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FARMÁCIA VIVA

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FARMÁCIA VIVA
Jequié-Ba
2017
ALBERTO VEIGA
 DANIELE MANGABEIRA
DARA EVINNY
HENRIQUE CUNHA
Trabalho referente à avaliação parcial para a disciplina BOTÂNICA APLICADA À FARMÁCIA: apresentado ao Departamento de Ciências Biológicas- Jq, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. ​ 
Orientador (a): Marcos Cézar Félix Ferreira
FARMÁCIA VIVA
Jequié – Ba
 2017
 Unir o conhecimento popular, tradicional e científico
Apesar da variedade e do entra e sai de gente, Sônia admite que o mercado não é mais o mesmo ( Foto: Kid Júnior )
Laboratório: -Foto tirada em: Maio 21st, 2010
"Livro da Cura" dos indígenas Huni Kuin
Natureza cosmeticos – Foto: janeiro 2011
Prof. Dr. Francisco José de Abreu Matos (1924 – 2008)
Qual motivo dos estudos de tais plantas ?
Grande biodiversidade.
55.000 espécies- 0.4% estudadas. (Bioenergía - José Martínez e Electo Silva Lora.
80% da população utiliza plantas medicinaischás/ medicamentos fitoterápicos. ( Secretaria municipal de saúde)
Eficácia comprovada . 
Cuidado: “natural não faz mal”.
Chapéu-de-Napoleão (Thevetia peruviana) foto: wikipedia.org
 Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)- 2006
Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS.
Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades.
 
 Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (2006)
 (Decreto Nº 5.813, de 22 de junho de 2006)
Ampliar as opções terapêuticas aos usuários, com garantia de acesso a plantas medicinais.
Construir o marco regulatório para produção, distribuição e uso de plantas medicinais e fitoterápicos.
Promover pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e inovações em plantas medicinais e fitoterápicos, nas diversas fases da cadeia produtiva.
PORTARIA Nº 886, DE 20 DE ABRIL DE 2010 
Institui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, sob gestão estadual, municipal ou do Distrito Federal, a Farmácia Viva.
§ 1º A Farmácia viva, no contexto da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, deverá realizar todas as etapas, desde o cultivo, a coleta, o processamento, o armazenamento de plantas medicinais, a manipulação e a dispensação de preparações magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos.
 
Resolução - rdc Nº 18, de 3 de Abril de 2013
Art. 1º Este regulamento técnico determina os requisitos mínimos exigidos para o exercício das atividades de preparação de plantas medicinais e fitoterápicos em farmácias vivas, visando à garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e promoção do seu uso seguro e racional.
Farmácia Viva I
Neste modelo, são desenvolvidas as atividades de cultivo, a partir da instalação de hortas de plantas medicinais em unidades de farmácias vivas comunitárias ou unidades do SUS, tornando acessível a populacão assistida a planta medicinal in natura e a orientação sobre a correta preparação e uso dos remédios caseiros.
Farmácia Viva III
Este modelo se destina a preparacão de “fitoterapicos padronizados”, preparados em áreas especificas para as operações farmacêuticas, de acordo com as Boas Praticas de Preparação de Fitoterápicos (BPPF), visando ao provimento das unidades do SUS.
Farmácia Viva II
Neste modelo, são realizadas as atividades de dispensacão de plantas medicinais secas (droga vegetal). Para tanto, deve possuir uma adequada estrutura de processamento da matéria-prima vegetal, visando a tornar acessível a populacão a planta medicinal droga vegetal. Poderá ainda desenvolver as atividades previstas no modelo I.
Farmácia Viva no SUS 
 A Farmácia Viva é um projeto social de resgate da utilização de plantas medicinais e traz inúmeros benefícios sociais, clínicos e econômicos para o usuários.
 O uso das plantas medicinais na atenção primária à saúde deve ser incorporado ao sistema de saúde pública, pois além de baixo custo, resgata o conhecimento popular e promove o seu uso racional, embasado nos conhecimentos científicos. 
Responsáveis 
O medico: responsável pelo diagnostico e orientação do tratamento.
O farmacêutico: pela identificação das plantas e orientação desde a sua coleta ate a preparação e controle de qualidade dos remédios fitoterápicos
O agrônomo, pelas orientações de boas praticas de cultivo e preparo das mudas
A primeira etapa do programa foi a realização de uma Abordagem Fitoterápica com aplicação de questionários etnobotânicos.
A segunda etapa constitui-se no estudo e seleção das espécies medicinais, considerando a cultura popular, a validação científica e adaptação do cultivo à região.
Na terceira etapa, ocorre a orientação da comunidade quanto ao uso racional das plantas medicinais a partir dos resultados obtidos na pesquisa de abordagem fitoterápica.
A quarta etapa da efetivação do programa foi a manipulação dos medicamentos fitoterápicos prescritos por profissionais inseridos no Programa Farmácia Viva, capacitados mensalmente nos encontros de Educação Continuada em Fitoterapia, e a dispensação desses medicamentos nas farmácias das Unidades Básicas de Saúde.
 Na definição do elenco das plantas medicinais do Programa Farmácia Viva de Fortaleza, foram observados os seguintes critérios 
Ter eficácia e segurança terapêutica comprovadas: todas as plantas do elenco do Programa Farmácia Viva foram validadas cientificamente e integram o projeto Farmácias Vivas;
Atender ao perfil epidemiológico da populacão: a seleção das plantas medicinais considera as principais patologias que acometem a populacão na Atenção Primaria a Saúde;
Ser de fácil cultivo/manejo: as espécies vegetais devem estar adaptadas ao local de cultivo, garantindo boa produção desse insumo vegetal e regularidade da oferta nos serviços;
Dispor de forma e formula farmacêuticas viabilizadas para definição e padronização delas.
 RENISUS (Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS) possui o objetivo de subsidiar o desenvolvimento de toda cadeia produtiva relacionadas à regulamentação, cultivo, manejo, produção, comercialização e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos.
O Ministério da Saúde possui atualmente uma lista com 71 nomes de plantas medicinais de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS):
Allium sativum
Bidens pilosa
Eucalyptus globulus
Lamium album
Foi aplicado questionário semi-estruturado, composto por 17 perguntas relacionadas com a etnobotânica em visitas às residências de moradores que cultivam e fazem o uso das plantas medicinais. Os critérios utilizados para a escolha das pessoas a serem entrevistadas foram, principalmente: aquelas que cultivam as plantas medicinais e também aquelas que participam do projeto da horta comunitária de plantas medicinais.
Foram realizadas 41 entrevistas (Figura 1), representando aproximadamente 11% da população do povoado, com 100 citações de espécies diferentes, pertencentes à 33 famílias (Tabela 1). Dentre as espécies citadas, 35 são referidas na resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que regulamentou uma lista de várias plantas medicinais de uso tradicional com efeito comprovado cientificamente, além das formas corretas de uso e contra-indicações das mesmas (ANVISA, 2010).
Cuidados para manter o principio ativo
Além disso, as condições do ambiente (solo, clima, entre outros) também afetam esse teor.
Devemos saber também que a época da colheita interfere no teor de princípios ativos do material. 
Os princípios ativos mais importantes são:
Alcaloides
São substâncias que em solução são levemente alcalinos e dão sabor amargo às plantas. 
Ação: 
Analgésico; 
Amebicida e Emética;
Antimalária;
Antitumorais;
Vasoconstritora;
Saponinas
São assim chamadas pela propriedade de formar espuma abundante. As saponinas favorecem
a ação dos demais princípios ativos da planta.
Ação: 
Diurética;
Estimulante Imunológico;
Contra-colesterol;
Antiviral
Antraquinonas
Cumarinas
As cumarinas estão amplamente distribuídas no reino vegetal. Quimicamente são estruturas derivadas do ácido O-hidroxi-Benzopiran-2-onas.
Ação:
Anticoagulantes
Broncodilatadora
A presença destes compostas está relacionada com a proteção contra insetos e outros patógenos.
Ações:
Laxativas
Bactericidas e Antitumorais
Os princípios ativos mais importantes são:
Flavonoides
Na planta, os flavonóides atuam protegendo-as dos raios U.V. e visíveis, dos insetos, fungos, vírus e bactérias, atraem insetos para a polinização, ajudam se apresentar com ou sem moléculas de açúcar em sua estrutura. 
Permeabilidade e Resistência capilar
Sedativa
Antiespasmódica
Captadora de radicais livres
Distúrbios cardíacos
Anti-reumática
Antiinflamatória
Os princípios ativos mais importantes são:
Ação: 
Mucilagens
As mucilagens agem protegendo as mucosas contra os irritantes locais, atenuando as inflamações. As mucilagens não devem sofrer ebulição prolongada pois o calor diminui a atividade biológica. Em contato com a água, tornam-se gelatinosas
Combater prisão de ventre
Expectorante: 
Cicatrizante
Laxante
Emoliente
Os princípios ativos mais importantes são:
Ações:
Heterosídeos
Cardioativa
Diurética
Colerética e colagoga
Analgésica
São substâncias amplamente distribuídas no reino vegetal, tem um sabor mais amargo do que os dos alcalóides. 
Todos os heterosídeos possuem em comum a capacidade de, por hidrólise, formarem uma porção açúcar e uma porção não açúcar (chamada de aglicona ou genina).
 Hoje chamamos de glicosídeos apenas heterosídeos derivados da glicose. Heterosídeos cardioativos, heterosídeos flavônicos, heterosídeos saponosídeos.
Os princípios ativos mais importantes são:
Ações:
Óleos essenciais
Ações:
 
Antiespasmódica: Camomila, Marcela, Funcho, Erva-doce, Alho Bactericida: Alecrim, Canela, Cânfora Carminativa: Funcho, Erva-doce Cardiovascular: Cânfora e Sálvia
Os óleos essências são usados na aromaterapia, que é a prática terapêutica usada na prevenção e tratamento das doenças.
Os princípios ativos mais importantes são:
Uso de plantas medicinais e fitoterapicos. 
Soluções extrativas
Tinturas;
Extratos;
Pode ser dispensado para uso na preparação de chás ou adicionado a alimentação (leite, sucos, mel etc.).
Pó
Uso de plantas medicinais e fitoterapicos. 
Outras 
formas extrativas 
Chás e Resinas
Óleos essenciais;
Alcoolatuta;
Extratos glicólicos;
Uso de plantas medicinais e fitoterapicos. 
Formas líquidas de uso oral
Xarope
Elixir
Uso de plantas medicinais e fitoterapicos. 
Cremes
Pastas
Géis
Pomadas
Forma semissólida 
Uso de plantas medicinais e fitoterapicos. 
Comprimidos
Cápsulas
Óvulos
Supositórios
Formas sólidas
Cuidados 
O uso das plantas medicinais deve ser feito com cautela! 
Devendo tomar cuidado com misturas de plantas, pois seus principios ativos são diferentes, e combinados pode causar reações adversas ao esperado, como envenenamento e intoxicações por exemplo.
Em caso de doenças mais sérias, procure um especialista.
Fitoterápicos e o SUS
Há séculos é transmitido de geração em geração o poder medicinal das plantas, tornando-se cada vez mais comum o uso das mesmas para o tratamento de diversas doenças. Tanto é que o Brasil desde 2007 o Ministério da Saúde tornou disponível a utilização dos fitoterápicos na saúde pública, divulgando em janeiro de 2009 uma lista contendo mais de 70 tipos de plantas que podem se utilizadas como medicamentos e em 2011 está lista foi ampliada com divulgação do formulário de fitoterápicos (Farmacopéia Brasileira) 1ª edição, (Brasil, 2011).
Fitoterápicos e o SUS
Em 2008, o Ministério da Saúde criou a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisul), com base em uma lista de 70 espécies vegetais já utilizadas, no conhecimento tradicional e popular e em estudos químicos e farmacológicos.
Atualmente, 11 medicamentos fitoterápicos, aqueles feitos à base de plantas medicinais, são oferecidos pela rede pública em 14 estados. Financiados com recursos da União, estados e municípios, os medicamentos podem ser manipulados ou industrializados, e devem possuir registro na Anvisa.
Fitoterápicos e o SUS
1 . Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia);
2 . Guaco (Mikania glomerata);
31
Fitoterápicos e o SUS
3 . Alcachofra (Cynara scolymus);
4 . Aroeira (Schinus terebinthifolius);
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Fitoterápicos e o SUS
5. Cascara-sagrada (Rhamnus purshiana);
 
6. Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens);
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Fitoterápicos e o SUS
7. Isoflavona de Soja (Glycine max)
8. Hortelã (Mentha spicata)
 
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Fitoterápicos e o SUS
9 . Babosa (Aloe vera) 
10 . Salgueiro (Salix alba) 
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Fitoterápicos e o SUS
11 . Unha de gato (Uncaria tomentosa).
36
Referências
http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinais-do-sus/
https://bastyr.edu/civicrm/event/info?id=1605
Adele G. Dawson - O Poder das Plantas - Edição Revista - Editora Nova Era 
BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011, 126 p.
Carlos Alves Soares - A cura que vem dos Chás - Editora Vozes 2006
https://cursos.atencaobasica.org.br/sites/default/files/farmacias_vivas_0.pdf
https://pdfdocumento.com/principios-ativos-de-plantas-medicinais_59cc20b81723dd32020f1a50.html
https://www.cpt.com.br 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt0886_20_04_2010.html

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