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2017.1 AV2 ESTÁCIO FIB Direito Civil I. BENS E NEGÓCIO JURÍDICO

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DIREITO CIVIL
Prof. Wiverson de Oliveira
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DOS BENS
Pessoas( naturais e jurídicas) – sujeitos de direito
Bens -Objeto das relações jurídicas entre os sujeitos
Fatos jurídicos - forma de criar, modificar e extingir direitos
Bens -Objeto das relações jurídicas entre os sujeitos
Valores materiais ou imateriais que servem de objeto a uma relação jurídica.
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DOS BENS
 Bem 
Bens Corpóreos e Incorpóreos.
Bens incorpóreos são os que não têm existência tangível e são relativos aos direitos que as pessoas físicas ou jurídicas têm sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou com outra pessoa, apresentando valor econômico, tais como os direitos reais, obrigacionais e autorais .
Ex: Marca, patente 
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Classificação dos BENS
1.Bens considerados em si mesmos (móveis e imóveis; fungíveis e infungíveis; consumíveis e inconsumíveis; divisíveis e indivisíveis; singulares e coletivos);
2. Bens reciprocamente considerados (principais e acessórios)
3. Bens conforme a natureza das pessoas de seus titulares (públicos e privados)
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Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM IMÓVEL - Espécies: Bem imóvel por sua natureza / Bem imóvel por acessão / Bem imóvel por força da lei 
Bem imóvel por sua natureza – é o solo/terreno e tudo o que estiver abaixo e acima deste - sem intervenção humana - árvore nascida naturalmente e seus frutos pendentes – árvore plantada não pois é acessão artificial - se o fruto cair é móvel
Bem imóvel por acessão – acessão significa adição, soma. Ela pode ser ou porque a natureza o fez ou porque o homem acresceu. 
Bem imóvel por acessão física artificial – tudo que é intervenção humana – plantações e construções
Bem imóvel por acessão física intelectual – pertenças – utilizados para utilização do bem imóvel – móveis guarnecem o lar – ex:lei 8009/90
Bem imóvel por acessão física natural – se incorpora ao bem imóvel por natureza, não pela intervenção humana. Ex: aluvião, avulsão,etc... 
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Da Aluvião
Art. 1250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Da Avulsão
Art. 1251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
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Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM IMÓVEL E BEM MÓVEL
BEM IMÓVEL: 
3) Bem imóvel por força da lei - direitos subjetivos lei concede o status jurídico de bem imóvel
	- Herança até o momento da partilha – o direito à sucessão aberta- daí a vênia conjugal
 	- Direitos reais sobre bens imóveis e as ações que os asseguram: Ex: usufruto, habitação – para transferir é igual á um imóvel – Vênia conjugal 
 
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Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM IMÓVEL: 
art. 81 do CC: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.   Obs: A lei disciplina como bens imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. (Ex: uma porta retirada para reforma para nele se reempregar) 
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Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM MÓVEL: 
BENS MÓVEIS POR NATUREZA – são aqueles que podem ser movidos por força alheia sem alteração de sua substância (mesa, cadeira, automóvel, motocicleta, bicicleta) 
	BENS SEMOVENTES – se incluem como móveis por natureza (aquele que anda ou se move por si) – são suscetíveis de movimento próprio (ex: animais em geral) 
 2) BENS MÓVEIS POR ANTECIPAÇÃO - eram imóveis mas foram mobilizados por sua destinação econômica - fruta colhida – consumo – extração madeira
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Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM MÓVEL: 
3) BENS MÓVEIS POR FORÇA DA LEI - a lei os classifica dessa forma) – Energia elétrica - os direitos autorais, a propriedade industrial
	Direito real sobre bem móvel (Ex: direito real de uso sobre um veículo) 
 Direitos pessoais de caráter patrimonial – um crédito- os que derivam dos contratos. Ex: locação, empréstimo . (Por conta disso, a cessão de crédito não depende de vênia conjugal)
	Navio e avião são bens móveis? São Móveis – tem matrícula mas são móveis – Mas para efeito de hipoteca (garantia), são considerados imóveis (por ficção, por serem bens de grande valor econômico), mas não deixam de ser bens móveis. – transmissão só por registro- segurança.
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Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM - DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS (art.87 e 88 do CC): Divisíveis - são aqueles bens que podem se fracionar em porções distintas, mas cada qual sendo um todo perfeito.exemplo: terreno 
Indivisíveis - são os que não podem ser fracionados sem que se altere sua substancia. 
Há três categorias de bens indivisíveis: 
por sua natureza: carro, animal (vivo). 
por determinação legal: herança até a partilha 
por vontade das partes: condomínio (ver art.314) Obs.: vontade das partes – pode-se ajustar que determinado bem naturalmente divisível seja considerado indivisível para seus titulares. (Ex: Pai que doa grande fazenda para 2 filhos impondo sua indivisibilidade temporária). 
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Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM - FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS: 
Fungíveis: Podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.   
Infungíveis: não podem ser substituídos. 
BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS (art.86): 
O critério é a destruição imediata que o uso acarreta nos consumíveis (ex: alimentos) e não acarreta nos inconsumíveis (ex: bens duráveis).   
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Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BEM - SINGULARES E COLETIVOS (arts. 89 e 91): 
Singulares são aqueles considerados individualmente e não em seu conjunto (Ex: livro, ovelha, carro). 
Coletivos compostos por várias coisas singulares, mas consideradas em seu conjunto. Ex: biblioteca, rebanho, herança, espólio, parte disponível... 
 
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Classificação dos BENS
DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
PRINCIPAIS – são aqueles cuja existência independe de outro. 
ACESSÓRIOS – pressupõem a existência de outro bem para sua plena utilização.   - princípio da gravitação jurídica: o acessório segue a sorte do bem principal 
Acessórios podem ser: 
Frutos – são os bens acessórios que se reproduzem periodicamente na coisa principal. 
Naturais: (safra, colheita) 
Civis: que decorrem da transferência da posse direta (aluguel, juros, rendas) Industriais: que advêm da intervenção humana (indústria) .
 Produtos – é o bem acessório que não se reproduz periodicamente. Ex: Carvão da mina, pedra da pedreira, petróleo do poço, metais preciosos. 
 Benfeitorias – são obras que servem ao bem principal 
NECESSÁRIAS ÚTEIS e VOLUPTUÁRIAS
 Pertenças– CC, 93. São os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro 
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Classificação dos BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO TITULAR DO DOMÍNIO - QUANTO AO TITULAR 
BENS PARTICULARES – são aqueles que não pertencem às pessoas jurídicas de direito público. 
BENS PÚBLICOS – são os pertencentes às pessoas jurídicas de direito público :
1)uso comum do povo – são os bens destinados indiscriminadamente e livremente à população. Há lei especial que impede a cobrança pela utilização da praia.
2) Uso especial ou específico – são os bens públicos destinados à uma finalidade da administração. 
3) Dominiais ou dominicais – acervo patrimonial do Estado, integram o domínio do Estado- possibilidade de alienação, mediante as
formalidades do direito administrativo. Ex: ações de uma empresa pública, ações de uma sociedade de economia mista, dólares que o Banco Central compra e vende diariamente para ajustar o mercado. 
4) Bens difusos: são os bens ambientais 
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DIREITO CIVIL
Prof. Wiverson de Oliveira
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Fato Jurídico
Acontecimento natural ou humano que possua efeitos constitutivos (cria), modificativos ou extintivos de direitos e obrigações.
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Fato Jurídico
Fatos Naturais (da natureza)
-Sentido estrito = sem o ser humano – Da natureza
Fatos humanos 
Ato – conduta - Ação humana 
Lícito: todo ato jurídico será lícito
(lícito privado- fazer tudo aquilo que não é proibido em lei / lícito público- fazer tudo aquilo que for permitido em lei)
Ato jurídico / Ato-fato /Negócio jurídico 
 Ato ilícito: não é ato jurídico – é antijurídico - atos ilícitos civil ou penal
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Fato Jurídico
DA NATUREZA
EM SENTIDO ESTRITO
Acontecimento natural 
Ordinário (nascimento, morte)
Extraordinário (terremoto, enchente, aluvião, avulsão)
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Da Aluvião
Art. 1250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Da Avulsão
Art. 1251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
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Fato Jurídico
Fatos Humanos
Lícitos
Ato jurídico em sentido estrito – efeitos todos previstos em lei – a pessoa não escolhe- não há a autonomia da vontade ou não objetiva efeitos
Negócio Jurídico – os efeitos também são escolhidos por ato voluntário - além da lei – existência – validade- efeitos (eficácia)
Ato-Fato Jurídico
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Fato Jurídico
Ato- fato jurídico
Fato Humano
Ação humana
Não importa o aspecto volitivo e sim o efeito, o resultado
Criança comprando doce
Louco pintando quadros (propriedade)
Louco encontra tesouro
Sentido estrito
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Fato Jurídico
Ato jurídico em sentido estrito
Fato Humano
Diferente de Negócio Jurídico ( declaração de vontade com objetivo de produzir efeitos jurídicos)
Domicílio(residência ânimo de ficar), perdão, reconhecimento de filiação, pescar.
Despedida
sem conteúdo negocial
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Fato Jurídico
Negócio Jurídico – fato jurídico consistente em a que o ordenamento jurídico atribui os efeitos designados como queridos respeitados os pressupostos da existência, validade e eficácia.
Testamento- negócio jurídico- não contrato- é a vontade que determina e não a lei
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Negócio Jurídico
3 Planos de existência do negócio Jurídico
Existência/validade/eficácia
Existência: requisitos mínimos formais
Validade: deve observar sua aptidão para produzir efeitos, perfeito ou não para o sistema que o concebeu
 eficácia: efeitos.
CC 104 - VALIDADE
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
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Negócio Jurídico
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
Pressupostos de validade
agente capaz (art.5º CC) e legitimado 
Interditado/incapaz/ assistência e representação/
objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
Forma adequada (livre ou prescrita ou não defesa em lei.) – forma prescrita - escritura pública (108cc) - testamento
Manifestação de vontade livre e de boa-fé
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Objeto :
Possível
Lícita
Determinável
Possível
Lícita: Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
Possível mas ilícito: Compra e venda de drogas, de máquina caça-níqueis, contrato de assassinato de relações sexuais, contrato de casamento em troca de pecúnia.
Determinado 
Determinável- a escolha cabe ao devedor.
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Negócio Jurídico
Boa-fé
CC.Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. 
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Negócio Jurídico
Manifestação de vontade
Neutralização da manifestação: violência, hipnose = inexistência do negócio jurídico
Manifestação válida:
Autonomia privada (liberdade negocial, não é irrestrita, deve obedecer o ordenamento)
A questão da boa-fé e da má-fé (p.ex.:indução à erro)
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
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Elementos acidentais (condição, termo, encargo ou modo)
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Termo
Evento futuro e certo
Data que marca início ou fim 
ou evento certo de início ou fim 
Certo constatável pelas partes
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CONDIÇÃO
Evento futuro e incerto
que marca início ou fim
Condição suspensiva– impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto (ex.: lhe darei carro quando passar oab/ artigo 49 CDC-O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias ).
Condição resolutiva– é a que extingue, resolve o direito transmitido pelo negócio, ocorrido o evento futuro e incerto, ( casa doada –eventual casamento com fulano terá o caráter de condição resolutiva)
Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor.
Condição é a cláusula - subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto (art. 121 – CC).
O contrato já existe só faltam os efeitos – gera direito
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Encargo ou Modo
é um gravame após ato em ato de liberalidade (generosidade) - prática de uma liberalidade subordinado a um ônus, como por exemplo, uma doação modal ou também conhecida como onerosa. 
Doação mas obrigação de construir escolas em parte do terreno - uma liberalidade juntamente com o encargo (Parte onerosa da exigência). 
Salvo disposição contrária o direito sujeito ao encargo já é adquirido e pode ser exercido desde logo. 
O descumprimento do encargo pode gerar a revogação do negócio
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Defeitos dos negócios Jurídicos
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Negócio Jurídico
Defeitos dos negócios Jurídicos
Erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo, Simulação, fraude contra credores
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Negócio Jurídico
Erro
Essencial(substancial)
Escusável (homem médio – não ampara o negligente) 
No negócio(comodato por doação)
No objeto (compra de um animal e leva outro/ compra anel pensando ser de ouro e não é)
Na pessoa (doar a alguém que havia feito uma boa ação quando o agente era outro/casamento)
Difere de vício redibitório – vício oculto
Ação redibitória(desfazer)
Ação “quanti minoris” (abatimento)
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Negócio Jurídico
CC.Art. 1557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
IV - a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado.
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Negócio Jurídico
Dolo
Erro provocado pelo terceiro
o agente é induzido a concluir o ato por uma artimanha de outrem. - dolo é o artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um ato jurídico que o prejudica, aproveitando ao autor do dolo ou a terceiro
 o fato de que deve ser ele a causa determinante da realização do ato. Isto é, se não fosse o dolo, o ato não se realizaria 
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Negócio Jurídico
Dolo
dolus bonus - o agente apenas anuncia
de forma exagerada as qualidades do objeto ou as vantagens do negócio, - por não haver real vontade de prejudicar, o dolus bonus não vicia o ato
 dolus malus - a vontade de prejudicar está presente, como acontece com o comerciante que imputa a determinado produto qualidades falsas, enganando o consumidor, prejudicando-o, a fim de enriquecer
 
 
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Negócio Jurídico
Coação
 violência (que pode ser física - como uma arma apontada - ou moral, como chantagem) 
 empregada por uma parte, a fim de forçar a outra à consecução do ato jurídico.
 violência ou temor, que infringe a liberdade de decisão do coagido. - A coação - resistível ou irresistível. 
 resistível - a violência for de forma a que qualquer pessoa, medianamente dotada, possa defender-se, não realizando o ato;
 irresistível - a violência for tal que nenhuma pessoa normal poderia não praticar o ato, ela será irresistível. Apenas a coação irresistível vicia o negócio.
 
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Negócio Jurídico
Simulação
 declaração enganosa da vontade, visando a produzir efeito diverso do ostensivamente declarado. 
"É geralmente um ato bilateral em que duas pessoas fingem fazer um negócio, para enganar um terceiro ou burlar a lei; portanto, a simulação não será defeito do ato jurídico se não houver prejuízo a terceiros ou violação da lei".
 Lide simulada (ação falsa com empregado ciente - resgate de bem- acordo não pago - penhora de bem-prioridade dívida trabalhista- prejuízo de outros credores) 
 faz-se um contrato de compra e venda por preço inferior ao real, para recolher menos impostos; 
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Negócio Jurídico
Fraude contra credores
 todo artifício malicioso empregado para prejudicar a terceiros - manobra engenhosa efetuada com a finalidade de prejudicar credores. 
falido que, a fim de enganar seus credores e sair ileso finge alienar seus bens, com data anterior à da falência 
Os atos viciados por fraude contra credores podem anulados através de uma ação chamada ação revocatória ou pauliana.
fraude a título oneroso - somente vicia o ato, tornando-o anulável, se o adquirente sabia da insolvência (insolvência notória ou conhecida deste) - se ficar provada que o adquirente agiu de boa-fé – ato não será anulado
 
 
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Negócio Jurídico
Lesão
 A lesão ocorre quando, entre as prestações das partes, existir desproporção absurda entre a obrigação contraída e a vantagem obtida,
 A lesão da nova lei civil não exige o dolo de aproveitamento, mas exige o estado de necessidade de um dos contratantes. – necessidade econômica
comerciante prestes a falir ou da pessoa que precisa de dinheiro com urgência para pagar o resgate de um seqüestro. 
É analisada a situação do lesado, mas não o dolo da outra parte. 
 
 
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Negócio Jurídico
Estado de perigo
 O estado de perigo prevê um perigo de vida, de um dos contratantes ou pessoa da sua família que, premido pela necessidade de salvar-se, assume obrigação excessivamente onerosa (art. 156)
 perigo imediato - iminência de dano moral ou físico
pessoa, que sofreu um naufrágio, pela necessidade de salvar-se, paga um valor altíssimo, exigido por um barco que passava pelo local
a vítima que assume obrigações, seja no sentido de propor o negócio abusivo, seja no sentido de aceitá-Io para se socorrer.
 
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Invalidade dos Negócios Jurídico
Ato ilegal, ilícito e nulo 
 Ato ilícito – é um ato ilegal que causa prejuízo- além de ferir um princípio ou preceito legal, produz um resultado que lesiona o patrimônio material ou moral da pessoa, física ou jurídica, atingida pelos seus efeitos. - binômio direito violado e patrimônio lesado
 
Ato ilegal -ato que agride um princípio ou preceito legal, mas nem sempre causa lesão ao patrimônio moral ou material - ato ilegal é em regra ato nulo ou anulável - possível a cumulação de pretensões de invalidação com ressarcimento ou reparação. 
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Invalidade dos Negócios Jurídico
Nulidade
 Nulidade (grau de rejeição ou intolerância total).
Anulabilidade (grau de rejeição ou intolerância parcial). 
Nulidade é o reconhecimento da existência de um vício que impede um ato ou negócio jurídico de ter existência legal, ou produzir efeitos
Nulidade (nulo ) e Anulabilidade (anulável)
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Invalidade dos Negócios Jurídico
Nulidade Absoluta (nulo)
 São nulos - negócios que por vício grave não tenham eficácia jurídica. Não permitem ratificação - Com a declaração da nulidade absoluta o negócio não produz qualquer efeito por ofender gravemente princípios de ordem pública. - artigo 166 do CC, o negócio jurídico é nulo
-celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
-objeto for ilícito, impossível, indeterminado ou indeterminável; 
-Não revestir a forma prescrita em lei ou a forma for defesa(proibida) ou não obedecer a forma prescrita em lei;
tiverem como objetivo fraudar a lei
simulação ou coação absoluta.
 EFEITOS EX TUNC (RETROATIVO)
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Invalidade dos Negócios Jurídico
Anulabilidade (anulável)
 Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.

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