Buscar

GABARITO APOSTILA EXERCICIOS TRABALHO 2F peças

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Esta obra tem os direitos de reprodução, distribuição e exploração cedidos 
ao Complexo de Ensino Andreucci Proordem. É proibida a reprodução 
total ou parcial de qualquer forma, ou por qualquer meio, ficando os 
infratores sujeitos às penas da lei. 
 
SÃO PAULO 
Nov/11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 01 
 
O empregado “A”, metalúrgico, residente em São Paulo, trabalha na 
empresa “B” com sede em Osasco. Admitido em 11 de agosto de 2006, foi 
registrado apenas no dia 01o de dezembro do mesmo ano; trabalha de 
Segunda a Sábado das 8h00 às 18h00 com 1 hora de intervalo. Está com 
4 meses de salários atrasados. 
 
QUESTÃO: Como advogado de “A” promova a medida judicial cabível 
perante o Foro competente pleiteando o que de direito para o seu cliente. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Reclamação Trabalhista 
 
COMPETÊNCIA: ... perante uma das Varas de Osasco (artigo 651, 
“caput”). 
 
PEDIDO: com pedido de rescisão indireta artigo 483, letra “d”, da CLT - 
mora salarial Dec. 368/68), respectivas verbas rescisórias, inclusive aviso 
prévio (artigo 487, § 4º, da CLT) FGTS + 40%, guias do Seguro 
Desemprego, reconhecimento de vínculo empregatício desde 11 de agosto 
de 1995, pagamento das verbas decorrentes, recolhimentos do INSS E 
FGTS, além das horas extras e reflexos - artigo 7º, incisos XIII e XVI da 
CF/88. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 02 
 
 “A” trabalhou na empresa “B” (metalúrgica) em São Paulo – Capital no 
período de 12/01/2000 a 25/04/2007, quando foi demitido sem justa 
causa. Desenvolvia a função de motorista, no horário das 6h00 às 14h00, 
sempre com intervalo de 30 minutos para refeição e descanso, de 
Segunda a Sexta-feira e aos sábados das 6h00 às 10h00 . Percebia como 
último salário a quantia de R$ 5,00 (cinco reais) por hora (piso da 
Categoria dos Metalúrgicos), enquanto o piso da categoria de Motorista, 
firmado em acordo coletivo feito entre o sindicato dessa categoria e a 
Federação das Indústrias de São Paulo, era de R$ 7,00 por hora. Quando 
dispensado, percebeu as verbas rescisórias e homologada a quitação pela 
DRT. 
 
QUESTÃO: Como advogado de “A” promover a medida judicial cabível, 
pleiteando os direitos do empregado. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Reclamação Trabalhista 
 
PEDIDO: pleiteando horas extras por infração ao artigo 71 parágrafo 4º 
da CLT, bem como, diferenças salariais em relação à função de motorista 
(categoria diferenciada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 03 
 
"A", assistente contábil, residente em Osasco, foi contratado pela empresa 
"B", para trabalhar na filial localizada no Município de Barueri, em 4 de 
fevereiro de 2006. A contratação se deu em Guarulhos, local onde está 
situada a matriz da empresa. Foi dispensado no dia 26 de fevereiro de 
2007, sob alegação de justa causa, ocasião em que recebia o salário 
mensal de R$ 600,00 (seiscentos reais). Nada lhe foi pago a título de 
verbas rescisórias. 
 
QUESTÃO: Como advogado de "A", promova a ação cabível observando o 
procedimento devido e o Juízo competente. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Reclamação trabalhista 
 
COMPETÊNCIA: perante uma das Varas do Trabalho de Barueri (artigo 651 
“caput” da CLT). 
 
PEDIDO: pleiteando a declaração de nulidade da justa causa aplicada e. 
consequentemente a condenação da empresa no pagamento das verbas 
rescisórias havidas e devidas, mormente do saldo salarial de 26 dias do mês de 
fevereiro de 2.000, sob pena da dobra do artigo 467 da CLT, e das férias 
vencidas + 1/3 CF, em primeira audiência (verbas incontroversas, ainda que 
mantida a justa causa), bem como, do aviso prévio, das férias proporcionais 
(2/12 avos) + 1/3 CF, do 13º salário proporcional (3/12 avos), da multa do 
artigo 477 da CLT, da liberação FGTS + a multa de 40% sobre o saldo da conta, 
e da entrega das guias do seguro desemprego, sob pena de execução direta do 
valor equivalente. Há condição de relacionar os pedidos e indicar os valores 
correspondentes, sendo certo que o potencial da ação não excederá a 40 
(quarenta) vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da 
reclamação, de modo que o autor poderá se valer do PROCEDIMENTO 
SUMARÍSSIMO preconizado pelo artigo 852-A e B da CLT. 
 
 
PROBLEMA 04 
 
Empresa “A”, sediada na Capital de São Paulo, decidiu rescindir, por justa 
causa, o contrato da empregada “B”, logo após o seu envolvimento numa 
ocorrência policial de trânsito. No prazo do art. 477 da CLT, cumpriu-se 
apenas o pagamento do saldo salarial e das férias vencidas + 1/3 CF. A 
referida empregada foi admitida em 26 de fevereiro de 2006 e dispensada 
no dia 10 de junho de 2007. Recebia salário base de R$ 500,00 
(quinhentos reais) mais 5% (cinco por cento) de comissões sobre as 
vendas realizadas. As comissões não integravam a folha de salários e, 
além disso, nunca repercutiram no pagamento das verbas legais e 
contratuais havidas no decorrer do pacto laboral. 
 
QUESTÃO: Como advogado (a) da empregada, acionar a medida judicial 
cabível, postulando o quanto for devido. 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Reclamação Trabalhista 
 
COMPETÊNCIA: Artigo 840 da CLT dirigida a uma das Varas do Trabalho 
da Capital de São Paulo, art. 651 da CLT. 
PEDIDO: pretendendo, primeiro, anulação da justa causa por falta de 
capitulação legal (a hipótese não encaixa na alínea “d” do art. 482 da CLT) 
e, consequentemente, o pagamento das verbas rescisórias devidas (aviso 
prévio indenizado + férias proporcionais + 1/3 da CF + 13º salário 
proporcional + liberação do FGTS + 40% e entrega das guias do seguro 
desemprego sob pena de indenização no valor equivalente). 
Deverá pleitear, ainda, a integração ao salário contratual das comissões 
pagas “por fora” e, como decorrência, a sua inclusão para o pagamento 
dos descansos semanais remunerados (E. 27 do TST), do FGTS (8% 
mensal), das férias + 1/3da CF e dos 13º salários devidos no curso do 
contrato, e nas verbas rescisórias relacionadas no parágrafo anterior. 
 
 
 
PROBLEMA 05 
 
“A” trabalhou na empresa “B” no período de 10 de janeiro de 2000 a 30 
de abril de 2007, quando foi demitido sem justa causa. Trabalhava nos 
horários compreendidos entre 06:00 e 14:00 horas, 14:00 e 22:00 horas 
e, ainda, entre 22:00 e 06:00 horas, revezando semanalmente, sempre 
com intervalo de 30 minutos para refeição e descanso. Percebia como 
último salário a quantia de R$ 5,00 (cinco reais) por hora. Trabalhava na 
função de caldeireiro, sem nunca ter recebido qualquer equipamento de 
proteção individual (EPI’s). Quando dispensado, percebeu as verbas 
rescisórias, e sua quitação foi homologada na DRT. 
 
QUESTÃO: Como advogado de “A”, promova a ação adequada à tutela 
dos direitos do cliente. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PETIÇÃO: Reclamação Trabalhista. 
 
PEDIDO: Pleitear horas extras além da 6ª diária, em razão de trabalhar 
em turnos ininterruptos de revezamento (art. 7º, inc. XIV da CF), também 
horas extras por infração ao art. 71, parágrafo 4º da CLT, bem como 
adicional de insalubridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 06 
 
José, empregado que trabalhou em concessionária de venda de veículos, 
sem registro formal do contrato de trabalho, pelo período de um ano e 
seis meses, recebia salário fixo, acrescido de comissões sobre as vendas, 
sem pagamento de nenhum reflexo. Foi dispensado, nada lhe sendo pago 
no momento da rescisão contratual, nem mesmo o salário e as comissões 
do último mês de trabalho, cujo valor total supera R$ 15.000,00. 
 
QUESTÃO: Elaborar, como advogado de José, a medida processual 
adequada para a hipótese.GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Petição inicial de reclamação, sujeita ao rito trabalhista comum. 
 
REQUISITOS: A petição deverá observar as exigências próprias (CLT, art. 
840, § 1º), especialmente com pedido de registro do contrato de trabalho 
em carteira e pagamento de saldo de salários e comissões, integração das 
comissões à remuneração e pagamento de reflexos em descanso semanal 
remunerado, férias, décimo terceiro salário e aviso prévio, pagamento de 
FGTS sobre os valores liquidados durante a vigência do contrato e os 
deferidos na ação, acrescidos ambos da multa de 40%, além das multas 
dos arts. 467 e 477, § 8º, da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 07 
 
Determinada empresa dotava todos os locais de prestação de serviços de 
excessiva e ostensiva vigilância por câmeras de vídeo, a tal ponto de 
invadir a privacidade dos empregados submetendo-os a 
constrangimentos. Como se não bastasse, resolveu certo dia, num final de 
expediente, sem que houvesse qualquer razão plausível, submeter uma 
trabalhadora a revista pessoal íntima, a ser feita por seus seguranças, 
todos do sexo masculino. A trabalhadora recusou-se, alegando dupla 
violação de sua privacidade, quer pela ostensiva vigilância eletrônica já 
existente, quer pela desfundamentada tentativa de revista íntima. Foi, 
então, imediatamente despedida por justa causa, passando a empresa 
a alardear que a recusa no cumprimento da ordem constituía sério 
“indício” do cometimento de ato de improbidade pela trabalhadora. 
 
QUESTÃO: Na condição de advogado da trabalhadora, promova a medida 
processual adequada, com os fundamentos legais específicos. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Petição inicial, pleiteando todos os direitos decorrentes da injusta 
despedida e invocando o art. 373-A, “VI” da CLT.além da postulação de 
danos morais a serem arbitrados pelo Juízo, pelo duplo constrangimento 
sofrido, fundamentando-se então, com os arts. 5º, inciso X, da 
Constituição Federal c/c arts. 186 e 927 do Código Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 08 
 
Determinada empresa contratou “A”, Engenheiro Mecânico, para ocupar 
as funções de encarregado de produção, função na qual trabalhou durante 
05 (cinco) anos. Na seqüência, foi promovido a Diretor Técnico, função na 
qual se ativou por mais 06 anos, cumprindo regularmente horário de 
trabalho e sujeito à mesma subordinação jurídica. 
Despedido sem justa causa, a empregadora considerou, para fins de 
contagem de tempo de serviço, apenas o primeiro período de cinco anos, 
sob a alegação de que no período subseqüente o contrato de trabalho 
estivera suspenso em razão do exercício de cargo de confiança. 
 
QUESTÃO: Na condição de patrono de “A”, promover a medida legal 
cabível contra a referida empresa, aqui nominada “B”, para postular a 
soma de períodos e os direitos trabalhistas daí derivados, apresentando os 
devidos fundamentos legais e jurisprudenciais atinentes ao tema. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Petição inicial, pleiteando a soma do tempo de serviço com os 
conseqüentes legais daí derivados, pois não há que se falar em suspensão 
do contrato de trabalho na hipótese em discussão, tendo em vista o 
disposto no art. 499 “caput”, da CLT, bem como a Súmula 269 do TST. A 
petição inicial deverá observar os requisitos legais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 09 
 
José, inscrito em eleição para o cargo de diretor do sindicato, é 
dispensado sem justa causa, tão logo comunicada a sua empregadora do 
fato, recebendo todos os pagamentos previstos em lei, sem exceção de 
nenhum. 
 
QUESTÃO: Apresentar a medida processual adequada para a defesa dos 
interesses de José. 
 
GABARITO DA OAB 
 
Peça: A ação trabalhista 
 
PEDIDO: com pedido de reintegração no emprego, a ser deferido 
liminarmente, na forma do art. 659, inciso X, da CLT, além de pagamento 
de salários, décimo-terceiro salário, FGTS e demais títulos vencidos e a 
vencer, desde o afastamento até a efetiva reintegração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 10 
 
Manuel da Silva, torneiro-mecânico, embora prestasse serviços 
exclusivamente internos e estivesse em atividade, em média, durante dez 
horas diárias, no período de segunda-feira a sexta-feira, além de quatro 
horas aos sábados, foi despedido sem justa causa, após cinco anos de 
labor, tendo recebido todas as verbas rescisórias a que fazia jus. 
Manuel pleiteou junto ao ex-empregador, a empresa XY Ltda., já no ato 
da homologação da rescisão do contrato de trabalho, pagamento de horas 
extras trabalhadas, que, segundo ele, jamais lhe foram pagas. A empresa 
alegou ser indevida tal verba sob o fundamento de que, pela liderança que 
Manoel exercia junto aos seus colegas de trabalho, as horas extras eram 
indevidas, ante o que dispõe o art. 62 da CLT. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima, redija, na condição 
de advogado de Manuel da Silva, a medida judicial cabível, com a devida 
justificativa quanto à improcedência da excludente apresentada. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: petição inicial em que o Reclamante postulará as horas extras e 
reflexos, inclusive no Descanso Semanal Remunerado. À evidência, o art. 
62 da CLT é inaplicável à situação, eis que cuida da hipótese de trabalho 
externo, bem como das situações que envolvam cargos de gerência, 
diretorias e chefias de departamentos ou filiais, todas estranhas ao caso 
dos autos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 11 
 
O empregado “A” tomou conhecimento, por meio de colegas de trabalho, 
que o titular de sua empregadora “B” afirmara em uma reunião da CIPA, 
que “A” não era empregado que merecia confiança e que vinha se 
apropriando de numerário da tesouraria. “A” sentindo ofendido afastou-se 
do trabalho, após 08 anos e 10 meses de serviço, quando percebia R$ 
3.000,00 por mês. 
 
QUESTÃO: Como advogado de “A” ajuizar reclamação trabalhista 
pleiteando os direitos do cliente, inclusive os decorrentes da ofensa. 
 
GABARITO DA OAB 
PEÇA: Inicial - Rescisão Indireta (artigo 483, letra “e” da CLT) e 
respectivos direitos, bem como o ressarcimento pelo dano moral 
(observar Código Civil Brasileiro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 12 
 
A empregada “A” recepcionista, residente no Município de Diadema, 
trabalha no empregador “B” com sede em São Bernardo do Campo. A 
partir do terceiro mês de gestação, passou a ser tratada pelo seu superior 
hierárquico com rigor excessivo, além de ser transferida para setor 
insalubre sem dispor dos EPI. 
 
QUESTÃO: Como advogado de “A” promover a medida judicial cabível 
perante o Foro Competente pleiteando o que de direito para a sua cliente. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Reclamação Trabalhista 
 
COMPETÊNCIA: ... perante uma das Varas do Trabalho de São Bernardo 
do Campo ( artigo 651, “caput” da CLT ) 
 
PEDIDO: Rescisão Indireta (artigo 483, letras “d” e “c”, da CLT), 
respectivas verbas rescisórias, inclusive do aviso prévio (artigo 487, 
parágrafo 4º da CLT) e da estabilidade gestante ( salários vencidos e 
vincendos + repercussões legais- artigo 10, inciso II, letra “b”, do ADCT 
c/c enunciado 244 do TST). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 13 
 
Sob a alegação de que empregados estariam subtraindo produtos 
farmacêuticos de uma de suas fábricas, a diretoria da empresa Delta 
Industria Farmacêutica Ltda., determinou a realização de revista íntima 
diária em todos os empregados, inclusive na mulheres. Maria, empregada 
na empresa havia cinco anos,recusou-se a despir-se diante da 
supervisora do setor, que era, naquele momento, responsável pela revista 
íntima nas mulheres. Visando a não fornecer movimento generalizado dos 
trabalhadores contra deliberação da empresa, a direção resolveu, como 
medida educativa, demitir Maria por justa causa, argüindo ato de 
indisciplina e de insubordinação. Segundo argumentou a empresa, o 
procedimento de revista íntima encontraria suporte no poder diretivo e 
fiscalizador da empresa, além de constituir medida eficaz contra o desvio 
de medicamentos para o consumo sem o devido controle sanitário. 
___________________________________________________________ 
QUESTÃO: Considerando a situação apresentada, na qualidade de 
advogado (a) constituído (a) por Maria, redija a medida judicial mais 
apropriada para defender os interesses de sua cliente. Fundamente a peça 
processual com toda a argumentação que entender cabível. 
 
 
GABARITO: 
 
PEÇA: Reclamação Trabalhista 
 
 
COMPETÊNCIA: Uma das Varas do Trabalho 
 
 
PEDIDO: Nos termos do artigo 373-A, inciso VI, da CLT, a reclamante 
não cometeu a justa causa do artigo 482 da CLT, tendo direito ao 
recebimento do aviso prévio, férias proporcionais + 1/3, 13º salário, 
liberação do FGTS + 40% e liberação do seguro desemprego. 
 
 Requerer, ainda, nos termos do art. 5º, incisos V e X, da Constituição 
Fedral, dos artigos 186 e 927 do Código Civil e do artigo 373 – A, inciso 
VI, da CLT a reclamante tem direito de receber uma indenização por dano 
moral. 
 
 
 PROBLEMA 14 
 
Aristóbulo foi contratado e registrado pela Construtora Barão de Mauá 
para prestar serviços de escriturário na Prefeitura Municipal de Cartago, 
tendo cumprido o contrato por dois anos. Despedido por iniciativa da 
Municipalidade e sem justa causa, Aristóbulo socorreu-se da Justiça do 
Trabalho, pleiteando o reconhecimento de vínculo empregatício com 
aludida Prefeitura, com a conseqüente reintegração no emprego. 
 
QUESTÃO: Aja judicialmente como advogado da Prefeitura Municipal. 
 
GABARITO DA OAB: 
 
PEÇA: Defesa com a fundamentação de que a contratação através de 
empresa interposta não gera vínculo empregatício com os órgãos da 
Administração Pública Direta, Indireta ou Fundacional, nos termos do 
inciso II do Enunciado nº 331 do C. TST, inciso II, art. 37 do CF/88. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 15 
 
Certo sindicato, por considerar que o mero pagamento de salários 
diversos a diferentes empregados viola o princípio constitucional da 
isonomia, ajuíza, na cidade de São Paulo, onde se acha localizada a sede 
da empresa, ação civil pública. Pede a condenação da empresa no 
pagamento das diferenças dos salários já liquidados, bem como a sua 
condenação a pagar salários iguais a todos os empregados, em 
provimento com eficácia de âmbito nacional. 
 
QUESTÃO: Elabore como advogado da empresa, a peça a ser 
apresentada por ocasião da audiência designada. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Defesa, prevista no art. 487, da CLT. 
 
 
TÓPICOS ESPECIALMENTE A SEREM ABORDADOS: 
 
a) incompetência do Juízo de São Paulo, tendo em vista o pedido de 
provimento com eficácia nacional (OJ-SDI II n. 130); 
b) sucessivamente, limitação da eficácia do provimento ao Estado de São 
Paulo; 
c) não cabimento da ação civil pública, ante a natureza individual 
heterogênea do direito reclamado; 
d) impossibilidade de acolhimento do pedido, tendo em conta a 
possibilidade de pagar salários diferentes a empregados que executam 
tarefas diversas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 16 
 
O empregado “A” distribuiu em 11 de agosto de 2006, Reclamação 
Trabalhista em face da empresa “B”, alegando, em síntese, que trabalhou 
desde novembro de 2001 até o dia 04 de fevereiro de 2006, ocasião em 
que sofreu dispensa sem justa causa e recebeu as verbas rescisórias 
tempestivamente. 
Teve como última remuneração a quantia de R$ 2.500,00. Ainda que 
ausente a causa de pedir, elaborou pedido relacionado à equiparação 
salarial com paradigma inominado. Requer o pagamento do vale 
transporte de todo o período contratual embora sempre se tenha 
deslocado em veículo próprio. 
 
QUESTÃO: Como advogado (a) da reclamada, apresentar a defesa 
apropriada ao caso. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Contestação (art. 847 da CLT) com a abordagem obrigatória dos 
seguintes temas: 
 
Preliminarmente: Inépcia da inicial por lhe faltar fatos e fundamentos 
relacionados ao pedido de equiparação salarial, mormente da indicação do 
nome do paradigma (art. 295, § único, inciso I do CPC). 
 
Mérito: O vale-transporte é devido apenas para os empregados que se 
utilizam do sistema de transporte coletivo público, urbano ou 
intermunicipal e/ou interestadual (artigo 1º da Lei nº 7.418/85). 
 
 
PROBLEMA 17 
 
O Banco G.O.L. S/A, em liquidação extrajudicial, demitiu, sem justa causa, após 8 anos e 
3 meses de prestação de serviços, a gerente de uma de suas agências, Srta. Vitória, 
ocasião em que percebia o salário de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais), mais 
gratificação de função correspondente a 1/3 do salário. Por ocasião do pagamento das 
verbas rescisórias, o Banco não conseguiu descontar o valor de empréstimo de R$ 
50.000,00 (cinqüenta mil reais) anteriormente concedido à ex-empregada, uma vez que 
outros descontos já haviam atingido o valor de um salário. Faltando um mês para se 
vencer o biênio prescricional, a ex-empregada, assistida por advogado de seu sindicato 
de classe, sem apresentar declaração de insuficiência financeira, ajuizou reclamação 
trabalhista, pretendendo, já que sempre laborara, de segunda a sexta-feira, 8 horas 
diárias, a condenação do Banco, no pagamento de 2 horas extras diárias com os 
acréscimos legais, bem como de sua integração em férias, 13º salários, descansos 
semanais, FGTS e aviso prévio, tudo acrescido de juros e correção monetária, além da 
condenação em honorários advocatícios à razão de 20%. Deu à causa o valor líquido de 
R$ 38.500,00 (trinta e oito mil e quinhentos reais), sendo R$ 32.500,00 (trinta e dois mil 
e quinhentos reais) pelas horas extras e R$ 6.000,00 (seis mil reais) pelas integrações. 
 
QUESTÃO: Como advogado do Banco, e levando em conta que a reclamante realmente 
trabalhava 8 horas por dia, pratique as medidas judiciais cabíveis a seu favor, inclusive 
objetivando a recuperação do valor integral do mútuo. 
GABARITO DO OAB 
PEÇAS: Contestação. 
PEDIDO: Requerendo a improcedência da reclamação em face do exercício do cargo de 
confiança bancária (§ 2º do artigo 224 da CLT), e pelo princípio da eventualidade: 
- argüir a prescrição qüinqüenal; 
- argüir a inexistência de aplicação de juros em razão da liquidação extrajudicial (Lei nº 
6024/74 e enunciado nº 304 do TST); 
 - argüir o não cabimento de honorários advocatícios (Lei nº 5584/70 e 
Enunciados nº 219 e nº 329 do TST) ou, se devidos, argüir sua limitação em 15% 
(Enunciado nº 219 do TST). 
Reconvenção, para pleitear a condenação da reclamante na devolução do empréstimo 
não descontado ou ação de cobrança perante o juízo comum. 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 18 
 
Francisco moveu reclamação trabalhista contra a instituição filantrópica Instituto Meninos 
da Vila. Na reclamação trabalhista, Francisco formulou pedido de reconhecimento de 
vínculo empregatício e o pagamento de todas as verbas decorrentes do reconhecimento 
do vínculo, vale dizer, aviso prévio, férias integrais e proporcionais, 13.o salário fracional 
e integral, FGTS, multa rescisória do FGTS e multa prevista no artigo 477 da CLT. 
Os representantes legais do Instituto procuraram um escritório de advocacia e relataramao advogado os seguintes fatos: 
“O Instituto Meninos da Vila é uma entidade filantrópica, criada em outubro de 2003, 
com o objetivo de auxiliar crianças carentes. 
Francisco, fundador do Instituto, foi designado como presidente da entidade no ato de 
fundação, tendo permanecido na mesma função até o seu afastamento do Instituto, que 
ocorreu em agosto de 2006. Francisco administrava o Instituto, ou seja, buscava 
doadores na comunidade, controlava as finanças, contratava e demitia pessoal, 
determinava a forma de aplicação dos recursos, estabelecia o horário de trabalho de 
todos os funcionários. Além de Francisco, outros dois diretores compunham a diretoria do 
Instituto. Todos os diretores recebiam além de uma ajuda de custo, um pró-labore por 
mês. De acordo com o estatuto social do Instituto, os membros da diretoria seriam 
eleitos a cada dois anos, após escolha, em assembléia, dos sócios da instituição. Ainda 
conforme o estatuto, a destituição de qualquer membro da diretoria também deveria ser 
referendada pela assembléia. Francisco foi afastado da presidência e excluído do rol de 
sócios do Instituto em agosto de 2006, após ter sido flagrado desviando dinheiro 
instituição." 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima, elabore, na condição de advogado 
contratado pelo Instituto Meninos da Vila, a contestação dessa instituição, sustentando 
as teses de defesa cabíveis. 
Gabarito. Contestação; 
Nos termos da Súmula 269 do TST, o reclamante não tem direito às verbas trabalhistas, 
porque o empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de 
trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período. 
Nos termos do art. 482, “a”, da CLT, caso seja reconhecido o vínculo de emprego, deve 
ser reconhecida a justa causa do reclamante n~ao sendo devido o pagamento do aviso 
prévio, férias proporcionais + 1/3, 13º salário prop., multa de 40% do FGTS e multa do 
artigo 477 da CLT. 
 
 
PROBLEMA 19 
 
Antônio pactuou um contrato de empreitada com Armando, engenheiro 
civil, com o objetivo de promover uma reforma em sua casa residencial. 
Nesse contrato, foram definidos o valor da empreitada, em R$ 60.000,00, 
o prazo de 90 dias para a conclusão da obra, as condições de pagamento, 
tendo sido estipulado uma entrada de R$ 20.000,00 e o restante em três 
vezes, bem como as condições da reforma. 
Armando providenciou a contratação de um mestre de obras, dois 
pedreiros e quatro serventes, para que a obra pudesse ser executada. 
Antônio sempre discutiu os assuntos referentes à obra diretamente com 
Armando, e todos os acertos e pagamentos referentes à obra eram 
efetuados a este. 
Sendo assim, Antônio não tinha contato com qualquer empregado 
contratado por Armando e, também, não tinha conhecimento das 
condições de contrato de trabalho que os citados empregados acertaram 
com o engenheiro. 
Após a conclusão da obra, Armando demitiu todos os empregados 
contratados, e o mestre de obras, Francisco, ingressou com uma 
reclamação trabalhista contra Armando e Antônio, formulando pedido de 
condenação subsidiária de Antônio nas verbas pleiteadas (horas extras e 
reflexos e adicional de insalubridade). 
QUESTÃO: Considerando os fatos narrados nessa situação hipotética, 
elabore, na condição de advogado(a) contratado(a) por Antônio, a peça 
adequada, abordando os fundamentos de fato e de direito pertinentes. 
GABARITO: Contestação 
Preliminar de carência de ação por ilegitimidade de parte. Nos termos do 
art. 267, VI, do CPC, a reclamação deve ser extinta sem resolução de 
mérito, pois a reclamada é parte ilegítima para responder a reclamação. 
 
Mérito: NOS TERMOS DA Orientação Jurisprudencial nº 191 da SDI-1 do 
TST, o reclamado (dono da obra) não tem responsabilidade solidária ou 
subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro 
 
 
PROBLEMA 20 
 
Marcelo Santos, brasileiro, solteiro, portador da CTPS 2.222 e do CPF 
001.001.001-01, residente e domiciliado na rua X, casa 1, cidade Nova, 
funcionário da empresa Chuva de Prata Ltda. desde 20 de abril de 2000, exercia 
a função de vigia noturno, cumprindo jornada de trabalho das 19 h às 7 h do dia 
seguinte, e, em razão do trabalho noturno, recebia o respectivo adicional. 
A partir de 20/12/2006, a empresa, unilateralmente, determinou que Marcelo 
trabalhasse no período diurno, deixando de pagar ao funcionário o adicional 
noturno. Em setembro de 2007, Marcelo foi eleito membro do conselho fiscal do 
sindicato de sua categoria profissional. 
Em 5 de janeiro de 2008, a empresa Chuva de Prata Ltda. demitiu Marcelo sem 
justa causa e efetuou o pagamento das verbas rescisórias devidas. Marcelo 
ingressou com uma reclamação trabalhista contra a empresa, pleiteando, além 
de sua imediata reintegração, sob o argumento de que gozava da estabilidade 
provisória prevista nos arts. 543, § 3.º, da CLT e 8.º, VIII, da Constituição 
Federal, o pagamento do adicional noturno que recebera ininterruptamente por 
mais de cinco anos, bem como a nulidade da alteração de sua jornada. 
 
QUESTÃO: Na condição de advogado(a) da empresa Chuva de Prata Ltda., redija 
a peça processual adequada à situação hipotética apresentada, expondo os 
fundamentos legais pertinentes e o entendimento da jurisprudência do TST a 
respeito do fato. 
 
GABARITO: Contestação 
Adicional Noturno: Nos termos da Súmula 265 do TST, o reclamante não tem 
direito ao pagamento do adicional noturno, porque a transferência para o período 
diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. 
Estabilidade: Nos termos da Orientação Jurisprudencial nº da SDI-1 do TST, o 
reclamante não tem direito à estabilidade provisória prevista no artigo 543, § 3º, 
da CLT e artigo 8º, inciso VIII, da Constituição Federal, porquanto não 
representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua 
competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato. 
 
 
PROBLEMA 21 
 
Kelly Amaral, assistida por advogado particular não vinculado ao seu sindicato de classe, 
ajuizou reclamação trabalhista, pelo Rito Ordinário, em face do Banco Finanças S/A (RT 
nº 1234/2010), em 13.09.2010, afirmando que foi admitida em 04.08.2002, para 
exercer a função de gerente geral de agência, e que prestava serviços diariamente de 
segunda-feira a sexta-feira, das 09h00min às 20h00min, com intervalo para repouso e 
alimentação de 30 (trinta) minutos diários, apesar de não ter se submetido a controle de 
ponto. Seu contrato extinguiu-se em 
15.07.2009, em razão de dispensa imotivada, quando recebia salário no valor de R$ 
5.000,00 (cinco mil reais), acrescido de 45% (quarenta e cinco por cento), a título de 
gratificação de função. Aduziu, ainda, que desde a sua admissão, e sempre por força de 
normas coletivas, vinha percebendo o pagamento de auxílio-educação, de natureza 
indenizatória, para custear a despesas com a instrução de seus dependentes. 
O pagamento desta vantagem perdurou até o termo final de vigência da convenção 
coletiva de trabalho de 2006/2007, aplicável à categoria 
profissional dos bancários, não tendo sido renovado o direito à percepção do referido 
auxílio nos instrumentos normativos subsequentes. 
Em face do princípio da inalterabilidade contratual sustentou a incorporação do direito ao 
recebimento desta vantagem ao seu contrato de trabalho, configurando direito adquirido, 
o qual não poderia ter sido suprimido pelo empregador. Nomeada, em janeiro/2009, para 
exercer 
o cargo de delegado sindical de representação obreira, no setor de cultura e desporto da 
entidade e que inobstante tal estabilidade foi 
dispensada imotivadamente, por iniciativa de seu empregador. Inobstante não prestar 
atividades adstritasao caixa bancário, por isonomia, 
requer o recebimento da parcela quebra de caixa, com a devida integração e reflexos 
legais. Alegou, também, fazer jus a isonomia salarial com 
o Sr. Osvaldo Maleta, readaptado funcionalmente por causa previdenciária, e por tal 
desde janeiro/2008 exerce a função de Gerente Geral de Agência, ou seja, com idêntica 
função ao autor da demanda, na mesma localidade e para o mesmo empregador e cujo 
salário fixo superava R$ 8.000,00 (oito mil reais), acrescidos da devida gratificação 
funcional de 45%. Alega a não fruição e recebimento das férias do período 2007/2008, 
inobstante admitir ter se retirado em licença remunerada, por 32 (trinta e dois) dias 
durante aquele período aquisitivo. 
Diante do exposto, postulou a reintegração ao emprego, em face da estabilidade acima 
perpetrada ou indenização substitutiva e a condenação 
do banco empregador ao pagamento de 02 (duas) horas extraordinárias diárias, com 
adicional de 50% (cinquenta por cento), de uma hora extra diária, pela supressão do 
intervalo mínimo de uma hora e dos reflexos em aviso prévio, férias integrais e 
proporcionais, décimo terceiro salário integral e proporcional, FGTS e indenização 
compensatória de 40% (quarenta por cento), assim como dos valores mensais 
correspondentes ao auxílio educação, desde a data da sua supressão até o advento do 
término de seu contrato, do recebimento da parcela 
denominada quebra de caixa, bem como sua integração e reflexos nos termos da lei, 
diferenças salariais e reflexos em aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimo 
terceiro salário integral e proporcional, FGTS + 40 %, face pleito equiparatório e férias 
integrais 2007/2008, de forma simples e acrescidos de 1/3 pela não concessão a tempo e 
modo. Pleiteou, por fim, a condenação do reclamado ao pagamento de indenização por 
danos morais e de honorários advocatícios sucumbenciais. 
Considerando que a reclamação trabalhista foi ajuizada perante a 1ª Vara do Trabalho de 
Boa Esperança/MG, redija, na condição de advogado contratado pelo banco 
empregador, a peça processual adequada, a fim de atender aos interesses de 
seu cliente. 
 
 
 
 
 
Resposta: 
1 – Verificar adequação do encaminhamento e identificação das partes: 
Modelo de encaminhamento e identificação das partes: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE BOA 
ESPERANÇA/MG 
Processo n 1234/2010 – 0,25 pts 
BANCO FINANÇAS S/A, já qualificado na petição inicial, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, 
através do advogado que ao final assina, apresentar, nos autos do processo em epígrafe, com 
fundamento no artigo 847 da CLT, a presente 
CONTESTAÇÃO 
em face da reclamação trabalhista ajuizada por KELLY AMARAL, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas – 0,25 pts. 
 
2 – Verificar se o candidato argui, na peça, a preliminar de inépcia 
Modelo: 
A reclamante, na petição inicial, postula o pagamento de indenização por danos morais, sem, contudo, 
articular os fundamentos de fato e de direito que amparam a sua pretensão. Resta, pois, ausente a causa 
de pedir. Assim sendo, deve ser julgado inepta a petição inicial neste aspecto, com base no artigo 295, 
parágrafo único, inciso I, do CPC, julgando-se extinto o processo sem resolução do mérito com relação a 
este pedido, nos termos dos artigos 267, inciso I, e 295, inciso I, do mesmo diploma processual civil – 
0,5 pts. 
 
3 – Verificar se o candidato apresenta prejudicial de prescrição quinquenal: 
Modelo: 
Suscita-se a prejudicial de prescrição quinquenal, a fim de que sejam consideradas prescritas todas as 
parcelas anteriores a 13.09.2005, nos termos do artigo 7º, inciso XXIX, do Texto Constitucional – 0,5 pts. 
 
4 –Do item horas extras e reflexos – extrapolação de jornada e supressão do intervalo 
intrajornada. 
Verificar se o candidato contesta -e adequadamente- o pedido, com indicação da norma 
jurídica incidente. 
Gerente geral de agência, sem controle de horário, não faz jus a horas extras e não há que se falar em 
supressão de intervalo. Improcedência do pedido. 
Modelo: 
Conforme resta narrado na própria petição inicial, a autora era ocupante do cargo de confiança de 
gerente geral de agência e, nos termos do Art. 62, inciso II, da CLT não se submetia ao controle de 
jornada de trabalho, percebendo, ainda, gratificação de função superior a 40% (CLT, Art. 62, parágrafo 
único). Neste sentido, inclusive, o posicionamento contido na Súmula nº 287 do C. Tribunal Superior do 
Trabalho. Deste modo, tendo a reclamante ocupado cargo de confiança, carece de amparo legal o 
pagamento de horas extraordinárias, devendo ser julgado improcedente o pedido, assim como o de seus 
reflexos, já que os acessórios seguem a sorte do principal – 0,5 pts. 
 
5 –Do item alteração contratual lesiva e da integração do valor pago a título de auxilio 
educação. Verificar se o candidato contesta –e adequadamente- o pedido, com indicação da 
norma jurídica incidente. 
As normas previstas nas Convenções Coletivas de Trabalho têm validade temporal, não importando em 
alteração lesiva a supressão de benefícios delas advindos e não previstos em norma coletiva posterior. 
Improcedência. 
Modelo: 
A jurisprudência uniformizada no item I da Súmula nº 277 do C. Tribunal Superior do Trabalho, 
apreciando a repercussão das normas coletivas nos contratos de trabalho, posiciona-se no sentido de que 
as condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa, convenção ou acordo coletivos 
vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos individuais de trabalho. 
Trata-se, conforme a doutrina, da adoção da teoria da aderência limitada pelo prazo. Ao contrário da tese 
adotada pela parte autora, o direito de percepção do auxílio-educação se esgotou com o advento do 
término da vigência da convenção coletiva de trabalho de 2006/2007, haja vista não ter sido renovado 
este benefício nas normas coletivas posteriores. Não há, portanto, que se falar em incorporação, ou 
mesmo direito adquirido, sendo inaplicável, neste caso, a norma do artigo 468 da CLT. Desta forma, deve 
ser julgado improcedente o pedido – 0,5 pts. 
 
6 –Do item estabilidade e pedido de Reintegração ou Indenização Substitutiva: 
Verificar se o candidato contesta -e adequadamente- o pedido, com indicação da norma 
jurídica incidente. 
Delegado sindical não é detentor de estabilidade, por falta de representatividade eletiva. Improcedência. 
Modelo: 
 
O pedido não merece guarida, por falta de amparo legal, visto que a reclamante exercia cargo de 
delegado sindical de representação obreira, o que não lhe dá ensejo à estabilidade provisória de 
emprego, pois indicada e não eleita para fins de representação de categoria profissional, nos exatos 
termos da OJ 369 da SBDI 1 do TST. Sendo assim, os pedidos sucessivos alhures deverão ser julgados 
improcedentes – 0,5 pts. 
 
7 – Do item quebra de caixa - pagamento e integração com reflexos da parcela quebra de 
caixa: 
Verificar se o candidato contesta -e adequadamente- o pedido. 
Atividade exercida não enseja a percepção da parcela – improcedência. 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB 
EXAME DE ORDEM 2010/2 
PROVA DISCURSIVA – DIREITO DO TRABALHO 
Modelo: 
Não faz jus à reclamante a parcela devida, pois suas atividades e funções não denotam a possibilidade de 
ensejar erros involuntários de contagem, dado o manuseio constante de dinheiro. Com efeito, não há 
para a reclamante maior responsabilidade que se exige do empregado que realiza cotidianamente a 
contagem de valores em dinheiro. Enfim, é nítida a incompatibilidade da percepção da referida parcela 
com a função de Gerência Geral de Agência – 0,5 pts. 
 
8 – Do item Equiparação Salarial: 
Verificar se o candidato contesta -e adequadamente- o pedido, com indicação da norma 
jurídica incidente. 
Paradigma em readaptação não serve demodelo para efeito de equiparação. Apontamento de fato 
impeditivo de direito ao pleito equiparatório, face à previsão do Art. 461 § 4º, CLT. Improcedência do 
pedido. 
Modelo: 
Pleito de equiparação salarial, apontando como paradigma o Sr. Osvaldo Maleta, empregado readaptado 
funcionalmente por causa previdenciária, requerendo diferenças salariais. 
Existe fato impeditivo do direito ao pleito equiparatório e seus consectários, qual seja, o disposto no Art. 
461, § 4º, visto que o apontado paradigma exerce a função de Gerente Geral de Agência, advindo de 
readaptação funcional, por causa previdenciária, o que afasta o pleito isonômico – 0,5 pts. 
 
9 – Do item férias vencidas e não usufruídas. 
Verificar se o candidato contesta –e adequadamente- o pedido, com indicação da norma 
jurídica incidente. 
Licença remunerada superior a 30 dias no período aquisitivo elimina o direito a férias do mesmo período. 
Improcedência. 
Modelo: 
O pleito deverá ser afastado, com espeque no Art. 133, II da CLT, pois a autora admite ter usufruído 
licença remunerada, por 32 dias, durante aquele período aquisitivo 2007/2008 – 0,5 pts. 
 
10 – Do item honorários advocatícios: 
Verificar se o candidato contesta –e adequadamente- o pedido, com indicação da norma 
jurídica incidente. 
Não foram preenchidos os requisitos legais para a incidência de honorários. Improcedência. 
Modelo: 
Segundo a disposição contida no artigo 14, caput, § 1º, da Lei nº 5.584/70 e Súmulas 219 e 329 do TST, 
na Justiça do Trabalho a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060/50 será prestada pelo 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB 
EXAME DE ORDEM 2010/2 
PROVA DISCURSIVA – DIREITO DO TRABALHO 
sindicato profissional a que pertencer o trabalhador, sendo devida a todo aquele que perceber salário 
igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou que sua situação econômica não lhe permita demandar, 
sem prejuízo do sustento próprio ou da família, devendo ser julgado improcedente o pedido de 
condenação do reclamado no pagamento de honorários advocatícios – 0,25 pts. 
 
11 – Requerimentos: 
Modelo: 
Diante dos fundamentos fáticos e jurídicos articulados, o candidato deve requerer o acolhimento da 
preliminar de inépcia, a prejudicial de prescrição quinquenal e, por fim, no mérito, sejam julgados 
improcedentes os pedidos aduzidos na peça de ingresso pelas razões expostas, protestando por todos os 
meios de prova admitidos em Direito, notadamente depoimento pessoal, prova documental e 
testemunhal. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Data 
 
 
PROBLEMA 22 
 
Anderson Silva, assistido por advogado não vinculado ao seu sindicato de classe, ajuizou 
reclamação trabalhista, pelo rito ordinário, em face da empresa Comércio Atacadista de 
Alimentos Ltda. (RT nº 0055.2010.5.01.0085), em 10/01/2011, afirmando que foi 
admitido em 03/03/2002, na função de divulgador de produtos, para exercício de 
trabalho externo, com registro na CTPS dessa condição, e salário mensal fixo de R$ 
3.000,00 (três mil reais). Alegou que prestava serviços de segunda-feira a sábado, das 
9h às 20h, com intervalo para alimentação de 01 (uma) hora diária, não sendo 
submetido a controle de jornada de trabalho, e que foi dispensado sem justa causa em 
18/10/2010, na vigência da garantia provisória de emprego prevista no artigo 55 da Lei 
5.764/71, já que ocupava o cargo de diretor suplente de cooperativa criada pelos 
empregados da ré. Afirmou que não lhe foi pago o décimo terceiro salário do ano de 
2009 e que não gozou as férias referentes ao período aquisitivo 2007/2008, admitindo, 
porém, que se afastou, nesse mesmo período, por 07 (sete) meses, com percepção de 
auxílio-doença. Aduziu, ainda, que foi contratado pela ré, em razão da morte do Sr. 
Wanderley Cardoso, para exercício de função idêntica, na mesma localidade, mas com 
salário inferior em R$ 1.000,00 (um mil reais) ao que era percebido pelo paradigma, em 
ofensa ao artigo 461, caput, da CLT. Por fim, ressaltou que o deslocamento de sua 
residência para o local de trabalho e vice-versa era realizado em transporte coletivo 
fretado pela ré, não tendo recebido vale-transporte durante todo o período do contrato 
de trabalho. 
Diante do acima exposto, postulou: a) a sua reintegração no emprego, ou pagamento de 
indenização substitutiva, em face da estabilidade provisória prevista no artigo 55 da Lei 
5.674/71; b) o pagamento de 02 (duas) horas extraordinárias diárias, com adicional de 
50% (cinquenta por cento), e dos reflexos no aviso prévio, férias integrais e 
proporcionais, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS e indenização 
compensatória de 40% (quarenta por cento); c) o pagamento em dobro das férias 
referentes ao período aquisitivo de 2007/2008, acrescidas do terço constitucional, nos 
termos do artigo 137 da CLT; d) o pagamento das diferenças salariais decorrentes da 
equiparação salarial com o paradigma apontado e dos reflexos no aviso prévio, férias 
integrais e proporcionais, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS e 
indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); e) o pagamento dos valores 
correspondentes aos vales-transportes não fornecidos durante todo o período contratual; 
e f) o pagamento do décimo terceiro salário do ano de 2008. 
Considerando que a reclamação trabalhista foi distribuída à 85ª Vara do 
Trabalho do Rio de Janeiro – RJ, redija, na condição de advogado contratado 
pela empresa, a peça processual adequada, a fim de atender aos interesses de 
seu cliente. 
 
 
1) Estrutura inicial 
O examinando deve elaborar uma contestação, indicando o fundamento legal (artigo 847 
da CLT ou artigo 300 do CPC), com encaminhamento ao Excelentíssimo Senhor Juiz do 
Trabalho da 85ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro/RJ, indicação das partes e referência 
ao número do processo (RT nº 0055.2010.5.01.0085). 
2) Preliminar de inépcia da petição inicial 
O examinando deve suscitar a preliminar de inépcia da inicial em relação ao pedido de 
pagamento do décimo terceiro salário. Isso porque o autor afirmou que não foi pago o 
décimo terceiro salário do ano de 2009 e postulou o pagamento do décimo terceiro 
salário do ano de 2008. Logo, deve requerer a extinção do processo sem resolução do 
mérito quanto a este pedido, com fundamento nos artigos 267, inciso I, e 295, inciso I, e 
parágrafo único, incisos I ou II, do CPC. ALTERNATIVAMENTE, pode o examinando, tendo 
considerado a data como erro material contido no enunciado da questão, impugnar o 
pedido de pagamento de décimo terceiro salário, alegando o seu pagamento ou aduzindo 
que este não é devido em sua integralidade, mas apenas de forma proporcional, em 
virtude do período em que o autor esteve afastado, em gozo de benefício previdenciário, 
quando se encontrava suspenso o contrato de trabalho. 
3) Prejudicial de prescrição quinquenal 
O examinando deve suscitar a prejudicial de prescrição quinquenal, com fundamento no 
artigo 7º, inciso XXIX, da CRFB/88 ou artigo 11, inciso I, da CLT, a fim de que sejam 
consideradas prescritas as parcelas anteriores a 10/01/2006, ou as parcelas anteriores 
aos cinco anos que antecederam à data do ajuizamento da ação. 
4) Estabilidade e pedido de reintegração ou indenização substitutiva 
O examinando deve impugnar o pedido, aduzindo que o artigo 55 da Lei 5.764/71 
assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de 
cooperativas, não abrangendo os membros suplentes, nos termos da OJ nº 253 da SDI‐ 1 
do C. TST. 
5) Horas extraordinárias e reflexos 
O examinando deve impugnar o pedido, alegando que o autor exercia atividade externa 
incompatível com a fixação de horário de trabalho, estando esta condição devidamente 
anotada em sua CTPS, o que atrai a incidência do artigo 62, inciso I, da CLT. Logo, 
indevido o pagamento de horasextraordinárias e reflexos. 
6) Férias relativas ao período aquisitivo 2007/2008 
O examinando deve impugnar o pedido, afirmando que o autor admitiu que esteve 
afastado por 07 (sete) meses durante o período aquisitivo com percepção de benefício 
previdenciário (auxílio‐doença), o que implica a perda do direito às férias, nos termos do 
artigo 133, inciso IV, da CLT. 
7) Equiparação salarial 
O examinando deve impugnar o pedido, aduzindo que o reclamante não foi 
contemporâneo do paradigma, uma vez que foi contratado em razão de seu falecimento. 
Esta ausência de contemporaneidade ou simultaneidade na prestação de serviços entre o 
equiparando e o paradigma apontado obsta a equiparação salarial. Na verdade, ocorreu a 
substituição de cargo vago. Deve invocar a Súmula nº 6, item IV, ou a Súmula nº 159, 
II, ambas do TST. 
8) Vales‐transportes 
O examinando deve impugnar o pedido, alegando que a ré não estaria obrigada a 
conceder o vale‐transporte, já que proporcionava transporte coletivo fretado para o 
deslocamento residência‐trabalho e vice‐versa de seus empregados, nos termos do artigo 
4º do Decreto 95.247/87. 
9) Requerimentos 
O examinando deve requerer o acolhimento da prejudicial de prescrição quinquenal e, no 
mérito, a improcedência dos pedidos. Também deve protestar por todos os meios de 
prova admitidos em Direito, notadamente o depoimento pessoal e as provas documentais 
e testemunhais. 
 
 
 
PROBLEMA 23 
 
João Pedro, antigo sócio da empresa BC Ltda., desligou-se da sociedade 
no ano de 1998, tendo sido o ato devidamente formalizado perante a 
Junta Comercial, no momento oportuno. 
José da Silva, sob o argumento de ter trabalhado, de janeiro de 2003 a 
julho de 2006, para a referida empresa, pleiteou verbas rescisórias e 
outros direitos trabalhistas, que alegou não ter recebido. 
Por ocasião de audiência inaugural, realizada em setembro de 2006, a 
reclamada, fazendo-se representar por preposto, contestou o feito, tendo, 
contudo, juntado cópia de contrato social desatualizado, ou seja, anterior 
à data da saída de João Pedro. Julgada procedente em parte a ação, com 
o trânsito em julgado e homologação da conta de liquidação, o oficial de 
justiça, após a citação da executada, não mais encontrou a empresa no 
endereço indicado, tendo o juízo determinado a desconsideração da 
personalidade jurídica, ocorrendo, então, já em janeiro de 2008, a 
penhora de bens pessoais do já referido ex-sócio, João Pedro. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima, redija, na condição 
de advogado contratado por João Pedro, a medida processual cabível, na 
qual seja pleiteado o levantamento da penhora e a exclusão de João Pedro 
da execução. 
 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: oposição de Embargos de Terceiro, na forma do art. 1046 e 
seguintes do CPC. 
 
DEFESA: argumentando a situação absolutamente comprovada nos autos 
da retirada do Embargante da sociedade há cerca de 10 (dez) anos, ou 
seja, desde 1998. 
 
 
PROBLEMA 24 
 
O empregado José, dispensado com justa causa, por haver danificado 
equipamento da empresa, ajuíza ação trabalhista, buscando reverter o 
fundamento da rescisão contratual, e, em conseqüência, receber aviso 
prévio, férias proporcionais e FGTS, acrescido de multa. A empresa, citada 
para a ação, pretende obter ressarcimento do prejuízo que sofreu. 
 
QUESTÃO: Apresente, como advogado da empresa, a medida processual 
adequada. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Reconvenção, prevista no art. 315, do CPC, e compatível com o 
processo do trabalho. 
 
PEDIDO: postular a condenação do empregado no pagamento do dano 
por ele causado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 25 
 
O empregado “A” foi contratado por “B” em São Paulo, para prestar 
serviços no município de Lorena. Foi para essa cidade com a família e nela 
permaneceu até a rescisão de seu contrato de trabalho. Despedido, 
recebeu seus direitos, ingressando com reclamação trabalhista em São 
Paulo, na qual postulou adicional de transferência, diferenças de salários, 
de férias, de 13o salários, de depósitos fundiários e de verbas rescisórias. 
 
QUESTÃO: Como advogado da empresa elabore a peça cabível. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: exceção de incompetência - artigo 651 da CLT (a ação deve ser 
proposta no local da prestação de serviços). 
 
 
FUNDAMENTAÇÃO - não houve transferência, mesmo porque os serviços 
sempre foram prestados na localidade de Lorena. 
 
 
PROBLEMA 26 
 
Em ação processada na cidade de São Paulo, foi indeferido o 
processamento do recurso ordinário interposto pelo reclamante, o que 
motivou a apresentação de recurso de agravo de instrumento. Ocorre que 
o último dia do prazo para a interposição do referido agravo de 
instrumento correspondia a 25 de janeiro, feriado municipal na cidade de 
São Paulo, de modo que a petição somente foi apresentada no dia 
seguinte, ou seja, 26 de janeiro. Ao julgar o agravo de instrumento, o 
Tribunal Regional do Trabalho, não se recordando, por lapso, da existência 
do feriado municipal no dia 25 de janeiro, considerou o agravo de 
instrumento intempestivo e dele não conheceu. 
 
QUESTÃO: Elabore como advogado do reclamante, a peça processual 
adequada ao caso. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: recurso de embargos de declaração. 
 
PEDIDO: efeito modificativo, nos termos do artigo 897-A, da CLT, 
indicando-se o manifesto equívoco do julgado embargado no exame dos 
pressupostos extrínsecos do agravo de instrumento. 
 
 
 
 
PROBLEMA 27 
 
Tendo sido reclamado, em ação trabalhista, o pagamento de horas extras, 
adicional de insalubridade e reflexos de tais parcelas em férias, aviso 
prévio, décimo – terceiro salário e FGTS, acrescido de multa de 40%, a 
sentença acolhe o pedido de pagamento de adicional de insalubridade, 
fazendo referência a reflexos apenas em férias e aviso prévio, julgando 
improcedente o pedido de pagamento de horas extras. 
 
QUESTÃO: Como advogado do empregado, apresente a medida 
processual cabível, com a devida fundamentação legal. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso de embargos de declaração, previsto no art. 897-A, da 
CLT, e art. 353, do CPC, diante da omissão verificada na sentença, que 
não se pronunciou sobre o reflexo do adicional de insalubridade em 
décimo - terceiro salário e FGTS, acrescido de multa de 40%. 
 
 
PROBLEMA 28 
 
"A" promoveu reclamação trabalhista contra a empresa "B", pleiteando 
equiparação salarial com o paradigma "C". A empresa "B" contestou o 
feito, alegando que o paradigma, apesar de trabalhar na mesma função 
do Reclamante, fazia-o em outra unidade, ou seja, enquanto o 
Reclamante trabalhava em São Paulo – Capital, o paradigma trabalhava 
na Cidade de Varginha – MG, e a diferença salarial derivava das 
convenções coletivas de trabalho que determinavam salários 
diferenciados. A Vara do Trabalho julgou procedente a Reclamação. 
 
QUESTÃO: Como advogado de "B", acione a medida judicial cabível. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso Ordinário alegando que, para a existência da equiparação 
salarial, devem ter o Reclamante e o paradigma trabalhado na mesma 
localidade. (artigo 461 da CLT). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 29 
 
"A" aforou reclamação trabalhista contra "B", pleiteando equiparação 
salarial com o paradigma apontado, sob a alegação de perceber salário 
inferior e exercerem ambos idênticas funções. À audiência designada "B" 
não compareceu e "A" requereu a aplicação dos efeitos da revelia e a 
imposição da pena de confissão quanto à matéria de fato, o que foi 
deferido. Ato contínuo, "A" dispensou a oitiva desuas testemunhas 
presentes e encerrou-se a instrução processual com a marcação de 
audiência de julgamento. A sentença julgou a reclamação improcedente, 
sob a fundamentação de que o fato constitutivo não restara provado por 
"A", que dispensara a produção da prova oral. 
 
QUESTÃO: Como constituído de "A", manipule o ato processual 
adequado. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso ordinário requerendo a reforma da sentença de primeiro 
grau, eis que, pelo não comparecimento da reclamada à audiência, e 
aplicada a pena de confissão quanto à matéria fática, são reputados 
verdadeiros os fatos afirmados pelo reclamante, nos termos do artigo 319 
do CPC, portanto desnecessária a oitiva de testemunhas porque a 
confissão faz prova do fato constitutivo da equiparação salarial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 30 
 
“A”, brasileiro, casado, metalúrgico, trabalhou na empresa “B” como 
torneiro mecânico, no período de 12 de abril de 1999 até ser demitido em 
28 de novembro de 2006, mediante o último salário de R$ 1246,00 por 
mês. Promoveu reclamação trabalhista, pleiteando adicional de 
insalubridade. Comprovada esta, a ação foi julgada procedente, 
condenando-se a Reclamada ao pagamento do adicional pleiteado em 
grau máximo, na base de 40% do piso da categoria. 
 
QUESTÃO: Como advogado de “B” promover a medida judicial cabível, 
fundamentando. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso Ordinário 
 
TESE: Alegar que o adicional de insalubridade é sobre o salário mínimo e 
não piso da categoria. Fundamentar no enunciado da Súmula 228 do TST 
c/c orientação jurisprudencial SDI, TST nº 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 31 
 
Em determinado processo trabalhista, ajuizado em 02.02.2006, em que o 
reclamante buscava o reconhecimento de vínculo de emprego, 
supostamente havido entre 15.03.92 e 01.12.2003, e pagamento de horas 
extras de todo o período, embora não citada, a reclamada toma 
conhecimento da existência da ação apenas na véspera da audiência, à 
qual comparece, para postular o seu adiamento. O pedido de adiamento é 
indeferido, sob protestos, entendendo o juiz que o comparecimento da 
reclamada supriria a falta de citação. Decretada a revelia e considerada a 
reclamada confessa, o juiz acolhe integralmente os dois pedidos. 
 
QUESTÃO: Como advogado da reclamada, apresentar a medida 
processual cabível, com a devida fundamentação legal. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso ordinário. 
 
Fundamentos: 
a) nulidade da decisão, uma vez que, como resulta do disposto no art. 
841, caput, da CLT, entre a notificação da parte e a audiência deve 
haver o interregno mínimo de cinco dias, prazo que constitui 
desdobramento da garantia constitucional do devido processo legal. 
 
b) invocar a prescrição total, tendo em vista o transcurso de mais de 
dois anos entre a rescisão do contrato de trabalho e o ajuizamento 
da reclamação. 
 
 
PROBLEMA 32 
 
O empregado “A” ajuizou reclamatória contra o empregador “B” , 
pleiteando equiparação e, por decorrência, apenas diferença de salário 
entre o que recebia e o que era pago ao paradigma. O nobre juiz 
sentenciante, com base em revelia, julgou procedente a reclamatória, 
condenando “B” a pagar diferenças de salário, férias, 13o, FGTS, horas 
extras e prêmios, tudo que o paradigma recebia. 
 
QUESTÃO: Como advogado de “B” entrar com medida processual 
adequada, em defesa do cliente, justificando e fundamentando a solução 
adotada e resumindo as fases de seu procedimento. 
 
GABARITO: 
 
PEÇA: Recurso Ordinário- Observar preparo (depósito recursal e custas) – 
 
MÉRITO: atentar para o fato de que o empregado não postulou a 
integração das diferenças salariais derivadas da equiparação nos salários, 
para os efeitos de se refletirem sobre férias, 13º salário, FGTS, horas 
extras e prêmios, claro está que a Vara julgou extra petita, isto é acima 
do pedido. As razões do recurso devem atentar a violação do artigo 128 e 
460 do CPC, em razão do julgamento extra-petita, pedindo o provimento 
do apelo para exclusão das verbas concedidas pela r. sentença recorrida e 
que não foram objeto da inicial. 
 
 
 
PROBLEMA 33 
 
Certa empresa é condenada, por decisão de primeiro grau, a pagar horas 
extras e adicional de insalubridade a determinado empregado, calculado o 
adicional sobre o salário pago ao empregado. Interpõe a empresa recurso, 
discutindo apenas o pagamento de horas extras. Julgado o recurso 
ordinário três anos depois, a condenação é mantida e transita em julgado. 
Ajuíza então a empresa ação rescisória, para desconstituir a condenação 
que lhe foi imposta, no tocante ao pagamento do adicional de 
insalubridade sobre o salário pago ao empregado e não sobre o salário 
mínimo. 
 
QUESTÃO: Julgada procedente a ação rescisória, apresente, como 
advogado do empregado, quando intimado dessa decisão, a medida 
processual adequada. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso ordinário. 
 
COMPETÊNCIA: interposição ao Tribunal Regional do Trabalho e 
endereçado ao Tribunal Superior do Trabalho. 
 
FUNDAMENTAÇÃO: invocar a ocorrência de decadência, na forma da 
Súmula 100, do Tribunal Superior do Trabalho, tendo em vista que a 
condenação, no tocante ao adicional de insalubridade, transitou em 
julgado mais de dois anos antes do ajuizamento da ação rescisória. 
 
 
PROBLEMA 34 
 
Policial Militar, fora dos horários em que servia à Corporação, prestava 
serviços, em caráter permanente, para determinada empresa 
concessionária de veículos, onde ativava-se como Chefe de Segurança, 
percebendo remuneração fixa mensal. Naquele local, além de prestar 
serviços não eventuais, assinalava cartão-ponto e cumpria ordens, ali 
laborando, também, quando em férias ou eventuais dispensas da 
atividade militar. Despedido pela aludida concessionária, postulou perante 
a Justiça do Trabalho o vínculo de emprego e conseqüentes.O Juízo de 
primeiro grau entendeu inexistir vínculo de emprego, tratando-se de mero 
vínculo de trabalho e, pois, a ação seria improcedente perante a Justiça do 
Trabalho, e, ademais, a situação dos autos configuraria violação disciplinar 
prevista no Estatuto Policial Militar. 
QUESTÃO: Como advogado do Policial Militar, interponha a medida 
judicial cabível, apresentando a devida fundamentação. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso Ordinário 
 
COMPETÊNCIA..... Vara do Trabalho, requerendo remessa ao Tribunal 
Regional do Trabalho. 
A competência, de toda forma, seria mesmo da Justiça do Trabalho, 
consoante redação do art. 114 da C.F, decorrente da Emenda 
Constitucional No. 45/2004, que ampliou a competência trabalhista, 
passando a abranger tanto relações de trabalho, quanto de emprego 
 
RAZÕES: postular o reconhecimento do vínculo de emprego. 
Por seu turno, o vínculo de emprego, na espécie, decorre de matéria 
sumulada, estampada na Súmula nº 386 do Colendo TST. 
 
 
 
PROBLEMA 35 
 
Apreciando reclamação trabalhista de empregado demitido por justa 
causa, sob a alegação de troca de ofensas e início de vias de fato com 
colega de serviço (este não despedido), em decorrência de discussão 
sobre futebol às portas do Estádio do Pacaembu, em partida de final de 
campeonato, o Juiz do Trabalho reconheceu a justa causa, fundamentando 
em briga com colega de trabalho e julgou a ação improcedente. 
 
QUESTÃO: Como advogado do Recte., promova a medida processual 
adequada, apresentando os devidos fundamentos legais. 
 
GABARITO DA OAB 
PEÇA: Recurso Ordinário. 
O Recorrente analisará o art. 482, “j” da CLT, que é taxativo ao considerartal justa causa apenas se o fato ocorrer no local de trabalho (“... praticado 
no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas 
condições,...”). Ademais, ao punir severamente um dos empregados e 
perdoar o outro, a empregadora agiu com notória discriminação, razões 
pelas quais, por ambos os motivos, o recurso postulará a reforma da 
sentença, julgando-se procedente a ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 36 
 
Alegando dificuldades setoriais de mercado, determinada empresa afixou 
comunicado no quadro de avisos, no qual informou a redução dos salários 
de todos os empregados em 20% (vinte por cento), situação que 
perdurou por 02 (dois) anos. Após tal período, demitiu número 
representativo de empregados, promovendo o pagamento das verbas 
rescisórias, tendo como base o salário já reduzido. Sentindo-se 
prejudicado, um ex-empregado promoveu reclamatória perante a Justiça 
do Trabalho, postulando as diferenças salariais de todo o período da 
redução, bem como a recomposição salarial para que as diferenças das 
verbas rescisórias fossem pagas pelo maior salário. A ação foi julgada 
improcedente em primeiro grau, sob o fundamento de que, de fato, a 
crise que abalara aquele setor era pública e notória, o que legitimara a 
ação empresarial já narrada. 
 
QUESTÃO: Como Advogado do ex-empregado, propor a medida 
processual cabível com a finalidade de reverter a decisão, apresentando 
em suas razões os fundamentos legais e doutrinários pertinentes ao tema. 
 
GABARITO DA OAB 
A medida processual será o Recurso Ordinário em que o reclamante 
postulará a reforma do julgado com pedido de procedência da ação, para 
tanto argüindo o texto expresso do art. 7º, VI, da Constituição Federal 
que assegura a irredutibilidade salarial, “salvo o disposto em convenção 
ou acordo coletivo”, situação também regrada pela Lei 4.923/65, sendo 
pois, abusiva e ilegal a redução unilateral dos salários, conforme sugerido 
na questão. 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 37 
 
Após 05 (cinco) anos de trabalho, o empregado João da Silva foi 
despedido sem justa causa. Na data designada, compareceu perante o 
Sindicato de Classe e recebeu as verbas ofertadas pela empregadora, a 
saber: saldo de salário, aviso prévio indenizado, férias proporcionais, 13.º 
salário proporcional e multa do F.G.T.S. Um mês após, ajuizou 
reclamatória trabalhista postulando adicional de periculosidade, alegando 
ter laborado de forma permanente em contato com inflamáveis, bem 
como horas extras com o adicional legal por todo o período, além dos 
reflexos de ambos os pedidos nas demais verbas. Acolhendo a defesa da 
Reclamada (Empresa “X” Ltda.”), o juízo de primeiro grau julgou, sem 
qualquer dilação probatória, improcedente a reclamatória, sob o 
fundamento de inexistência de ressalva expressa quanto a supostos 
direitos de adicional de periculosidade e de horas extras. 
 
QUESTÃO: Como Advogado do reclamante, promover a medida processual 
adequada visando à reversão do que foi decidido em primeiro grau, 
apresentando em suas razões os fundamentos legais e jurisprudenciais cabíveis. 
 
GABARITO OAB 
A medida processual será o Recurso Ordinário, em que o Recorrente 
pleiteará a reforma da sentença de primeiro grau, pleiteando a anulação 
do julgado, baixando os autos para fim de que o Juízo “a quo”, promova 
regular instrução quanto às matérias suscitadas, a saber: horas extras e 
adicional de periculosidade, quanto a este, inclusive a perícia técnica. O 
fundamento para a postulação é a de que a quitação, “in casu” é restrita 
às verbas descriminadas no Termo de Rescisão (Art. 477, parágrafo 2º da 
CLT), bem como Súmula 330 do TST. 
 
 
PROBLEMA 38 
 
Sob o fundamento de que a legislação brasileira não admite a despedida 
arbitrária ou sem justa causa e, sobretudo, considerando em pleno vigor a 
Convenção nº. 158, da OIT, um juiz do trabalho determinou, em 
sentença, a nulidade da dispensa sem justa causa de empregado de 
determinada empresa, a despeito de esta ter comprovado o pagamento, 
com assistência sindical, de todas as verbas rescisórias. Em conseqüência 
da sentença proferida, foi determinada a reintegração do reclamante no 
emprego. 
 
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima, redija, na condição 
de advogado da reclamada, a medida judicial cabível, na qual sejam 
apresentados os argumentos contrários ao da fundamentação da 
sentença, com as conseqüências processuais decorrentes. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso Ordinário, proposto para processamento perante o próprio 
Juízo e subseqüente remessa para o Tribunal Regional do Trabalho. 
 
DEFESA: o Recorrente deverá argumentar que inexiste tal espécie de 
estabilidade no ordenamento, sendo que a Convenção nº 158, embora 
ratificada, foi denunciada pelo Brasil em 1996. Assim, exerceu o 
empregador seu direito potestativo de despedir, com o pagamento das 
verbas rescisórias, o que deverá levar ao integral provimento do apelo, 
sendo descabida a reintegração no emprego deferida pela sentença 
recorrida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 39 
 
“A” promoveu reclamação trabalhista contra a Empresa “B” pleiteando 
horas extraordinárias e as conseqüentes integrações. “B” contestou o 
pedido, sustentando que nada era devido por horas extraordinárias uma 
vez que “A” assinou acordo de compensação de horas. Juntou documentos 
inclusive os cartões de ponto e o referido acordo. Quando do depoimento 
pessoal do preposto de “B” este perguntado afirmou que era recente na 
empresa e que não tinha trabalhado junto com “A” . O juiz encerrou a 
instrução e aplicou a “B” a pena de confissão, sob alegação de que o 
preposto por não Ter trabalhado com “A” não podia saber dos fatos, 
apesar dos protestos do patrono da empresa “B”, condenando-se em 
horas extras, desconsiderando inclusive a documentação anexada. Custas 
no valor de R$ 20,00 calculadas sobre o valor da condenação arbitrado em 
R$ 1.000,00. 
 
QUESTÃO: Como advogado de “B” promova a medida judicial cabível 
 
GABARITO: 
PEÇA: Recurso Ordinário, observado o preparo (custas e depósito 
recursal), com preliminar de cerceamento de defesa, bem como no mérito 
alegar que o preposto precisa ter conhecimento dos fatos, não precisando 
ter trabalhado com o Reclamante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 40 
 
Em audiência de instrução realizada nos autos da reclamação trabalhista 
promovida pelo empregado “A” em face da empresa “B”, o MM. Juiz de 
uma das Varas do Trabalho, Capital de São Paulo indeferiu a oitiva das 2 
(duas) únicas testemunhas do reclamante, sob seus protestos, alegando 
que ambas estavam litigando contra o mesmo empregador. O reclamante 
pleiteava na inicial o pagamento de horas extras e reflexos, da integração 
dos salários “por fora”, da incidência do FGTS no aviso prévio indenizado e 
da multa do artigo 477 da CLT, uma vez que as verbas rescisórias foram 
pagas no 1º (primeiro) dia após o decurso dos 30(trinta) dias do aviso 
prévio indenizado. 
Por sentença, todos os pedidos foram julgados IMPROCEDENTES e o Autor 
condenado no pagamento das custas processuais arbitradas em R$30,00 
(trinta reais). 
 
QUESTÃO: Como advogado de “A”, interponha o recurso cabível, 
atendendo às formalidades de praxe. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso Ordinário interposto perante a MM. Vara do Trabalho e dirigido ao 
Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região - São Paulo, com a necessária 
comprovação do recolhimento das custas processuais, sob pena de deserção. 
Preliminarmente: Da nulidade do julgado - cerceamento de defesa (Enunciado daSúmula 357 do TST). 
No mérito: 
- Da incidência do FGTS no aviso prévio indenizado (Enunciado da Súmula 305 do TST). 
- Da multa do artigo 477 da CLT: Flagrantemente devida na medida em que o aviso 
prévio foi indenizado e, sendo assim, o pagamento deveria ter ocorrido até o 10º 
(décimo) dia contado da data da notificação da dispensa (§ 6º letra “b” do artigo 477 da 
CLT). 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 41 
 
Fundamentando a sentença, concluiu o Magistrado de uma das Varas do 
Trabalho da Capital que o reclamante na qualidade de suplente da CIPA 
eleito em 2006 não era detentor de garantia de emprego prevista no 
artigo 10, inciso II, alínea “a” do Ato das Disposições Constitucionais 
transitórias, além disso, indeferiu o pedido alternativo relativo a 
indenização adicional prevista no artigo 9o da Lei 7238/84, uma vez que o 
pagamento das verbas rescisórias se deu com o salário já corrigido pelo 
reajuste da data-base. 
Custas processuais pelo reclamante no importe de R$ 20,00 (vinte reais), 
calculadas sobre o valor arbitrado à condenação de R$ 1.000,00 (um mil 
reais). 
 
QUESTÃO: Como advogado do reclamante exercite a medida judicial 
cabível. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso Ordinário (artigo 895, letra “a” da CLT). 
Atentar para a necessidade de comprovação do pagamento das custas 
processuais, sob pena de deserção. 
- Da garantia de emprego: o suplente da CIPA goza da garantia de emprego 
assegurada pela Constituição Federal de 1988 conforme Enunciado da Súmula nº 
339 do TST 
 
Da indenização adicional: Ocorrendo a rescisão no período de 30 dias que 
antecede a data-base, observando o Enunciado de nº 182 do TST, o pagamento 
das verbas rescisórias com o salário já corrigido, não afasta o direito à 
indenização adicional prevista nas Leis 6.708/79 e 7.238/84 (TST - Súmula 314). 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 42 
 
Marcionílio foi admitido pela Construtora Cruz Vermelha Ltda., em 
04.03.1998, para exercer a função de pedreiro em obra de propriedade da 
Metalúrgica KLM, tendo sido dispensado em 01.04.2007, quando percebia 
o salário de R$ 564,00 (quinhentos e sessenta e quatro reais) mensais. 
Entendendo ter direitos trabalhistas a receber, já que no curso do contrato 
de trabalho tinha contato com agentes químicos (álcalis), e cumpria 
jornada de trabalho das 7:00 às 17:00 horas de segunda a sexta-feira, e 
aos sábados das 7:00 às 13:00 horas, com intervalo para refeição e 
descanso de quarenta minutos, Marcionílio promoveu reclamação 
trabalhista contra a Construtora Cruz Vermelha Ltda. e contra a 
Metalúrgica KLM Ltda., pedindo que, em relação à segunda reclamada, a 
condenação fosse subsidiária, com fundamento no artigo 455 da CLT e 
Enunciado n.º 331 do Tribunal Superior do Trabalho. Produzidas todas as 
provas no curso do processo, a ação foi julgada procedente, condenadas 
as reclamadas, sendo a segunda de forma subsidiária, ao pagamento do 
adicional de insalubridade de 40% sobre o salário mínimo e horas extras 
pela extrapolação da jornada diária, bem como uma hora extra diária pela 
ausência de intervalo para refeição e descanso. 
 
QUESTÃO: Como advogado da Metalúrgica KLM Ltda., avie a medida 
judicial cabível, apresentando os fundamentos legais. 
 
GABARITO DA OAB 
 
PEÇA: Recurso Ordinário. 
 
FUNDAMENTO: central de que a Metalúrgica KLM Ltda. não responde 
nem mesmo de forma subsidiária, por ser dona da obra (Orientação 
Jurisprudencial nº 191 da SBDI-1 do TST), devendo ser excluída da lide. 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 43 
Empregador autuado por Auditor Fiscal do Trabalho, tendo em conta não 
haver recolhido FGTS sobre as férias vencidas pagas a empregado quando 
da rescisão do contrato de trabalho, impetra mandado de segurança, 
perante a Justiça do Trabalho. Notificada a autoridade coatora e prestadas 
as informações, o juízo declara sua incompetência e determina a remessa 
dos autos à Justiça Federal. 
QUESTÃO: Apresentar, como advogado do empregador, a medida 
processual adequada na hipótese. 
GABARITO DA OAB 
PEÇA: Recurso ordinário, interposto perante a Vara do Trabalho, para ser 
julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho. No recurso deve-se invocar a 
competência da Justiça do Trabalho para processamento do mandado de 
segurança, nos termos do art. 114, inciso VII, da Constituição. Deve-se 
ainda pedir o imediato julgamento do mérito pelo Tribunal, diante da 
possibilidade de aplicação do art. 515, § 3º, do CPC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 44 
 
Determinada empresa demitiu vendedora de loja de roupas finas, 
alegando que, por ser estabelecimento de luxo, seriam mantidas apenas 
pessoas de boa aparência e que, ademais, apresentassem atestado de 
esterilização, “para que não houvesse riscos de afastamentos do serviço”. 
Ao reclamar da situação, a trabalhadora foi bastante humilhada, em 
público, recebendo irônico “conselho” do Gerente da Loja para que fosse 
“procurar seus direitos”. Despedida, socorreu-se da Justiça do Trabalho 
onde postulou as verbas rescisórias, a percepção em dobro da 
remuneração pelo período de afastamento, tudo acrescido de danos 
morais a serem arbitrados pelo Juízo, tendo em vista as graves 
humilhações sofridas. O Juízo de primeira instância julgou a ação 
procedente em parte, determinando a reintegração, contra a vontade da 
Reclamante que alegara em Juízo não ter nenhum ambiente para retornar 
àquele emprego, limitando-se, por fim, o julgado, a determinar o 
pagamento das remunerações, de forma simples, do período de 
afastamento. 
QUESTÃO: Como advogado da Reclamante, apresente a medida 
processual adequada, postulando a reforma do julgado,apresentando, 
porá tanto, o devido fundamento legal. 
 
GABARITO DA OAB 
PEÇA: Recurso Ordinário 
DEFESA: em que a Recorrente argüirá o texto da Lei 9.029, de 
12/04/95, que veda e até define como tipo penal tais práticas, bem 
como, em seu art. 4º. defere à ofendida a opção entre a reintegração no 
emprego ou a percepção em dobro da remuneração como postulado na 
inicial, tudo sem prejuízo da composição dos danos morais, com fulcro no 
art. 5º, “X” da C.F., c/c arts. 186 do Código Civil e 927 do mesmo 
Estatuto 
 
 
 
PROBLEMA 45 
 
João da Silva, representante comercial, registrado no CORCESP, prestou serviços durante 
05 (cinco) anos para determinada empresa, sendo que por exigência da representada, 
firmou, no início da pactuação, um “contrato de agência, com fundamento nos arts. 710 
e segs do Código Civil.Trabalhou com exclusividade para referida empresa, era 
supervisionado, elaborava relatórios diários e cumpria ordens que implicavam 
subordinação jurídica. Rescindido o contrato por ato da empresa, sem qualquer 
justificativa, nada foi pago ao representante. Este ajuizou reclamação perante a Justiça 
do Trabalho, sendo que a peça vestibular formulava pedidos sucessivos: 
a) em primeiro lugar, o reconhecimento de que a relação jurídica era, de fato, ante o 
princípio da primazia da realidade, um contrato de trabalho nos moldes do que dispõe a 
CLT e, pois, a anotação do tempo de serviço na CPTS, o pagamento de todos os 
conseqüentes daí derivados, inclusive as chamadas verbas rescisórias; 
b) sucessivamente, ad argumentandum, se porventura não se reconhecesse o vínculo 
empregatício, pleiteava que a empresa fosse condenada nos direitos decorrentes da Lei 
4.886/65, em especial, indenização e aviso prévio. O Juízo indeferiu liminarmente a 
inicial, fundamentando-se em incompetência em razão da matéria e, ademais, 
entendendo inepta a inicial por formular pedidos sucessivos. 
QUESTÃO: Como advogado do Recte, apresente a

Outros materiais