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1 Lubrificantes 2011

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Lubrificantes
Prof. Isaias Masiero
Referências:http://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_Normalhttp://www.lubrificantes.net/lub-002.htm
http://www.interlubri.com.br/ups_manuallub4.htm
ALBUQUERQUE, Olavo A. L. Pires e. Lubrificação. 1 ed. São Paulo: MacGraw-Hill do Brasil, 1977. 138 p. ;
ROUSSO, Jose. Manual de lubrificação industrial. 4 ed. Rio de Janeiro: CNI,DAMPI, 1990. 125 p. ;
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Lubrificar é aplicar uma substância lubrificante entre duas superfícies em movimento relativo, formando uma película que evita o contato direto entre as superfícies.
Os lubrificantes são geralmente aplicados entre duas superfícies sólidas, na maioria dos casos metálicas.
LUBRIFICAÇÃO
 
 Película lubrificante
 
 Superfícies sólidas
 
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Definição de lubrificante
São substancias que aplicadas entre duas superfícies moveis ou uma móvel e outra fixa forma uma película protetora que tem a função principal de reduzir o atrito entre as mesmas.
O que é atrito?
Atrito é uma força natural que atua apenas quando um objeto está em contato com outro e sobre ação de outra força que tende a colocá-lo em movimento.
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Funções da Lubrificação
Redução do atrito;
Vedação;
Proteção Anticorrosiva;
Limpeza;
Refrigeração;
Transmissão de força;
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Lubrificação
Além de proporcionar a separação de dois elementos de atrito, a lubrificação também tem a tarefa de garantir o resfriamento do local. Para que se conseguir isso, muitas vezes o lubrificante é transportado ao local sob condições de alta pressão para garantir uma rápida circulação do mesmo.
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Destilação do petróleo
Petróleo é uma mistura de diversos hidrocarbonetos com características diferentes por isso tem pouca utilidade.
Por destilação tem-se a separação dos hidrocarbonetos. Os principais produtos da destilação são:
* Asfalto
* Diesel / óleo diesel
* Nafta
* Óleo combustível
* Gasolina
* Querosene e querosene de aviação
* Gás liquefeito de petróleo
* Óleos lubrificantes
* Ceras de parafinas
* Coque
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Especificação de lubrificantes 
A especificação descreve as exigências mínimas e métodos de teste para produtos que foram determinados pelo fabricante de maquinas. A especificação mais conhecida para fabricantes de graxas e óleos é por exemplo a especificação MIL do exército dos Estados Unido. Um outro exemplo são as especificações AGMA “American-Gear-Manufactures-Assotiation” que incluem recomendações para óleos de câmbios em 9 faixas de viscosidade. A principal ferramenta para determinar estes exigências e métodos de teste são as normas de ensaios, como por exemplo normas DIN, ASTM, ISO, VG, etc. Estas normas facilitam a escolha mais correto possível do lubrificante a ser usado e assim pode ser obtida um bom funcionamento do elemento de maquina durante a sua vida útil esperada. 
http://www.lubrificantes.net/esp-001.htm
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Especificação de lubrificantes 
DIN é a norma Alemã de Industrias: Deutsche Industrie Norm. ASTM ( American Society for Testing Materials ) é a associação de profissionais nos Estados Unidos para a normatização de métodos de testes e determinações para especificações de lubrificantes. Para determinar a consistência de graxas usa-se na maioria dos casos a especificação NLGI = National Lubrication Grease Institute (USA). Exemplo: Molykote BR-2 plus, onde o numero 2 indica a consistência da graxa. 
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Tipos de lubrificantes
De modo geral podemos escolher entre 4 tipos de lubrificantes:      - lubrificantes oleosos, líquidos e 		 fluidos lubro-refrigerantes (emulsões)      - lubrificantes graxosos      - lubrificante pastoso      - lubrificante seco (pó ou verniz)       
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Classificação dos lubrificantes
SAE: Society of Automotive Engineers (Associação dos Engenheiros Automotivos)- define a classificação do lubrificante conforme a necessidade, normalmente está relacionada a viscosidade do óleo.
API: American Petroleum Institute (Instituto Americano de Petróleo)- desenvolve a linguagem para o consumidor em termos de serviços dos óleos lubrificantes.
ASTM: American Society for Testing of Materials (Associação Americana para Prova de Materiais)- Define os métodos de ensaios e limites de desempenho do lubrificante.
 
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Classificação quanto a viscosidade
Quando um fluido muda do estado de repouso para o de movimento, ocorre uma resistência ao fluir, devido ao atrito interno do mesmo. A viscosidade é uma medida desse atrito interno. 
Sua classificação se dá pela norma SAE seguido por números com dois algarismos (para lubrificantes de motores a explosão). Quanto maior for esse número, maior será a viscosidade do óleo. Em termos mais vulgar, digamos "mais grosso". Assim temos: SAE 5, SAE 10, SAE 20, SAE 30, SAE 40, etc. Esses lubrificantes também são chamados de monograu ou monoviscoso, pois independente da temperatura.
Temos também os óleos multigrau ou multiviscosos. Esses óleos possuem dois números, sendo o primeiro acompanhado pela letra W (winter) que significa inverno em inglês, lembrando baixas temperaturas. Sendo assim, sua viscosidade pode variar de acordo com a temperatura, atendendo melhor o motor. Ex: SAE 20W 40, SAE 20W 50, etc.
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Classificação quanto ao serviço
A norma API classifica o óleo lubrificante quanto ao serviço prestado por eles (motores que atendem). Sua classificação se dá sempre pela sigla API seguida da letra S (service) e outra que vai de A até L atualmente. Quanto mais avançado for a segundo letra, melhor é o lubrificante em termos de serviço, ou seja, atendem a todos os motores fabricados até hoje. Ex: API SA, SB, SC, SD, SE, SF, SG, SH, SI, SJ e SL.
Os óleos SA não possuem aditivação e atendem apenas aos motores muito antigos, fabricados antes da década de 50. Os óleos SL são indicados a todos os motores fabricados até hoje. Lembre-se, quanto maior o avanço da segunda letra, mais caro é o óleo.
Se você tem um carro da década de 80 por exemplo, não necessita utilizar óleos SJ ou SL. Logicamente não trarão problemas, mas seria como se quisesse colocar uma tachinha com uma marreta. Veja abaixo algumas das classificações:
SF: De 1980 a 1989; SG: De 1989 a 1994; SH: De 1994 a 1996; SI: De 1996 a 1998; SJ: De 1998 a 2000; SL: De 2000 aos dias atuais.
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ÓLEOS
Já os velhos Egípcios usaram produtos para facilitar o transporte de estatuas em 2400 a.C. Como naquela época não eram conhecidos óleos minerais e nem sintéticos, usava-se aceite de olivas. Com o descobrimento de petróleo e o inicio da revolução industrial começou o uso do óleo mineral como lubrificante. O óleo mineral é hoje praticamente a base de todos os tipos de lubrificantes, sejam eles hidráulicos, de motores, de engrenagens, de redutores ou graxas de diversos espessantes ( sabões metálicos, bentonita, poliureia etc.) Os óleos sintéticos como por exemplo glicóis, ésteres ou silicones tem a mesma função como o óleo mineral, porém são quimicamente mais estáveis e resistem melhor a temperaturas elevadas ou muito baixas. 
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Óleos
Devido as pesquisas e esforços da industria química, os lubrificantes minerais tem aumentadas nos últimos anos suas propriedades através de aditivos modernos e cada vez mais eficientes. Fora dos aditivos modernos usados nos fluidos minerais, melhoraram também nos últimos anos os processos de refinação e fabricação. 
ÓLEOS com hidro-craqueamento
Um destes processos é o hidro-craqueamento. Com este processo consegue-se tirar todos os hidrocarbonetos não-saturados dos óleos minerais, deixando-os assim mais estável e resistente ao envelhecimento (oxidação), menos vulnerável a formação de emulsão em caso de influencia de umidade ou água e a formação de vernizes em temperaturas mais elevadas.  
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Óleos Minerais
Os óleos minerais se dividem em:
Parafínicos
Naftênicos
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Óleos Minerais
Óleo mineral de base Parafinicos
Enquanto os hidrocarbonetos parafínicos formam em sua estrutura molecular linear, os naftênicos formam em sua maioria ciclos.
Óleo minerais de base naftênicos
Os naftênicos em geral são usados para produzir lubrificantes para baixas temperaturas. Desvantagem dos naftênicos é sua incompatibilidade com materiais sintéticos e elastômeros.
Óleo mineral de base misto
Para atender as características de lubrificantes conforme necessidade e campo de aplicação a maioria dos óleos minerais é misturada com base naftêncio ou parafínico em quantidades variados. 
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Naftênicos X Parafínicos
Naftênicos
Cadeia fechada;
Incompatibilidade com materiais sintéticos e elastômeros;
Utilizado para baixas temperaturas.
Parafínicos
Cadeia aberta;
Resistentes a oxidação;
Utilizado para altas temperaturas.
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  Óleos sintéticos
São, ao contrário dos óleos minerais, produzidos artificialmente. Eles possuem, na maioria das vezes, um bom comportamento de viscosidade-temperatura com pouca tendência de coqueificação em temperaturas elevadas, baixo ponto de solidificação em baixas temperaturas, alta resistência contra temperatura e influências químicas. Quando falamos em óleos sintéticos temos de distinguir cinco tipos diferentes:
1. Hidrocarbonetos sintéticos
Entre os hidrocarbonetos sintéticos destacam-se hoje com maior importância de um lado os polialfaoleofinas (PAO) e os óleos hidrocraqueados. Estes óleos são fabricados a partir de óleos minerais, porém levam um processo de sintetização, o qual elimina os radicais livres e impurezas, deixando-os assim mais estável a oxidação. Também consegue-se através desde processo um comportamento excelente em ralação a viscosidade-temperatura. Estes hidrocarbonetos ¨semi-sintéticos¨ atingem IV (Indices de Viscosidade) até 150.
2. Poliol ésteres
Para a fabricação de lubrificantes especiais, fluidos de freios, óleos hidraúlicos e fluidos de corte os poli-alquileno-glicois, miscível ou não miscível em água tem hoje cada vez mais importância.
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Óleos sintéticos
3. Diésteres
São ligações entre ácidos e álcoois através da perda de água. Certos grupos formam óleos de ésteres que são usados para a lubrificação e, também, fabricação de graxas lubrificantes.Os di ésteres estão hoje aplicados em grande escala em todas as turbinas da aviação civil por resistir melhor a altas e baixas temperaturas e rotações elevadíssimas. Dos óleos sintéticos eles tem o maior consumo mundial
4. Óleos de silicone
Os silicones destacam-se pela altíssima resistência contra temperaturas baixas, altas e envelhecimento, como também pelo seu comportamento favorável quanto ao índice de viscosidade. Para a produção de lubrificantes destacam-se os Fenil-polisiloxanes e Methil-polisiloxanes.Grande importância tem os Fluorsilicones na elaboração de lubrificantes resistentes à produtos químicos, tais como solventes, ácidos, etc.
5. Poliésteres Perfluorados
Óleos de flúor- e flúor-cloro-carbonos tem uma estabilidade extraordinária contra influência química. Eles são quimicamente inertes, porém em temperaturas acima de 260°C tendem a craquear e liberar vapores tóxicos. 
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Características dos óleos lubrificantes
Viscosidade;
Densidade;
Ponto de fulgor e inflamação;
Ponto de fluidez;
Propriedades antidesgaste;
Acidez e alcalinidade;
Demulsibilidade e emulsibilidade.
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Viscosidade
É a resistência de um fluido ao escoamento.
Principal influenciador: temperatura
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Óleos multiviscosos X monoviscosos
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Índice de viscosidade
Expressão numérica da variação da viscosidade com a variação da temperatura.
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Densidade 
É a relação da massa de um óleo e o volume por ele ocupado.
Densidade 20/4° C= Densidade do óleo a 20° C
		 Densidade da água a 4° C
Densidade 60/60° F= Densidade do óleo a 60° F
		 Densidade da água a 60° F
 Densidade API:
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Ponto de fulgor e inflamação
Ponto de Fulgor: É a temperatura a que o produto deve ser aquecido, sob condições do método, para produzir suficiente vapor, para formar, com o ar, uma mistura capaz de se inflamar momentaneamente pela presença de uma chama piloto;
Ponto de inflamação: quase idêntico ao ponto de fulgor,mas a diferença e que a inflamação é continua.
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Ponto de fluidez 
É a mais baixa temperatura na qual o óleo ainda flui, nas condições normais do teste.
Ponto de névoaé a temperatura na qual começa ser formado os cristais, tornando o óleo turvo.
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Propriedades antidesgaste
Extrema pressão: Evitar contato metálico entre as superfícies, especialmente quando as pressões são extremamente elevadas.
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Propriedades antidesgaste
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Acidez e alcalinidade
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Aditivos
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Principais funções dos aditivos
Aprimorar uma característica já existente no óleo
Ex: Aumento da resistência à oxidação e do Índice de Viscosidade.
Fornecer ao lubrificante nova característica não existente naturalmente
Ex: Reserva alcalina e proteção antimicrobiana.
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Principais aditivos
Aditivos de Extrema Pressão;
Aditivos Detergentes e Dispersantes;
Aditivos de Adesividade;
Aumentadores do Índice de Viscosidade;
Inibidores de Oxidação e Corrosão.
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Aditivos de Extrema Pressão e Antidesgaste
Sua função básica é reduzir o desgaste das partes lubrificadas e protegê-las contra pressões elevadas decorrentes da operação dos equipamentos.
As principais substâncias utilizadas para tal fim são:
Carbonato de Cálcio;
Óxido de Zinco;
Betonita(mica);
Grafite;
Parafinas cloradas;
Diesteres sulfurados;
Bissulfeto de Molibdênio;
Naftenatos metálicos (chumbo e alumínio).
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Aditivos Detergentes e Dispersantes
A principal função destes aditivos é manter limpas as superfícies metálicas que estão sendo lubrificadas.
Compostos orgânicos de alto peso molecular.
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Aditivos de Adesividade
Destinam-se a melhorar as características de adesividade de um óleo ou graxa lubrificante.
Muito desejada em lubrificantes destinados a engrenagens abertas, peças sujeitas à força centrípeta, etc.
Destacam-se as seguintes substâncias:
Polímeros de hidrocarbonetos de alto peso molecular;
Sabões de alumínio;
Estereato de potássio;
Ceras de origem animal ou vegetal. (abelha, carnaúba, etc.)
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Aumentadores do Índice de Viscosidade
Têm como finalidade principal fornecer aos óleos lubrificantes características tais, que a variação de temperatura não acarrete acentuadas variações na sua viscosidade.
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Inibidores de Oxidação e Corrosão
A principal função destes aditivos é minimizar a formação de vernizes e borras, protegendo as superfícies metálicas contra a corrosão e oxidação, evitando, por outro lado, a formação de substâncias ácidas que acarretam a deterioração do lubrificante, através de sua oxidação.
Os principais aditivos são:
Substâncias Fenólicas;
Aminas Aromáticas;
Sulfetos Orgânicos;
Fosfitos.
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Oxidação de óleos
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Graxas
São lubrificantes com propriedades de redução de atrito e desgaste, com consistência graxosa, compostos de óleo, engrossadas através de espessantes. Os espessantes das graxas são, sabões metálicos ou agentes orgânicos ou inorgânicos. Os principais objetivos são: - redução de desgaste - redução de atrito - proteção contra corrosão - diminuir ruídos - reduzir as vibrações 
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Graxas
Menos : Eliminar o calor gerado Mais : Vedação contra o meio ambiente (poeira, água, etc.). Evitar fugas do lubrificante (do óleo). A maioria dos mancais de rolamentos é lubrificada com graxa, especialmente devido aos problemas de vedação dos rolamentos. Graxas com lubrificantes sólidos são, na sua maioria, previstas para condições de atritos mistos em baixas velocidades ou elevadas cargas. Estas massas com lubrificantes sólidos, como por exemplo graxas grafitadas ou com bissulfêto de molibdênio, podem aumentar a vida útil dos rolamentos consideravelmente. 
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Consistência das graxas
O primeiro passo para escolher a graxa adequada é a informação da velocidade (rpm) e o diâmetro médio do rolamento para poder calcular o fator DN que é um fator de rotação calculado multiplicando
o diâmetro médio do rolamento pelo numero de rotações por minuto. Tendo esta informação podemos indicar a consistência adequada: Consistência de Graxa 
Classe- NLGI          Descrição                         DN (mm/min) 00                         graxa fluida               1 até 1,2 x 106 (Max. 1,5 x
 106) 0 a 1                  rotação elevada                   até Max. 1x 106 2                           normal                            até Max. 800.000 3                           normal                            até Max. 400.000 4                        graxa vedante                     até Max. 50.000  
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Penetração (ASTM D217 / IP 50)
Consistência é uma medida de qualidade de graxas lubrificantes. O aparelho de ensaio para medir a consistência de uma graxa é o penômetro. Para medir a consistência usa-se um cone, um copo com o material a ser analisada e uma escala em 1/10 mm. O ensaio é feito com 25°C e mede-se, quantos mm o cone penetra na massa. 
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Consistência da graxa
A consistência é indicada conforme tabela NLGI ( National Lubricating Grease Institute ). A classificação mais simples de consistência de graxa lubrificante é dividida em 9 classes e medida como penetração trabalhada ( 60 ciclos ) como por exemplo: 
Consistência de graxas 
 Classe de consistência                              Penetração trabalhada                                                                        (1/10 mm)             00                                                        400 – 430             0                                                          355 – 385             1                                                          310 – 340             2                                                          265 – 295             3                                                          235 – 255
Responsável pelo grau de consistência é mais a quantidade de espessante usado na fabricação do que a viscosidade do óleo básico. 
http://www.lubrificantes.net/esp-002.htm
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Graxas com sabão de cálcio
 As graxas fabricadas com sabão de cálcio, óleo mineral e aditivos são lubrificantes cada vez menos encontrados nas linhas de produtos ofertadas pelos fabricantes. Em geral estes produtos estão hoje sendo substituídos na maioria dos casos pela graxa a base de sabão de lítio. A grande vantagem da graxa com sabão de cálcio é a sua facilidade de fabricação e seu custo final ao usuário. As vezes estes lubrificantes ainda encontram campos de aplicação onde podemos lubrificar freqüentemente e onde queremos uma boa resistência à água. Um destes pontos de aplicação são cabos de aço, chassis e molas de veículos pesados. Nestes casos ainda encontramos graxa grafitada com sabão de cálcio. 
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Graxas com sabão de cálcio
A grande desvantagem das massas com sabão de cálcio é o seu baixo ponto de gota: estas graxas tem uma faixa de uso muito limitada com relação a temperaturas mais elevadas. Com temperaturas acima de 80 °C o sabão de cálcio começa a se fundir e sendo assim o óleo básico começa a sair do ponto de lubrificação.  Faria por exemplo pouco sentido fabricar uma graxa com sabão de cálcio e óleo básico sintético.
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Graxas de sabão de lítio
Os lubrificantes mais usadas são as graxas de sabão de lítio. São massas lubrificantes de óleo mineral ou sintético que foram espessadas através de sabão de lítio e ácido orgânico (resistente a água). O ponto de fusão do sabão de lítio é de 180 °C, o que permite usar o produto até uma faixa de temperatura de 140 °C por curtos períodos. A maioria das graxas de sabão de lítio são aditivadas com antioxidantes, aditivos EP (Extrema Pressão), anticorrosivos, melhoradores de índice de viscosidade e aditivos de adesividade (tacking agent). Além destes aditivos existem massas de sabão de lítio com aditivação de lubrificantes sólidos como Bissulfêto de Molibdênio grafite ou lubrificantes sólidos brancos como PTFE (Politetrafluoretileno). 
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Graxas de sabão de lítio
Óleos sintéticos, como alquilenoglicoís ou ésteres são usados em graxa de sabão de lítio semi-fluido para a lubrificação de pequenos moto-redutores. Polialphaoleofinas (PAO) são usadas como óleo básico para graxa especialmente desenvolvida para a lubrificação de materiais plásticos ou sintéticos. Em casos para temperaturas extremamente baixas existem graxas de sabão de lítio com óleo de silicone ( - 75 °C). Graxas de lítio com óleos sintéticos a base de ésteres podem ser usadas até – 60 °C. 
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Graxa de silicone
Devido a ampla faixa de temperatura de uso, a graxa de silicone destaca-se das outras graxas sintéticas. Dependendo do tipo de graxa de silicone, esta faixa de temperatura de uso pode variar de -75ºC até +290ºC Enquanto as graxas para baixas temperaturas até -75ºC usam em geral sabão de lítio como espessante os produtos até +290ºC são espessados com fuligem, Azul Indanthren, Phthalocyanine(pigmento azul), sabão complexo de alumínio ou Aril ureias. Graças à sua inércia química, o silicone esta sendo usado cada vez mais na indústria de alimentos. Existem hoje Compostos de silicone que possuem liberação FDA e NSF, órgãos regulamentares de uso de produtos em contato com alimentos. 
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Graxa de silicone
Em estufas de secagem de pinturas, aonde também temos altas temperaturas, a graxa de silicone não está sendo mais recomendada, devido ao fato que o silicone pode impedir a fixação da tinta. Neste caso recomenda-se de usar produtos com base de outros óleos sintéticos indicados para altas temperaturas.   Graxa de silicone
Demais vantagens de graxa de silicone:                -  Excelente estabilidade a oxidação                -  Resistência a produtos químicos                -  Resistente a radiação                -  Não ataca ou incha elastômeros, materiais plásticos(recomendamos testar antes!)                -  Em alguns casos serve como lubrificante permanente 
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Graxas grafitadas
A graxa grafitada com lubrificantes sólidos , na sua maioria,é prevista para condições de atritos mistos em baixas velocidades ou elevadas cargas. Estes produtos com lubrificantes sólidos, como por exemplo graxas grafitadas ou com bissulfêto de molibdênio, podem aumentar a vida útil dos rolamentos consideravelmente. Geralmente a graxa com bissulfêto de molidênio é indicada para mancais lisos e mancais de rolamentos, enquanto a com grafite é mais indicada para a lubrificação de cabos de aço e engrenagens abertas. 
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Graxas grafitadas
Desvantagem dos dois lubrificantes sólidos acima citados é sua cor preta e sendo assim eles tem sua aplicação restrita em diversos segmentos da indústria como por exemplo na indústria têxtil, alimentícia, farmacêutica etc. Para estes casos de aplicação foram desenvolvidos produtos com lubrificantes sólidos brancos a base de PTFE (politetrafluoretileno), oxido de zinco etc. Quando encontramos massas com cobre, alumínio, zinco ou outros lubrificantes sólidos em geral não são graxas, mas sim pastas de montagem.  
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Graxas alimentícias
Todos os lubrificantes alimentícios são produtos que podem entrar, acidentalmente,em contato com alimentos, medicamentos ou produtos cosméticos. Essencial para as graxas alimentícias é que elas não tenham influência sobre o sabor, cheiro ou cor dos alimentos ou produtos médicos e que igualmente não haja ameaça à saúde do consumidor. Consequentemente, a fabricação e distribuição de graxas atóxicas precisa estar de acordo com os regulamentos adequados, e procedimentos aprovados. Nos E.U.A. dois órgãos regulamentadores estão envolvidos nesta área: 1. FDA (Food and Drug Administration - Administração de alimentos e medicamentos) 2. NSF (National Science Foundation - Fundação Nacional de Ciencias) A marca de NSF é mundialmente reconhecida para a identificação de produtos. No Brasil o órgão regulamentador é o DIPOA(Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Animal) subordinado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
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Graxas alimentícias
A maioria das graxas alimentícias é fabricada com óleo mineral branco e aditivos aprovados pelos órgãos regulamentadores. Outras exigências para graxa alimentícia:     - sem odor ou gosto     - grande resistência à lavagem por água     - excelente adesividade     - resistência a grandes cargas     - repelir a umidade Como o sabão de lítio é um sabão metálico, este espessante não pode ser usado em lubrificantes para a industria alimentícia. Neste caso são indicadas graxas a base de sabão de alumínio ou alumínio-complexo.
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Natureza de Espessante
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 Exercício
No que consiste a lubrificação?
Qual a definição de lubrificante?
O que é atrito?
Qual a função de um lubrificante? 
Quais são os tipos de lubrificantes?
Como se classificam os lubrificantes?
Qual aplicação é mais indicada para lubrificantes parafínicos? E naftênicos?
Quanto à origem, como se classificam os lubrificantes?
O que é viscosidade?
O que são graxas?
Um mancal de deslizamento que opera sob alta pressão e em baixa rotação deve ser lubrificado com óleo ou graxa? Justifique.
O que é ponto de viscosidade do óleo lubrificante?
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Exercícios
13. Como se dividem os lubrificantes minerais?
14. Como se dividem os lubrificantes sintéticos?
15. Quais são as exigências de uma graxa alimentícia?
16. Como se mede a consistência de uma graxa?
17. Quais são as diferenças entre óleos naftenicos e parafinicos?
18. Para que servem as graxas a base de silicone?
19. Quais as características dos óleos lubrificantes?
20. Que é um óleos monoviscoso e um multiviscoso?
21. Qual é a diferença entre o ponto de fulgor e o ponto de inflamação?
22. Quais são as conseqüências da oxidação dos óleos lubrificantes?
23. Qual é o objetivo de agregar lubrificantes sólidos (grafita, bissulfeto de molibidênio) nas graxas?

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