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Letícia Begnini, acadêmica MEDFPP – TIV. FAB 03 – ANTI-HISTAMÍNICOS A histamina é uma amina biogênica encontrada em vários tecidos. É classificada como autacóide: molécula secretada localmente para aumentar ou diminui a atividade de células adjacentes. É um importante mediador de processos inflamatórios e também desempenha funções significativas na regulação da secreção de ácido gástrico e na neurotransmissão. SÍNTESE E MECANISMO DE AÇÃO DA HISTAMINA → Sintetizada a partir do aminoácido L-histadina; → A enzima histadina descarboxilase catalisa a descarboxilação da histadina a 2-(4-imidazolil)etalamina → HISTAMINA; → A síntese ocorre nos: - Mastócitos e basófilos do sistema imunológico; - Células enterocromafins-símiles (ECL) da mucosa gástrica; - Neurônios que utilizam a histamina como neurotransmissor; → A histamina se distribui pelos tecidos, plasma, líquidos corporais e o líquido cefalo-raquidiano; →O armazenamento pode ser dividido em dois reservatórios: Reservatórios de renovação lenta - Localiza-se nos mastócitos e basófilos, liberando histamina ao se ligar ao alérgeno; - Fisiopatologia da reação de hipersensibilidade mediada por IgE; - Surgimento de edema, vasodilatação periférica; Reservatório de renovação rápida - Localiza-se nas células enterrocromafins gástricas e nos neurônios histaminérgivos; - Sintetizam e liberam histamina quando esta se torna necessária para a secreção de ácido gástrico e a neurotransmissão, respectivamente; - Os neurônios histaminérgicos não sintetizam histamina; → Mecanismo de liberação pode ser por exocitose, sem ocorrer morte celular e dependente do influxo de cálcio e por lise da membrana celular; → As ações da histamina são mediadas pela sua ligação a 4 subtipos de receptores, todos acoplasdos a proteína G; H1 - Células endoteliais vasculares e nas células musculares lisas; - Esses receptores medeiam reações inflamatórias e alérgicas; - As respostas teciduais específicas à estimulação dos receptores H1 incluem edema, broncoconstricção e sensibilização das terminações nervosas aferentes primárias; - Os receptores H1 também são expressos em neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no núcleo tubero-mamilar do hipotálamo, onde atuam como autorreceptores para inibir a liberação adicional de histamina; - Esses neurônios podem estar envolvidos no controle dos ritmos circadianos e no estado de vigília; H2 - Encontrados nas células parietais; - Ativam uma cascata de AMPc dependente da proteína G, resultando em liberação aumentada de prótons, mediada pela bomba de prótons, no líq. gástrico; - Na mucosa gástrica, a histamina atua de modo sinérgico com a gastrina e acetilcolina, regulando a secreção ácida; H3 - Terminações nervosas pré-sinápticas; - Os receptores H3 exercem uma inibição por retroalimentação em certos efeitos da histamina; - Suprimem a descarga neuronal e a liberação de histamina; - Também limitam as ações histaminérgicas na mucosa gástrica e no musculo liso brônquico; H4 - Encontrados em mastócitos, eosinófilos e basófilos; - Desempenham papel importante na inflamação, mediando a quimiotaxia dos mastócitos induzida pela histamina e a produção de leucotrieno B4; - Compartilham com os receptores H3 uma hoologia de 40% e ligam-se a numerosos agonistas dos receptores H3, embora com menor afinidade; → Ações da histamina - Nas terminações nervosas: → Tem ação despolarizante direta sobre as terminações aferentes; - Nas vias aéreas: → Aumenta a permeabilidade vascular (edema e obstrução); → Estimula secreções glandulares (coriza); → Estimula as terminações nervosas sensoriais (prurido e espirros); - No coração: → Aumento na força de contração; → Aumento do influxo de Ca++; - No estômago: → Aumento de Ca++ intracelular nas células parietais, logo, aumento de HCl; - No SNC: → Manutenção do estado vigília; → Supressor de apetite; CLASSE DOS MEDICAMENTOS • DIFENIDRAMINA → Anti-histamínico antagonista H1; → Anti-histamínico de primeira geração; → Etanolamina • LORATADINA → Anti-histamínico antagonista H1 → Anti-histamínico de segunda geração; • DESLORATADINA → Anti-histamínico antagonista H1; → Anti-histamínico de segunda geração; MECANISMO DE AÇÃO DIFENIDRAMINA → Antagonista de receptor H1 de histamina nas células do trato respiratório, vasos sanguíneos e no TGI; → Ação anticolinérgicas de moderada para alta; → Propriedades antieméticas; → Biodisponibilidade de 42-60%; DIFENIDRAMINA X SONOLÊNCIA → A difenidramina causa sonolência pela sua propriedade de atravessar a barreira hematoencefálica, ligando-se aos receptores H1; → Característica geral dos anti-histamínicos de primeira geração; LORATADINA X SONOLÊNCIA → A diferença na lifofilicidade entre os anti-histamínicos H1 de primeira e segunda geração impede que a loratadina atravesse a barreira hematoencefálica e cause depressão do SNC; LORATADINA X DESLORATADINA
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