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resumo direitos da personalidade

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Direitos da Personalidade
* Conceito e Denominação:
- Conceituam-se os direitos da personalidade como aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais.
- Vida, integridade física, intimidade, a honra...
* Natureza dos direitos da personalidade:
- Os direitos da personalidade têm por objeto as projeções físicas, psíquicas e morais do homem, considerado em si mesmo, e em sociedade.
 a- Corrente Positivista: Toma por base a ideia de que os direitos da personalidade devem ser somente aqueles reconhecidos pelo Estado, que lhes daria força jurídica. Não acietam, portanto, a existência de direitos inatos à condição humana.
b- Corrente jusnaturalista: Os direitos da personalidade correspondem às faculdades exercitadas naturalmente pelo homem.
* Titularidade:
- O ser humano é titular por excelência da tutela dos direitos da personalidade.
- O instituto alcança também os nascituros, que embora não tenham personalidade jurídica, têm seus direitos ressalvados, pela lei, desde a concepção, o que inclui, obviamente, os direitos da personalidade.
Art. 5º, X da CF/88- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
*Características do direitos da personalidade:
a- Caráter absoluto:
- Não se permite ao titular do direito renunciar a ele ou cedê-lo em benefício de terceiros ou da coletividade.
- Erga Omnes.
b- Generalidade:
- Os direitos da personalidade são outorgados a todas as pessoas, simplesmente pelo fato de existirem.
c- Extrapatrimonialidade:
- Os direitos da personalidade podem ser considerados extrapatrimoniais, principalmente em caso de violação, possam ser economicamente mensurados.
d- Insdisponibilidade:
- A indisponibilidade significa que nem por vontade própria do indivíduo o direito pode mudar de titular, o que faz com que os direitos da personalidade sejam alcançados a um patamar diferenciado dentro dos direitos privados.
Art. 11º, CC/2002 - Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Irrenunciabilidade: Os direitos personalíssimos não podem ser abdicados. Ninguém deve dispor de sua vida, da sua intimidade, da sua imagem.
É instransmissível, na medida em que não se admite a cessão do direito de um sujeito para outro.
e- Imprescritibilidade:
- Os direitos da personalidade inexiste um prazo para seu exercício, não se extinguindo pelo não uso. São inatos, ou seja, nascem com o próprio homem.
f- Impenhorabilidade:
- Os direitos morais de autor jamais poderão ser penhorados, não havendo, porém, qualquer impedimento legal na penhora do crédito dos direitos patrimoniais correspondentes.
g- Vitaliciedade:
- Os direitos da personalidade são inatos e permanentes, acompanhando a pessoa desde a primeira manifestação de vida até seu pensamento.
- Sendo inerentes à pessoa, extinguem-se, em regra, com o seu desaparecimento.
- Se a lesão, à honra do indivíduo ocorrer após o seu falecimento ( atentado à sua memória), ainda assim poder-se-á exigir judicialmente que cesse a lesão (ou sua ameaça), tendo legitimidade para requerer a medida, na forma do PU do CC/2002: Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
* Classificação dos Direitos da Personalidade:
a- Direito a vida:
- O direito à vida é inerente à pessoa humana. Este direito deverá ser protegido pela lei, e ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida.
- A ordem jurídica assegura o direito à vida de todo e qualquer ser humano, antes mesmo do nascimento, punindo o aborto e protegendo os direitos do nascituro.
b- Direito a integridade física:
Art. 15 do CC/2002 - Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
- Qualquer pessoa que se submete a tratamento médico, em especial intervenção cirúrgica, deve ter plena consciência de sus riscos, cabendo ao profissional que a acompanhar expresssamente informá-la, recomendando-se, inclusive, o registro por escrito de tal fato, para prevenir responsabilidades. O doente tem, portanto, a prerrogativa de se recusar ao tratamento, em função do seu direito a integridade física, valendo registrar que, no caso da impossibilidade de sua manifestação volitiva, deve esta caber ao seus responsável legal. 
- Não havendo entretanto, tempo hábil para oitiva do paciente – como, por exemplo, em uma emergência de parada cardíaca-, o médico tem o dever de realizar o tratamento, independentemente de autorização, eximindo-se de responsabilidade.
- Ninguém está autorizado a atentar contra a sua própria vida, o que compreende a proibição de se automutilar.
 b.1 Direito ao corpo humano:
	1- Direito ao corpo vivo:
- O corpo também é inalienável.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Art. 9º da Lein. 10.211: É permitida à pessoa juridicamente capaz de dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vico, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes cosanguíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do §4ºdeste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea.
- A lei, entretanto, condiciona a doação inter vivos, limitando-a a:
	- órgãos duplos;
	- Partes de órgãos, teciso ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para sua integridade e não represente grave comprometimento de suas apitidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável, além de corresponder a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora.
- Transexualidade:
	- Discute-se se o direito ao próprio corpo assegura, por consequência, um direito ao estado sexual, possibilitando a sua alteração.
	- Não constitui fato punível a ablação de órgãos e partes do corpo humano, quando considerada necessária em parecer unânime de Junta médica e precedidade consentimento expresso de paciente maior e capaz.
	2- Direito ao corpo morto (cadáver):
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
- Direito a prova: Em caso de morte violenta, ou havendo suspeita da prática de crime, é indispensável a realização do exame necroscópico, na forma da legislação processual penal em vigor.
- Necessidade: Admite-se a retirada de partes do cadáver para fins de transplante e em benefício da ciência, na estrita forma da legislação em vigor, e sem caráter lucrativo.
Art. 4º da Lei n. 10.211/2001 – A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau, inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte. – para evitar o comércio de órgãos.
- Consagrou-se, portanto, o sistema de consentimento presumido no Direito brasileiro.
	3- Direito à voz:
- A voz do ser humano, entendida como a emanação natural de som da pessoa, é também protegida como direito da personalidade.
Art. 5º, XXVIII da CF/88 – São assegurados, nos termos da lei: A proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas.c- Direito à Integridade psíquica:
- Incluindo-se nessa classificação o direito à liberdade, inclusive de pensamento, à intimidade, à privacidade, ao segredo, além do direito referente à criação intelectual.
- A legislação pune, em rigor, a tortura psicológica, além de não admitir o emprego de substâncias químicas ou do lie detector nos procedimentos de investigação policial.
	c.1) Direitos à liberdade:
- Liberdade: Faculdade que tem cada um de agir em obediência apenas a sua vontade. OBS: Esse conceito lato sofre restrições no estágio do homem coletivizado, sendo peculiar tão somente ao estágio da horda.
	c.2) Direito à privacidade:
- Considerada inviolável pelo inciso X do art. 5º da CF, a vida privada é entendida como a vida particular da pessoa natural compreendendo como uma de suas manifestações o direito à intimidade.
Art. 21 do CC/2002 – A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
- As pessoas públicas têm todo o direito de ter a sua intimidade preservada.
d- Direito à integridade Moral:
	d.1) Direito à Honra:
- Objetiva: Correspondente à reputação da pessoa, compreendendo o seu bom nome e a fama de que desfruta no seio da sociedade;
- Subjetiva: Correspondente ao sentimento pessoal de estima ou à consciência da própria dignidade.
Art. 5º, X da CF/88 – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
- calúnia, difamação e injúria.
	d.2) Direito à imagem:
- O direito deve ser elencado entre os direitos de cunho moral.
- A garantia de proteção à imagem, é considerada um direito fundamental.
- Imagem-retrato: Que é literalmente o aspecto físico da pessoa;
- Imagem- atributo: Corresponde à exteriorização da personalidade do indivíduo, ou seja, à forma como ele é visto socialmente.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
- Não só a utilização indevida da imagem (não autorizada) mas também o desvio de finalidade do uso autorizado caracterizam violação ao direito à imagem, devendo o infrator ser civilmente responsabilizado.
- A despeito, portanto, de a natureza do próprio direito admitir a sua cessão de uso, a autorização do titular há de ser expressa, não se admitindo interpretação ampliativa das cláusulas contratuais para se estender a autorização a situações não previstas.

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