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estagio II Apostila 2017 uea

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2017 
Helinaldo Corrêa 
Universidade do Estado do Amazonas 
19/06/2017 
Estágio Supervisionado em Clínicas Odontológicas II 
2 
 
APOSTILA ELABORADA PELOS ALUNOS ABAIXOS: 
JEAN BRUNO DA SILVA GONCALVES 
PRISCILA OLIVEIRA MARQUES DOS SANTOS 
RHAYSA ANJOS DA SILVA 
JESSIKA BRITO DA COSTA 
MAYARA COSTA SOUSA 
RAYAN FERNANDES DE SOUZA ARAUJO 
 
Acadêmicos de odontologia da Universidade do Estado do Amazonas-
UEA 
ESTE MATERIAL TEM COMO OBJETIVO AJUDAR NO ENTENDIMENTO DA 
MATÉRIA DE ESTÁGIO II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Editor 
Helinaldo Correa nasceu em Manicoré Amazonas em 19-11-1985 
Cursou até o 3 º período de Matemática na UFAM Campos Humaitá – Am 
Foi monitor de Prótese Parcial Removível entre Agosto a Dezembro de 2014 
Atualmente cursa Odontologia na UEA Campos Manaus – Am. 
Curriculum Lattes: 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4462273Y5 
Blogger: http://correamani.blogspot.com.br/ 
Wordpress: http://helinaldouea.wordpress.com 
Twitter: https://twitter.com/Aldohelinaldo 
Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100007037956953 
Página Vestibular UEA: https://www.facebook.com/groups/718228214878832/ 
Página: https://www.facebook.com/Amor-ao-Senhor-Jesus-255539141491422/ 
Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100010170823020&fref=ts 
Livros de vestibulares para baixar 
https://drive.google.com/drive/folders/0BzEC7mjt4vfLOHlLZWhpSkx1eVE 
https://drive.google.com/drive/folders/0B6mGufAvWkd-SFJqYXhSVVRSRms 
 
 
 
 
 
 
 
“... não temas, porque eu sou 
contigo; não te assombres, porque 
eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e 
te ajudo, e te sustento com a minha 
destra fiel.” (Isaías 41:10) 
4 
 
Professores de PPR 
Jonas Alves de Oliveira 
José Antônio Nunes de Mello 
Ligia Regina Mota de Vasconcelos 
Marco Fiori Junior 
Professores de cirurgia 
Valber Martins 
Gustavo Albuquerque 
Professores de endodontia 
Marcia Rachel Costa Lima Braga 
André Augusto Franco Marques 
Wanderson Miguel Maia Chiesa 
Professores de Dentística 
Danielson Pontes 
Fabio Hiroyuki Ogata Mitsui 
Márcio de Menezes 
Carolina Rocha Augusto 
Maria Cecília Caldas Giorgi 
Professores de periodontia 
Fabiano Rido Macedo 
Ana Lúcia Diefenbach 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
1-Urgências em Periodontia Ana Lúcia 
1.1 TRATAMENTOS DE URGÊNCIA EM ENDODONTIA 
1.2 URGÊNCIAS EM EXODONTIAS 
1.3 INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS 
1.4 TRAUMATISMOS DENTOALVEOLAR NA DENTADURA DECÍDUA 
1.5 PLANEJAMENTO PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL (PPR) 
 2-Tratamento Inicial de urgências em cirurgias 
3-Prótese Planejamento Jonas 
4-Abordagem das infecções odontogênicas Gustavo Albuquerque 
Prova 
5-Prótese Moldagem Lígia ok 
6- Gengivectomia e Gengivoplastia Fabiano 
7-Dentistica: Clorexidina e sua ação na preservação da camada hibrida Mácio 
8-Retratamento Endodôntico Wanderson Chiesa 
9-Restaurações em Dentes Posteriores com resinas Bulk-Fill Cecília 
10- Cirurgia Parendodônticas André Marques 
11-Lesão endo-perio 
12-Urgência em Odontopediatria Naelka ok 
 
-Biossegurança 
-Cirurgia de acesso endodôntico 
-Aula de abertura coronária (laboratório) 
-Urgências em Endodontia 
-Urgências em Pediatria 
 
 
6 
 
1-URGÊNCIAS EM PERIODONTIA 
Professora: Ana Lúcia Diefenbach 
Urgência em periodontia 
Atendimento no SPA 
Quais as enfermidades mais comuns? 
As algias dentárias decorrem sempre envolvimento inflamatório agudo. 
Questões objetivas. 
Intensidade da dor 
A duração 
O local 
A pessoa toma medicação e se a dor para quando ela toma a medicação. 
Tecidos conjuntivos possuem inervação. 
Análise do fenômeno álgico presente. 
No SPA tratar o paciente naquilo que há mais dor (incômodo). 
Ex: Doença periodontal e pulpite (Tratar pulpite) 
Avaliação 
Anamnese 
Exame clínico (Teste de vitalidade, de percussão, palpação) 
Suposição Diagnóstica 
Tratamento 
Biofilme Dental 
 
 Fumo 
 Puberdade e Gravidez 
 Stress 
 Medicamento, Bruxismo e Apertamento. 
 Diabetes 
 Doenças Sistêmicas (Hepatite, HIV, AVC) 
Ajuste Oclusal no SPA 
7 
 
 Moldar 
 Montar em Articulador 
 Boa profilaxia 
 Adesivo 
Recessão Escovação Traumática 
Retração 
Abfração = Oclusão 
Úlcera Aftosa Recorrente (prova 2017/1) 
 Lábio inferior 
 Debaixo da Língua 
Fatores Predisponentes 
 Ansiedade 
 Trauma de mucosa 
 Transtornos endócrinos e alimentares. 
 Deficiência de Vitaminas do complexo B12, ferro e Ácido Fólico. 
Qual a doença relacionada à afta em crianças que devemos prestar atenção? 
 Gengivoestomatite Herpética 
Medicação 
Aciclovir 20mg/kg/dose 4x ao dia, durante 5 dias. 
 Aftas causadas por frutas ácidas. 
Tratamento 
 Omcilom – A em Orabase (a base dele é corticóide) – tubos de 10 mg; Aplicar 3 
vezes ao dia após as refeições e sempre ao deitar. Não usar gingilone porque tem 
anestésico. 
Fatores Predisponentes 
 Ansiedade 
 Trauma de mucosa 
 Transtornos endócrinos e alimentares. 
 Deficiência de Vitaminas do complexo B12, ferro e Ácido Fólico. 
 Olho 
Anemia Língua mais lisa 
8 
 
Cândida 
Infecção Oportunista 
 O paciente sente ardência na boca 
 Cândida é um fungo – Se a pessoa está com um nível elevado de fungo na boca, 
devemos suspeitar de problemas sistêmicos, deficiente imune. 
Local: Mucosa jugal, Palato, Orofaringe e as partes Laterais do dano da língua. 
Tratamento 
 Nistatina (suspensão) – Frasco de 50 ml – 100.000 UI e voltar 1 (uma) Semana 
depois. 
Como Usar: 
 Bochecho de 5-10 ml (4 vezes) ao dia de 7-14 dias, e para pessoas mais idosas 
mandar contar até 30 ou 60 durante o bochecho. 
 Micozanol-Gel Oral 2%. (aplicação local na área afetada 3x ao dia por 7-14 
dias) 
Quem tem cândida geralmente possui cândida na boca. 
Aplicação Local na área. 
Abscesso Periodontal 
Com base na localização, os abscessos do periodonto são subdivididos em 
gengivais, periodontais e pericoronários (pericoronarites), cujo tratamento básico é 
praticamente o mesmo. Numa primeira etapa, em geral de caráter de urgência, é feita a 
descontaminação local por meio da incisão cirúrgica com bisturi e a drenagem do 
abscesso. Numa sessão subsequente, procede-se à instrumentação periodontal, com ou 
sem acesso cirúrgico, seguida de meticuloso controle do biofilme dentário. (Andrade, 
2014) 
 
Exacerbação aguda usualmente causado: irritativo local 
1. Cálculos dentários 
2. Corpos dentários 
3. Restos alimentares (ossos, espinha de peixe etc) 
Clorexidina 
Prescrição 
Digluconato de clorexidina 0,12% – frasco com 250 mL Bochechar com 15 mL 
da solução não diluída, por ~1 min, pela manhã e à noite, após higiene bucal, durante 7 
dias. Também controle de Biofilme dentário para que a doença não apresente recidiva e 
9 
 
possa evoluir para a cura, prescrever bochechos 2 vezes por dia de 12/12 h, por uma 
semana. 
É o único medicamento eficaz hoje para o controle do biofilme. A clorexidina 
não combate o biofilme, ela controla a quantidade de microrganismos existentes na 
cavidade oral, essa forma, ela mata tanto microrganismos patológicos quanto os 
microrganismos benéficos. Então não deve ser usada indiscriminadamente 
A única intercorrência que pode ser considerada uma emergência é: 
 Abscesso Periodontal Múltiplo: Exemplo: gengival ``casaca de pipoca`` 
localmente e propriamente dito doença periodontal instalada. (Carranza, 2012) 
Espelho, percussão,endo-ice: o local de um abscesso periodontal é mais cervical, 
profundidade de sondagem acima de 6 mm. 
Antibiótico somente em pacientes que: 
Teve febre Amoxilina + Metronidazol. 
Não pôde comer nas refeições. 
Profilaxia 
Bochecho de clorexidina 0,12% (Não sistêmico) 
Prescrição 
Bochechar com 15 mL da solução não diluída, por ~1 min bochechos 2 vezes por 
dia de 12/12 h. 
Raspagem 
 Anestesia Local 
 Raspagem e/ou drenagem para remoção da causa. 
 Medicação pós-operatória (Avaliar a gravidade do caso). 
 Dipirona Sódica 500 mg. 
 Amoxilina 500 mg 8/8 horas por 3 dias. 
 Azitromicina 500 mg 12/12 horas por 3 dias. 
Observe: Se necessário associar com metronidazol 250 mg 8/8 horas por 3 dias. 
Alergia=Clindamicina. 
O abscesso gengival manifesta-se em sítios, normalmente sadios e sua causa 
mais provável pode ser a impactação de corpos estranhos (fatores mecânicos), portanto 
o tratamento se dá pela remoção do fator causal. Ocorre uma tumefação da margem 
gengival, desenvolvendo-se rapidamente com presença de dor e sangramento, sem perda 
10 
 
de inserção clínica. Já o Abscesso periodontal está associado a bolsas periodontais 
sinuosas que dificultam o trajeto de escoamento da secreção. Para haver o 
desenvolvimento do abscesso periodontal o paciente já possui doença periodontal, com 
isso irá ocorrer a diminuição da capacidade de resistência do hospedeiro ocasionando o 
aumento das bactérias (Lindhe, 2010). 
Segundo Carranza et al (2012) estão associados a inúmeros sintomas, entre eles, 
o que se destaca e diferencia a doença é a inflamação purulenta denominada supuração 
localizada no tecido periodontal, levando a dor e tumefação. É preciso fazer a drenagem 
via bolsa periodontal, aplicação de antibioticoterapia, analgésicos, avaliar em torno de 7 
dias. 
Abscesso Periodontal Sem Acometimento Sistêmico 
Profilaxia 
Bochecho com clorexidina 
Curetas 
Bochecho com Clorexidina + 7 dias de bochecho. 
Prescição 
Bochechar com 15 mL da solução não diluída, por ~1 min bochechos 2 vezes por dia de 
12/12 h 
Abscesso Periodontal com Acometimento Sistêmico 
Amoxilina + metronidazol 
Raspagem (cuidado) 
Uma doença que causa abscesso Periodontal Múltiplos é a diabetes. 
Cuidado!!! 
Glicemia muito alta tem que ir ao pronto socorro para o controle da Glicemia. Ex: 600 
de Glicemia. Pois Glicemia de 150 está razoável. 
Quem tem alergia: 
 Clindamicina 
 Azitromicina 
 
11 
 
PERICORONARITE (prova 2017/1) 
 
(Fragiskos, 2007) (Fragiskos, 2007) 
Dor irradiada – ouvido, garganta. 
Trismo 
Edema 
Exudato 
Febre, mal estar. 
Tratamento Local-Pterigomandibular. 
Fazer a Limpeza com seringa + Clorexidina 0,12%+Curetas. 
Tratamento de 1 a 2 dias. 
AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE DO CASO 
 Medicação pré-Operatória se necessário (analgésico e antitérmico). 
 Bochecho com Clorexidina 0,12% 
 Anestesia Local 
 Remoção de Biofilme e dentritos 
 Irrigação da área com Clorexidina 0,12%. 
 Medicação pôs operatória com Dipirona 500 mg; Amoxicilina 500 mg e 
metronidazol 250 mg se a febre e o trismo persistirem. 
 Reavaliação após 24 horas. 
2.TRATAMENTOS DE URGÊNCIA EM ENDODONTIA 
PROF.CHIESA 
12 
 
De acordo com o parecer do Conselho Federal de Medicina (resolução de 95), 
define-se por: 
Urgência: ocorrência imprevista de agravo a saúde com ou sem risco em potencial a 
vida, cujo portador necessita de assistência medica ou odontológica imediata. 
Emergência: é a constatação medica de condições de agravo a saúde que implicam em 
risco eminente de vida ou sofrimento intenso exigido, portanto tratamento medico 
imediato. 
Segundo alguns livros de endo: 
Flare up (agudização)- intercorrência grave na endodontia que você tem que atender 
entre consultas ou pós-obturação. Ex: paciente não sentia nada, você obturou o canal e o 
paciente começa a apresentar um quadro dolorido. 
Emergência verdadeira é a condição que requer uma consulta não agendada para o 
diagnostico e tratamento, a consulta não pode ser remarcada devido a gravidade do 
problema. 
Situações clínicas da dor 
Doença da polpa, inflamação dos tecidos periapicais durante o tratamento endodôntico 
ou depois (Flare up). 
Código internacional de doença 
K04.0-pulpites 
Anamnese na consulta de urgência 
Todo paciente precisa chegar com a ficha preenchida e a pressão arterial aferida, 
perguntar se esta gestante se tem diabetes, hipertensão. 
Caracterizando a urgência verdadeira: 
 Perfil dos pacientes 
Paciente colaborador (equilibrado), refratário (piti), paciente itinerante /doido(paciente 
que sempre está no SPA),paciente simulador(simula a dor que não existe ou oculta a 
doença, em busca de atestado). 
Três perguntas importantes pra saber se a urgência é verdadeira: 
 Seu problema esta interferindo em seu sono, alimentação, trabalho, concentração 
ou em outras atividades essenciais? (há uma ruptura no equilíbrio do 
individuo o impedindo de realizar atividades rotineiras) 
 Há quanto tempo esse problema aflige? (raramente dura mais que dois a três 
dias) 
13 
 
 você precisou tomar algum medicamento para aliviar a dor? Ele foi eficaz? 
Primeira pergunta que você vai fazer: Estou diante de um quadro de polpa 
viva nessa urgência ou diante de um quadro de necrose pulpar? Isso muda todo 
nosso raciocínio, primeiro de tudo, para que possamos saber se está com polpa viva ou 
necrose pulpar não podemos sair anestesiando, isso é o grande erro que muitos clínicos 
cometem primeiro deve-se diagnosticar a doença, precisamos realizar os testes. 
Nos dentes posteriores multiradiculares são um pouco prejudicados no teste com 
gás refrigerante, primeiro porque a polpa esta mais distante da câmera externa, segundo 
por esse ser multirradiculado você pode perfeitamente ter um canal palatino vivo e os 
dois vestibulares necrosados. 
Infecções endodônticas são predominantemente anaeróbios estritos, por mais de 
95% dos casos, o restante anaeróbios facultativos gram + e gram -, só que a vários 
trabalhos demonstrando que o predomínio de gram – esta associado fortemente aos 
sinais sintomas clínicos. Paciente que tem dor (tem gram - em quantidade e diversidade) 
paciente que apresenta lesão (tem muito gram – por causa das endotoxinas 
bacterianas),não deixando de ter gram + também. 
Se for uma urgência causada em polpa viva vem na cabeça INFLAMAÇÃO, 
temos que tratar desinflamando, com analgésicos e antiinflamatórios e ser bem 
conservador e geralmente é uma urgência muito tranquila de resolver. Quando se tem 
necrose pulpar e, no entanto esta causando urgência endodôntica (periodontite apical 
aguda/pericementite) esta polpa esta necrosada, no entanto esses microrganismos estão 
ali colonizando o canal no terço apical e biofilme chegando à região periapical causando 
periodontite apical aguda ou uma explosão de bactérias na região apical (abscesso apical 
agudo),é um quadro muito mais difícil de se tirar da urgência, vai precisar drenar, 
medicação intracanal, prescrever antibiótico. Quando se pensa em necrose pulpar temos 
que pensar em INFECÇÃO. 
Planejamento radiográfico 
Radiografia inicial com a técnica do paralelismo e bom enquadramento. 
Testes 
 Teste com Gás refrigerante, teste de anestesia seletiva, teste de cavidade (passar a 
sonda, jogar água ou removendo carie antes de anestesiar). 
Teste de identificação de fraturas 
Pede-se para o paciente morder sugador, palito de churrasco para fins de observar 
trincas (mudando a posição). 
Transluminação-trincas de fratura, cáries interproximais. 
Próximapergunta: Estou diante de um processo reversível ou irreversível? 
14 
 
Se for reversível mantenho a polpa, se for irreversível removemos, se houver duvidas no 
primeiro momento opta-se por manter a polpa. 
Na pulpite reversível-tratamento conservador: CAPEAMENTO PULPAR 
Medicação de oxido de zinco e eugenol 
CONTINUAÇÃO TRANSCRIÇÃO EM URGÊNCIA EM ENDODONTIA 
Cotosol: material intermediário ruim. Não escolher. Escolher óxido de zinco e eugenol 
Fase de transição: não é prevista. Não é uma entidade patológica (não tem como saber 
clinicamente, gera duvida). 
Na duvida: Tratamento expectante – hidróxido de cálcio PA na parte mais profunda 
seguido de cimento de hidróxido de cálcio... 
PULPITE IRREVERSIVEL: Tratamento radical – pulpectomia (tratamento 
endodôntico completo). 
NO SPA (urgência) – faremos PULPOTMIA (remoção da polpa coronária + 
medicação) 
PULPITE REVERSIVEL: dor sempre provocada (não interessa se é calor, frio). 
Independente do estimulo, a polpa ainda está viva, por tanto o tratamento será o mesmo. 
Dor não espontânea, paciente classicamente atendido na dentística, teste de percussão 
negativo, dor cessa com a retirada do estímulo. 
Tratamento: bochecho CLX, anestesia, isolamento, remoção da cárie, capeamento 
indireto (forramento) e restauração definitiva. 
HIPEREMIA PULPAR: não é diagnostico clínico, é quadro histológico. 
FASE DE TRANSIÇÃO: bochecho CLX, anestesia, isolamento, remoção da cárie, 
forramento com hidróxido de cálcio PA + hidróxido de cálcio cimento + restauração 
definitiva. Esperar 60 dias para a mineralização da dentina afetada. 
CAPEAMENTO DIRETO (exposição acidental da polpa) 
Na exposição: hidróxido de cálcio PA + cimento de hidróxido de cálcio + ionômero de 
vidro + restauração. 
PULPOTOMIA ALTA/CURETAGEM PULPAR (exposição do corno pulpar) 
Exposição acidental da polpa. Remanescente pulpar tem que estar vivo. 
(hemostasia) Lavagem com soro fisiológico + secagem com bolinha de algodão estéril + 
Otosporin por 10 minutos (corticoide – baixa pressão pulpar) + hidróxido de cálcio PA 
+ cimento de hidróxido de cálcio + ionômero + ataque acido + resina 
15 
 
PULPITE IRREVERSIVEL SINTOMATICA 
Dor espontânea, exacerbada com estimulo frio ou quente, declínio demorada da dor 
durante o teste de vitalidade, pode ser paroxística (dor determina a doença), polpa pode 
estar tão inflamada que já há dor à percussão vertical, pode haver espessamento do 
ligamento. 
Polpa viva = quadro inflamatório 
Remoção da polpa coronária e pelo menos pulpectomia do canal de maior volume (no 
caso se for molar) 
Medicação: só bolinha de algodão, Otosporin, hidróxido de cálcio, água Dycal. 
No SPA: pulpotomia + lavagem com água Dycal + hidróxido de cálcio PA 
PÓLIPO PULPAR (PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA) 
Comum em crianças e dentes jovens 
Tratamento: pulpotomia 
(IV) Injeção venosa de dipirona e/ou IM Diclofenaco sódico 
Analgésicos 
Dipirona sódica injetável – 1m/2ml – depende do porte físico do paciente – EV 
Antiinflamatório 
Diclofenaco sódico 75mg/3m – IM (intramuscular) 
Tenoxican (TILATIL) – endovenosa 
Antiinflamatório não seletivos (Cox-1 e Cox-2)– ataca a mucosa gástrica (fura bucho) 
Nimesulida 75mg-100mg – 12/12 horas ou 24/24 horas 
Meloxican 
Eteroxib 
inibidor seletivo cox-2: celebra ou arcocix (só no receituário específico; antibiótico 
também) 
Anestésico: lidocaína e mepivacaína com vaso e sem vaso 
Articaína: parestesia do NAI 
PULPITE IRREVERSIVEL 
16 
 
Anestesia, isolamento (relativo-absoluto), cirurgia de acesso (retirar todo o tecido 
cariado), pulpotomia/pulpectomia. 
Extirpa-nervo – não usamos. Melhor usar lima Hedström (em caso de pulpectomia) 
NECROSE PULPAR 
Quadro de urgência: periodontite apical aguda ou abscesso 
Cirurgia de acesso, irrigar bastante, inundar a cavidade de Clorexidina, passar a região 
apical com a lima para drenar via-canal – Medicação Intracanal com Tricresolformalina 
Caso a drenagem não pare – deixar dente como dentro. Orientar o paciente durante a 
alimentação para colocar um algodão no dente, fazer bochecho e prescrição antibiótica e 
procurar fechar o canal. 
Casos com ponto de flutuação – drenagem cirurgia; 30-45 minutos de cobertura 
antibiótica. 1g de amoxicilina + dreno (ponta de luva, lençol de borracha) 
*mesmo que seja trauma a Medicação Intracanal é Tricresolformalina. 
3. URGÊNCIA EM EXODONTIA 
Aula prof Valber 
Tem a urgência clássica que é a pulpite, e o paciente tem, basicamente, duas 
opções para aliviar a dor: 1º Acesso (curativo/medicação), mas, às vezes, não há 
remanescente coronário/dentário para fazer esse tipo de intervenção e nos resta a 
extração dentária (que é a 2º opção do tratamento). 
Possíveis complicações e intercorrências e como resolver. Tem que resolver para 
não gerar sequelas. 
Série de complicações que podem desencadear problemas para o nosso paciente 
e para a nossa vida profissional. Uns com maior gravidade e outros com menor. Em 
tese, de menor gravidade: 
-Um exemplo bem clássico, 
FRATURA DO DENTE: Essa demanda acontece com frequência, ficam 
fragmentos radiculares. E, dependendo do paciente, pode ser uma complicação simples, 
que o paciente se recupera bem, não sente dor, mas, às vezes, o pós-operatório pode ser 
complicadíssimo, pois o paciente pode sentir dor, pode infeccionar e desencadear uma 
série de complicações. Não subestimar resto radicular. A literatura diz que se tiver 
um fragmento medindo no máximo 3/4 mm e não tiver radiolucidez associada, tem que 
colocar na balança: se tiver perto do canal mandibular, pra que vai mexer? Pode 
provocar uma parestesia no paciente. Se tiver muito próximo do seio maxilar, pra quê 
tirar um fragmento de 3 ou 4 mm, já que não tem radiolucidez associada. Tudo tem que 
ponderar. O acompanhamento radiográfico do paciente é importante, para ver se está 
17 
 
tudo bem. O importante é que seja um fragmento pequeno e que tenha recobrimento 
ósseo, ou seja, esteja sepultado. 
CAUSAS: 
 Força excessiva 
 Fórceps inadequado 
 Raízes frágeis (principalmente 1º pré-molar superior) 
A conduta é explicar ao paciente a possibilidade de não remoção do fragmento. 
Podem permanecer no alvéolo, desde que não tenha lesões associadas. Tem que 
mensurar terminações nervosas e a proximidade do seio maxilar. E, acima de tudo, 
permanecer o bom senso. 
Como seria a remoção de um fragmento no terço apical? Com broca cirúrgica, 
pela vestibular, fazendo desgaste. Desgasta exatamente na região apical, pra preservar a 
altura óssea alveolar. Quando for um fragmento um pouco grande, da pra desgastar um 
pouco da crista óssea, com moderação, pra não prejudicar uma futura reabilitação. Ou 
seja, pode fazer a osteotomia do rebordo alveolar ou a outra técnica, via não alveolar, 
onde faz o desgaste, coloca o elevador e empurra. No aspecto vestibular da maxila pode 
fazer a vontade, descolar bastante e preserva muito osso. Importante luxar bastante, 
ao remover qualquer dente. Caso frature, a remoção do fragmento é bem melhor. Há 
também a técnica alternativa, com uma lima Hedström, onde coloca ela no canal 
radicular e traciona o fragmento. 
 
(Fragiskos, 2007) (Fragiskos, 2007) 
HEMORRAGIA: Se for sangramento arterial é forte e pulsátil. Se for venoso/capilar, 
o sangramento é mais lento e o prognóstico é melhor. (prova 2017/1) 
Tratamento: Compressão interrupta, de, no mínimo, 5 minutos. Há casos que tem que 
fazer o pinçamento da artéria (cerca de 10 min), devido à compressão pode demorar 
18 
 
muito. Agentes hemostáticos, apesar de atrasarem o reparo cicatricial, podem ser 
utilizados nesse tipo desituação. 
Hemorragia secundária pode haver. Paciente vai pra casa e pode ter uma discrasia 
sanguínea, algum tipo de conduta inapropriada e volta com um coagulo. O que fazer? 
Anestesia novamente e faz compressão até conseguir hemostasia. A anamnese ajuda 
muito a prevenir essas coisas. Sangramento nas próximas 24h após tratamento é 
esperado/natural. Tem que ponderar. 
LESÕES DE TECIDOS MOLES: Dilaceração de tecidos. 
Causas: 
Retalhos inadequados 
Afastador mal posicionados. 
PS: O paciente pode reclamar de abrasão. Tem que ter cuidado com a caneta de alta 
rotação e, principalmente, com o dente vizinho. 
Tratamento: 
Reposicionamento do tecido, proteção com pomada. 
LUXAÇÃO DE DENTE VIZINHO: fazer contenção semirrígida por 7 dias, com fio 
ortodôntico, náilon, fio de pescaria. Não pode ser rígida. 
COMUNIÇÃO BUCOSINUSAL: (isso aqui já é urgência/emergência) acontece 
devido a proximidade dos molares sup. 
Causas: 
Excessos de bolsas apicais. (Fazer manobra de valsava). 
Comunicação é quando acontece/comunica na hora. A fístula é quando forma epitélio, 
depois de ter causado a comunicação. É só diferença do momento que acontece 
Tratamento: 
 Fechamento com uso de retalho cirúrgico 
 Até 6 mm sutura em X (leve curetada e tem que ter o coagulo) 
 Mais de 7 retalhos 
 Esponja de fibrina 
A fístula se trata com retalho cirúrgico. 
Tem que saber o momento certo de fechar. É bom encaminhar para o buco, porque o 
paciente pode ter uma sinusite crônica e tem que tratar com antibiótico e, no momento 
certo, fechar com o retalho. Faz uma incisão circundando a fístula, que é o caminho 
epitelial que tem bactéria. Remove-se 1* a fistula e depois faz o retalho. Tem o 
19 
 
RETALHO VESTIBULAR, o mais comum, que tem vantagens e desvantagens. 
Vantagem: qualquer um consegue. BASE LARGA, duas relaxante e sutura. 
Desvantagem: perde altura de vestíbulo. Tem o RETALHO PALATINO: é mais 
espesso. A BASE É MAIS ESTREITA, porque tem uma artéria muito calibrosa que não 
vai deixar necrosar o retalho. Tem que ter cuidado na incisão por causa da artéria. 3 
semanas para cicatrizar. O corpo adiposo da bochecha pode fechar também. 
RAIZ OU DENTE NO SEIO MAXILAR: Se acontecer na emergência, a conduta é 
suturar, prescrever antibiótico e encaminhar pro buco e fazer acompanhamento do 
paciente. 
LUXAÇÃO DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR/MANDIBULA: 
Fazer estabilidade mandibular: Pra BAIXO, pra TRAZ. O paciente tem que está 
apoiado. Fazer bandagem, medicação. 
FRATURA DE MANDÍBULA: Encaminhar pro buco e da assistência para o paciente. 
Medicação, antibiótico 
FRATURA DE TUBEROSIDADE (prova 2017/1): Acontece por excesso de força e 
no método fechado. Quando tiver uma resistência muito grande do fórceps, não insistir, 
faz-se logo um retalho. 
Faz uma contenção 
Observação: 
O método aberto é uma boa opção para evitar esse tipo de fratura. 
EXPOSIÇÃO DO CORPO ADIPOSO DA BOCHECHA: Depois da cirurgia é só 
suturar. 
4. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS 
Prof. Gustavo Albuquerque 
Eu quero que vocês saiam preparados daqui de como tratar uma infecção, aptos a tratar 
uma infecção e também em enfrentarem uma drenagem de abcesso, pois tem muito 
aluno que tem receio de drenar e é muito mais simples do que vocês imaginam e é uma 
manobra que você pode tá realizando salvando a vida de um paciente. 
Dentro da cirurgia bucomaxilofacial as infecções odontogênicas, as infecções de face, 
são consideradas urgências dentro da cirurgia, então é uma situação que pode levar a 
óbito rapidamente do paciente, então em 72 h se essa infecção evolui e tomar espaços 
faciais que são importantes. Por exemplo, quando a gente tem a ocupação dos espaços 
submandibulares, e essa infecção toma uma via descendente através do pescoço, ela 
desce para o mediastino, tórax, pericárdio. Essa infecção no mediastino pode levar a 
uma septicemia total que leva o paciente a óbito em decorrência de um processo 
infeccioso odontogênico. 
20 
 
Então o que peço para vocês quando estiverem atuando em posto de saúde, consultório, 
que vocês não bobeiem uma infecção odontogênica, a regra que vocês conhecem é 
remover a causa e drenar o paciente é importante que vocês façam de forma 
adequada. Obviamente que dependendo da progressão da infecção vocês vão 
encaminhar esse paciente para um pronto atendimento, para um hospital, para uma 
internação, mas a maioria das infecções odontogênicas se é realizado o diagnóstico de 
forma correta, consegue-se tratar de forma laboratorial. 
A regra é tratar a causa e eliminar a coleção purulenta, por isso não deve haver 
medo de drenar. 
Todo mundo sabe que há várias bactérias na boca em uma pessoa saudável, por isso 
realizamos antes de qualquer procedimento e/ou fazemos o uso de técnicas assépticas, 
se não haver essas técnicas, por exemplo, antes de uma cirurgia, onde você vai mexer 
com osso, você pode induzir uma doença infecciosa, por isso as técnicas assépticas são 
importantes. 
Mas na maioria das vezes das infecções odontogênicas ocorrem através da via 
dentárias, então, inicia-se de uma cárie, vai ter o comprometimento pulpar e assim o 
comprometimento do osso periapical, então nós temos uma microbiota múltipla no 
dentro da cavidade bucal, especificamente de bactérias aeróbias e bactérias anaeróbicas, 
onde há o predomínio dessas bactérias na cavidade bucal e essas bactérias uma vez 
dentro do tecido elas podem se potencializar e iniciar uma doença infecciosa. Porém se 
vocês têm bactérias dentro do seio maxilar, dentro do osso próximo ao canal alveolar, 
isso pode sobrecarregar, elas podem multiplicar sobrecarregar o hospedeiro e iniciar 
uma doença infecciosa. 
Então existe todo um equilíbrio em relação a isso. Então se você tem alterações 
sistêmicas com comprometimento sistêmico desse paciente, ou seja, seu sistema 
imunológico está diminuído, você tem uma abertura para uma bactéria oportunista no 
momento que você abriu uma porta de entrada em uma cirurgia simples até mesmo de 
exodontia onde irá haver exposição de osso, você tem um ambiente propício para a 
bactéria se multiplicar e iniciar doença. 
Etiologias das doenças odontogênicas: 
Em relação às etiologias, nos temos a que é a mais comum que é através da 
cárie, então inicia-se o processo carioso e a partir do momento que ocorre uma necrose 
pulpar essas bactérias vão se propagar para dentro do osso, uma situação bem como as 
que vemos na clinica que são lesões periapicais, com essas osteítes, que são lesões 
restritas ao osso, mas essas lesões podem facilmente evoluir para um processo de 
celulite ou abscesso se não for tratado através das exodontias desses elementos, então 
isso é uma porta de entrada para você ter doenças infecciosas. 
Outra etiologia é através do periodonto, através de doenças periodontais 
(bolsas periodontais), através de inflamação gengival, na região retromandibular onde 
21 
 
irrompe o dente 3° molar é muito comum no momento que esses dentes estão tentando 
se irromper e no momento que ele penetra o tecido gengival contamina e a bactéria 
inicia um processo infecioso chamado de pericoronarite. Para uma pericoronarite se 
tornar um abcesso é algo muito rápido porque a bactéria penetra e vai paro o osso e 
segue sua evolução e etc. 
Vias de propagação: 
 Continuação (propagação) 
O mais importante e perigoso dessas infecções é que elas têm o poder de propagação 
então nem sempre o sistema imunológico do paciente por si só consegue conter essa 
infecção dentro do osso, então dependendo da virulência da bactéria ou então da 
condição do hospedeiro essa infecção ela vai se propagar e aí é que mora o perigo então 
as infecções se propagam para os espaços faciaisentão é aquela sequência até atingir os 
espaços faciais, que nada mais é do que espaços divididos por músculos e fáscias 
musculares. 
*Cárie – polpa – periápice – espaços faciais 
 Sanguínea 
E a propagação sanguínea, que vocês sabem que dependendo da infecção 
odontogênica pode levar, dependendo da via sanguínea que essa bactéria alcançou, pode 
levar a bacteremia, septicemia, uma endocardite bacteriana, se pegar uma via arterial; 
 Arterial – bacteremia – endocardite 
 Venosa – trombose do seio cavernoso 
Ou então se ela pegar uma via venosa geralmente as veias ela não tem válvula de 
obstrução bacteriana, principalmente nessas regiões angular, nessa região da lateral do 
nariz que vai pra região do seio cavernoso. 
Não sei se vocês já ouviram uma história de uma espinha que foram tentar espremer 
nessa região gerou o óbito do paciente, essa historia é verdade. Então dependendo da 
bactéria se ela tomar essa via venosa ascendente pra região do cérebro, do crânio. Como 
não tem válvula para parar essa bactéria, ela pode contaminar o seio cavernoso e levar a 
óbito do paciente. 
Fatores determinantes de progressão: 
 Espessura da cortical 
o Vestibular 
o Lingual 
o Apical 
 Alturas das inserções musculares 
o Vestíbulo bucal 
o Espaços faciais 
22 
 
Umas das coisas importantes são em relação a essas vias de propagação, então isso 
depende obviamente da inclinação do ápice dentário, podendo ser um ápice mais 
inclinado para a vestibular você vai ter uma cortical óssea mais fina nessa região, então 
o pus a bactéria ela vai sempre tomar o caminho mais fácil. Então isso está relacionado 
com a espessura da cortical, no caso é relacionado com a inclinação do ápice e 
também a altura das inserções musculares. 
Agora eu vou mostrar para vocês que dependendo de como tá a inserção, essa 
coleção purulenta pode tomar um caminho favorável, que é uma drenagem dentro da 
boca. Mas também pode tomar um caminho desfavorável que é uma drenagem 
submandibular ou propagação dessa coleção por submandibular. 
 
(Fragiskos, 2007) 
 
Em relação a altura das inserções musculares fotos mostram a inserção do bucinador 
está abaixo da inserção do ápice e acima do ápice. 
 
 
(Fragiskos, 2007) 
Também o músculo milohióideo é importante para dizer para que lugar o abscesso irá 
drenar. 
23 
 
 
(Fragiskos, 2007) 
 
Etiopatologia da infecção odontogênica: 
 
Então a partir do momento que você tem uma cárie, uma infecção da polpa do dente, 
você vai ter uma inoculação bacteriana. Então a bactéria vai começar a resistir a esse 
combate imunológico, vai começar a proliferar e vai iniciar o processo infeccioso, essa 
infecção pode ficar restrita ao osso, periápice, ou o sistema imunológico do paciente 
pode combater essa bactéria ou então pode ocorrer à propagação dessa infecção, e pode 
dar inicio a uma celulite que é devidamente predominante por células aeróbias 
inicialmente infecções de estreptococos aeróbios e a partir do momento que essa 
infecção vai tomando tecidos mais internos, ela vai se postergando e vai ocorrendo a 
diminuição do potencial de oxido-redução e vai aumentando o número de bactérias 
anaeróbicas que são as mais encontradas nessa patologia de abcesso. 
 
A celulite é mais perigosa do que a expansão de um abcesso porque na celulite nós 
estamos no estágio inicial de infecção e ela não é limitada, ela difunde no tecido e você 
não tem ponto de flutuação e ela é firme, enrijecida, você não consegue drenar ela. 
Na situação de abcesso em que a bactéria começa a não precisar mais do oxigênio 
para sobreviver, então você tem uma situação de esqueleto bacteriano e necrose tecidual 
o corpo começa a localizar todo esse produto bacteriano que são células mortas, 
exoesqueleto, tecido necrótico que é o pus e o corpo começa a debilitar e tenta 
exteriorizar esse pus para a região interna ou externa da cavidade bucal. 
 
24 
 
 
 
 
Duração 
 
Aguda (1 a 5 dias) 
 
Crônica (4 a 10 dias) 
 
Dor 
 
Intensa e 
Generalizada 
Localizada 
Tamanho Grande Pequeno 
Localização Limites difusos Bem definida 
Palapação Pastosa a endurecida Flutuante 
Presença de pus Não Sim 
Grau de Gravidade Maior Menor 
Bactérias Aeróbicas Anaeróbicas 
 (Peterson, 2005) 
Questão prova estágio 2 abscesso e Celulite. 2017.1 
Então é importante você saber fazer esse diagnóstico: quando a infecção está 
dentro do osso, ou seja, uma osteíte, quando ela é uma celulite, como você vai 
proceder. E quando você tem um ponto de flutuação que é o abcesso pronto para você 
drenar e é ai que você vai entrar com a técnica cirúrgica para você fazer a drenagem, 
antes de estourar na pele do paciente. Porque a cicatriz é a consequência que o paciente 
vai ter com o abcesso estourando no rosto, e é muito pior do que fazer uma drenagem 
cirúrgica. 
Diagnósticos iniciais 
Osteíte periapical 
 
 Infecção restrita ao osso alveolar – observa-se na radiografia periapical, para 
observar a área radiolúcida no ápice, relativamente difusa. 
 Dor intensa 
 Sensação de dente crescido 
 Dependendo da condição anatômica ou coronária ou estrutural desse dente, você 
faz uma cirurgia de acesso para aliviar esse processo ou então você tem que 
fazer a exodontia dependendo de como está à estrutura desse dente. 
Celulite 
Diferenças entre Celulite e Abscesso 
Característica Celulite Abscesso 
25 
 
 
Arquivo pessoal SPA 
 
 Inflamação intensa e difusa dos espaços dos tecidos moles; 
 Evolução rápida 
 Não tem delimitação 
 Apresenta sinais cardiais da inflamação: calor, rubor, perda de função, dor 
intensa, edema. 
 É consistente, firme a palpação. 
 E o predomínio de bactérias aeróbias 
Numa situação como essa de celulite como você tem que proceder? Você tem que 
remover a causa, o dente contaminado e realiza antibioticoterapia porque você não vai 
conseguir drenar. 
Abcesso 
26 
 
 
 
 Infecção localizada – então o organismo por si só conseguiu localizar e/ou 
circundar essa infecção. 
 Diminuição da sensibilidade dolorosa, porque a infecção já atravessou o 
periósteo. 
 Raramente você consegue vê-lo numa tomografia ou periapical, então o 
diagnostico é clínico mesmo. 
 Aumento de volume circunscrito, ou seja, limitado. 
 Possui ponto de flutuação – na palpação você sente. 
 Predomínio de bactérias anaeróbias. 
 Percussão do abscesso quanto toma alguma via para drenar intra ou extra oral 
apresenta uma fistula que é a cronificação do abscesso, então você vai ter a 
formação de uma passagem ou fistula na pele ou mucosa da cavidade oral. 
 Processo infeccioso vai haver tecido necrótico residual. 
Edema, Celulite e Abscesso 
27 
 
 
(Peterson, 2009) 
Características dos espaços faciais: 
 São áreas bem delimitadas por planos e fáscias musculares, são áreas com 
potencial de disseminação, então nem sempre se essa secreção purulenta ficar retida no 
espaço facial sem drenar, ela vai se manter neste local, e ela pode ir tomando outros 
espaços faciais aí pode comprometer a saúde do paciente. 
Existem os espaços faciais primários que estão mais próximos da região dentaria e a 
partir do momento que eu coloco uma proteção dessa secreção purulenta ela vai 
tomando os espaços faciais secundários é claro que isso já nos dar um alerta máximo 
que esse paciente está a um nível hospitalar. 
Dentre os espaços faciais primários: 
 Espaços faciais advindo da maxila: canino, bucal e Infratemporal. 
 Espaços faciais advindo da Mandíbula: bucal, Submentoniano, sublingual, 
submandibular.Lembrando que um espaço se comunica com o outro na região mandibular. 
Em relação aos espaços secundários, que é a progressão desses espaços 
primários que a infecção vai evoluindo para os espaços: Massetérico, 
pterigomandibular, temporal superficial e profundo, faríngeo lateral, 
retrofaríngeo ou pré-vertebral e isso é a via descendente de progressão de um 
processo Infeccioso. 
Eu vou passar umas informações dobre sinais e sintomas de alterações de espaços 
primários: 
Espaço Infratemporal: 
28 
 
 Sinais clínicos: trismo muscular, aumento volumétrico na região de arco 
zigomático. 
 Causa: infecção do terceiro molar 
 Então nos temos no caso Infratemporal, ou seja, nessa região superior ao 
pterigoideo lateral. 
Espaço bucal 
 Pode ser maxilar ou mandibular 
 Sinais clínicos: inchaço abaixo do zigomático ou na borda inferior da mandíbula 
 Causa: infecção dos molares superiores e dos inferiores. 
 Então esse trajeto acima do músculo bucinador na parte superior ou abaixo do 
músculo bucinador na parte inferior por vestibular vai dar reflexo ou 
acometimento do espaço bucal. 
 Na maioria das vezes o resultado para evitar a progressão desse caso é a 
drenagem da face desse paciente. Então é menos mal para o paciente tomar essa 
via de progressão para o espaço bucal. 
Ocorrendo muitas vezes hemorragia para essa região lingual abaixo do musculo 
milohióideo ou acima também pode haver acúmulo de pus nessa região sublingual e 
jogar a língua do paciente para região posterior e pode ocorrer uma obstrução através 
do posicionamento posterior da língua. 
Espaço Submentoniano 
 Inchaço da pele 
 Acúmulo de secreção purulenta 
 Geralmente infecção de incisivos e canino superior. 
 
Espaço sublingual 
 Inervação do assoalho da boca, da língua, isso pode gerar uma dificuldade de 
deglutição, uma dificuldade respiratório devido o posicionamento da 
musculatura lingual. Caso o paciente mencione essas características o ideal é 
encaminhar o paciente o mais rápido possível para o pronto atendimento, pois 
evolui rapidamente. 
Espaço submandibular 
 Você tem um inchaço Extrabucal. 
 E é um espaço que também pode produzir uma via descendente 
 Causa: infecção de molares inferiores 
 
A partir do momento que não há drenagem e há o comprometimento dos espaços 
primário, ocorre a progressão e essa progressão pode haver o comprometimento dos 
29 
 
espaços secundários, com esse comprometimento a infecção torna-se mais perigosa, 
severa, geralmente a musculatura está relacionada com a definição, delimitação, desses 
espaços secundários e com essas infecções vocês já ouviram falar na Angina de 
Ludwig, Fasceite Necrosante, Trombose do Seio Cavernoso e a Osteomielite 
ANGINA DE LUDWIG 
O tratamento da angina de Ludwig é baseado em quatro medidas: 
 1. Manutenção das vias aéreas 
2. Incisão e drenagem 
3. Antibioticoterapia 
4. Eliminação do foco infeccioso original 
 É grave 
 Não é incomum 
 Tem que saber fazer o diagnostico, pois isso lhe permite salvar o paciente. 
 Da angina para ocorrer à obstrução orofaringe e a infecção tomar uma via 
descendente é muito rápido. 
 Tem por inicio um comportamento de celulite, por isso é difícil reverter o 
quadro de uma Angina de Ludwig, porque está numa situação inicial de 
infecção e ela é difusa. Então você tem um processo infeccioso, difuso no 
tecido tomando os seis espaços: dois submandibulares, dois linguais, dois 
submentonianos. 
 Toda a região vai ter um edema firme à palpação, geralmente a drenagem não 
resolve apesar de realizar, mas não irá haver saída de secreção purulenta 
apenas secreção de sangue e isso torna a situação grave, pois não consegue 
reverter o quadro do paciente de forma rápida, porque você está numa situação 
de celulite, que é uma infecção anaeróbia difusa no tecido, esse é um processo 
inflamatório polimicrobiano, onde há progressão bilateral desses espaços. 
 Causa de origem odontogênica, pode ser periapical ou periodontal 
normalmente em molares superiores. 
Características clínicas: trismo, retroposicionamento da língua, obstrução da 
região de orofaringe posterior, edema exacerbado na região submandibular, 
dificuldade de respiração e deglutição, tumefação, firme a palpação, difuso, bilateral, 
febre alta, desenvolvimento rápido, alteração na fala, respiração acelerada e alta. No 
caminho posterior a inervação da língua e obstrução das vias aéreas posteriores. 
Tratamento: apesar de não haver pus, devem-se fazer vários pontos de 
drenagem, envolvendo os espaços: submandibulares, sublinguais e submentonianos. E 
entra a terapia endovenosa fazendo uma associação de penicilinas que é um antibiótico 
que atua especificamente em anaeróbios associado ao metronidazol que tem um 
espectro exclusivamente de anaeróbios e a Clindamicina também que tem uma atuação 
mista com a vantagem de ter uma difusão no tecido mole muito boa, tanto em tecido 
duro quanto em tecido mole então a Clindamicina é um antibiótico usado com 
30 
 
frequência associando com a amoxicilina para tratar infecção de face e na maioria das 
vezes quando um paciente já chega com dificuldades respiratórias à traqueostomia por 
motivos de emergência ela é realizada. 
(Peterson, 2009) 
COMPROMETIMENTO DAS VIAS AÉREAS 
Segundo (Miloro, 2004. 2ª ed. página 281) a causa mais comum de óbitos nos 
casos relatados de infecção odontogênica é a obstrução das vias aéreas. Assim, o 
cirurgião deve verificar uma obstrução existente ou iminente nos primeiros minutos de 
avaliação do paciente com infecção de cabeça e pescoço (Prova 2017.1). 
A obstrução completa das vias aéreas, claro, é uma emergência cirúrgica. 
Nestes casos, o movimento insuficiente ou ausente de ar, apesar dos esforços 
inspiratórios, será aparente. Em mão muito habilidosa, uma tentativa rápida de 
intubação endotraqueal pode ser feita, mas uma abordagem cirúrgica direta das vias 
aéreas pela cricotiroidotomia ou traqueostomia tem uma previsibilidade maior de 
sucesso. 
INFECÇÃO DO MEDIASTINO (MEDIASTENITE DESCENDENTE 
NECROSANTE) 
FASCEITE NECROSANTE: 
É um caso em que a fistula progride ou então o abcesso explode e ele necrosa 
uma quantidade de pele maior desse paciente, por isso que é importante você saber 
dessa inflamação para você saber o ponto correto para você fazer a drenagem. No 
abcesso flutuante a pele está mais fina, se você incisa essa pele fina vai formar uma 
osteíte necrosante então o ponto de incisão desse abscesso é um pouquinho mais 
abaixo dessa pele fina muitas vezes a gente vai até na pele saudável e aí você vai 
divulsionando com a tesoura até a região de pus, para evitar a Fasceite Necrosante. 
Então vocês precisam ter o discernimento quando o tratamento pode ser a nível 
ambulatorial e hospitalar. 
E os motivos que levam a nível hospitalar é o paciente encontrar-se temperatura 
maior de 38°C, com dificuldades de deglutição, dificuldades respiratórias, ou seja, a 
31 
 
frequência respiratória que devia está em 18, 24, está em 30. Ou seja, está aumentando a 
frequência respiratória, sugere uma obstrução de vias áreas posterior, então o paciente 
está tentando captar mais o ar. 
Então com esses sinais e sintomas, você começa a pensar em uma infecção mais 
avançada, deve-se encaminhar para o PRONTO SOCORRO. Então quando você tem 
infecção dos espaços profundos do pescoço com edema na região do espaço 
submandibular, porém será necessária anestesia geral e uma abordagem mais rápida 
através da via endovenosa, e também antibiótico terapia nesse paciente. 
Agora se esse paciente tiver um abscesso, edema, ou seja, o paciente não está 
com dificuldade respiratória, e nemdificuldade de deglutição, você deve tratar a nível 
ambulatorial (consultório). Drenar o abscesso e sempre fazendo a cobertura antibiótica, 
e mais, a literatura manda fazermos uma dose de ataque, ou seja, dobramos a posologia 
da medicação. Exemplo, Amoxilina de 500mg. Para fazermos a drenagem de um 
abscesso devemos dar para o paciente 1(um) grama, então, são dois comprimidos de 
500mg. Aguardar 20 minutos, em seguida, fazer a drenagem do abscesso, remoção da 
causa e obviamente vai prescrever o antibiótico no pós-operatório. E a conduta de 
prescrição no pós-operatório são 7 dias, e dependendo do caso até 14 dias, já cirurgias 
eletivas são 3 dias, pois não há infecção. 
O tratamento em si da drenagem: 
1. Usar uma lâmina de bisturi Nº 15. 
2. Incisão (5 a 8 mm) abaixo do ponto de flutuação de preferência em tecido saudável, e 
também abaixo por causa da gravidade que facilitará o escoamento do pus. 
 
(Fragiskos, 2007) (Fragiskos, 2007) 
3. Entrar com a pinça Metzenbaum. 
3. Colocar o dreno, pois é fundamental para drenar a coleção purulenta remanescente, 
tem função de corpo estranho, deixar a ferida aberta por mais tempo. Pode ser dreno 
específico ou um dedo de luva estéril (cortar um dedo da luva, e também cortar a ponta 
32 
 
desse dedo, em seguida, lavar a esse dedo no soro fisiológico, assim sendo, você usará 
esse dedo de luva como dreno). 
 
(Fragiskos, 2007) (Fragiskos, 2007) 
4. Suturar o dreno na borda da ferida. Observar durante 3 dias se tem pus ou não. 
Geralmente o dreno fica 72 horas na loja óssea do paciente. 
5. Tem que remover o dente ou fazer acesso endodôntico, caso possível. 
Antibiótico de escolha Amoxilina, se você estiver diante de uma infecção mais 
superficial. Exemplo, uma pericoronarite em que há uma quantidade maior de 
anaeróbios, podemos lançar mão de metronidazol, pois é uma medicação que atua em 
anaeróbios. Se você está diante de um abscesso ou uma celulite é melhor associar 
Amoxilina 500 mg por 7 dias 8 em 8 horas e Clindamicina 300 mg por 7 dias 8 em 
8 horas. 
Metronidazol é conhecido como plagio é muito utilizado em pericoronarite 400 mg de 
6 a 8 horas utilizar por 5 dias. 
TROMBOSE DO SEIO CAVERNOSO 
É uma ocorrência incomum que, raramente, é o resultado de uma infecção 
dentária. Como a celulite orbitária, a trombose do seio cavernoso é uma infecção séria, 
com risco de morte, que requer cuidados cirúrgicos e médicos agressivos. A trombose 
do seio cavernoso possui uma alta taxa de mortalidade, mesmo nos dias atuais 
(Peterson, 2009). 
33 
 
 
(Peterson, 2009). 
OSTEOMIELITE: 
O termo osteomielite literalmente significa inflamação do osso medular. Sob o 
aspecto clínico, osteomielite implica infecção do osso. Em geral, o processo inicia-se na 
cavidade medular, envolvendo o osso esponjoso, estendendo-se e disseminando-se para 
a cortical óssea e, eventualmente, ao periósteo. A invasão bacteriana no osso esponjoso 
causa inflamação do tecido mole e edema nos espaços medulares. Como na polpa 
dentária, o edema de tecido mole que está encapsulado pelo tecido calcificado compacto 
resulta no aumento da pressão hidrostática, que eleva a pressão sanguínea dos vasos 
arteriais nutrientes. O resultado do comprometimento severo do suprimento sanguíneo 
causa, então, a necrose do tecido mole. A falência da microcirculação do osso esponjoso 
é um fator crítico no estabelecimento da osteomielite, pois a área envolvida torna-se 
isquêmica e o componente celular do osso sofre necrose. Dessa forma, as bactérias 
podem proliferar, pois as defesas provenientes do sangue não conseguem chegar ao 
tecido, e a osteomielite se dissemina até que seja tratada por terapia médica ou cirúrgica. 
Embora a maxila também possa ser envolvida pela osteomielite, raramente tal 
fato ocorre, em comparação com a mandíbula. A razão primária para isso é o 
suprimento sanguíneo da maxila ser muito mais rico e se derivar de diversas artérias, as 
quais formam complexa rede de vasos de suprimento. Como a mandíbula tende a 
receber seu suprimento sanguíneo primário pela artéria alveolar inferior, e devido à 
densa lâmina cortical que recobre a mandíbula, impedindo a penetração dos vasos 
sanguíneos periosteais, o osso esponjoso da mandíbula é mais propenso a se tornar 
isquêmico e, portanto, infectado. Considerando as oportunidades que as bactérias têm 
34 
 
de entrar no osso esponjoso via infecções dentárias, a osteomielite da mandíbula, 
raramente, ocorre se as defesas do hospedeiro estiverem de certa forma intacta. Os 
principais fatores predisponentes para a osteomielite dos maxilares são as infecções 
odontogênicas e as fraturas de mandíbula precedente. 
Então são infecções mais severas que exigem tratamento a nível hospitalar. 
A nível laboratorial o tratamento é drenar o abscesso, sempre fazer a cobertura 
com antibiótico, ou seja, sempre antes de drenar fazer uma dose de ataque dobrando a 
posologia da medicação, por exemplo a amoxicilina é 500mg para a dose de ataque será 
1g, ou seja dois comprimidos de 500 mg depois aguarda o período de 15 minutos e ai se 
faz a drenagem do abscesso, a remoção da causa e obviamente prescrever para esse 
paciente tomar o antibiótico no pós-operatório e a conduta de prescrição do pós-
operatório são 7 dias de uso de antibiótico. 
Então em cirurgias seletivas 3 dias, em caso de infecção são 7 dias e há dependendo do 
caso até 14 dias. 
Incisão abaixo do ponto de flutuação, em preferível em tecido mais saudável, e 
também abaixo por causa da gravidade porque isso vai facilitar no escoamento do pus, 
sempre é importante a colocação do dreno, o dreno tem a função de drenar a secreção 
purulenta remanescente porque às vezes você não consegue ordenhar todo o pus que 
está ali no tecido paciente, serve também como corpo estranho isso estimula células de 
defesa a estarem imigrando para aquela região que vai deixar a ferida aberta para 
continuar a drenagem desse paciente. 
Dentro do ambiente hospitalar há um dreno chamado penrose específico, mas 
no dia-dia usamos um dedo de luva pega uma luva estéril corta, coloca dentro da 
cavidade, sutura a borda da seringa, seja na pele ou na região intraoral. Observa-se que 
antes de ordenhar após a perfuração, incisão pequena de cerca de 5 mm não mais do que 
isso até 8 mm, você fara a divulsão com material rombo que liberara essa secreção 
purulenta, ordenha, corta o dedo de luva, lava e coloca dentro do abscesso fura a borda e 
deixa lá dentro e sutura a borda. Você remove o dreno após aproximadamente 72h, mas 
no áudio ele diz que o paciente deve retornar 3 dias seguidos apos colocar o dreno se 
após o os três dias estiver sequinho retira. 
35 
 
 Nem sempre é necessário fazer essa drenagem cirúrgica, você pode ter uma 
abertura coronária como via de canal já é suficiente ou até mesmo no caso de abscesso 
periodontal onde você faz o escoamento pelo sulco gengival no dente que já tem 
estabilidade espontânea. No caso de via alveolar se a secreção purulenta é localizada 
bem no ápice dentário sentindo dor ainda, só o fato de você remover o dente você já vai 
ter drenagem de secreção purulenta por via alveolar. 
A trombose em que você vai ter progressão periosteal e folicular e geralmente você 
tem que fazer o tratamento cirúrgico. 
 A remoção da causa removendo o dente ou então abri e tratar de forma 
endodôntica, além de drenar o abscesso. 
 Na maioria das vezes tem que utilizar o uso de antibiótico sempre se lembrar da 
dose de ataque e a posologia pós-operatória durante 7 dias. O medicamento de 
sugestão é amoxicilina. 
Se você tem uma infecçãomais superficial, por exemplo, uma pericoronarite que 
tem uma quantidade maior de anaeróbios pode lançar mão do metronidazol que é uma 
medicação que atua em anaeróbios. 
E se você tem uma infecção, o abscesso ou uma celulite você pode fazer uma associação 
da amoxicilina com a Clindamicina, como o abscesso. 
Como o abscesso você removendo o pus e a causa dele e faz o uso de uma 
Amoxilina em caso de persistência pode fazer: 
 Amoxilina 500 mg de 8/8hrs por 7 dias associado a Clindamicina 300 mg de 
8/8 horas por 7 dias. 
 O metronidazol é vendido na forma de flagio usamos muito na pericoronarite 
400 mg de 6 a 8 horas por dia durante 5 dias. 
Numa situação de celulite 
 Quando a edema firma palpação: 
o Remove a causa, dente. 
o Antibioticoterapia: associação da amoxicilina com a Clindamicina; 
36 
 
Em situações onde há ponto de flutuação: dose de ataque antibiótica, anestesia 
local, incisão com lamina 15, divulsão pinça hemostática, ordenhar, colocação do dreno 
com dedo de uma luva estéril passar antibiótico por até 3 dias (72 horas) de 
acompanhamento se estiver seco remover o dreno. 
Não se esqueça de anestesia bem o local da incisão que será a única coisa que vai 
doer. 
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS 
Professor: Gustavo 
Microbiota das infecções odontogênicas. 
As bactérias que causam as infecções odontogênicas são bactérias comuns da 
flora bucal normal que através de uma polpa necrótica ou de uma bolsa periodontal 
profunda adentram tecidos profundos causando infecções. 
As infecções odontogênicas são de natureza polimicrobiana em número e 
espécies. Essas bactérias geralmente são causadoras de doenças comuns como cárie, 
gengivite e periodontite elas são encontradas nas superfícies das mucosas, na placa 
bacteriana ou nos sulcos gengivais. 
A maioria das infecções odontogênicas é causada por bactérias aeróbias e 
anaeróbias. Os organismos aeróbios são facultativos, ou seja, crescem na presença ou 
ausência de oxigênio e geralmente iniciam o processo de invasão dos tecidos profundos. 
Após a inoculação inicial por grupos aeróbios, os produtos metabólicos oriundos 
dessas bactérias aeróbicas criam um ambiente propicio para o crescimento de 
organismos anaeróbios (diminuição do PH e o consumo de oxigênio). 
Clinicamente essa transição de flora infecciosa pode ser correlacionada ao tipo de 
tumefação presente. 
As infecções odontogênicas possuem 4 estágios: inoculação, celulite, abscesso e 
resolução. 
37 
 
Inoculação: compreende os primeiros 3 dias da infecção. Há a presença de uma 
tumefação branda, levemente endurecida. Compreende a invasão dos tecidos pelos 
estreptococos. 
Celulite: 3 a 5 dias. A tumefação mostra-se mais endurecida, avermelhada e 
agudamente dolorosa. Flora de infecção mista. 
Abscesso: 5 a 7 dias. Microrganismos anaeróbios começam a predominar. Liquefação 
dos tecidos e formação de microabscessos que podem se fundir num abscesso 
clinicamente reconhecível. 
Resolução: drenagem do abscesso espontaneamente por pele ou mucosa. Resposta do 
sistema imune que leva a cura e reparo. 
História da progressão das infecções odontogênicas 
As infecções odontogênicas têm duas origens principais: periapical e 
periodontal. A infecção sempre se estabelece ao longo das linhas de menor resistência. 
A infecção se dissemina através do osso esponjoso até encontrar a lâmina cortical. O 
seu trajeto, então, depende de 3 fatores: 
1. Localização do ápice da raiz 
2. Localização da cortical óssea (onde tiver menos osso a ser percorrido) 
3. Localização da perfuração em relação à Inserção muscular 
A localização da infecção em tecidos moles depende da posição da perfuração em 
relação às inserções musculares. 
 
(Fragiskos, 2007) 
38 
 
Relação entre o ponto de perfuração óssea e a inserção muscular que 
determinará o espaço facial envolvido. A) quando o ápice do dente estiver acima da 
inserção muscular, o espaço facial adjacente será envolvido (drenagem extra-bucal). B) 
quando o ápice radicular estiver abaixo da inserção muscular, resultará em abscesso 
vestibular (drenagem-intrabucal). 
MAXILA 
Dentes anteriores: a infecção tende a se direcionar para a lâmina cortical 
vestibular. Pode também ocorrer uma perfuração abaixo da inserção muscular, o que 
significa que a maioria dos abscessos dentários na maxila são inicialmente abscessos 
vestibulares. 
Um abscesso palatino pode surgir devido a um lateral muito inclinado ou da raiz 
palatina do primeiro molar ou pré-molar superior. 
Molares: mais comumente apresenta infecções com perfurações acima da 
inserção muscular, resultando em infecção do espaço bucal, da mesma forma que um 
canino com raiz longa pode apresentar perfuração acima da inserção muscular do m. 
elevador do ângulo da boca, causando infecção do espaço infraorbitário. 
MANDÍBULA 
Incisivos, caninos e pré-molares: apresentam infecções perfurando a lamina 
cortical facial superior à inserção dos músculos dos lábios inferiores, resultando em 
abscesso vestibular. 
Molares: perfuram com mais frequência a cortical óssea lingual. 1 molar: vestibular ou 
lingual. 
2 molar: lingual. 3 molar: cortical lingual. 
(Fragiskos, 2007) 
O músculo milohioideo determina se a infecção que drena pelo lado lingual se 
dirigirá superiormente a ele para dentro do espaço sublingual ou inferiormente a ele se 
dirigindo para dentro do espaço submandibular. 
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS COMPLEXAS 
39 
 
Existem 2 tipos de espaços fasciais: os primários e os secundários. 
Os espaços primários compreendem, na maxila, o espaço canino, bucal e 
infratemporal. Na mandíbula os espaços bucal, submentoniano, sublingual e 
submandibular. Esses espaços são invadidos diretamente. 
Secundários: masseterico, pterigomandibular, temporal superficial e profundo, 
lateral da farínge, retro-faríngeo e pré-vertebral. Esses espaços são envolvidos 
secundariamente. 
Espaços fasciais primários da maxila 
1. Espaço canino: acometimento por infecções nos elementos 13 e/ou 23. 
Está localizado em um espaço localizado entre os m. Elevador do ângulo da boca e m. 
elevador do lábio superior. 
Sinal clínico: com a infecção nesse espaço, ocorre um esmaecimento do sulco 
nasolabial. 
2. Espaço Infratemporal: acometimento por infecções nos elementos 18 e/ou 28. 
Situa-se posterior à maxila. É limitado medialmente pelo osso esfenoide e 
superiormente pela base do crânio. 
Características clínica: trismo. 
O espaço Infratemporal é rota para infecções que podem disseminar-se para o seio 
cavernoso, além de poderem acometer o seio maxilar (dentes superiores posteriores em 
geral). 
3. Espaço bucal: é acometido tanto por dentes superiores quanto por inferiores. Mais 
comumente os molares. 
Está localizado num espaço entre a face(pele) e o músculo bucinador. 
Características clínicas: edema abaixo do arco zigomático e acima do bordo inferior da 
mandíbula. 
Espaços fasciais primários mandíbula 
1. Espaço Submentoniano: causado por infecções nos dentes 32, 31, 41 e/ou 42. 
40 
 
Este espaço está localizado entre o ventre anterior do músculo digástrico (direito e 
esquerdo), músculo milohióideo e pele. 
Característica clínica: tumefação abaixo do mento. 
2. Espaço sublingual: atingido por infecções oriundas dos dentes 44, 45 e/ou 34, 35. 
Este espaço situa-se entre a mucosa do assoalho bucal e músculo milohioideo. Este 
espaço possui comunicação continua com o espaço submandibular. 
Característica clínica: extra oralmente há pouco ou nenhum aumento de volume, porém 
este grande volume intra oralmente localizado no assoalho da boca. 
3. Espaço submandibular: atingido por infecções oriundas dos dentes 46-47 e/ou 36-
37Este espaço está localizado entre o m. milohioideo e a camada superficial suprajacente 
da fáscia cervical profunda. 
Quando os espaços perimandibulares (submandibular e sublingual (bilaterais) e 
submentoniano) são bilateralmente envolvidos em uma infecção, esta é conhecida 
como Angina de Ludwig. (Prova 2017.1) 
4. Canino inferior: pode acometer espaços submentoniano e submandibular. 
TRATAMENTO *(retirado do livro terapia medicamentosa em Odontologia – Eduardo 
de Andrade) 
ANTIBIOTICOTERAPIA 
Penicilina Clindamicina Metronidazol 
Amoxicilina Azitromicina Moxifloxacina 
 
É uma conduta terapêutica usar empiricamente um desses medicamentos em 
infecções odontogênicas. A droga escolhida, em geral, é a penicilina. 
Os fármacos alternativos para pacientes alérgicos à penicilina são a Clindamicina e 
Azitromicina. 
41 
 
O metronidazol é útil somente contra bactérias anaeróbias, porém, em 
combinação com antibióticos com atividade contra bactérias aeróbias (penicilina). 
Amoxicilina ainda é bastante eficaz contra os cocos aeróbios gram-positivos e 
bacilos anaeróbios gram-negativos encontrados principalmente em infecções de origem 
endodôntica e periodontal. Apresenta uma maior e mais rápida absorção e mantem 
níveis sanguíneos mais prolongados (o que permite um intervalo maior entre as doses – 
8-12 horas). É bastante utilizada em associação com o metronidazol. 
Amoxicilina 500 mg 8/8 horas por 15 dias 
Metronidazol 400 mg 12/12 horas horas por 15 dias. 
Azitromicina 500 mg 24/24 horas 
Clindamicina 300 mg 8/8 horas 
Associação: Amoxilina 500 mg + metronidazol 400 mg 
 
No mínimo por 15 dias, até regredir o sinal clínico da infecção. 
Caso haja desconforto estomacal, prescrever alguma medicação para proteção 
gástrica (ranitidina, omemprazol). 
Após o fim da secreção purulenta, continuar com antibióticos por mais 3 dias. 
TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR NA DENTADURA DECÍDUA 
Professora: Naelka para SPA. 
Trauma dentário é típico em determinada faixa etária como idade escolar e pré-
escolar. Infelizmente o trauma causa um fator tanto físico, estético e psicológico na 
criança e nos pais. Porque os pais tem um sentimento de culpa, então imagina atender 
uma criança que está com dente “quebrado’’, boca dilacerada, mais a mãe agitando sua 
cabeça”. Então, de vez em quando tu tens que “dá um chega pra lá’’ naquela mãe 
desesperada”. 
Trauma é uma urgência. De acordo com o trauma e o atendimento, isso irá 
definir o prognóstico, entre os fatores da etiologia está à prática de esportes, 
espancamento dos pais, anatomia, intubação, deficiência mental. Paciente que é 
42 
 
deficiente de repente pode sofrer uma lesão, um trauma dentro de casa, e mesmo 
quedas, exposição, acidente de transito. 
Prática de esportes: seria ideal que durante a prática de esportes, a criança 
fizesse uso de protetores bucais. 
Intubação: por incrível que pareça, tem muitas crianças que sofrem trauma 
durante a intubação. Entram em uma situação de emergência no hospital, precisam ser 
intubados para respirar e o médico no ato de introduzir a cânula acaba lesionando o 
dente. Além de lesionar, quanto é só fratura ‘’tudo bem’’, tem uma criança lá no ICAM 
que avulsionou os dois incisivos permanentes. Não vamos entrar nesse mérito se está 
certo ou errado! O que é preferível, a criança respirar e viver ou fraturar o incisivo e ser 
reconstruído? 
As concussões e anatomia: as crianças muito pequenas tem uma 
desproporção entre o tamanho da cabeça e o corpo. Por isso que elas caem com 
muita frequência, quedas da própria altura. Isso propicia as quedas, é muito comum ver 
crianças de baixa idade com trauma. Porque tem essa desproporção entre a cabeça e o 
corpo. 
1° pergunta: Quando foi o trauma? Preciso saber o tempo que o pai teve a 
iniciativa de levar a criança com trauma ao atendimento. 
2° pergunta: Onde aconteceu o trauma? Foi na escola? Foi na creche? 
Parquinho? Preciso saber onde foi e também como foi. 
3° pergunta: a criança bateu a cabeça? Sentiu sono? Teve vomito? Teve 
alguma manifestação. 
Tudo isso precisamos ter de informação. O prognóstico depende de como e 
onde ocorreu. Foi no parquinho? Tinha areia? Tem cachorro que anda perto? Preciso 
saber de tudo isso pra prescrever antibiótico e/ou vacina antitetânica e cobertura 
vacinal. Preciso saber se a criança bateu com a cabeça, vomitou, ficou sonolenta. Por 
que eu preciso saber isso? Por causa de possíveis danos neurológicos, se a criança 
bateu a cabeça não pode deixar dormir. Sonolência e vomito, eu preciso 
encaminhar para o médico (Neurologista). 
Cobertura vacinal: quais as vacinas verificarei no cartão? 
43 
 
Tríplice viral (Difteria, Tétano e Coqueluche) (DTP) 2 meses, 4 meses e 6 
meses e reforço com 4 anos de idade. 
Doenças bacterianas contagiosas da infância 
 
Difteria 
 
Corynebacterium diphtheriae 
 
Coqueluche 
 
Bordetella pertussis 
 
Tétano 
 
Clostridium tetani 
 
 
Observação: Criança abaixo de 10 anos não toma a antitetânica. 
Sempre que o paciente chegar ao SPA tem que solicitar o cartão de vacina. 
Questão de prova (prova estágio II. 2017.1)!!!! 
Deve-se verificar a no cartão de vacinação da criança se ela possui vacina de 
tríplice viral (DTP) preferencialmente as três doses. 
Exame radiográfico: ele só auxilia no diagnóstico, eu pego uma criança que 
sofreu um trauma e preciso radiografar o elemento que sofreu o trauma? Eu tenho que 
ter muito mais do que isso envolvido, vou ter que fazer a radiografia dos dentes 
envolvidos, radiografia dos dentes adjacentes e radiografia dos dentes antagonistas. De 
44 
 
repente o paciente caiu de boca, de queixo e boca fechada ele pode ter fraturado os 
incisivos, a incisal dos incisivos superior e ter uma fratura radicular dos incisivos 
inferiores. Por isso que abrange muito mais que somente os dentes envolvidos. Porque 
depende de onde foi a força e pra onde ela se dissipou. 
Traumas: 
Trincas de esmalte: elas acontecem muito, dependendo da intensidade do 
trauma. 
Achados clínicos: linhas que seguem a orientação os prismas de esmalte. Não 
vai ter perda de estrutura de esmalte, não vai ter perda de estrutura do dente. 
Terapêutica: Proservação, controle clínico e radiográfico por pelo menos 6 
meses. E aconselhar para não abrir lata com o dente e etc... Porque o dente já está frágil. 
Fratura de esmalte: já vai ter perda da estrutura de esmalte, atingindo somente 
esmalte. 
Terapêutica: reconstrução do fragmento em resina. Só que no SPA vocês não 
terão resina pra restaurar, vocês vão pegar o disco de lixa e arredondar as bordas 
cortantes e encaminhar para que o paciente receba realmente um tratamento restaurador 
estético satisfatório. 
Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar 
Tratamento imediato: (24 horas): Curetagem do tecido pulpar exposto, irrigar 
com soro fisiológico, colocar pasta de hidróxido de cálcio PA + soro fisiológico sobre a 
polpa, cimento de hidróxido de cálcio (Dycal), ionômero, aviso e acompanhamento e 
acompanhamento periódico de 2 em 2 meses. 
Tratamento tardio: (após 24 horas): Acesso pulpar, extirpar a polpa, otosporim, 
selamento provisório (ionômero) e encaminhar pra fazer a exodontia. 
Fratura coronária – radicular de dentes decíduos (SPA): Criança de 2 anos 
caiu da rede teve uma fratura coronária - radicular. Infelizmente o tratamento em dentes 
decíduos é indicado a exodontia. Fratura coronária - radicular em dente permanente é 
outra conduta. 
45 
 
Fratura de raiz em dentes decíduos: Dependendo da localização é adotada 
uma conduta. 
Fratura de 1/3 apical sem deslocamento: não precisa fazer nada. 
Fratura de 1/3 médio com deslocamento:Fazer contenção semirrígida ou não 
fazer nenhum tratamento, somente acompanhar. 
Fratura do 1/3 cervical e fratura longitudinal oblíqua: Exodontia, não há o que 
fazer. Não como tracionar. Porque há uma contaminação via sulco e não tem como 
tratar. 
Observação: Em fraturas coronárias sem exposição pulpar, túbulos 
dentinários expostos podem permitir invasão de bactérias ou de toxinas 
bacterianas para a polpa. (Questão de prova estágio II. 2017.1) 
Concussão: Trauma de pequena intensidade que afeta apenas os tecidos de 
sustentação. Sem perda e sem ruptura do ligamento periodontal. Não há mobilidade, 
sangramento, nem deslocamento. O máximo que pode ocorrer é só uma mudança de 
coloração por extravasamento de algumas células sanguíneas dos túbulos dentinários, 
mas os macrófagos vão fagocitar, e essa coloração volta ao normal. (Questão de prova 
estágio II. 2017.1) 
 
Tratamento: no máximo alívio oclusal se estiver em contato prematuro. 
Desaparece até uma semana. 
Subluxação: Traumatismo de intensidade baixa a moderada nos tecidos de 
sustentação com ruptura do ligamento periodontal que determina mobilidade bem leve e 
sangramento via sulco. 
Remover hábitos como: chupar chupeta, chupar dedo, chupar peito e mamar na 
mamadeira. Para as fibras do ligamento periodontal se regenerar. Alimentação fria e 
pastosa. 
Tratamento: Contenção flexível com fio de nylon (linha de pesca) de 7 a 14 
dias. Pode não fazer a contenção, mas ela é indicada para maior comodidade do 
paciente. Limpeza com escova macia e bochecho com clorexidina. 
46 
 
Luxação lateral: Ocorre deslocamento excêntrico do elemento dentário 
geralmente para palatino ou lingual. Observa-se sangramento sulcular, 
comprometimento de fibras e deslocamento. 
Tratamento: Reposição + contenção semi rígida de 7 a 14 dias 
Associada a fratura óssea: Contenção de 2 a 3 meses, na possibilidade da lesão 
permanecer, exodontia. 
Luxação extrusiva: Há deslocamento coronário do elemento dentário, 
mobilidade, sangramento (abundante) e aumento no espaço do ligamento periodontal. 
Existem diferenças nas alturas dos elementos dentários. Pois até 2 mm não precisamos 
reposicionar. Acima disso, devemos reposicionar fazendo uma pressão digital. Depois 
de 4 horas se o dente teve um deslocamento acima de 4 mm, talvez exige um tratamento 
cirúrgico para reposicionar esse dente (Questão de prova estágio II. 2017.1). 
Observação: O dente extruído deve ser cuidadosamente reposicionado, 
usando-se para isso pressão axial com um dedo sobre o bordo incisal. 
Tratamento: Anestesia tópica→ anestesia infiltrativa→ reposicionar o dente 
com gaze→ Contenção: dente envolvido + 2 dentes para cada lado→ condicionamento 
ácido→ adesivo→ fio de ortodontia → resina composta. 
Observe: O último que põe resina é o dente acometido 
Características da contenção: 
1- Facilidade de fabricação na cavidade bucal sem trauma adicional 
2- Passividade, a menos que forças ortodônticas sejam desejadas 
3- Permita a mobilidade fisiológica (exceto para fraturas radiculares) 
4- Não cause irritação aos tecidos moles 
5- Não interfira com a oclusão 
6- Permita acesso ortodôntico 
7- Facilidade 
Instruções ao paciente: 
1- Evitar mordida sobre o dente imobilizado 
2- Manter uma higiene bucal meticulosa 
47 
 
3- Avisar imediatamente 
Lembrete: Fios para levar para o SPA: (twiste flex ou fio 0,5), 0,7 ou 0,8 e fio de 
nylon. 
Luxação Intrusiva: Deslocamento dentário no sentido apical, ou seja, em 
direção ao alvéolo. É a que provoca maior dano, principalmente, quando ela vai de 
encontro ao germe dental. Ela provoca: anquilose, calcificação, necrose e reabsorção 
inflamatória e substitutiva. (Questão de prova estágio II. 2017.1) 
Observação: O dente havia se deslocado para a vestibular do dente permanente em 
desenvolvimento. 
Tratamento: Aguardar a reerupção durante um a seis meses com controle 
radiográfico. 
Intrusão severa com rompimento da tábua óssea 
Tratamento: Exodontia imediata do dente decíduo intruído. 
Observe: Se não houver lesão da tábua óssea, manter até no máximo 6 meses, se 
não extruir. 
Avulsão: O dente “sumiu”. Avaliar o grau de envolvimento radicular e o meio 
de transporte. 
Tratamento: Limpar com soro fisiológico (debridamento), remover o coágulo, 
dente muito sujo deixar banhado no cloreto de sódio por minutos e reimplantar. Tirar o 
dente de oclusão. 
Medicação: anti-inflamatório, antibiótico, vacina antitetânica. 
Medicamento Posologia Intervalo de 
Administração 
Dipirona gotas 
(500mg/ml) 
*Contraindicado na 
gravidez e lactação 
5 a 8 kg/ 3 a 6 gotas/dose 
9 a 15 kg/ 7 a 12 gotas/dose 
16 a 23 kg/ 13 a 16 gotas/dose 
24 a 30 kg/ 18 a 21 gotas/dose 
31 a 45 kg/ 22 a 30 gotas/dose 
A cada 6 horas 
*Cálculo simplificado 
de 1 gota/kg 
corresponde a 25 
mg/kg/dose o que é a 
48 
 
46 a 53 kg/ 30 a 37 gotas/dose dose máxima prevista: 
muito alta para crianças 
pequenas 
Paracetamol gotas 
(200mg/ml) 
1 gota/kg de peso (máximo de 
35 gotas) 
A cada 6 horas 
Betametasona gotas (0,5 
mg/1ml ou 20 gotas) 
0,5 a 6 mg/dia 
1 a 2 gotas / 1 kg peso 
Dose única pré-
operatória 30 min antes 
do procedimento 
Ibuprofeno gotas 
(50mg/ml) 
1 gota/kg de peso (máx de 40 
gotas por dose) 
A cada 6 horas (de 3 a 5 
dias) 
 
PLANEJAMENTO PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL (PPR) 
Professor: Jonas 
Válidos em planejamento 
 modelo, radiografias, sequências de todos os procedimentos. 
Todo dente pilar tem que ser radiografado, observar o tipo de rebordo, a prótese 
antiga, higienização ou baixa imunidade. 
Observe: Se o paciente não higieniza, possui baixa imunidade, não conseguiu 
higienizar é muito provável de ele adquirir candidíase, o que pode acontecer também 
com próteses mal adaptadas. 
Oclusão: isso é muito perigoso, será que o paciente tem extrusão ou intrusão? Em casos 
de molar que estão tocando no rebordo o dente é indicado para exodontia. 
Quando acontece a intrusão, o paciente não vai ter tempo e disposição, e se for fazer 
desgastes, analisar qual o tipo de desgaste e observar se vai fazer endo ou não, pino ou 
coroa ou não. 
Quando se define o que vai fazer, passamos para a moldagem de estudo. Observar a 
manipulação do alginato. 
O que se deve avaliar no molde? Características adequadas como bolhas, higienização 
do mesmo. É importante também observar a proporção correta do gesso. 
49 
 
No delineamento ele não serve como planejamento, ele apenas confirma ou altera o 
planejamento que já foi feito. As calibrações observam-se o formato de cada dente e 
prepara-lo para criar ou eliminar retenções, depois das correções prepara-se as coroas 
guias. Observar para que elas não criem retenções para não ficarem presas no modelo. 
Nichos: Com broca # 1014 e # 3216, com a esférica se faz a profundidade e a forma 
depois com a # 3216 remove-se as áreas retentivas, realizar acréscimos de bossas ou 
cíngulos sempre em resina composta com isolamento absoluto. 
Após o preparo de boca 2 o próximo passo é a moldagem de trabalho pela técnica de 
dupla moldagem ou reembasamento, e de novo a análise do molde e do modelo, 
seguido de processo de lavagem do molde e desinfecção, modelo adequado com gesso 
tipo IV, e depois disso passamos para o técnico para poder confeccionar a armação 
metálica. 
Aos ajustes: a primeira coisa a se fazer é a desinfecção com clorexidina e 
observar se a peça está boa e bem polida, ou seja, se ele não seguiu seu planejamento, 
observar no paciente se a armação teve assentamento correto ou não, analisar com a 
pasta Branca da Lisanda e onde estiver tendo contato fazer as marcações e desgastar, 
esse

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