua regulamentação foi muito dificultada. 
• 1967 – Londres – um incêndio destrói 13 mil casas, igreja e a 
Catedral de Saint Paul e quase destrói a cidade. 
• 1684 – Londres - foi criado o seguro contra incêndio 
• 1690 – Foi criada a LLOYD`S – a maior e mais tradicional 
empresa de seguros do mundo 
O seguro marítimo foi uma das primeiras formas de seguro. 
• CURIOSIDADE, PESQUISA: O TITANIC tinha seguro? 
Vocês já ouviram falar de algum artista que tenha feito seguro se si 
mesmo ou alguma parte do seu corpo. 
 
• Brasil – 24/02/1808 – fundada a Cia de Seguros Boa Fé – 
Bahia – por ser um grande centro de navegação marítima da 
época. 
 
1.2 Conceitos 
Os principais conceitos relacionados com o seguro, e que serão 
discutidos a seguir são: 
Mutualismo Risco Segurador Segurado Premio 
Indenização Contrato Ramos Cosseguro Resseguro 
 
Antes de começarmos a abordar sobre os conceitos que estão 
relacionados com o seguro, vamos compreender o conceito de 
Seguro: 
É uma operação que toma forma jurídica de um contrato, em que 
uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado 
ou beneficiário) mediante o recebimento de uma importância 
previamente estipulada, a compensá-la por um prejuízo. 
 
1.2.1 Mutualismo 
 
A mutualidade e a forma de estabelecer a participação de cada um 
na responsabilidade consequentemente da realização do 
acontecimento previsto que atinge um elemento do grupo ( Freire 
apud Figueiredo, 2012). 
Nas palavras de Figueiredo, p.14,2012 “ O mutualismo e 
basicamente a divisão de um prejuízo entre um grupo de 
indivíduos, é um dos princípios fundamentos nos quais 
tecnicamente se baseia o seguro. 
Ainda nas palavras da referida autora, o seguro utiliza como 
mecanismo de redução de riscos a combinação de número 
 
suficiente de unidades de exposição a riscos semelhantes, a fim de 
tornar as perdas individuais previsíveis e repartidas 
proporcionalmente por todas as unidades que foram combinadas, a 
fim de torna-los mais suportáveis economicamente. 
 
1.2.2 Risco 
 
Risco e um componente inerente do ambiente que se vive. As 
pessoas são cercadas por inúmeros riscos, desde o seu nascimento 
até a morte, a maioria dos sobreviventes aprende a conviver com o 
risco e como se defender dele. (Figueiredo, 2012) 
 
1.2.2.1 Natureza do Risco 
Segundo Figueiredo (2014), o risco invade todos os aspectos da 
vida das pessoas e pode ser visto de muitas e diferentes 
perspectivas. Define-se aqui risco como uma situação em que as 
perdas são possíveis, embora existam vários outros aspectos que 
podem ser considerados numa definição de risco. Perda e 
entendida como a redução ou desaparecimento de valor. Definir 
perda em termos econômicos, entretanto, e por demais restritivos, 
pois implica que a perda deve ser medida ou pelo menos descrita, 
em termos de unidades econômicas como reais, dólares etc…. 
Algumas perdas não podem ser medidas em termos econômicos. 
Por exemplo, a morte do cachorrinho da família pode ser sentida 
como uma grande perda por alguns dos seus membros, mas não 
pode ser descrita em termos de valores. 
Conforme Figueiredo (2012), no ambiente securitário, a palavra 
risco tem mais de um significado, e algumas vezes ouvimos as 
pessoas usarem risco referindo-se a propriedade ou a pessoa que 
está exposta a perda. Frequentemente propriedades e pessoas 
seguradas são mencionadas como “o risco”, como também são 
comuns referências a bons riscos e maus riscos. 
 
 
 Tipos de Riscos 
O risco pode ser classificado como puro ou especulativo: ele afeta 
pessoas, propriedades e possibilidades de prejuízo. Um risco 
especulativo envolve possibilidades de perda ou ganho. Exemplo: 
Uma aposta de jogo. 
 
 
1.2.3 Segurador 
Segurador em seu conceito clássico, e aquele que assume a 
responsabilidade de determinada riscos mediante o 
pagamento antecipado de um premio estipulado (Santos 
apud Figueiredo, 2014. 
A principal obrigação do segurador e pagar, reparar ou indenizar o 
dano ou o prejuízo resultante da efetivação dos riscos assumido, 
conforme condições contratuais. 
Outra definição: 
Segurador – pessoa jurídica legalmente constituída para assumir e 
gerir os riscos especificados no contrato de seguro. 
 
No Brasil e na totalidade dos países, somente as empresas 
organizadas juridicamente para tal fim podem exercer o papel de 
segurador. 
O segurador individual praticamente desapareceu, e mesmo a 
figura do underwriter do Lloyd’s de Londres age quase sempre em 
conjunto e muito mais como cossegurador. (Figueiredo, 2014) 
A legislação vigente em nosso pais somente admite como forma 
jurídica de atuação na atividade de seguro a forma de sociedade 
Anônima, Sociedade Cooperativa para os seguros agrícolas e de 
saúde e previdência social para os seguros de acidente de trabalho. 
 
De acordo com a legislação brasileira Resolução CNSP no. 23, de 
17 de junho de 1992, as sociedades de seguros deverão ter um 
capital social subscrito (realizado de no mínimo de 50%), de 
acordo com as modalidades que operem. 
Uma outra, exigência a que sujeitas as seguradoras e a vinculação 
dos valores garantidores de suas operações. São as reservas 
técnicas, que, por forca de lei, estão a constituir. 
As reservas técnicas são representadas por bens que, no mínimo, 
tenham o valor das mesmas e não podem ser alienados,pois, são 
vinculados a SUSEP. 
 
• Resolução CNSP 14/88 
Os tipos de reservas técnicas obrigatórias são: 
 Grupo 1: reserva suplementar equivalente a 50% do capital 
social integralizado. 
 Grupo 2: Reservas matemáticas, para planos que 
proporcionam pecúlios e pensões. 
 Grupo 3: Reservas sobre sinistro a liquidar. 
Figueiredo observa que, o segurador pode, em teoria, assumir 
riscos de qualquer natureza ou valor, embora existam limitações 
legais e institucionais da atividade que se limitem essa prática. 
Desta forma, pode-se concluir que as seguradoras não podem reter 
responsabilidades superiores aos seus limites operacionais 
aprovados pela SUSEP. 
1.2.4 Segurado 
Segurado e a pessoa em relação a qual o segurador assume 
a responsabilidade de determinados riscos (Santos apud 
Figueiredo, 2014) 
Entretanto, no manual básico da Funeseg encontramos ligeira 
divergência quando e definido. 
 
“Segurado e a pessoa física ou jurídica economicamente 
interessada no bem exposto a risco e que transfere a seguradora, 
mediante pagamento de certa importância, o risco de um 
determinado evento a atingir o bem de seu interesse. Segurado e a 
pessoa em nome de quem se faz o seguro” (FUNESEG, 1989). 
Outra definição: 
• Segurado – pessoa física ou jurídica em nome de que se faz o 
seguro – pessoa que transfere para a seguradora o risco de 
um evento através do pagamento do prêmio. 
Na pratica corrente, a pessoa do segurado aparece muitas vezes 
acompanhada de outras figuras, que, de acordo com o tipo de risco 
que está sendo segurado, podem coincidir ou não com sua pessoa. 
São elas: 
• Beneficiário: titular dos direitos indenizadores que se 
estabelecem na apólice, pode ser o próprio segurado que 
contrata a apólice ou alguém designado como tal. 
• Estipulante: e a pessoa que se obriga aos pagamentos dos 
prêmios e as prestações em benefício de terceiro; no 
entanto, nos casos dos seguros obrigatórios, a pessoa do 
estipulante coincide com a do segurado, para fins de 
contratação e manutenção do seguro: nos facultativos, e 
mandatário dos segurados. 
O mercado de seguros, previdência complementar aberta, saúde 
suplementar e capitalização cresceu fortemente em 2010 
relativamente ao ano anterior. 
• Faturamento bruto do grupo de seguros gerais cresceu 
14,2%, o do grupo vida (inclusive previdência) cresceu 18%, 
o de saúde suplementar, 11%, e o de capitalização 20%. 
 
 
 
1.2.5. Prêmio 
E o preço pago pelo Segurado 
Parâmetros utilizados para calcular o prêmio: Prazo do seguro, 
importância segurada e exposição do risco. 
O prêmio e um dos principais elementos na formação de um 
contrato de seguro, pois ele traduz o preço pelo qual o segurado 
concorda em assumir o risco. (Figueiredo,2012) 
Elementos Formadores do prêmio de seguros: 
• Mensuração de risco 
• Despesas de administrativas ou gastos de gestão interna 
• Despesa de aquisição e produção ou gasto de gestão externa 
• Remuneração do capital 
• Encargos 
• Impostos 
 
1.2.6 Contratos de Seguros 
O seguro e efetivado através de documentos legais denominados 
contratos. 
O direito Romano define o contrato como o mutuo consenso de 
duas ou mais pessoas sobre o mesmo objeto. 
Um contrato, ao contrário que possa parecer, não pode ser 
interpretado apenas sob a ótica jurídica, mas deve ser visto a luz 
do cenário social e econômico onde foi feito. 
 
1.2.6.1 Elementos de um contrato 
O contrato de seguros apresenta as seguintes características 
especiais: 
• Bilateral 
 
• Aleatório 
• Solene 
• Real 
1.2.6.2 Formalização dos contratos de seguro 
São os seguintes os instrumentos formais dos contratos de 
seguros: a proposta, a apólice, o endosso, aditivos ou averbações. 
• Proposta: e o documento cujo conteúdo representa a vontade 
do segurado, contendo assim as condições pretendidas. 
• Apólice: e o documento emitido pelo segurador, e o 
instrumento do contrato de seguros, constituindo-se de um 
documento escrito, datado e assinado pelo segurador ou seu 
representante legal, nele estão estipuladas todas as 
condições do segurado e do segurador. Devem ser 
especialmente declarados na apólice : 
a) Os nomes e os domicílios do segurador e do segurado 
b) O objeto ou a pessoa segurada 
c) A natureza dos riscos garantidos 
d) O prazo do seguro, indicando, quando for o caso, o começo e o 
fim dos riscos por ano, mês, dia e hora. 
e) O montante da garantia ou valor segurado 
f) O prêmio. 
1.3 Resolução da IBA (Instituto Brasileiro de Atuarial) 
Abaixo estamos apresentando a resolução 02/2014 emitida pelo 
Instituto Brasileiro de Atuaria que trata dos Princípios Atuariais. 
Para saber mais acesse: http://www.atuarios.org.br/iba/. 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO IBA Nº 02/2014 
Dispõe sobre a criação do Pronunciamento Atuarial CPA 001 - 
Princípios Atuariais. 
 
O INSTITUTO BRASILEIRO DE ATUÁRIA - IBA, no exercício de 
suas atribuições legais e regimentais, 
CONSIDERANDO o desenvolvimento da profissão atuarial no 
Brasil e a maior abrangência de atuação do profissional atuário em 
suas atividades técnicas, 
CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação 
apropriada para interpretação e aplicação das questões ligadas à 
Ciência Atuarial no Brasil, 
RESOLVE: 
Art. 1º - Nos termos do artigo 1º do regulamento do Decreto-Lei nº 
806, de 04.09.1969, que dispõe sobre o exercício da profissão de 
atuário, aprovado pelo Decreto nº 66.408, de 03.04.1970, esta 
resolução tem por objetivo aprovar os princípios da profissão 
atuarial, os quais devem parametrizar a atuação de todos os 
atuários no Brasil, no exercício de sua profissão. 
Art. 2º - Os Princípios Atuariais representam a essência dos 
conceitos, das doutrinas e teorias relativas à Ciência Atuarial, 
consoante o entendimento predominante nos universos científico e 
profissional de sua atuação. Concernem à aplicação da Atuária 
como ciência no sentido mais amplo, cujos objetos estão definidos 
no Artigo 5º do Decreto-Lei 806/1969. 
Art. 3º - O CPA 001 é parte anexa desta Resolução e poderá ser 
alterado com o objetivo de adaptar-se à evolução do trabalho do 
atuário e/ou de sua atividade profissional, em conformidade com as 
normas emanadas pelo IBA a respeito. 
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
Rio de Janeiro, 14 de maio de 2014. 
Flávio Vieira Machado da Cunha Castro 
Presidente do IBA Página2 
 
 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS ATUARIAIS 
(Instituto Brasileiro de Atuária) 
ANEXO à Resolução IBA Nº 02/2014 
CPA 001 – PRINCÍPIOS ATUARIAIS 
I – INTRODUÇÃO 
Do Objeto: Este documento tem por objeto estabelecer os 
princípios que regem a atividade atuarial, considerando-se, para 
fins do disposto em seu conteúdo, as seguintes definições: 
a) seguro (s): seguros, resseguros, previdência aberta, previdência 
fechada, inclusive regimes próprios, previdência social, 
capitalização ou saúde suplementar; 
b) segurado (s): consumidores, titulares, participantes, assistidos 
ou beneficiários de seguros, resseguros, previdência aberta e 
fechada, capitalização ou saúde suplementar; 
c) segurador (es): sociedades e entidades que operam seguros, 
resseguros, previdência aberta, previdência fechada, inclusive 
regimes próprios, previdência social, capitalização ou saúde 
suplementar. 
II - CONTEÚDO: 
Segundo os preceitos técnicos presentes nas atividades atuariais, 
são estes os princípios que devem nortear a sua atuação 
profissional: 
1 - DO RISCO 
É o evento ou condição incerta, cuja ocorrência se dá em qualquer 
momento futuro, independentemente de vontade das partes, que 
causam consequências financeiras.A incerteza é condição 
necessária, porém não suficiente para a avaliação do risco. Logo, 
todo o objeto ou serviço, tais como: coisa, pessoa, bem, 
responsabilidade, obrigação, garantia ou direito, estão sujeitos a 
um fato futuro e incerto, ou de data incerta, sendo que a principal 
atividade do atuário é analisar e quantificar esses riscos. 
2 - DA ALEATORIEDADE 
A possibilidade de algo ocorrer ou não é um dos elementos 
essenciais da ciência atuarial. A noção de aleatoriedade baseia-se 
na experiência dos jogos de azar. Esse termo é utilizado para 
exprimir quebra de ordem, propósito ou imprevisibilidade. A 
natureza aleatória do contrato advém de sua própria função 
econômico-social, cujo risco dos envolvidos dependerá de fatos 
futuros e incertos, os quais devem independer da vontade das 
partes. 
3 - DO MUTUALISMO Página3 
 
 
Princípio fundamental que constitui a base de toda operação de 
seguro. O mutualismo na atividade atuarial nasce da convergência 
de duas virtudes cardeais da humanidade: boa fé e solidariedade. 
A credibilidade da palavra do segurado, ao declarar suas condições 
pessoais na contratação e/ou adesão, e do segurador, ao prometer 
proteção, é pilar essencial para a atividade de seguro, haja vista 
que as partes repartem entre si o preço da proteção ao patrimônio, 
às rendas, à vida ou à saúde, em face da imprevisibilidade do risco. 
O mutualismo, por definição, é a associação entre membros de um 
grupo no qual suas contribuições são utilizadas para propor e 
garantir benefícios aos seus participantes, portanto está 
relacionado à união de esforços de muitos em favor aleatório de 
alguns elementos do grupo. 
4 – DA LEI DOS GRANDES NÚMEROS 
Princípio geral das ciências de observação, segundo o qual a 
frequência de determinados acontecimentos tende a se estabilizar 
cada vez mais, a partir de um certo número de observações e à 
medida que aumenta o número de casos análogos observados, 
aproximando-se dos valores esperados pela teoria das 
probabilidades. O número de observações necessárias será maior 
nos casos de eventos com baixa probabilidade de ocorrência, como 
também no caso de eventos de alta probabilidade de ocorrência. 
5 - DA EQUIPROBABILIDADE 
Indica que os acontecimentos têm a mesma probabilidade quando 
não há razão para se presumir que um deles deva acontecer 
preferencialmente ao outro, isto é, quando se trata das mesmas 
características. 
6 – DA CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS 
Consiste no agrupamento referente ao objeto do seguro, sob o 
aspecto físico ou moral, no qual o risco deverá ser incluído com o 
propósito de tarifação pelo atuário. Está relacionado com o 
princípio da equiprobabilidade, o qual corresponde à característica 
de similaridade que um conjunto de riscos apresenta, relacionada 
ao tipo, natureza, valor ou objeto a ser segurado. 
7 – DA MENSURAÇÃO DO RISCO 
Consiste na aplicação da teoria das probabilidades e/ou outras 
técnicas disponíveis, pela qual o atuário vai prever e mensurar os 
indicadores de ocorrência de eventos, segundo o nível observado 
de exposição ao risco, o qual refere-se a quaisquer objetos, 
pessoas ou interesses seguráveis, diante da maior ou menor 
possibilidade de materialização futura do mesmo. 
8 - DA ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO DO RISCO 
Conjunto de técnicas que tem por objetivo atingir o correto 
dimensionamento dos riscos, sob a ótica atuarial, definindo o tipo 
de tratamento a ser aplicado com vistas à sua mitigação, p.4, 
assegurando padrões de segurança econômico-financeira, com fins 
 
específicos de preservar a liquidez, a solvência e o equilíbrio do 
segurador. 
 
 
 
Trata-se do processo de formular metodologias que permitam ao 
atuário medir, de forma mais apurada, o valor médio esperado e 
sua variância ou sua distribuição de probabilidade, bem como de 
gerir o risco de determinados acontecimentos de uma carteira. Tal 
processo deve passar por algumas etapas, tais como: identificar o 
risco, avaliá-lo, selecionar a técnica mais adequada para 
administrá-lo, implementar a ação de sua gestão e manter a 
permanente revisão do mesmo. 
A adequação das decisões ligadas à administração do risco, pelo 
atuário, deve ser julgada à luz dos dados e informações disponíveis 
na ocasião em que serviram de base para a tomada de decisão. 
9 – DA PULVERIZAÇÃO DO RISCO 
É reflexo do gerenciamento do risco pelo atuário, ligado à política 
de subscrição, onde parte deste risco é repassado a terceiros, nas 
modalidades de resseguro, cosseguro e outras técnicas legalmente 
disponíveis, tendo como principais objetivos a sua mitigação e o 
princípio da prudência sob a ótica atuarial. 
10 - DA PRESERVAÇÃO DO PODER AQUISITIVO NO TEMPO 
(VALOR MONETÁRIO) 
Determina à observação dos efeitos da oscilação natural do poder 
aquisitivo da moeda vinculada a planos, provisões ou outros itens 
do trabalho do atuário, de cujos reflexos devem ser aplicados ou 
reconhecidos nos respectivos cálculos, avaliações, pareceres e/ou 
análises técnicas atinentes, observado o princípio da materialidade 
e relevância. 
11 - DOS PARÂMETROS REALISTAS 
É o uso de variáveis estatísticas, atuariais, demográficas, 
financeiras e econômicas que possam influenciar no resultado do 
trabalho elaborado pelo atuário, tais como: tábuas biométricas, 
estudos estatísticos, probabilidades, taxas de juros e de desconto 
dentre outros. Os parâmetros realistas são aqueles que não 
representam excesso de conservadorismo ou de otimismo, 
levando-se em consideração a probabilidade da ocorrência de 
oscilações destes parâmetros, cujos reflexos possam agravar os 
riscos futuros e comprometerem a solvência. 
12 - DA SOLVÊNCIA E CONTINUIDADE DAS OPERAÇÕES 
Pressupõe a continuidade da operação no futuro e, portanto, a 
mensuração e a apresentação dos resultados e análises atuariais 
devem levar em conta esta circunstância, primando pela liquidez e 
solvência, atinente aos aspectos técnicos. 
13 - DA PRUDÊNCIA Página5 
 
 
Pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício da 
interpretação técnica necessária ao processo de mensuração do 
risco pelo atuário, no sentido de preservar a capacidade de 
solvência ou buscar o equilíbrio dos compromissos futuros. 
14 - DA CONSISTÊNCIA 
O atuário antes da elaboração do estudo a que se propõe, deve 
verificar a coerência da metodologia aplicada e a consistência dos 
dados, informações e parâmetros que lhe forem fornecidos pelo 
interessado responsável pela informação. 
15 - DA COMPETÊNCIA DO RISCO 
Prevê que o atuário observe em suas análises e demais inferências 
atuariais, que os efeitos das transações e de outros eventos 
relacionados, sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento (receita) ou pagamento 
(despesa), observado o Princípio da Materialidade e Relevância. 
16 - DA MATERIALIDADE E RELEVÂNCIA 
O atuário deve elaborar seu trabalho com base na materialidade 
dos valores envolvidos, cujos parâmetros e os indicadores devem 
ser por ele mensurados, observando-se os demais princípios 
atuariais em vigor, assim como a relevância dos valores envolvidos 
frente ao volume de provisões técnicas, indicadores de liquidez e 
de solvência ou outros valores que o atuário possa observar no 
contexto técnico, econômico e financeiro envolvido. 
17 – DA SEGREGAÇÃO PATRIMONIAL 
Pressupõe que o atuário proceda a seu trabalho com base na 
identificação, na avaliação e na segregação entre o patrimônio dos 
planos ou carteiras, em relação ao respectivo equilíbrio atuarial. 
Rio de Janeiro, 15 de maio de 2014. 
Flávio Vieira Machado da Cunha Castro 
Comitê de Pronunciamentos Atuariais – CPA/IBA

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