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Tema 5: Procedimento ANOVA com dois fatores - sem interação entre os grupos Nesse tema, preparamos um roteiro para realização da ANOVA de dois fatores utilizando o teste F. Para tornar bem didático o estudo, dividimos esse procedimento em seis passos. Acompanhe cada um deles a seguir: Passo 1. Estabelecer o teste de hipóteses: 0AH : o fator A não influencia a variável em estudo. 0BH : o fator B não influencia a variável em estudo. Passo 2. Realizar os seguintes cálculos: Soma dos quadrados totais, que mede a variação total dos dados, tQ . Soma dos quadrados entre os níveis do fator A, AQ . Soma dos quadrados entre os níveis do fator B, BQ . Variação dentro dos grupos, DQ . Passo 3. Realizar o cálculo das variâncias: Entre os grupos do fator A, 2 AS . Entre os grupos do fator B, 2 BS . Dentro dos grupos, 2 DS . Com isso, avaliam-se as razões A calF e B calF . Passo 4. Constrói-se o quadro de análise de variância conforme a Tabela 4 (que você viu na aula anterior). Passo 5. Para ambos os fatores, esboçam-se os gráficos ilustrativos para visualizar as regiões críticas (RC) e de aceitação (RA) para a hipótese nula. Isso é feito com o auxílio da tabela de distribuição F. Passo 6. Comparam-se os valores de A calF e B calF com os de A tabF e B tabF , respectivamente, e obtêm-se a conclusão. Para colocar em prática essa teoria, vamos agora à solução do exemplo ilustrativo inicial, retirado de Martins (2010): Deseja-se saber ao nível de significância de 5%: a. Se há diferença na safra devido à variedade do trigo. b. Se há diferença na produção devido ao fertilizante. Solução: Passo 1: verificar a hipótese a ser testada: 0AH : a variedade não altera a produção de trigo. 0BH : o tipo de fertilizante não altera a produção de trigo. Passo 2: realizar os seguintes cálculos: Soma dos quadrados totais, que mede a variação total dos dados: 2a b 2 2 2 t i j i 1 j 1 Q y y 54 47,9 38 47,9 50 47,9 L tQ 314,9 Soma dos quadrados entre os níveis do fator A (variedade do trigo): 2a 2 2 A i i 1 Q b y y 5 * 46,4 47,9 49,4 47,9 AQ 22,5 Soma dos quadrados entre os níveis do fator B (tipo de fertilizante): 2b 2 2 2 B j j 1 Q a y y 2 * 55,5 47,9 40 47,9 47 47,9 L BQ 279,4 Variação dentro dos grupos: D t A BQ Q Q Q 314,9 279,4 22,5 DQ 13 Passo 3: calcular as variâncias: Com isso se avalia as razões A calF e B calF 2A A cal 2 D S F 6,92 S 2 B B cal 2 D S F 21,49 S Passo 4: montar o quadro de análise de variância: Passo 5: construir os gráficos para ilustrar as regiões de aceitação (RA) e as regiões críticas (RC). Para o fator A (variedade do trigo), temos 1 grau de liberdade no numerador e 4 para o denominador. Verificando a tabela de distribuição F ao nível de significância de 5%, encontramos tabF 7,71 . Nessa mesma linha, para o fator B (fertilizante) temos 4 graus de liberdade para o numerador e 4 para o denominador. Ao buscar na tabela de distribuição encontramos tabF 6,39. Nas figuras seguintes, esboçamos os gráficos ilustrando as regiões críticas de aceitação para cada fator: Passo 6: conclusão: Para o fator A, variedade do trigo é dada por A cal tabF 6,92 F 7,71 . Logo, com 95% de confiança, a hipótese nula 0AH é aceita, concluindo que a variedade de trigo não altera a produção de grãos. Para o fator B, o fertilizante é dado por B cal tabF 21,49 F 6,39. Logo, com 95% de confiabilidade a hipótese nula 0BH é rejeitada. Portanto o tipo de fertilizante usado altera na produção de grãos. Referências MARTINS, G. A. Estatística geral e aplicada. 3. edição. Editora Atlas, 2010. TRIOLA, M. F. Introdução à estatística: atualização da tecnologia. 11 ed. Editora LTC, 2014. PORTAL Action. Disponível em: http://www.portalaction.com.br/ Acesso em: 17 jun. 2015.
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