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Prevenção e tratamento das infecções bucomaxilofaciais Infecções odontogênicas são aquelas que derivam dos elementos dentários. Elas tem uma microbiota característica – cáries, doenças periodontais e pulpites são infecções iniciais que podem se disseminar além dos dentes para os espaços alveolares e para os tecidos profundos da face, da cavidade oral, da cabeça e do pescoço. A maioria das infecções odontogênicas são facilmente resolvidas por procedimentos cirúrgicos menores e antibioticoterapia. Porém, quando não tratadas, elas podem se agravar, invadir espaços fasciais e trazer risco de morte rapidamente. A Incidência, severidade, morbidade e a mortalidade associadas às infecções odontogênicas tem declinado nos últimos 60 anos. Isto se deve ao fato de que a prevenção tem sido progressivamente aumentada, e, devido à maior facilidade de acesso à informação, a população tem se tornado gradativamente mais esclarecida. Além disso, princípios de tratamento, cirúrgicos e farmacológicos, tem sido melhorados e tornados mais eficazes. Como exemplo disto, em 1940, Angina de Ludwig estava associada a 10% de mortalidade; Atualmente, está associada a apenas 4%. Para tratar apropriadamente pacientes com infecções odontogênicas, o profissional precisa conhecer as causas, a anatomia regional, a farmacologia aplicada, a técnica cirúrgica, a bacteriologia e a imunologia. Deve-se salientar que: Infecções localizadas são casos de urgência; e que infecções graves são casos de emergêcia; Microbiologia As bactérias que causam infecções odontogênicas são mais comumente da microbiota nativa da cavidade oral. Destacam-se aquelas que sobrevivem na placa bacteriana, encontradas tanto na mucosa quanto no sulco gengival. Estas são responsáveis por uma série de doenças comuns (ex: cárie, gengivite, periodontite, etc.). Porém, quando estas bactérias obtêm acesso para tecidos mais profundos, como por através de uma polpa necrótica ou de uma bolsa periodontal profunda, causam infecções odontogênicas – isto ocorrerá quando houver um desequilíbrio da microbiota oral, em que a virulência do alto número de micro-organismos supera o arsenal das defesas locais. Quase toda infecção odontogênica tem caráter polimicrobiano (geralmente, 5 ou mais espécies), com micróbios aeróbio e anaeróbios e de diferentes cepas (justificando a seleção, a princípio, de antibiótico de amplo espectro para o tratamento – apenas com o decorrer da infecção e do tratamento é que se deve escolher um antibiótico mais específico ou fazer associações). Etiologias Cárie Necrose Pulpar Periapicopatias Infecção odontogênica A necrose da polpa resultante de cárie profunda cria uma via para as bactérias penetrarem nos tecidos periapicais. Uma vez que estes tecidos tenham sido invadidos, as bactérias estabelecem uma infecção ativa, que dissemina igualmente para todas as direções. Porém, como o organismo apresenta linhas de menor resistência à propagação da infecção (ex: ossos mais delgados, espaços fasciais), é de se esperar que a infecção se propague para alguma direção. Neste ponto, há formação de uma periapicopatia – trata-se de uma alteração radiolúcida periapical bem-delimitada; O aspecto extraoral pode revelar abaulamento na região correspondente à infecção (lesões grandes); Neste ponto, não há justificativa para a drenagem cirúrgica (evitar a formação de cicatriz na face), a menos que a lesão apresente fistulação espontânea (comunicação do espaço infectado com o ambiente externo). A infecção se propaga através do osso esponjoso até encontrar uma lâmina cortical – se a cortical for fina, a infecção perfurará o osso e penetrará nos tecidos moles localizados ao seu redor. Neste ponto, o tratamento da polpa necrosada (endodontia) ou a remoção do dente (exodontia) deverá resolver a infecção. A antibioticoterapia apenas impedirá a progressão da infecção, mas ela irá se reativar se não houver remoção da causa da infecção. Após a perfuração da cortical, a infecção irá se disseminar para uma localização previsível, determinada pela espessura dos ossos corticais (Vestibular e Lingual) que recobrem o ápice dentário e pela relação do ápice dentário com as inserções musculares maxilares e mandibulares. Periodontite Bolsa periodontal Infecção Odontogênica Normalmente, os terceiros molares, sobretudo os inferiores, são os mais acometidos por infecções odontogênicas. Propagação de infecções odontogênicas Dependendo da virulência do micro-organismo infectante, a lesão pode permanecer local (periapical) ou se irradiar (através de sangue, linfa ou espaços conjuntivos). A propagação por espaços conjuntivos é determinada pelas barreiras às quais o micro-organismo deve enfrentar para se disseminar. São barreiras o osso compacto, tendões e fáscias, principalmente. Sabendo que as fáscias são as principais barreiras contra a propagação de infecções, e que elas recobrem estruturas e, principalmente, músculos, devemos relacionar a posição do periápice dentário à inserção ou origem de músculos próximos. Entretanto, a primeira barreira é óssea, fornecida pelos processos alveolares dos dentes, e deve-se entender a topografia dentoalvelar aplicada à disseminação de infecções odontogênicas. Relações alveolodentais O micro-organismo migrará seguindo a localização que oferece menos resistência. Um abscesso periapical não tratado irá se propagar concentricamente, eventualmente perfurando a tábua óssea (vestibular ou lingual) à qual o periápice estiver mais perto. Na maxila Forma geral, a tábua óssea vestibular é delgada, facilitando a disseminação séptica vestibular. O que também contribui com isto é que os periápices dos dentes superiores incisivos, caninos e pré-molares (exceto suas raízes linguais) estão mais próximos à tabua óssea vestibular que à tábua óssea lingual. Disseminações, na maxila, para o seio maxilar e cavidade nasal são raros, mas podem acontecer se a disseminação do micro-organismo for orientada para lingual. Também podem ocorrer abscessos palatinos, que tendem a não perfurar o periósteo (que é muito denso no palato duro), permanecendo abaixo de nervos e artérias e, portanto, a remoção do abscesso deve ser cuidadosa e evitar a lesão de nervos e artérias. Na mandíbula Na mandíbula, desde dentes anteriores até primeiro molar, os periápices estão mais próximos à tábua óssea vestibular. Por segundo e terceiro molares terem seus periápices mais próximos da tábua óssea lingual, é de se pensar que a disseminação séptica ocorrerá por esta via – entretanto, a tábua óssea lingual na região de molares é bastante compacta (por causa da linha milo-hióide), de forma que infecções provenientes destes dentes também tende a se disseminar para vestibular. Após a perfuração da tábua óssea, dependendo da virulência do micro-organismo e da densidade do periósteo, o abscesso pode ser retido pelo periósteo, ou perfurá-lo, progredindo a disseminação de acordo com os espaços fasciais. Relações entre raízes e fixações musculares Dente comprometido Tábua óssea perfurada Relação entre ápice com fixação muscular Orientação da disseminação da infecção Superiores Incisivo central Vestibular Abaixo do m. orbicular da boca Vestíbulo bucal Vestibular Acima do m. orbicular da boca Cavidade nasal Lingual - Palato duro (subperiostal) Incisivo lateral Vestibular Abaixo do m. orbicular da boca Vestíbulo bucal (deforma sulco nasolabial) Vestibular Acima do m. orbicular da boca Cavidade nasal Lingual - Palato duro (subperiostal) Canino Vestibular Abaixo do m. elevador do ângulo da boca Vestíbulo bucal Vestibular Acima do m. elevador do ângulo da boca Espaço canino (deforma sulco nasolabial)* Lingual - Palato duro (subperiostal) 1º Pré-molar (exceto raiz lingual) Vestibular Abaixo do m. elevador do ângulo da boca (quase sempre, pois tem raízes muito curtas) Vestíbulo bucal 1º Pré-molar (raiz lingual) Lingual - Palato duro(subperiostal) 2º pré-molar (exceto raiz lingual) Vestibular Abaixo do m. bucinador Vestíbulo bucal Vestibular Acima do m. bucinador Espaço bucal (fleimão geniano, bochecha) 2º pré-molar (raiz lingual) Lingual - Palato duro (superiostal) Molares Vestibular Abaixo do m. bucinador Vestíbulo bucal Vestibular Acima do m. bucinador Espaço bucal (fleimão geniano, bochecha) Lingual - Palato duro (superiostal) Inferiores Incisivos Vestibular Acima do m. mentoniano Vestíbulo bucal Vestibular Abaixo do m. mentoniano Espaço submentoniano Caninos Vestibular Acima do m. abaixador do lábio inferior Vestíbulo bucal Vestibular Abaixo do m. abaixador do lábio inferior Extrabucal 1º Pré-molar Vestibular Acima do m. abaixador do lábio inferior Vestíbulo bucal Vestibular Abaixo do m. abaixador do lábio inferior Espaço coletor Lingual - Espaço sublingual** 2º Pré-molar Vestibular Acima do m. abaixador do lábio inferior Vestíbulo bucal Vestibular Abaixo do m. abaixador do lábio inferior Espaço coletor Lingual - Espaço sublingual** 1º Molar Vestibular Acima do m. bucinador Vestíbulo bucal Vestibular Abaixo do m. bucinador Espaço bucal 2º Molar Vestibular Acima do m. bucinador Vestíbulo bucal Vestibular Abaixo do m. bucinador Espaço bucal Lingual Acima do m. milo-hioide Espaço sublingual (intrabucal) Lingual Abaixo do m. milo-hioide Espaço submandibular (extrabucal) 3º Molar Lingual Abaixo do m. milo-hioide Espaço submandibular (extrabucal) As informações em negrito são aquelas que ocorrem com mais frequência. Vestíbulo bucal = intrabucal; Os demais são extrabucais * A infecção não se dissemina para a órbita por causa da fáscia do músculo levantador do lábio superior. ** Não há infecção do espaço submandibular por que a fáscia do músculo milo-hióide o impede. Diagnóstico Anamnese Historia da queixa principal Inicio – Quando foram os primeiros sintomas? Queixa principal “Meu maxilar está inchado.” “Tenho um tumor na minha boca.” Sintomatologia Dor Edema Drenagem Fadiga Febre Houve tratamento anterior? Houve Automedicação? Tempo de evolução Progressão lenta: baixa virulência Progressão rápida: alta virulência Rapidez da evolução Exames por imagem Radiografia Periapical Panorâmica Perfil cervical – verificar progressão para via aérea Tomografia computadorizada (difícil acesso. Mais para infecções graves) Ressonância magnética (difícil acesso. Mais para infecções graves) Exame físico Monitorar sinais vitais - dor, ansiedade, obstrução da via aérea podem aumentar se os fatores abaixo estiverem altos: Pressão arterial Frequência cardíaca Frequência respiratória Temperatura corpórea Exame loco-regional - Inspeção e palpação Avaliar coloração, consistência e sensibilidade Exame extra-oral Linfadenopatio, ponto de fluctuação “Face tóxica” Exame Intraoral Avaliar grau de abertura bucal Avaliar a presença de trismo Buscar por tumefações Pesquisar pelo Foco de infecção, pois o fator causal deve ser removido para debelar a infecção; Diagnostico dos estágios da infecção Fase de Inoculação - 1 Fase de Celulite - 2 Fase de Abscesso – 3 Duração 0 – 3 dias 3 – 5 dias 4 – 10 dias (crônica) Dor Leve Intensa e difusa Localizada Delimitação Difusa Difusa Circunscrita Tamanho Variável Grande Pequeno Cor Normal Vermelho Centro brilhante Consistência Gelatinosa / Mole Endurecido / Firme Centro amolecido / Flutuante Progressão Crescente Crescente Decrescente Pus Ausente Pouco Presente Microbiota Aeróbia Mista Anaeróbia Gravidade Baixa Alta Moderada Abordagem cirúrgica Determinando a severidade da infecção Grande parte deste processo é feito simultaneamente ao diagnóstico. Localização anatômica da infecção Determinar espessura do osso que recobre o ápice para vestibular e para lingual/palatina, pois será possível determinar para onde a infecção irá se difundir. Relação entre Local de perfuração óssea e inserções musculares. Isto ajuda a determinar determina espaços fasciais que serão acometidos pela infecção e a evolução do processo infeccioso, determinando risco maior ou menos para vias aéreas e para estruturas nobres. O risco maior associado às infecções odontogênicas é a obstrução aguda das vias aéreas, impedindo a respiração e podendo levar ao óbito. Determinar o risco com base nos espaços fasciais que serão acometidos: 1 (baixo), 2 (médio), 3 (alto) em relação às vias aéreas e estruturas nobres: 1 - vestibular, subperiosteal, espaço do corpo da mandibula, infraorbital, bucal 2 - submandibular (mais acometido por infecções odontogênicas), submental, sublingual, pterigomandibular, canino, submasseterico, temporal superficial, infratemporal (temporal profundo) 3 - lateral faríngeo, retrofaringeo, pretraqueal, mediastino [todos associados às vias aéreas] e intracranial Velocidade de progressão Sintomatologia e tempo de evolução, com objetivo de definir estágio clínico da infecção Determinar o grau de comprometimento de vias aéreas Avaliação das defesas do hospedeiro Condições prejudiciais ao sistema imune Determinar a presença de condições médicas que deprimem o sistema imune é importante. Sob estas condições, as bactérias, nos tecidos, são mais ativas, além de que o organismo é incapaz de desempenhar suas defesas, sejam celulares ou humorais, por completo. Doenças e distúrbios metabólicos Associados à diminuição da função fagocitária: menos quimiotaxia e menos fagocitose; Diabetes Desnutrição Alcoolismo Imunossupressão congênita Diminuição da função leucocitária e redução da produção de anticorpos; Aplasia medular Leucemia Neoplasia maligna Diminuição da função leucocitária e redução da produção de anticorpos; Linfoma HIV/AIDS Como as infecções odontogênicas são causadas, geralmente, por patógenos extracelulares, os indivíduos HIV+ são capazes de as combater bem até que um quadro grave de AIDS se estabeleça. Fármacos que comprometem a defesa do hospedeiro Quimioterápicos para o câncer Efeito pode ser prolongado e durar até 1 ano após a terapia Leucocitopenia Imunossupressores pós-transplante (corticoesteróides, ciclosporina, azatioprina) Redução da atividade inflamatória Redução da produção de citocinas Redução da produção de anticorpos Redução da ativação linfocitária Decidir o caminho da terapia – Clínico geral ou Cirurgião Buco-Maxilo-Facial? Ambiente ambulatorial ou Hospitalar? A maioria das infecções odontogênicas pode ser resolvida rapidamente por sob cirurgias menores e antibioticoterapia adequadas. Porém, algumas podem por em risco a vida do paciente, e devem ser tratadas por procedimentos cirúrgicos mais agressivos – nestes casos, o paciente deve ser tratado em ambiente hospitalar por um CBMF. Uma série de critérios devem ser utilizados nesta avaliação: Determinar a taxa de progressão da infecção Determinar o grau de dispneia (dificuldade respiratória) Dificuldade para deitar, fala distorcida e dispneia indicam estreitamento das vias aéreas superiores, e o paciente deve ser encaminhado para a emergência; Determinar o grau de disfagia (dificuldade para deglutir) Impossibilidade de deglutir a própria saliva indica estreitamento da orofaringe e possibilidade de obstrução aguda das vias aéreas; O paciente deve ser transportado para a emergência; Determinar colaboração do paciente Grau de higienização Aceitação do tratamento Determinar grau de desidratação do paciente Indicadores para admissão hospitalar (balancear os indicadores): Temperatura > 38.4⁰ C Desidratação Dano a vias aéreas ou estruturas vitais Infecções moderadas a severas Necessidade de anestesia geral Necessidade de controle hospitalar da doença sistêmicaProcedimento cirúrgico O princípio básico do tratamento das infecções odontogênicas é remover o fator causal. O tratamento pode ser tão simples como uma endodontia, mas pode ser complexo ao ponto de requerer múltiplas incisões em regiões submandibulares ou cervicais, ou até necessitar de uma abertura de drenagem no mediastino. O objetivo primário, como dito, é remover a causa. O mais comum é remover uma polpa necrosada ou uma bolsa periodontal profunda; O objetivo secundário é drenar o pus acumulado e remover os restos necróticos. O melhor momento para se drenar um abscesso é o mais rápido possível, quando indicado (Celulite ou Abscesso). Remoção do foco infeccioso: Exodontia Estabilização de fratura Remoção de corpo estranho Drenagem cirúrgica, pelas vias: Abertura endodôntica Punção (espaços mais profundos) Incisão e colocação do dreno Incisão e colocação do dreno Anestesiar – não há protocolo bem definido para anestesia para drenagem. Como o pH da região infectada é ácido, é difícil que o anestésico local aja bem. Aconselha-se fazer múltiplas anestesias ao redor da infecção, ou, quando possível, à distância. Realizar antissepsia da área (povidona iodina, clorexidina, etc). Incisão - A incisão não deve ser profunda. Deve ser apenas cutânea (nível de pele). Também, não deve ser longa, se estendendo por apenas 1 – 2 cm. Em casos de abscessos muito grandes, podem ser realizadas várias incisões. Dissecção romba - Após a incisão, realiza-se a dissecção romba pelos tecidos fasciais em busca do foco da infecção. Este procedimento é realizado com pinça hemostática curva. Insere-se a pinça fechada no espaço criado pela incisão e, dentro da ferida, abre-se a pinça, criando espaço adicional. Depois, faz-se movimento de retirada com a pinça ainda aberta. Repete-se o procedimento de dissecção romba. Ordenha – trata-se da compressão do local infectado. Isto gera compressão dos espaços fasciais e pressão da coleta purulenta para fora, para o espaço aberto pela incisão. Instalar dreno. Suturar a dreno e incisão. Fazer curativo. Reavaliar em 2 – 5 dias. Tratamento farmacológico Indicações: Tumefação de evolução rápida Aumento de volume difuso Envolvimento de espaços fasciais secundários Defesas do hospedeiro comprometidas Periocoronarite grave Osteomielite Contra-indicação Abscesso crônico bem localizado Pequenos abscessos vestibulares Pericoronarite leve Antibiotico apropriado Preferencia por aqueles de menor toxicidade Historico: reação alérgica? Drogas bactericidas de preferência às bacteriostáticas Avaliar custo para paciente Alteração da terapia: Alergia, reação toxica ou intolerância Teste de resistência microbiana positivo Ausência de melhora clinica Decidir sobre terapia de suporte Controle de temperatura Até 38.4 graus = benefica Aumento da fagocitose Aumento fluxo sanguíneo Elevação do metabolismo Estimula função de anticorpos – Hidratação Nutrição Manutenção e restabelecimento de equilíbrio eletrolítico Controle de doenças sistêmicas Avaliação e acompanhamento Causa de falência: Cirurgia realizada inadequadamente Desordem imunológica Presença de corpos estranhos Problemas com antibióticos Paciente não colaborador Sobredose terapêutica Infecção complexa Antibiótico mal escolhido
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