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* DIREITO CIVIL Prof. Wiverson de Oliveira * DOS BENS Pessoas( naturais e jurídicas) – sujeitos de direito Bens -Objeto das relações jurídicas entre os sujeitos Fatos jurídicos - forma de criar, modificar e extingir direitos Bens -Objeto das relações jurídicas entre os sujeitos Valores materiais ou imateriais que servem de objeto a uma relação jurídica. * DOS BENS Bem Bens Corpóreos e Incorpóreos. Bens incorpóreos são os que não têm existência tangível e são relativos aos direitos que as pessoas físicas ou jurídicas têm sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou com outra pessoa, apresentando valor econômico, tais como os direitos reais, obrigacionais e autorais . Ex: Marca, patente * Classificação dos BENS 1.Bens considerados em si mesmos (móveis e imóveis; fungíveis e infungíveis; consumíveis e inconsumíveis; divisíveis e indivisíveis; singulares e coletivos); 2. Bens reciprocamente considerados (principais e acessórios) 3. Bens conforme a natureza das pessoas de seus titulares (públicos e privados) * Classificação dos BENS DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS BEM IMÓVEL - Espécies: Bem imóvel por sua natureza / Bem imóvel por acessão / Bem imóvel por força da lei Bem imóvel por sua natureza – é o solo/terreno e tudo o que estiver abaixo e acima deste - sem intervenção humana - árvore nascida naturalmente e seus frutos pendentes – árvore plantada não pois é acessão artificial - se o fruto cair é móvel Bem imóvel por acessão – acessão significa adição, soma. Ela pode ser ou porque a natureza o fez ou porque o homem acresceu. Bem imóvel por acessão física artificial – tudo que é intervenção humana – plantações e construções Bem imóvel por acessão física intelectual – pertenças – utilizados para utilização do bem imóvel – móveis guarnecem o lar – ex:lei 8009/90 Bem imóvel por acessão física natural – se incorpora ao bem imóvel por natureza, não pela intervenção humana. Ex: aluvião, avulsão,etc... * Da Aluvião Art. 1250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. Da Avulsão Art. 1251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado. * Classificação dos BENS DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS BEM IMÓVEL E BEM MÓVEL BEM IMÓVEL: 3) Bem imóvel por força da lei - direitos subjetivos lei concede o status jurídico de bem imóvel - Herança até o momento da partilha – o direito à sucessão aberta- daí a vênia conjugal - Direitos reais sobre bens imóveis e as ações que os asseguram: Ex: usufruto, habitação – para transferir é igual á um imóvel – Vênia conjugal * Classificação dos BENS DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS BEM IMÓVEL: art. 81 do CC: Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Obs: A lei disciplina como bens imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. (Ex: uma porta retirada para reforma para nele se reempregar) . * Classificação dos BENS DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS BEM MÓVEL: BENS MÓVEIS POR NATUREZA – são aqueles que podem ser movidos por força alheia sem alteração de sua substância (mesa, cadeira, automóvel, motocicleta, bicicleta) BENS SEMOVENTES – se incluem como móveis por natureza (aquele que anda ou se move por si) – são suscetíveis de movimento próprio (ex: animais em geral) 2) BENS MÓVEIS POR ANTECIPAÇÃO - eram imóveis mas foram mobilizados por sua destinação econômica - fruta colhida – consumo – extração madeira * Classificação dos BENS DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS BEM MÓVEL: 3) BENS MÓVEIS POR FORÇA DA LEI - a lei os classifica dessa forma) – Energia elétrica - os direitos autorais, a propriedade industrial Direito real sobre bem móvel (Ex: direito real de uso sobre um veículo) Direitos pessoais de caráter patrimonial – um crédito- os que derivam dos contratos. Ex: locação, empréstimo . (Por conta disso, a cessão de crédito não depende de vênia conjugal) Navio e avião são bens móveis? São Móveis – tem matrícula mas são móveis – Mas para efeito de hipoteca (garantia), são considerados imóveis (por ficção, por serem bens de grande valor econômico), mas não deixam de ser bens móveis. – transmissão só por registro- segurança. * Classificação dos BENS DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS BEM - DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS (art.87 e 88 do CC): Divisíveis - são aqueles bens que podem se fracionar em porções distintas, mas cada qual sendo um todo perfeito.exemplo: terreno Indivisíveis - são os que não podem ser fracionados sem que se altere sua substancia. Há três categorias de bens indivisíveis: por sua natureza: carro, animal (vivo). por determinação legal: herança até a partilha por vontade das partes: condomínio (ver art.314) Obs.: vontade das partes – pode-se ajustar que determinado bem naturalmente divisível seja considerado indivisível para seus titulares. (Ex: Pai que doa grande fazenda para 2 filhos impondo sua indivisibilidade temporária). * Classificação dos BENS DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS BEM - FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS: Fungíveis: Podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Infungíveis: não podem ser substituídos. BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS (art.86): O critério é a destruição imediata que o uso acarreta nos consumíveis (ex: alimentos) e não acarreta nos inconsumíveis (ex: bens duráveis). * Classificação dos BENS DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS BEM - SINGULARES E COLETIVOS (arts. 89 e 91): Singulares são aqueles considerados individualmente e não em seu conjunto (Ex: livro, ovelha, carro). Coletivos compostos por várias coisas singulares, mas consideradas em seu conjunto. Ex: biblioteca, rebanho, herança, espólio, parte disponível... * Classificação dos BENS DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS PRINCIPAIS – são aqueles cuja existência independe de outro. ACESSÓRIOS – pressupõem a existência de outro bem para sua plena utilização. - princípio da gravitação jurídica: o acessório segue a sorte do bem principal Acessórios podem ser: Frutos – são os bens acessórios que se reproduzem periodicamente na coisa principal. Naturais: (safra, colheita) Civis: que decorrem da transferência da posse direta (aluguel, juros, rendas) Industriais: que advêm da intervenção humana (indústria) . Produtos – é o bem acessório que não se reproduz periodicamente. Ex: Carvão da mina, pedra da pedreira, petróleo do poço, metais preciosos. Benfeitorias – são obras que servem ao bem principal NECESSÁRIAS ÚTEIS e VOLUPTUÁRIAS Pertenças– CC, 93. São os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro * Classificação dos BENS DOS BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO TITULAR DO DOMÍNIO - QUANTO AO TITULAR BENS PARTICULARES – são aqueles que não pertencem às pessoas jurídicas de direito público. BENS PÚBLICOS – são os pertencentes às pessoas jurídicas de direito público : 1)uso comum do povo – são os bens destinados indiscriminadamente e livremente à população. Há lei especial que impede a cobrança pela utilização da praia. 2) Uso especial ou específico – são os bens públicos destinados à uma finalidade da administração. 3) Dominiais ou dominicais – acervo patrimonial do Estado, integram o domínio do Estado- possibilidade de alienação, mediante as formalidades do direito administrativo. Ex: ações de uma empresa pública, ações de uma sociedade de economia mista, dólares que o Banco Central compra e vende diariamente para ajustar o mercado. 4) Bens difusos: são os bens ambientais * DIREITO CIVIL Prof. Wiverson de Oliveira * Fato Jurídico Acontecimento natural ou humano que possua efeitos constitutivos (cria), modificativos ou extintivos de direitos e obrigações. * Fato Jurídico Fatos Naturais (da natureza) -Sentido estrito = sem o ser humano – Da natureza Fatos humanos Ato – conduta - Ação humana Lícito: todo ato jurídico será lícito (lícito privado- fazer tudo aquilo que não é proibido em lei / lícito público- fazer tudo aquilo que for permitido em lei) Ato jurídico / Ato-fato /Negócio jurídico Ato ilícito: não é ato jurídico – é antijurídico - atos ilícitos civil ou penal * Fato Jurídico DA NATUREZA EM SENTIDO ESTRITO Acontecimento natural Ordinário (nascimento, morte) Extraordinário (terremoto, enchente, aluvião, avulsão) * Da Aluvião Art. 1250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. Da Avulsão Art. 1251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado. * Fato Jurídico Fatos Humanos Lícitos Ato jurídico em sentido estrito – efeitos todos previstos em lei – a pessoa não escolhe- não há a autonomia da vontade ou não objetiva efeitos Negócio Jurídico – os efeitos também são escolhidos por ato voluntário - além da lei – existência – validade- efeitos (eficácia) Ato-Fato Jurídico * Fato Jurídico Ato- fato jurídico Fato Humano Ação humana Não importa o aspecto volitivo e sim o efeito, o resultado Criança comprando doce Louco pintando quadros (propriedade) Louco encontra tesouro Sentido estrito * Fato Jurídico Ato jurídico em sentido estrito Fato Humano Diferente de Negócio Jurídico ( declaração de vontade com objetivo de produzir efeitos jurídicos) Domicílio(residência ânimo de ficar), perdão, reconhecimento de filiação, pescar. Despedida sem conteúdo negocial * Fato Jurídico Negócio Jurídico – fato jurídico consistente em a que o ordenamento jurídico atribui os efeitos designados como queridos respeitados os pressupostos da existência, validade e eficácia. Testamento- negócio jurídico- não contrato- é a vontade que determina e não a lei * Negócio Jurídico 3 Planos de existência do negócio Jurídico Existência/validade/eficácia Existência: requisitos mínimos formais Validade: deve observar sua aptidão para produzir efeitos, perfeito ou não para o sistema que o concebeu eficácia: efeitos. CC 104 - VALIDADE I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. * Negócio Jurídico ELEMENTOS CONSTITUTIVOS Pressupostos de validade agente capaz (art.5º CC) e legitimado Interditado/incapaz/ assistência e representação/ objeto lícito, possível, determinado ou determinável; Forma adequada (livre ou prescrita ou não defesa em lei.) – forma prescrita - escritura pública (108cc) - testamento Manifestação de vontade livre e de boa-fé * Objeto : Possível Lícita Determinável Possível Lícita: Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; Possível mas ilícito: Compra e venda de drogas, de máquina caça-níqueis, contrato de assassinato de relações sexuais, contrato de casamento em troca de pecúnia. Determinado Determinável- a escolha cabe ao devedor. * Negócio Jurídico Boa-fé CC.Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. * Negócio Jurídico Manifestação de vontade Neutralização da manifestação: violência, hipnose = inexistência do negócio jurídico Manifestação válida: Autonomia privada (liberdade negocial, não é irrestrita, deve obedecer o ordenamento) A questão da boa-fé e da má-fé (p.ex.:indução à erro) Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. * Elementos acidentais (condição, termo, encargo ou modo) * Termo Evento futuro e certo Data que marca início ou fim ou evento certo de início ou fim Certo constatável pelas partes * CONDIÇÃO Evento futuro e incerto que marca início ou fim Condição suspensiva– impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto (ex.: lhe darei carro quando passar oab/ artigo 49 CDC-O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias ). Condição resolutiva– é a que extingue, resolve o direito transmitido pelo negócio, ocorrido o evento futuro e incerto, ( casa doada –eventual casamento com fulano terá o caráter de condição resolutiva) Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor. Condição é a cláusula - subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto (art. 121 – CC). O contrato já existe só faltam os efeitos – gera direito * Encargo ou Modo é um gravame após ato em ato de liberalidade (generosidade) - prática de uma liberalidade subordinado a um ônus, como por exemplo, uma doação modal ou também conhecida como onerosa. Doação mas obrigação de construir escolas em parte do terreno - uma liberalidade juntamente com o encargo (Parte onerosa da exigência). Salvo disposição contrária o direito sujeito ao encargo já é adquirido e pode ser exercido desde logo. O descumprimento do encargo pode gerar a revogação do negócio * Defeitos dos negócios Jurídicos * Negócio Jurídico Defeitos dos negócios Jurídicos Erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo, Simulação, fraude contra credores * Negócio Jurídico Erro Essencial(substancial) Escusável (homem médio – não ampara o negligente) No negócio(comodato por doação) No objeto (compra de um animal e leva outro/ compra anel pensando ser de ouro e não é) Na pessoa (doar a alguém que havia feito uma boa ação quando o agente era outro/casamento) Difere de vício redibitório – vício oculto Ação redibitória(desfazer) Ação “quanti minoris” (abatimento) * Negócio Jurídico CC.Art. 1557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal; III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; IV - a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado. * Negócio Jurídico Dolo Erro provocado pelo terceiro o agente é induzido a concluir o ato por uma artimanha de outrem. - dolo é o artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um ato jurídico que o prejudica, aproveitando ao autor do dolo ou a terceiro o fato de que deve ser ele a causa determinante da realização do ato. Isto é, se não fosse o dolo, o ato não se realizaria * Negócio Jurídico Dolo dolus bonus - o agente apenas anuncia de forma exagerada as qualidades do objeto ou as vantagens do negócio, - por não haver real vontade de prejudicar, o dolus bonus não vicia o ato dolus malus - a vontade de prejudicar está presente, como acontece com o comerciante que imputa a determinado produto qualidades falsas, enganando o consumidor, prejudicando-o, a fim de enriquecer * Negócio Jurídico Coação violência (que pode ser física - como uma arma apontada - ou moral, como chantagem) empregada por uma parte, a fim de forçar a outra à consecução do ato jurídico. violência ou temor, que infringe a liberdade de decisão do coagido. - A coação - resistível ou irresistível. resistível - a violência for de forma a que qualquer pessoa, medianamente dotada, possa defender-se, não realizando o ato; irresistível - a violência for tal que nenhuma pessoa normal poderia não praticar o ato, ela será irresistível. Apenas a coação irresistível vicia o negócio. * Negócio Jurídico Simulação declaração enganosa da vontade, visando a produzir efeito diverso do ostensivamente declarado. "É geralmente um ato bilateral em que duas pessoas fingem fazer um negócio, para enganar um terceiro ou burlar a lei; portanto, a simulação não será defeito do ato jurídico se não houver prejuízo a terceiros ou violação da lei". Lide simulada (ação falsa com empregado ciente - resgate de bem- acordo não pago - penhora de bem-prioridade dívida trabalhista- prejuízo de outros credores) faz-se um contrato de compra e venda por preço inferior ao real, para recolher menos impostos; * Negócio Jurídico Fraude contra credores todo artifício malicioso empregado para prejudicar a terceiros - manobra engenhosa efetuada com a finalidade de prejudicar credores. falido que, a fim de enganar seus credores e sair ileso finge alienar seus bens, com data anterior à da falência Os atos viciados por fraude contra credores podem anulados através de uma ação chamada ação revocatória ou pauliana. fraude a título oneroso - somente vicia o ato, tornando-o anulável, se o adquirente sabia da insolvência (insolvência notória ou conhecida deste) - se ficar provada que o adquirente agiu de boa-fé – ato não será anulado * Negócio Jurídico Lesão A lesão ocorre quando, entre as prestações das partes, existir desproporção absurda entre a obrigação contraída e a vantagem obtida, A lesão da nova lei civil não exige o dolo de aproveitamento, mas exige o estado de necessidade de um dos contratantes. – necessidade econômica comerciante prestes a falir ou da pessoa que precisa de dinheiro com urgência para pagar o resgate de um seqüestro. É analisada a situação do lesado, mas não o dolo da outra parte. * Negócio Jurídico Estado de perigo O estado de perigo prevê um perigo de vida, de um dos contratantes ou pessoa da sua família que, premido pela necessidade de salvar-se, assume obrigação excessivamente onerosa (art. 156) perigo imediato - iminência de dano moral ou físico pessoa, que sofreu um naufrágio, pela necessidade de salvar-se, paga um valor altíssimo, exigido por um barco que passava pelo local a vítima que assume obrigações, seja no sentido de propor o negócio abusivo, seja no sentido de aceitá-Io para se socorrer. * Invalidade dos Negócios Jurídico Ato ilegal, ilícito e nulo Ato ilícito – é um ato ilegal que causa prejuízo- além de ferir um princípio ou preceito legal, produz um resultado que lesiona o patrimônio material ou moral da pessoa, física ou jurídica, atingida pelos seus efeitos. - binômio direito violado e patrimônio lesado Ato ilegal -ato que agride um princípio ou preceito legal, mas nem sempre causa lesão ao patrimônio moral ou material - ato ilegal é em regra ato nulo ou anulável - possível a cumulação de pretensões de invalidação com ressarcimento ou reparação. * Invalidade dos Negócios Jurídico Nulidade Nulidade (grau de rejeição ou intolerância total). Anulabilidade (grau de rejeição ou intolerância parcial). Nulidade é o reconhecimento da existência de um vício que impede um ato ou negócio jurídico de ter existência legal, ou produzir efeitos Nulidade (nulo ) e Anulabilidade (anulável) * Invalidade dos Negócios Jurídico Nulidade Absoluta (nulo) São nulos - negócios que por vício grave não tenham eficácia jurídica. Não permitem ratificação - Com a declaração da nulidade absoluta o negócio não produz qualquer efeito por ofender gravemente princípios de ordem pública. - artigo 166 do CC, o negócio jurídico é nulo -celebrado por pessoa absolutamente incapaz; -objeto for ilícito, impossível, indeterminado ou indeterminável; -Não revestir a forma prescrita em lei ou a forma for defesa(proibida) ou não obedecer a forma prescrita em lei; tiverem como objetivo fraudar a lei simulação ou coação absoluta. EFEITOS EX TUNC (RETROATIVO) * Invalidade dos Negócios Jurídico Anulabilidade (anulável) Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
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