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Cooperativismo no Brasil

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COOPERATIVISMO NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNOS: ANDERSON JOSÉ LÚCIO TAVARES 20142100019 
 IVO DE SOUSA FERREIRA 20142100003 
 JOÃO VICTOR GOMES DE SOUZA 20132100058 
 LEONARDO MARTINS MARQUES 20132100037 
 LEONARDO RIBEIRO SENA 20142100017 
TURMA: I2104MJ CURSO: ELETROTÉCNICA 
 
 
Belém - 2017 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 02 
2 HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO 03 
3 PRIMEIRAS COOPERATIVAS NO BRASIL 03 
4 RECONHECIMENTO OFICIAL DAS COOPERATIVAS 03 
5 
PONTOS DA CONSTITUIÇÃO QUE LEGITIMAM E REGEM O 
COOPERATIVISMO NO BRASIL 
04 
6 COOPERATIVISMO NO CENÁRIO ATUAL 05 
7 COOPERATIVISMO NA VISÃO NACIONAL 06 
8 INICIATIVA PRIVADA 07 
9 HIERARQUIA 07 
10 INVESTIMENTOS 08 
11 CONCLUSÃO 09 
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O Cooperativismo é a doutrina que preconiza a colaboração e a associação 
de pessoas ou grupos com os mesmos interesses, a fim de obter vantagens comuns em 
suas atividades econômicas. Desenvolveu-se em diversos países do mundo e atualmente 
está presente no Brasil, e segundo alguns autores começou no período da colonização. 
Atualmente há mais de 6.800 cooperativas em nosso país. 
Desse total, mais de 3500 são cooperativas agropecuárias, de transporte e de crédito. 
As outras dividem-se em cooperativas de trabalho, de saúde, educacionais, habitacionais, 
de produção, de infraestrutura, de consumo, de minerais e até de turismo e lazer. Com a 
importância das cooperativas, foram criadas leis para regulá-las e organizar seu processo 
de criação, que posteriormente foram revogadas pela constituição de 1988 que deu as 
coorporativas o poder de autogestão. Diante do exposto, observa-se a importância de 
compreender o cooperativismo no Brasil e suas interferências socioeconômicas. 
 
 
 
 
2. HISTÓRIA 
A história do cooperativismo no Brasil se remete as sociedades indígenas. Antes do 
descobrimento do Brasil pelos colonizadores, viviam aqui apenas as populações 
indígenas que tinham, e ainda têm, um modelo de sociedade solidária e cooperativa. 
Nesse modelo social, o bem-estar do indivíduo e da família se sobrepunha ao interesse 
econômico da produção. Um exemplo desse tipo de cooperação é o de que, em algumas 
tribos indígenas, a maloca era dormitório comum, a caça era participativa e a alimentação 
era grupal, ou seja, predominava a lei da sobrevivência; enquanto unidos e participativos 
entre si, e cooperando mutuamente, a tribo se mantinha e evoluía. 
O cooperativismo e as Missões Jesuíticas Em 1612, com a fundação das primeiras 
Reduções ou Missões Jesuíticas no Brasil, aconteceu, segundo alguns historiadores, o 
início da construção de organizações cooperativas de forma integral. Esse modelo teria 
dado um exemplo de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo, em que os 
interesses comunitários estavam acima dos econômicos. 
3. PRIMEIRAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS 
Somente em 1847 a nossa história oficial marca o início do movimento 
cooperativista no Brasil. Nessa época, o médico francês Jean Maurice Faivre, seguidor 
das ideias de Charles Fourier, fundou, com um grupo de europeus, nos sertões do Paraná, 
a colônia Tereza Cristina, organizada em bases cooperativas. A colônia não era uma 
cooperativa, e sim uma organização comunitária voltada para a produção rural que 
funcionava de acordo com os ideais cooperativistas. 
Outros exemplos de organizações semelhantes foram as sociedades de Socorro 
Mútuo que surgiram a partir de 1850. Também não eram cooperativas, mas deram grande 
impulso ao movimento. Boa parte dos estatutos dessas organizações tinha como objetivo 
a formação de cooperativas. 
A primeira sociedade brasileira a ter no nome a expressão “cooperativa” foi a 
Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, fundada em 
27 de outubro de 1889. Era uma cooperativa de consumo, e seu estatuto previa a 
existência de um “caixa de auxílios e socorros”, com o objetivo de prestar auxílios 
financeiros às viúvas de seus associados ou associados incapazes de trabalhar. 
Dois anos depois, em 1891, foi fundada uma cooperativa na cidade de Limeira, em 
São Paulo, e, em 1895, no Estado de Pernambuco, nascia a Cooperativa de Consumo de 
Caramagibe. No ano de 1902, colonos de origem alemã, incentivados pelo jesuíta 
Theodor Amstad, fundaram uma cooperativa de crédito rural, em Vila Império, 
atualmente Nova Petrópolis/RS. Hoje, denomina-se Cooperativa de Crédito de Nova 
Petrópolis, e é a mais antiga cooperativa em atividade no país. 
4. RECONHECIMENTO OFICIAL DAS COOPERATIVAS 
O cooperativismo brasileiro só adquiriu maior importância a partir de 1932, com a 
edição do Decreto Federal nº 22.239. Esse decreto deu ampla liberdade à constituição e 
 
 
ao funcionamento das cooperativas no Brasil, pois apresentou suas características 
próprias, além de consagrar as doutrinas do sistema cooperativista. Foi, de fato, a primeira 
lei que organizou o cooperativismo brasileiro. 
O movimento cooperativista teve outro impulso de desenvolvimento quando o 
governo de Getúlio Vargas (1930-1945) incentivou a formação de cooperativas agrícolas 
de trigo e soja. Nas décadas de 60 e 70, essas associações alcançaram seu ponto máximo 
em função das altas cotações da soja no mercado internacional e das facilidades de 
crédito. 
Nessa época foi formulada a lei que rege o cooperativismo brasileiro (Lei nº 
5.764/71) e, como foi elaborada durante o período de DITADURA militar, apresenta 
várias limitações ao cooperativismo brasileiro. Apesar de merecer uma profunda revisão, 
devido às mudanças ocorridas na sociedade brasileira desde que foi criada, é essa lei que 
continua regulando o funcionamento das cooperativas no Brasil. 
Em março de 1988 foi realizado, em Brasília, o X Congresso Nacional de 
Cooperativismo, que, após várias discussões e decisões, recomendou à ASSEMBLÉIA 
CONSTITUINTE autonomia ao setor. Portanto, a CONSTITUIÇÃO Federal de 1988 
passou a determinar que as ASSEMBLÉIAS das cooperativas devem conduzir 
autonomamente a sua vida e gestão, sendo proibida a obrigatoriedade de filiação em 
qualquer instância de representação oficial ou extra-oficial e a interferência de 
organismos externos, sejam estatais, PARAESTATAIS ou privados. Esse fato 
representou a completa autonomia e independência das cooperativas em relação ao 
Estado, que deixou de fiscalizar e intervir na administração das mesmas, sob todos os 
seus aspectos. 
5. PONTOS DA CONSTITUIÇÃO QUE LEGITIMAM E REGEM O 
COOPERATIVISMO NO BRASIL 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem 
de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade pararepresentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. 
 
 
6. COOPERATIVISMO NO CENÁRIO ATUAL 
Hoje em dia, no mundo do capitalismo, há uma nítida divisão entre o proletariado 
(donos da força de trabalho) e a burguesia (donos dos meios de produção). Tendo em 
vista que os trabalhadores são detentores dessa “força de trabalho” e os capitalistas dos 
“meios de produção”, surge do âmbito da sociedade contemporânea, o cooperativismo. 
“O cooperativismo propõe associar o capital com o trabalho através das cooperativas, 
entidades que são controladas e gerenciadas pelos próprios trabalhadores, com base na 
autogestão. ” (FARIAS e GIL,2013). 
Uma cooperativa é uma sociedade civil de pessoas com natureza jurídica subjetiva 
e características peculiares que juntas buscam um objetivo em comum, logo, um dos 
objetivos ideológicos da cooperativa é a autogestão e juntamente com esse, a divisão por 
igual de poderes sejam eles: decisão, controle ou medição sobre as pessoas da associação. 
Existem algumas Leis que regem o cooperativismo no Brasil, algumas delas são: 
Lei 10.406, de 10.01.2002 
Institui o Código Civil. 
Lei Complementar 130, de 17.04.2009 
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo e revoga dispositivos das 
Leis nos 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e 5.764, de 16 de dezembro de 1971. 
Lei 5.764, de 16.12.1971 
Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das 
sociedades cooperativas, e dá outras providências. 
Lei 9.867, de 10.11.1999 
Dispõe sobre a criação e o funcionamento de Cooperativas Sociais, visando à 
integração social dos cidadãos, conforme especifica. 
Medida Provisória 2.168-40, de 24.08.2001 
Dispõe sobre o Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção 
Agropecuária – RECOOP, autoriza a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do 
Cooperativismo – SESCOOP. 
 
Lei 12.690, de 19.07.2012 
Dispõe sobre a organização e o funcionamento das Cooperativas de Trabalho; 
institui o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho – PRONACOOP. 
Decreto 3.017, de 06.04.1999 
 
 
Aprova o Regimento do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – 
SESCOOP. 
Anexo IV - Cooperativa 
Aprova os Manuais de Registro de Empresário Individual, Sociedade Limitada, 
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI, Cooperativa e Sociedade 
Anônima. 
Dentro dessas, podemos destaque à Lei Nº 12.690/2012 que diz respeito às 
cooperativas de trabalho. “O conceito legal de ‘cooperativa de trabalho’ define-a como 
sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou 
profissionais. Tal sociedade deve ter proveito comum, autonomia e autogestão. Seu 
objetivo é que os cooperados obtenham melhor qualificação, renda, situação 
socioeconômica e condições gerais de trabalho. ” (Jus.com – REVISTA DIGITAL, R7). 
Essa lei abre uma vertente que divide as cooperativas de trabalho em dois ramos 
adjacentes, cooperativas de serviços e de produção de bens. 
Por definição, as cooperativas de trabalho de produção são aquelas constituídas por 
cooperados que contribuam com trabalho para a produção em comum de bens, e a 
cooperativa detém, a qualquer título, os meios de produção. 
Já a cooperativa de trabalho de serviços é constituída por sócios para a prestação de 
serviços especializados a terceiros. É nesse tipo de cooperativa que se cria uma figura 
nova, um cooperado coordenador, com funções legais e específicas perante os outros 
cooperados. 
 Para tanto a lei Nº 12.690/2012 delimita autonomia e define autogestão, no 
seguinte sentido: 
1. Autonomia deve ser exercida de forma coletiva e coordenada, mediante a fixação, 
em Assembleia Geral, das regras de funcionamento da cooperativa e da forma de 
execução dos trabalhos. 
2. Autogestão é o processo democrático no qual a Assembleia Geral define as 
diretrizes para o funcionamento e as operações da cooperativa, e os sócios decidem sobre 
a forma de execução dos trabalhos, nos termos da lei. 
7. COOPERATIVISMO NA VISÃO NACIONAL 
O Cooperativismo se consolidou no Brasil com a vinda de imigrantes alemães, 
italianos e japoneses para o sul do país. Foi no século XIX que nasceram as primeiras 
cooperativas do Brasil. Esta atividade foi influenciada pelo Movimento Cooperativista 
Brasileiro, estimulado pela classe de trabalhadores que visavam atender suas 
necessidades. 
A primeira cooperativa de que se tem registro no Brasil foi fundada em Ouro Preto 
(MG), em 1889, denominada Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários 
Públicos de Ouro Preto. Essa cooperativa foi a pioneira para o cooperativismo se espalhar 
 
 
pelo Brasil. Já durante o século XX, outras cooperativas foram criadas no Brasil. Em 
1902, no Rio Grande do Sul, surgiram as cooperativas de crédito. Além disso, em 1906, 
foram inauguradas as companhias rurais, motivadas principalmente por imigrantes 
alemães e italianos. 
Em 2 de dezembro de 1969 foi criada a OCB (Organização Cooperativista 
Brasileira), definida como um órgão sem fins lucrativos e com neutralidade política e 
religiosa. A OCB tinha objetivo de defender os interesses das cooperativas brasileiras. 
Além disso, a constituição de 1989 garantiu a independência das cooperativas, dando a 
elas o poder de autogestão. 
 O Cooperativismo brasileiro passou a ter reconhecimento internacional apenas na 
década de 90, quando o paulista Roberto Rodrigues foi eleito para a presidência da 
Associação Cooperativista Internacional. Em 1998 nasceu o Serviço Nacional de 
Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), instituição do Sistema S, criada com o 
intuito de promover uma cultura cooperativista no país e para aperfeiçoar as gestões das 
cooperativas nacionais. 
8. INICIATIVA PRIVADA 
No curso dos tempos e à medida que a humanidade foi cobrindo suas etapas 
históricas de idade em idade, uma verdade permaneceu intacta, pode-se assim dizer, 
apesar do empenho de muitos em desconhecê-la e mesmo destruí-la. 
Essa verdade, que tantas vezes, em diferentes pontos do mundo, se pretendeu negar, 
sobreviveu sempre, em todos os tempos, desde que o homem existe; ainda mais: sobrepôs-
se a todas as emergências nas quais perigou sua existência visível no seio da sociedade 
humana. Referimo-nos à iniciativa privada, que é, inegavelmente, um patrimônio tão 
sagrado como a própria vida. Ela é o princípio de onde a mão do homem tira tudo quanto 
realizou desde seus primeiros dias, nos alvores do mundo. Pensamentos, ideias, grandes 
concepções da mente humana surgiram de cada ser, individualmente, jamais por 
germinação coletiva, sendo precisamente da iniciativa privada que nasce o pensamento 
que forja e constrói as bases da sociedade. 
 É pela própria iniciativa, e não por imposição alheia, que o homem constitui seu 
lar, trabalha e se esforça por oferecer aos seus o maior bem-estar, e é também pela própria 
iniciativa que depois procura estender esse bem-estar a todos que, graças à ampliação de 
suas atividades, se podem beneficiar, cumprindo-se assim uma magnífica função social. 
9. HIERARQUIA 
O IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) utiliza em seus materiais 
didáticos um organograma que reflete perfeitamente os princípios inerentes à uma 
Cooperativa. 
O objetivo deste tópico de notícia é provocar a discussão entre os leitores acerca de 
ser este, ou não, um modelo de organograma que pode ser utilizado pelas Cooperativas 
de Crédito brasileiras. 
 
 
A partir desta definição podemos em tópicos seguintes passar a discutir a “Política 
de Governança Cooperativa” que obrigatoriamente deverá ser apresentada em 
Assembleia Geral, conforme prevê o artigo 17 da Resolução 3.859. A primeira parte do organograma (de cima para baixo), apresenta a Assembleia 
Geral Ordinária, representada por todos os associados da Cooperativa; 
 Estes associados elegem o Conselho de Administração da Cooperativa, órgão 
este coordenado por um Presidente e um Vice-Presidente; 
 A Assembleia Geral é subsidiada pelas informações fornecidas pelas Auditorias 
Interna e Externa, responsáveis pela análise das demonstrações financeiras e pela 
verificação da adoção das políticas e normativos existentes; 
 A Assembleia Geral elege também o Conselho Fiscal, formado por associados 
que serão responsáveis por acompanhar de perto a adoção das boas práticas de 
governança e de gestão da cooperativa; 
 Para conduzir as análises e estudos inerentes ao Conselho de Administração a 
cooperativa pode valer-se de comitês Não Operacionais responsáveis pela análise 
de questões estratégicas e pelo acompanhamento da gestão da cooperativa. Os 
comitês, formados pelos conselheiros de administração titulares e/ou suplentes, 
estudam os assuntos de sua competência e preparam as propostas para o Conselho 
de Administração. O material necessário ao exame do Conselho deve ser 
disponibilizado junto com a recomendação de voto. Só o conselho pode tomar as 
decisões; 
 
10. INVESTIMENTOS 
As cooperativas também disponibilizam aplicações em poupança. No entanto há 
uma diferença significativa na relação que um investidor associado possui com o 
investimento em poupança em comparação ao investidor cliente de um banco: o recurso 
disponível para os associados da cooperativa utilizarem no crédito rural, que tem taxas 
subsidiadas pelo governo, está diretamente ligado a quantidade total de dinheiro aplicado 
em poupança na cooperativa. Isso significa que a poupança é um instrumento fundamental 
para que a cooperativa possa fomentar as atividades dos próprios associados. Portanto, 
no caso das cooperativas, os associados enxergam a poupança não apenas como um mero 
investimento, mas como um instrumento crucial para o desenvolvimento da própria 
cooperativa de crédito e, consequentemente, da sua comunidade. 
 
 
 
 
 
11. CONCLUSÃO 
Dessa forma, podemos perceber que - com todos os investimentos, iniciativa 
privada e incentivos empresariais - o âmbito da cooperação só tende a crescer, pois as 
pessoas estão percebendo o poder da cooperação para o desenvolvimento das sociedades 
e dos indivíduos. Através da cooperação é evidenciado uma mola propulsora da evolução 
do mundo e das pessoas, possibilitando atender às necessidades sociais, econômicas e 
culturais dos associados. 
 O modelo cooperativista possui uma filosofia capaz de unir crescimento 
econômico e bem-estar social. Iniciativas como a da ONU (promulgação do Ano 
Internacional das Cooperativas em 2012) são muito importantes para quem tem no 
cooperativismo um modelo de gestão que valoriza o capital humano, em detrimento do 
lucro. Muitas conquistas foram alcançadas ao longo dos anos, por isso é essencial que a 
sociedade saiba que a partir das cooperativas podem-se gerar empregos e 
consequentemente melhoria da qualidade de vida. 
 
 
 
12. REFÊRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BONA, André, Cooperativismo e Investimentos 2017. Disponivel em: 
https://andrebona.com.br/investindo-por-meio-de-cooperativa-de-credito. . Acessado 
em: 11 de nov. 2017. 
MARRA, Adriana Ventola. Associativismo e Cooperativismo, 2009. Disponível em: 
http://proedu.ifce.edu.br/bitstream/handle/123456789/578/Aula_02.pdf?sequence=7&is
Allowed=y. Acessado em: 11 de nov. 2017. 
RIOS, Gilvando S. L. O que é Cooperativismo. 1ª Edição. São Paulo. Brasiliense. 
1987. 
FIORINI, Carlos Gustavo. Cooperativismo e empreendedorismo. 1ª Edição. São 
Paulo. Pandorga Editora e Produtora. 2015

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