Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FAB 04 – MALÁRIA/CHAGAS/LEISHMANIOSE • MALÁRIA MEDICAMENTOS DISPONÍVEIS PARA CADA LOCAL DE AÇÃO E SUAS PRINCIPAIS PROPRIEDADES FAMARCOLÓGICAS CICLO DO PARASITO (FIGURA): 1a. Penetração do esporozoíta (circulo pequeno com pontinhos) na célula hepática. 2a. e 3a. Desenvolvimento do esquizonte na célula hepática. 4a. Ruptura da célula hepática com liberação dos merozoítas (alguns penetram nas células hepáticas, dando origem aos hipnozoítas – p. vivax e p. ovale). 5. Penetração de um merozoíta no eritrócito. 6. Trofozoíta no eritrócito. 7 e 8. Desenvolvimento do equizonte no eritrócito. 9. Ruptura do eritrócito e desenvolvimento dos gametócitos masculino e femino. 1b. Forma em repouso do parasita no fígado (hipnozoíta). 2b e 3b. Crescimento e multiplicação dos hipnozoítas. LOCAL DE AÇÃO DOS FÁRMACOS USADOS PARA TRATAR A FORMA AGUDA Esquizonticidas sanguíneos, promovem a cura clínica. Atuam sobre as formas eritrocíticas do plasmádio, inibindo o desenvolvimento de esquizontes na corrente sanguínea. Diferença para vivax e falciparum (ovale é mais raro de ver casos e detectá-lo). Os fármacos são: AMODIAQUINA; CLOROQUINA*: o falciparum já é resistente para tal; QUININA*: mais tóxica, utilizada só em casos mais graves de vivax; MEFLOQUINA*; HALOFANTRINA; LUMEFANTRINA; ARTEMISININA E DERIVADOS**: artesunato + mefloquina é o indicado para casos de malária por falciparum no brasil. Nobel 2015. É o que tem de mais novo para malária, porém, na África já há cepas resistente até mesmo p esse esquema de tratamento. A FIOCRUZ não produz a via endovenosa do composto.; TETRACICLINA; PROGUANIL. PRIRIMETAMINA; SULFAS E SULFONAS * Para todos os outros parasitas, a cloroquina, mefloquina e primaquina dão conta. LOCAL DE AÇÃO DOS FÁRMACOS USADOS PARA CURA RADICAL (P. vivax e P. ovale) Esquizonticidas teciduais ou hipnozoiticidas, afetando os hipnozoítas dos P. vivax e ovale. PRIMAQUINA (P. vivax): Inibe a respiração mitocondrial do parasito por meio de uma auto-oxidação do grupo 8-amino, formando espécies reativas de oxigênio. Exterminam o esquizonte do estágio exoeritrocítico. CLOROQUINA: intercalação no DNA, mecanismo desconhecido. LOCAL DE AÇÃO DOS FÁRMACOS USADOS PARA QUIMIOPROFILAXIA Profiláticos, bloqueiam a ligação entre o estágio exoeritrocítico e o estágio eritrocitário. Evitam a invasão dos eritrócitos ao atuarem nos parasitas quando estes emergem do fígado após o estágio pré-eritrocitário. DOXICICLINA: Antibiótico tetraciclina. Inibe a síntese proteica e, assim, o crescimento numérico do parasita por ligações em sub-unidades ribossômicas, bloqueia a dissociação de peptídeos RNAt dos ribossomos, diminuindo a síntese proteica. Dose diária. MEFLOQUINA: digestão da hemoglobina, que contém ferriprotoporfirina IX (FPIX), que quando livre é tóxica ao hospedeiro e ao parasita por conta de quinolinas, que são bases fracas que se acumulam nos lisossomas do parasita, provocando reações ácido-base aumentando o pH no lisossoma, diminuindo sua capacidade de digestão de hemoglobina. Usada em casos de resistência a cloroquina, mas possui muitos efeitos colaterais. Uso semanal por conta do seu tempo de meia vida muito longo. Causa pesadelos (sonhos vívidos) por cruzar a barreira hematoencefálica. MALARONE (Atovaquona e Proguanil). Diário. LOCAL DE AÇÃO DOS FÁRMACOS QUE IMPEDEM A TRANSMISSÃO Gametocidas, impedem a transmissão destruindo as formas sexuadas eritrocitárias (gamet[ocitos) bloqueando a transmissão para o mosquito e impedindo que o homem seja reservatório da doença PRINCIPAL PROBLEMA ENFRENTADO POR ESSES MEDICAMENTOS Filhadaputagem da indústria farmacêutica, rsssss • DOENÇA DE CHAGAS BENZNIDAZOL: é um derivado de nitromidazol que tem atividade antiprotosoária por interferir na biossíntese proteica, além de influenciar na produção de citocinas e estimular a fagocitose. QUANDO TRATAR E POR QUE: É uma droga tripanozomicida, supressora de parasitemia, que para agir no parasita em sua forma intracelular, é necessário atingir níveis tóxicos, não devendo ser utilizado na clínica para a doença de chagas crônica. EFETIVIDADE DO TRATAMENTO: O uso em pacientes com a fase aguda da doença – em média dois meses – o índice de cura foi de 70%, porém, não há evidencias do mesmo benefício na fase crônica do paciente, que será portador do t. cruzi para o resto da vida. A ideia de tratar o paciente crônico é para evitar a agudização da doença. TOXICIDADE DO MEDICAMENTO: Variável desde reações de hipersensibilidade a aplasia medular. Toxicidade hepática OUTROS AGENTES DISPONÍVEIS A princípio não, visto que o nifurtimox não é mais produzido. Nifurtimox: reage com os ácidos nucleicos do parasita. Inibe a tripanotiona redutase, uma enzima antioxidante de defesa. • LEISHMANIOSE TIPOS Visceral; Cutânea; Muco-cutânea; MEDICAMENTOS DISPONÍVEIS PARA CADA TIPO DE DOENÇA: ANFOTERECINA B (lipossomal é MUITO cara – medicamento de escolha para pacientes especiais, por ser menos tóxico); ANTIMONIAIS PENTAVALENTE (primeira escolha de tratamento para todos)
Compartilhar