Buscar

q2 wendel (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Teoria Geral dos Recursos, Recurso em espécie: embargos de declaração e apelação	
Disciplina: Processo Civil
Aluna: Lorraine Marques Vital 
R.A: 215357
O que quer dizer “jurisprudência defensiva”? O CPC a prestigia?
 O STJ, guardião da legislação infraconstitucional em matéria de direito federal, e, portanto, a última ratio na interpretação da lei federal, enfrenta um grande dilema: de um lado, vê-se abarrotado de inúmeros recursos, dentre outras medidas judicias de sua respectiva competência; de outro lado, os cidadãos desejam prestação jurisdicional célere e efetiva, capazes de alcançar suas expectativas em cada caso concreto. Em outras palavras, existe um grande número de processos a serem julgados e uma escassez de infraestrutura para comportá-los. Dentre os motivos da crescente demanda, dois se destacam: um derivado do ordenamento jurídico – o amplo acesso à Justiça garantido pela Constituição Cidadã; e outro derivado dos costumes sociais – crescente litigiosidade da sociedade moderna. Tudo isso contribui para os problemas estruturais e institucionais na administração da Justiça. Para mitigar os efeitos desta situação, o STJ adotou a prática da jurisprudência defensiva (rectius, ofensiva), que consiste na criação de entraves e pretextos excessivamente formais e burocráticos para impedir o conhecimento dos recursos especiais que lhe são dirigidos, obstando a análise do mérito. Ocorre que a aplicação da jurisprudência defensiva, em grande parte das vezes, ignora a legislação vigente, adotando formalismos exacerbados, carentes de fundamentação legítima e tolhendo, com isso, o efetivo acesso à justiça em prol de uma ilusória celeridade. Essa teoria defensiva é reflexo de como os recursos são tratados pelo juiz: primeiro um juízo prévio em que se analisa questões formais, também chamado de admissibilidade dos recursos e somente depois o juízo de mérito é tratado.
O que é recurso? Embargos de Declaração é recurso? Justifique.
 O recurso, sendo um reflexo do princípio do duplo grau de jurisdição, é um instrumento para pedir a mudança de uma decisão da mesma instância ou em instância superior, sobre o mesmo processo. Ou seja, sua função é a tentativa de reformar algum pronunciamento judicial, que deve ser feita por um órgão hierarquicamente superior. 
 Muitos autores discutem sobre a natureza dos Embargos Declaratórios. Alguns afirmam que os Embargos Declaratórios não podem ser considerados uma modalidade de recurso, mas apenas o meio pelo qual o magistrado poderá exercer o seu juízo de retratação. A polêmica existe, pois, apesar dos Embargos de Declaração constarem dentro do Código de Processo Civil na parte dos recursos, eles não teriam a mesma função, pois se destinam ao próprio magistrado que proferiu a decisão, com o objetivo de que o mesmo possa sanar a falha, e não reformar uma decisão. Uma corrente defende que os embargos apresentam natureza recursal, porque entendem que constituem impugnação do julgado com o escopo de que um novo pronunciamento jurisdicional ocorra sobre a lide ou questão processual, embora tenha de limitar-se a esclarecimento – do contraditório ou da obscuridade – ou suprimento da omissão. De outra banda, posicionamento contrário sustenta que, malgrado os embargos declaratórios estejam alocados no segmento “Dos Recursos”, não têm natureza recursal, precipuamente, porque na sua finalidade não se pleiteia a reforma substancial do julgado insatisfatório, mas o seu mero reexame; são dirigidos ao próprio juízo - juiz de primeiro grau ou relator do Tribunal – que prolatou a decisão inquinada, portanto, não apresenta o efeito devolutivo, o qual consiste em transferir para órgão diverso o conhecimento da matéria impugnada; ademais, aduzem que não estão sujeitos ao preparo. Destarte, inferem que os embargos de declaração possuem natureza de incidente processual.
3) O que significa ED com efeito modificativo.
 Em regra, os recursos de embargos de declaração não têm a consequência de modificação da decisão judicial mas é possível que aconteça. A finalidade dos embargos de declaração é sanar obscuridades, contradições ou omissões e corrigir erros materiais de que a decisão padeça. Ao acolhê-los, o juiz afastará os vícios, sanando-os. Pode ocorrer que haja alteração do	conteúdo da sentença, como consequência natural da solução do vício. A modificação pode ser consequência natural do acolhimento dos embargos de declaração e do afastamento dos vícios apontados na decisão. 
 Tal modificação pode ser o corolário lógico do acolhimento dos embargos. Na hipótese da obscuridade não haverá o efeito da infringência, pois o que se quer quando se alega a obscuridade é que o juiz esclareça sua decisão. Quando invocado pelo recorrente a contradição, haverá a possibilidade de ocorrer um efeito modificativo da decisão judicial – efeitos decorrentes do embargo de declaração. O juiz ao suprir uma omissão que se constata na sua decisão judicial, evidentemente vai resultar na modificação daquela decisão (perceptível o efeito infringente nesses embargos de declaração).
O Enunciado nº 360 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: “A não oposição de embargos de declaração em caso de erro material na decisão não impede sua correção a qualquer tempo.”). O que o Enunciado está tratando? O Enunciado se sustenta à luz do art. 1.022?
 O art. 1.022, IlI, inclui entre os vícios formais passíveis de saneamento por meio dos embargos de declaração o erro material. O erro material é aquele facilmente perceptível e que não corresponda de forma evidente a vontade do órgão prolator da decisão.
Daniel Amorim Assumpção, ao discorrer sobre os vícios que legitimam o ingresso dos embargos de declaração, assim informa: “Os incisos do art. 1.022 do Novo CPC consagram quatro espécies de vícios passíveis de correção por meio dos embargos de declaração: obscuridade e contradição (art. 1.022, I, do Novo CPC), omissão (art. 1.022, II, do Novo CPC) e erro material (art. 1.022, III, do Novo CPC) (In: Novo Código de Processo Civil Comentado. Salvador: JusPodivm, 2016, pp. 1.711).
 Mesmo estando previsto como vício passível de saneamento por meio dos embargos de declaração a alegação de erro material não depende dos embargos de declaração, inclusive não havendo preclusão para sua alegação, que pode ser feita até mesmo depois do trânsito em julgado da decisão (Informativo 547⁄STJ, 2.ª Turma, RMS 43.956⁄MG, reI. Min. Og Fernandes, j. 09.09.2014, DJe 23 .09 .2014; Enunciado n° 360 do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC) : ''A não oposição de embargos de declaração em caso de erro material na decisão não impede sua correção a qualquer tempo").
 A inclusão do erro material como matéria expressamente alegável em sede de embargos de declaração é importante porque não deixa dúvida de que, alegado o erro material sob a forma de embargos de declaração, assim será tratada procedimentalmente a alegação, em especial quanto à interrupção do prazo recursal (In: Novo Código de Processo Civil Comentado. Salvador: JusPodivm, 2016, pp. 1.714-1.716).
Qual o efeito dos ED? Existe amparo legal para o conceito de ED Protelatórios? Qual a sua consequência?
 Os embargos de declaração possuem efeito devolutivo, devolvendo ao órgão prolator da decisão a questão embargada. Apesar de não possuir efeito suspensivo, os embargos de declaração interrompem o prazo na data de interposição e perdura até a data de publicação do acórdão que os julgue.
 Existe amparo legal para o conceito de embargos de declaração protelatório no artigo 1026 do novo código de processo civil, tais embargos que visam retardar o andamento do processo tem como consequência multa que excederá dois por cento do valor atualizado da causa, tem como previsão legal o entendimento do STJ que considera a multa de caráter eminentemente administrativo, o tribunal superior baseou-se nos parágrafos 2º e 3º do artigo 1026.
(Referência: direito processual civil contemporâneo – Humberto Dalla Bernadina de Pinho, p. 929)O que significa o juízo de admissibilidade? Onde é feito o juízo de admissibilidade na apelação? Qual o efeito da apelação?
 Há 2 juízos que são feitos na análise dos recursos: juízo prévio: chamado de juízo de admissibilidade e o juízo final: que é o juízo de mérito. Na admissibilidade dos recursos, o juiz ou o tribunal vai analisar se o recurso é cabível (se há previsão legal para aquele recurso naquele caso concreto). O primeiro requisito da admissibilidade do recurso é o CABIMENTO; 2º requisito: vai analisar se a parte recorrente possui interesse e legitimidade para recorrer (o recurso serve para quem perder, para quem sucumbiu de alguma maneira) Se a parte propôs uma determinada ação e obteve ganho de causa em todos os seus pedidos, ela não tem nem interesse, nem legitimidade para recorrer – então é necessário que, para parte poder recorrer tenha interesse e legitimidade – ou seja, ela deve ter sido sucumbente se não no todo, pelo menos em parte naquela decisão; 3º requisito: TEMPESTIVIDADE: O recurso tem que ser interposto no prazo previsto na legislação – cada recurso possui o seu prazo específico; as partes devem obedecer esse prazo previsto na lei; 4º requisito: verificar se existe algum fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer. Ex: preclusão lógica: parte quer recorrer depois de ter cumprido a sentença condenatória; 5º requisito: preparo do recurso – se foram pagas as custas processuais previstas na legislação pra aquele tipo de recurso. Se todos esses requisitos forem cumpridos – o recurso será recebido. Isso não quer dizer que a parte venceu; quer dizer que o recurso só passou pelo juízo de admissibilidade (juízo prévio). Se o recurso foi recebido ele vai para o julgamento de mérito. O mérito pode ser provido ou desprovido.
 No CPC de 1973 havia o duplo juízo de admissibilidade feito pelo juiz de 1º instância era que fazia o juízo de admissibilidade, já no novo CPC o juízo de admissibilidade é feito pelos tribunais de 2ª instância, pois já não é mais cabível agravo de instrumento contra o recurso de apelação, sendo que a responsabilidade será exclusiva do Tribunal de 2ª instância em analisar a admissibilidade. Segundo Marinoni “o juízo de admissibilidade dos recursos deve ser feito exclusivamente pelo órgão competente em tese para o seu julgamento.”
 Não mais compete ao juízo perante o qual a apelação é interposta o exercício de qualquer fiscalização. Remete simplesmente o apelo, com a resposta, se houver, ao segundo grau de jurisdição.
Bibliografia:
Curso de processo Civil -Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart, Daniel Mitidiero
Curso de Direito Processual Civil Moderno (2017) - José Miguel Garcia Medina.
Novo Código de Processo Civil Comentado. Salvador: JusPodivm.

Outros materiais