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TCC Fundamentação Teórica Lud

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Andréia Freire Dantas Reis				RU: 765041
TCC – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
GUARULHOS
2014
Lúdico, a importância do brincar
Repensar a importância do brincar no processo ensino-aprendizagem implica uma retrospectiva histórica às mais diversas abordagens existentes, desde aquelas que veêm as atividades lúdicas como expressões culturais às que analisam a contribuição das mesmas para o âmbito educacional.
As primeiras conciderações acerca da importância do brincar no âmbito escolar ocorreram na antiga Grécia e Roma. Kishimoto (1998) afirma que Platão e Aristóteles já destacavam a importância das brincadeiras no desenvolvimento da aprendizagem, sugerindo o uso de jogos que imitassem atividades adultas como forma de simulação. Entretanto, nesse período, não havia a utilização dos jogos como recursos para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.
No século XX, começa uma intensa pesquisa sobre a importância dos jogos na vida dos indivíduos. Surgem pressupostos sobre o ato de brincar relacionados à aprendizagem. Refloresce, então, a valorização dos brinquedos e brinquedos como fonte de estímulo e desenvolvimento de aspectos cognitivos e afetivos. Nesse século surgiram pesquisas e teorias que discutiam a importância das atividades lúdicas para a construção de conhecimentos infantis. Os estudos de Piaget, Vigotsky, dentre outros, encontraram terreno fértil para que pressupostos relevantes sobre a construção de representações infantis e a aplicabilidade de jogos pedagógicos fossem repensados.
Na década de 80, os jogos chegam ao Brasil e, através da crescente produção científica sobre o tema, tem início o processo de valorização das atividades lúdicas no âmbito escolar. Assim, as pesquisas, os estudos científicos e a multiplicação de congressos sobre a inclusão do lúdico em sala de aula tomam vulto. Infelizamente, a relevância dos jogos educativos sempre esteve condicionada a questões políticas e econômicas de cada país, fazendo-os ora estarem em evidência, ora serem preteridos.
Estabelecida um pouco sobre o histórico dos estudos das atividades lúdicas, passamos agora a enfocar, de maneira mais específica a teoria de dois grandes autores que vem nos mostrar a importância do lúdico no desenvolvimento infantil.
A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste Brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta daquele que joga que brinca e que se diverte. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo.
Kishimoto (2002) lembra que o brincar era considerada uma atividade oposta ao que é sério, isto é a brincadeira não era vista como uma prática que proporcionava crianças um repertório de informações e experiências. A brincadeira é uma prática riquíssima para o desenvolvimento da criança, em seus aspectos emocional, social e cognitivo da criança. Após estudos, pesquisa e reflexões o brincar passou a ser defendido como uma atividade que permite à criança compreender o mundo a partir do momento em que começa a reproduzi-lo em situações lúdicas.
Brincar é uma atividade livre, mas para que essa liberdade seja desenvolvida é essencial que tenhamos a clareza que é fundamental oferecer possibilidades de ação, e essa prática não ocorre com demissão do adulto, mas pelas oportunidades que forem oferecidas.
Ainda de acordo com Kishimoto (2002) o brincar é um espaço explorável, pois ao brincar a criança corre, anda, conversa, pula, derruba, etc. Todas essas atividades servem como novas descobertas e isso torna-se uma prática importante para o desenvolvimento infantil, uma vez que a partir das brincadeiras a criança tem a oportunidade de praticar diversas experiências, e assim desenvolvem várias aprendizagens, pois é dada a oportunidade de explorar e solucionar problemas, que em situações normais jamais seriam realizadas com o medo de errar, porque quando brincam não estão preocupada como o resultado. O brincar torna o ensino e aprendizam como atividades significativas, visto que a medida que a criança vai realizando diversas brincadeiras, experimenta e vive momentos significantes de descobertas.
A brincadeira de faz de conta, segundo Kishimoto (2002), é um exercício que trabalha muito a imaginação infantil, permitindo nessa fase de vida desenvolver vários conhecimentos. A criança tem a oportunidade de imaginar, criar, socializar-se com outras crianças, pois a brincadeira é a ação que a criança desempenha ao mergular no mundo mágico do lúdico, contribuindo na construção do conhecimento infantil.
As atividades lúdicas e os jogos permitem liberdade de ação, pulsão interior, naturalidade que raramente são encontradas em outras atividades. Por isso necessitam ser estudadas para podermos utilizá-los pedagogicamente como uma alternativa a mais a serviço do desenvolvimento da criança. Kishimoto afirma que:
O uso do brinquedo/jogo educativo com fins pedagógicos para situações de ensino-aprendizagem ( a qual envolve o ser humano em processos interativos, com suas cognições, afetividade, corpo e interações sociais) é de grande relevância para desenvolvé-lo, utilizando o jogo como ensino-aprendizagem na construção de conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora.
Através dos jogos de regras, a criança assimila a necessidade de cumprimento das leis da sociedade e das leis morais. E é principalmente na escola, que a criança começa a incorporar regras de conduta, a se socializar, entrando em contato com uma aprendizagem mais sistematizada, mas é preciso que a escola se apresente a criança não como um bicho papão, mas um lugar prazeroso e importante.
Pois de acordo com Kishimoto, “ O brinquedo, o jogo, o aspecto lúdico e prazeroso que existem nos processos de ensinar e aprender não se encaixam nas concepções tradicionalistas da educação”.
Durante a infância a criança brinca exaustivamente com outras crianças menores, maiores e até mesmo sob a interferência dos adultos. Todas as experiências vividas são importantes para a construção dos laços afetivos, para o estabelecimento de regras, para a progressão de cada estágio de desenvolvimento. Na esfera educativa, a contribuição do lúdico não está centralizada apenas na educação infantil, mas podem permear as ações educativas do ensino fundamental, séries iniciais e finais, além do ensino médio e também a modalidade da educação de jovens e adultos, educação especial.
Os educadores ao valorizarem as atividades lúdicas e acreditarem por meio dessa proposta, pode se desenvolver integralmente os diferentes sujeitos, pertencentes a diferentes contextos sociocultural, político e econômico, vivenciam-se por meio das brincadeiras, a imaginação, o sonho, o desejo imaginário a possibilidade de compreender o real papel destes na sociedade, desse modo vivencia-se o imaginário sendo comparado com o mundo real. É fundamental na educação formar pessoas críticas criativas, que tenham capacidade de criar, inventar, descobrir, redescobrir, enfim que sejam capazes de construir e aprofundar o conhecimento.
De acordo com Vygotsky (1984 p. 27), 
E na interação com as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende agir numa esfera cognitiva. Na visão do autor a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade se subordinação às regras.
O educador precisa proporcionar formas didáticas diferenciadas, envolvendo atividades lúdicas para que os educandos sintam-se motivados em aprender. As atividades lúdicas devem ser iniciadas na infância, pois o mundo imaginário desta pode ser ricamente explorado pelos educadores.
Kishimoto (2002, p146), destaca que, 
Por ser uma ação iniciada e mantida pela criança, a brincadeira possibilita a busca de meios, pela exploração ainda quedesordenada, e exerce papel fundamental na construção de saber fazer. Brincando a criança passa a se apropriar do mundo em que vive e aprende a se relacionar com as pessoas. O clima de entusiasmo provoca certa euforia.
O brincar que comporta uma situação imaginaria também comporta uma regra. Não uma regra explicita, mas uma regra que a própria criança cria. Segundo Vygotsky, á medida que a criança vai se desenvolvendo há uma modificação: primeiro predomina a situação e as regras estão ocultas; quando ela vai ficando mais velha, predominam as regras e a situação imaginaria fica oculta.
A contribuição de Vygotsky é considerar que, nas atividades lúdicas o pensamento está separado dos objetos e a ação não surge das coisas, mas sim, das idéias. Para ele, os jogos se dão na interação social e são condutas que imitam ações reais e considera dois elementos importantes nas brincadeiras: situação imaginária e regras.
Para que possamos melhor compreender a importância entre o jogo e a aprendizagem, é necessário que recordemos algumas idéias de sua teroria do desenvolvimento cognitivo. A principal é que o desenvolvimento cognitivo resulta da interação entre a criança e as pessoas com quem mantém contato regulares.
Aprendizagem significativa é aquela em que o sujeito perceba a relação entre o que está aprendendo com sua vida. Por meio das relações com as outras pessoas o conhecimento via sendo construído e desenvolvido. Assim sendo, a sala de aula deve ser um local permeado de estímulo, de troca de ideias de opiniões.
As escolas devem ter clareza e direcionamento ao trabalhar com o lúdico, nesse sentido é salutar que sejam abordadas metodologicamente no Projeto Político Pedagógico e Proposta Curricular Pedagógica de forma que estejam sustentadas as ações coletivas.
Aprofundando o estudo destacamos também que o principal conceito da teoria de Vygotsky é o Zona de Desenvovimento Proximal, que ele define como a diferença entre o desenvolvimento atual da criança e o nível que atinge quando resolve problemas com o auxílio, o que leva à consequencia de que as crianças podem fazer mais do que conseguiriam fazer por si sós. 
 No desenvolvimento a imitação e o ensino desempenham um papel de primeira importância. Põem em evidência as qualidades especificamente humanos do cérebro e conduzem a criança a atingir novos níveis de desenvolvimento. A criança fará amanhã sozinha aquilo que hoje é capaz de fazer em cooperação. Por conseguinte, o único tipo correto de pedagogia é aquele que segue em avanço relativamente ao desenvolvimento e o guia; deve ter por objetivo não as funções maduras, mas as funções em vias de maturação.” (Vygotsky, 1979:138).
Considerando as palavras do autor, vemos que o ato de brincar para criança é mais que uma atividade lúdica, representa um meio riquíssimo de expressão. Mas para que isso ocorra o professor precisa da brincadeira de forma pessoal e independente, suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras.
Não é o caráter de espontaneidade do jogo que o torna uma atividade importante para o desenvolvimento da criança, mas sim, o exercício no plano da imaginação da capacidade de planejar, imaginar situações diversas, representar papéis e situações do cotidiano, bem como, o caráter social das situações lúdicas, os seus conteúdos e as regras inerentes à cada situação.
Também não é todo jogo da criança que possibilita a criação de uma Zona de Desenvolvimento Proximal, do mesmo modo que nem todo o ensino o consegue; porém, no jogo simbólico, normalmente, as condições para que ela se estabeleça estão presentes, haja vista que nesse jogo estão presentes uma situação imaginária e a sujeição a certas regras de conduta. As regras são parte integrantes do jogo simbólico, embora, não tenham o caráter de antecipação e sistematização como nos jogos habitualmente “regrados”.
Ao desenvolver um jogo simbólico a criança ensaia comportamentos e papéis, projeta-se em atividades dos adultos, ensaia atitudes, valores, hábitos e situações para os quais não está preparada na vida real, atribuindo-lhes siginificados que estão muito distantes das suas possibilidades efetivas. A atuação nesse mundo imaginário cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal formada por conceitos ou processos em desenvolvimento. Podemos sintetizar dizendo que: a regra e a situação imaginária caracterizam o conceito de jogo infantil para Vygotsky.
Portanto, se é com o brinquedo que a criança aprende a agir em uma esfera cognitiva, o professor de Educação Infantil deve ter uma noção clara de que a zona proximal de desenvolvimento se interliga às necessidades, às capacidades e à aptidão da criança. Só assim, ele poderá lhe dar a possibilidade de passar do que sabe fazer para o que ainda não sabe. Em consequência, as brincadeiras oferecidas à criança devem estimular o “ir além”.
Nesse processo, o professor assume um papel de suma importância, pois é le quem deve ampliar as vivências da criança em relação ao ambiente físico, brinquedos, brincadeiras e seus semelhantes. Mas, além de disponibilizar materiais, participar das atividades e fazer a mediação da construção do conhecimento, ele ainda tem de ter em mente que o brincar e a criatividade devem encontrar maior espaço para ser entendido como educação, na medida em que ambos contribuem para o desenvolvimento infantil e ainda estimulam a atividade construtiva da criança.
Vygotsky também detecta no jogo outro elemento a que atribui grande importância:o papel da imaginação que coloca em estreita relação com a atividade criadora.
A brincadeira tem uma grande importância para o ensino aprendizagem pois ela amplia a necessidade e a consciência infantil enquanto cria um novo tipo de atitude em relação ao real, devido às situações de faz de conta que provocam a criação das intenções voluntárias, a formação dos planos para a vida real e as motivações volitivas.
(Vygotsky, 1999).Ele afirma que os processos de criação são oberváveis principalmente nos jogos da criança, porque no jogo ela representa e produz muito mais do que aquilo que viu
Todos conhecemos o grande papel que nos jogos a criança desempenha a imitação, com muita frequencia estes jogos são apenas um eco do que as crianças viram e escutaram aos adultos, não obstante estes elementos da sua experiência anterior nunca se reproduzem no jogo de forma absolutamente simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações da própria criança.
Os jogos lúdicos oferecem condições do educando vivenciar situações-problemas, a partir do desenvolvimento de jogos planejados e livres que permitam à criança uma vivência no tocante às experiências com a lógica e o raciocínio e permitindo atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade.
De acordo com (Vygotsky, 1999),
É na interação com as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende a agir numa esfera cognitiva, a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras.
Ou seja, a brincadeira possibilita a ação com significados, além disso, as situações imaginárias fazem com que as crianças sigam regras, pois cada faz-de-conta supõe comportamentos próprios da situação, ao brincar com um tijolinho de madeira como se fosse um carrinho por exemplo, ela se relaciona como o significado em questão (a ideia de carro) e não com o objeto concreto que tem nas mãos.
Muitos docentes simplificam o processo ensino-aprendizagem, tendo em vista as suas limitações realizando e assumindo tarefas a partir de suas compreensões e competências e muitas vezes até o mesmo de maneira a facilitar sua própria atuação.
Cabe ao educador por meio da intervenção pedagógica propiciar atividades significativas que levem a uma aprendizagem de sucesso. Para que isso aconteça é necessário que o professor reflita sua prática pedagógica percebendo o aluno mais que um mero executorde tarefa, mas alguém que sente prazer em aprender.
Na sala de aula, o lúdico pode ser considerado como possibilidade de reelaboração do conhecimento vivenciado sendo constituído coletivamente e/ou individualmente. O educador deve oferecer formas didáticas diferenciadas, como atividades lúdicas para que a criança sinta o desejo de pensar. Isto significa que ela pode não apresentar predisposição para gostar de uma disciplina e por isso não se interessa por ela. Daí, a necessidade de programar atividades lúdicas na escola, pois a própria história da humanidade nos mostra, as crianças sempre brincaram e brincam e certamente continuarão brincando. Sabemos que ela brinca porque gosta de brincar e que, quando isso não acontece, alguma coisa pode estar errada. Algumas brincam por prazer, outras brincam para aliviarem angústias, sentimentos ruins.
As atividades devem ser organizadas de modo que o aluno esteja envolvido e as percebam como significativas para o processo de aprendizagem desenvolvendo o raciocínio e a linguagem. As características da ludicidade devem estar presentes até mesmo no modo como o professor ensina, na seleção prévia dos conteúdos e o papel do aluno frente ao que está sendo ensinado, provocado. O aluno enquanto sujeito de aprendizagem deve ser estimulado e aguçado sua criatividade, além de aflorar o desejo e a apropriação do saber.
Nas situações educacionais, o lúdico viabiliza a aprendizagem real e pode ser visto como facilitador da aprendizagem. Os docentes obtendo o conhecimento sobre a importância da ludicidade enquanto um recurso pedagógico obterão caminhos para análise do ponto de partida e chegada de seus educandos, além ainda de proporcionar o domínio cognitivo e afetivo. A mediação do professor é estabelecida pelas relações entre sujeito – objeto e a realidade, desse modo às situações por meio do lúdico será problematizados e questionados. O aluno deixa de ser um mero receptáculo de informações desvinculadas da realidade. Compreender o funcionamento cognitivo viabiliza o planejamento de atividades que podem ser realizadas, e por meio destas, o docente.controla as execuções, avalia os resultados para que possa rever os encaminhamentos, corrigir os erros, os percalços enfrentados, assim como sua relevância para a aprendizagem.
Assim, nesta perspectiva, os jogos lúdicos se assentam em bbases pedagógicas, porque envolve os seguintes critérios: a função de literalidade e não-literalidade, os novos signos linguísticos que se fazem nas regras, a flexibilidade a partir de novas combinações de idéias e comportamentos, a ausência de pressão no ambiente, ajuda na aprendizagem de noções e habilidades.
Percebemos através das palavras dos autores à importância da brincadeira na vida crianca e a necessidade que a criança tem de ser respeitada enquanto brinca, pois seu mundo é mutante e esta em permanente oscilção entre fantasia e realidade. E a infância é tempo de brincar, está é uma verdade que não se pode mudar.
Metodologia
A metodologia empregada tem como base a revisão bibliográfica com a busca de autores que sustentem a teoria e possam elucidar e nortear os caminhos dos educadores para uma prática pedagógica mais atraente, mais eficaz. A investigação também tem um enfoque qualitativo conforme a idéia de Costa, 2006, p.101”Normalmente a pesquisa qualitativa é associada a dados qualitativos, abordagem interpretativa, análise de caso ou conteúdo”. E no nível de investigação descritivo que segundo (Costa, 2006, p 65), “está interessada em descobrir e observar os fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e interpretá-los.
Fez-se a análise das entrevistas e observações relacionadas por objetivos específicos, sendo o primeiro:
Identificar quais são as facilidades para a incorporação do lúdico no processo ensino-aprendizagem nas turmas de pré-escola e séries iniciais, tendo como indicadores: PPP, Recursos metodológicos e o Lúdico.
O segundo: identificar quais são as dificuldades para a incorporação do lúdico no processo ensino-aprendizagem, e os seus indicadores: Capacitação profissional e prática docente.
No terceriro: descrever os benefícios do lúdico (jogos, brincadeiras e brinquedos) no processo de ensino-aprendizagem, os indicadores: atividades lúdicas, estratégias de ensino, condições materiais, criatividade, autonomia e valores.
A metodologia lúdica faz com que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo, brincadeira vulgar, diversão.
Referências
RAU, Maria Cristina Tarois Dorneles. A ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica. Curitiba: IBPEX, 2011
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo e a educação. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.
VYGOTSKT, L. S A formação social da mente. Tradução de Neto, J.C e colab. 1 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1984
KISHIMOTO, Tizuko Morchida O Brincar e suas Teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
COSTA, Arlindo. Metodologia da pesquisa Científica. Mafra-SC-Edição 2006.

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