Buscar

Respiratório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Continuação da Mecânica Respiratória...
O que faz a caixa torácica se movimentar (latero-lateral) é o movimento das costelas. Entre as costelas se encontram os músculos intercostais, e abaixo o diafragma. Ou seja, eles que darão a pressão da caixa.
O movimento das costelas é análogo ao movimento da alça de um balde. Quando não está ocorrendo movimento, o ângulo dessas costelas é normalmente projetado pra baixo, como se fosse a alça repousando sobre o balde. E o que os músculos que são responsáveis por esses movimentos fazem é levantar ou reduzir esse ângulo/a costela. Na hora da inspiração, que a musculatura contrai, as costelas são elevadas, ocorrendo a expansão da caixa torácica, redução da pressão, e consequentemente, expansão pulmonar.
Existem os músculos inspiratórios e músculos expiratórios. A musculatura inspiratória, no repouso ou em manobrar forçadas que exigem maior demanda, vai estar ativa, ou seja, o tempo inteiro. Só que existe um grupo de músculos que só serão ativos em uma situação de alta demanda (com maior velocidade e maior intensidade), chamada MUSCULATURA ACESSÓRIA. A musculatura que estão sempre ativas é chamada MUSCULATURA PRINCIPAL.
Por exemplo, na atividade física, a inspiração é gerada pelos principais, ou seja, que ainda estão em repouso, e pela requisição de outros músculos que não estavam ativos no repouso, e que agora a demanda exige ativação.
Na expiração no repouso é passiva, ela acontece simplesmente pelo relaxamento dos músculos inspiratórios. Só que durante essa maior demanda, tanto a inspiração como a expiração normalmente acontecem em velocidade e intensidade maior, porque a frequência aumenta e o intervalo entre uma inspiração e outra reduz, e dessa forma o pulmão tem que aumentar sua capacidade em um curto período de tempo. Ai que a musculatura expiratória vai ser atuante, porque em repouso não existe contração de musculatura para promover o retorno das costelas para a posição inicial, simplesmente o relaxamento da musculatura inspiratória faz isso. Agora em situações de maior demanda, como no exercício físico, a musculatura expiratória passa a atuar. OU SEJA, ENQUANTO A MUSCULATURA INSPIRATÓRIA É DIVIDIDA EM PRINCIPAL E ACESSÓRIA, A EXPIRATÓRIA SÓ É ATIVA EM MAIORES DEMANDAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO.
Os dois principais músculos que fazem parte da musculatura inspiratória é o diafragma e os músculos intercostais externos (entre as costelas). No momento que eles contraem, eleva as costelas, gerando a expansão (principalmente latero-lateral) da caixa torácica. AMBOS ATIVOS EM REPOUSO E EM ALTA DEMANDA RESPIRATÓRIA – MUSCULATURA PRINCIPAL. Os músculos intercostais internos, quando contraem, ocorre a volta das costelas a posição inicial, e isso é importante em situações que a expiração precisa acontecer mais rapidamente. 
GERALMENTE, a inspiração representa 1/3 do ciclo respiratório, e expiração 2/3, ou seja, a expiração ocorre mais lentamente do que a inspiração. Só que em situações que há maior demanda, o pulmão tem que insuflar e desinflar mais rápido, por isso entra em ação a musculatura expiratória, e um deles são intercostais internos. E além deles, tem a musculatura abdominal (retos, oblíquos e transversos), que também é expiratória. Porque no momento que se tem a contração dessa musculatura, ela empurra o conteúdo abdominal em direção as costas, e pelo fato de acontecer esse movimento de ser empurrado contra a parede, ele acaba se deslocando para cima descolando o diafragma, fazendo as costelas serem abaixadas. 
O DIAFRAGMA tem contração com geração de força direcionada ao centro! A mudança de ângulo do diafragma, ocorre também, além do aumento da caixa torácica no sentido latero-lateral, ocorre um aumento no sentido cefalo-caudal, o que diminui ainda mais a pressão da caixa e facilita a inspiração.
Os MUSCULOS ACESSÓRIOS são o externocleidomastódeo, um par está inserido no externo e o outro no primeiro par de costelas, e quando contraem, puxam esse par para cima, ajudando os músculos principais nessa elevação. A mesma coisa são os escalenos (3 pares), que estão inseridos nos dois primeiros pares de costela, que na hora que contraem, puxam as costelas para cima, também auxiliando os principais na elevação.
O QUE SE SABE RECENTEMENTE É QUE OS ESCALENOS FAZEM PARTE DA MUSCULATURA PRINCIPAL, POIS TAMBÉM TEM ATIVIDADE EM RESPOUSO!
Ciclo Respiratório
São usados os parâmetros de VARIAÇÃO DE PRESSÃO INTERPLEURAL, VOLUME, FLUXO e PRESSÃO ALVEOLAR. Os quatro variando em função do tempo.
A primeira coisa que gera aumento do volume pulmonar e fluxo de ar é a queda da pressão interpleural (músculos inspiratórios contraem), que é decorrente da expansão da caixa torácica. Essa pressão é da ordem de -5cmH20, se a caixa se expande ela fica mais negativa, o aumento dessa negatividade gera mais expansão. 
A pressão antes da inspiração é -5cmH20, o fluxo é zero, e a pressão alveolar é zero. Dentro do pulmão existe a capacidade total residual (volume inspiratório de reserva + volume residual). E quando há a contração para próximo de -8cmH2O, acontece o que foi dito acima (expansão), porque a queda de pressão interpleural faz cair a pressão alveolar, fazendo aumentar o volume de ar dentro do pulmão, e assim, um aumento/variação de fluxo.
Quando o ar começa a preencher o espaço dado pela expansão, a tendência é que a pressão alveolar eu era -2 aumente e se iguale a pressão atm. Então logo que expande a pressão cai, mas ainda na inspiração a pressão alveolar volta a zero, que é quando o espaço adicional criado é preenchido/compensado pela entrada de ar. E quando isso acontece, ACABA A INSPIRAÇÃO, os músculos que se contraíram agora relaxam, e as costelas fazem o movimento contrário, e existe uma retração da musculatura com um pulmão mais expandido, fazendo com que a pressão interpleural aumente a mais da pressão atm (na ordem de +2), até que o volume diminui e o ar adicional sai. E a medida que esse ar vai saindo, a pressão intepleural vai tendendo ao zero (iguala a pressão atm – nessa situação o fluxo é zero, e o volume pulmonar volta a ser o que era antes.
Nesses movimentos de ar e mudanças de pressão no repouso tem deslocamento de ar na ordem de 500ml – volume corrente (volume inspirado e expirado em repouso).
Esses valores podem ser modificados dependo da intensidade da contração muscular (demanda). Porque o que gera esses valores de pressão da caixa torácica é produto da força gerada na inspiração e na expiração. Então, por exemplo, em uma MANOBRA INSPIRATÓRIA FORÇADA, que tem o aumento de 3,2l de ar se deslocando (contração muscular mais intensa, expansão da caixa torácica maior, maior variação de pressão interpleural e alveolar, que possibilita o aumento do fluxo de ar). O inverso, na MANOBRA EXPIRATÓRIA FORÇADA, também é verdadeiro, mas ela é mais limitada. Porque mesmo com a força máxima da musculatura, o deslocamento de ar é muito mais abaixo do que na manobra inspiratória, que é na ordem de 1,2l (fica o volume residual). 
Vemos que a pressão alveolar tem uma queda expressiva e um retorno a zero na inspiração, e um aumento progressivo e logo uma queda durante a expiração. SEMPRE OS DOIS MOVIMENTOS TENDENDO A ZERO, pois com o alvéolo está em contato com a atm, quando essa pressão varia, gera deslocamento de ar que acaba compensando a modificação de espaço pra mais ou pra menos, o que leva sempre no termino da inspiração e da expiração a pressão se igualar a pressão atm.
A complacência pulmonar – (volume pulmonar (ml) x variação de pressão transpulmonar) é o grau de expansão que os pulmões experimentam a cada unidade de aumento de pressão transpulmonar.
Quanto maior a variação de voluma a uma dada variação de pressão maior a complacência.
DISTENBILIDADE
É INVERSAMENTE PROPORCIONAL A ELASTICIDADE!
Qualquer alteração na pressão pode gerar modificações de complacência e da capacidade pulmonar. Por exemplo, enrijecimento da parede pulmonar (deposição de tecido fibrótico) diminui a complacência e, consequentemente, a capacidade pulmonar (o deslocamentode ar que é possível fazer).
A histerese pulmonar – volume x variação de pulmonar, é a diferença da complacência pulmonar durante as duas fases do ciclo - na inspiração (enchimento) e na expiração (esvaziamento). A COMPLACÊNCIA é MAIOR NA EXPIRAÇÃO, porque há um maior deslocamento/variação de volume em função da variação de pressão transpulmonar.
Propriedades Elásticas do Pulmão
Decorre dos componentes elásticos do tecido pulmonar – fibras elásticas e colágenas (alongamento e arranjo geométrico);
E da tensão superficial do liquido que recobre o alvéolo – SURFACTANTE (Pll).
Os alvéolos temos o movimento de água da região intersticial, que hidrata a superfície do alvéolo. Essa água em contato com o ar gera tensão superficial, que acaba ajudando na elasticidade pulmonar. QUANTO MAIOR A ELASTICIDADE MAIOR TENDENCIA AO COLPASO (O SURFACTANTE CONTRIBUI).
O pulmão e a caixa torácica são elásticos de diferentes formas. A pressão elástica do pulmão é positiva, o que tende ao colapso, e a pressão da caixa torácica é negativa, o que tende a expansão.
Pressão elástica variando em função da capacidade vital (volume total de ar). Abaixo da capacidade vital existe o volume residual, mas ele não se desloca (GRÁFICO).
O pulmão de zero ao máximo da capacidade vital tem PRESSÃO ELÁSTICA POSITIVA – independente do volume vai tender ao colapso, porém, essa tendência aumenta à medida que o volume aumenta. Ou seja, quanto mais o pulmão se expande, mais são as forças elásticas que tendem a fazer com que ele volte ao estado inicial. Já a parede torácica, a maior parte do seu comportamento está dentro da faixa de PRESSÃO ELASTICA NEGATIVA, ou seja, um a tendência a expansão. A parede torácica só tende ao colapso (pressão elástica +) quando está em torno de 75% da capacidade vital. Logo, para o repouso, ela capacidade vital normal, ela tende sempre a expansão, e quando há manobra forçada, que passa a ter 75% da capacidade vital, ela tende a retração.
Para um determinado volume pulmonar as duas forças elásticas que são contrárias elas são iguais em magnitude, fazendo que o somatório delas seja zero, ou seja, pressão elástica zero. Nesse ponto, a pressão elástica tem mesma magnitude para o pulmão e para a caixa torácica, porém em sentidos contrários, então o sistema nem tende ao colapso, nem tenda a expansão – isso a acontece ao nível da capacidade residual funcional (volume residual + volume inspiratório de reserva) – volume que temos no pulmão ao termino de cada inspiração de repouso (toda vez que inspiramos elevamos o pulmão a capacidade total residual, e nesse nível a pressão elástica do sistema é zero). Acima desse ponto – pressão elástica +, e abaixo -. 
OBS: Por isso que para expandir é preciso força muscular, que se contrapõe a essa elasticidade. Se quero aumentar o volume, preciso me contrapor a uma força elástica que é crescente, por isso que a força que se tem que fazer para uma manobra inspiratória forçada é maior do que a força que gero durante o repouso. Porque existe uma força que puxa para o colapso, e para expandir tem que gerar força superior a essa.
Para botar ar para fora (retrair) também é preciso de força muscular, que se contrapõe a elasticidade negativa de expansão. Se quero diminuir o volume, a força muscular gerada deve ser maior do que a força de expansão. 
51 MIN

Outros materiais