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Profilaxia antibiótica Riscos, benefícios, vantagens e desvantagens da profilaxia Não existe antibiótico capaz de atuar sobre todas as bactérias viventes. Portanto, para o uso profilático, deve-se partir do mesmo princípio do uso terapêutico: selecionar o antibiótico orientado para o combate a um ou mais agentes específicos, prováveis causadores da doença. Uma das falhas da profilaxia antibiótica reside no fenômeno da resistência bacteriana. O uso profilático de antimicrobianos, da mesma forma que no uso terapêutico, exerce pressão de seleção de microrganismos resistentes aos antibióticos e, ao final de algum tempo, estes microrganismos resistentes serão responsáveis pela infecção no local em que a prática profilática é constante. Outra consideração importante está associada às modificações de determinadas microbiotas residentes normais, provocando seu desequilíbrio e viabilizando infecções por microrganismos resistentes. Tais bactérias poderiam provocais desde infecções locais até sepses. Todos os procedimentos odontológicos, intraorais ou extraorais, são realizados em regiões sépticas, infectadas ou não. Portanto, costumam desencadear bacteremia, ainda que transitória. Esta bacteremia, geralmente desprezíve em pacientes sadios, pode ser preocupante naqueles que, por algum motivo, estão mais susceptíveis a infecções bacterianas. Destacam-se algumas enfermidades prévias, como endocardite bacteriana, imunopatias, tratamentos prévios quimio ou radioterápicos contra o câncer e terapia com glicocorticoides, etc. Todas contribuem com aumento da susceptibilidade e agravamento de infecções e, portanto, nestes casos, deve-se fazer uso profilático de antibióticos na tentativa de minorar os riscos. Indicações clínicas para o uso profilático de antibióticos Condições sistêmicas Condições como desidratação, desnutrição e higiene precária contribuem para o desenvolvimento de infecções em áreas sépticas intervidas cirurgicamente. Se não for possível compensar estas condições previamente à cirurgia, como em urgências, deve-se avaliar o potencial provável da infecção, podendo se recomendar o uso profilático de antibióticos. Patologias preexistentes O ato cirúrgico em áreas sépticas, em pacientes susceptíveis por patologias preexistentes, pode contribuir com o surgimento de infecções significativas, ou agravamento da enfermidade prévia. Destacam-se: Insuficiência cardíaca; Portadores de marca-passo, desfibrilador, bypass coronário ou válvulas protéticas; Doença reumática cardíaca; Transplantado; Prolapso da valva mitral; Endocardite infecciosa prévia; Anomalias estruturais cardíacas; Imunodeprimidos; Usuários crônicos de glicocorticoides; Pacientes sob radioterapia ou quimioterapia; Etilistas; Diabetes não compensada; Pacientes submetidos à diálise; Imunopatas, hepatopatas e nefropatas graves; Condições relacionadas ao ato cirúrgico Grande perda sanguínea; Grande extensão de tecido necrosado; Formação de espaços mortos; Cirurgias prolongadas; Ambiente cirúrgico inadequado; Arsenal cirúrgico não-estéril; Excessivo traumatismo cirúrgico; Emprego de próteses internas; Antibacteriano Dose de ataque Dose de manutenção (opcional) Adulto Criança Adulto Criança Amoxicilina 2g por V.O 1h antes 50mg/kg por V.O 1h antes 500mg por V.O após cirurgia 10mg/kg por V.O após cirurgia Azitromicina 500mg por V.O 1h antes 15mg/kg por V.O 1h antes 250mg por V.O após cirurgia 10mg/kg por V.O após cirurgia Clindamicina 600mg por V.O 1h antes 20mg/kg por V.O 1h antes 300mg por V.O após cirurgia 5mg/kg por V.O após cirurgia
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