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Aula 3 Bovinocultura de corte

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Bovinocultura de Corte
Porque classificar os alimentos?
Numerosos 
Inúmeras propriedades, 
indispensáveis agrupar os semelhantes, visando a sua utilização em arraçoamento.
Várias classificações surgiram: 
quanto a origem dos alimentos; 
quanto ao preparo; 
quanto a complexidade; 
quanto à composição química; 
quanto a função no organismo e,
quanto ao uso: origem a classificação.
Nutrição
Ração e ração balanceada
Dieta: é tudo que o animal ingere em 24 horas, capaz de cobrir ou não suas necessidades, incluindo dieta hídrica.
 Ração: É a quantidade de total de alimento fornecido e consumido por um animal num período de 24 horas. 
Concentrado 
Volumoso 
Ração e ração balanceada
A ração sempre é balanceada?
Ração Balanceada: Mistura alimentar tecnicamente elaborada no sentido de fornecer a quantidade de nutrientes específicos a determinada espécie ou categoria animal.
Nutrição
Classificação segundo o NRC e AAFCO
A Associação Americana Oficial de Controle de Alimentos (AAFCO) e o Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA (NRC), desde 1963, adotaram classificar os alimentos segundo o critério em uso. Cada grupo corresponde a um código numérico de referência, colocado entre parênteses conforme segue.
Nutrição
Classificação 
Forragens secas e volumosas
Pastos e forragens verde
Ensilados
Alimentos energéticos ou basais
Suplementos proteicos
Suplemento mineral
Suplemento vitamínico
Aditivos não nutrientes.
Vitaminas
Minerais
Aditivos
Origem animal
e
vegetal
7
Alimentos volumosos:
O volumoso, é o ingrediente mais barato da ração total= uso maximizado.
alimentos de baixo teor energético = alto teor em fibra ou em água. 
Não é sinônimo de alimento rico em água e concentrado não significa alimento mais seco.
Leite – 87% de água – Concentrado
Feno – 12% de água - volumoso
Alimentos volumosos:
< 60% de NDT e > 18% de fibra,
Caroço de algodão: 22% de fibra e 92% de NDT 
Volumosos tropicais: alta fibra e baixa digestibilidade,
Lignina: composto amorfo, associada aos carboidratos fibrosos da parede celular dos vegetais, limitando, assim, a digestibilidade da celulose e hemicelulose
secos – fenos, palhas, sabugos, cascas, farinha de polpa e fenos;
aquosos – forragens verdes (pastos e capineiras), as silagens, as raízes e tubérculos e os frutos.
Alimentos concentrados
< 60% de NDT, <18% de fibra, e a um elevado teor de amido e gorduras. 
Subdividem-se em:
Energético e proteicos
Energéticos: alimentos concentrados que possuem menos de 20% de proteína. 
Propósito dos concentrados energéticos: 
elevar sua concentração energética,
possibilitar maior ingestão. 
Representada por carboidratos de fácil aproveitamento pelo animal (açúcares e amido) e por lipídeos. 
Baixa porcentagem de fibra, o que reflete baixa concentração de carboidratos estruturais 
aqueles de aproveitamento mais difícil ou lento pelos animais (celulose e hemicelulose).
Alimentos concentrados
Origem vegetal
constituída principalmente pelos grãos de cereais. 
Ex: milho, sorgo, trigo, aveia, centeio, cevada, etc.
Origem animal 
sebos, gorduras animal. 
Proteicos – alimentos concentrados com um mínimo de 20% de proteína  
custo elevado 
Fonte suplementar de proteína para suprir o déficit de outros alimentos concentrados e volumosos.
Origem vegetal – constituída pelas sementes ou resíduos industriais de oleaginosas. 
Ex: F. algodão, F. amendoim, F. soja, etc.
Proteicos 
Origem animal : constituídos de resíduos industriais de pescados, frigoríficos e abatedouros. 
Esses alimentos são usados quase que exclusivamente em rações para monogástricos e sua palatabilidade ou aceitabilidade por parte dos animais é um tanto variável, portanto, seus níveis de inclusão na dieta não devem ser altos. 
Ex: F. carne, F. de peixes, F. de sangue, etc.
Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB)
IN 15, 15 de julho 2001
Minerais
Constituem-se dos compostos minerais utilizados na alimentação. 
Ex: F. ossos, calcário, fosfato, sal comum, sulfato de cobre, etc.
Vitaminas
Engloba todas as vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis.
Aditivos
Os aditivos não nutrientes são classificados neste grupo. 
Ex: antibióticos, corantes, aromatizantes, hormonais, medicamentos, antioxidantes, probióticos, etc.
 Outros alimentos
Alimentos que não se classificam nos itens anteriores
Ex: aminoácidos, etc.
Alimentos volumosos:
base da alimentação dos herbívoros, 
Ruminantes: grande capacidade do aparelho digestivo permite a ingestão de grandes volumes de alimentos 
função da flora microbiana do rumem, capaz de desdobrar a celulose fornecendo energia. 
 Outros alimentos
A fibra: lado limita a energia dos alimentos dos monogástricos
 
Não possuem nos seus sucos digestivos enzimas capazes de hidrolisá-la: 
neste a fibra funciona apenas como auxiliar na formação do bolo fecal, permitindo seu trânsito pelo intestino.
Alimentos concentrados energético ou proteico, 
adaptam-se principalmente aos monogástricos,
 Outros alimentos
alimentos concentrados energético ou proteico, 
suplementos aos ruminantes para elevar o valor energético ou proteico dos alimentos volumosos.
alimentos se agrupam em categorias de propriedades químicas ou nutritivas similares, 
podem variar para diferentes amostras de um mesmo alimento.
Água: maior fonte de variação na expressão das características dos alimentos
Influências:
 Época
 Local
 Momento de amostragem
 Clima
 Condições de armazenamento e colheita
Matéria seca: somatório de toda matéria não aquosa de um alimento, digesta ou fezes.
Importância do conhecimento do teor de matéria seca:
Definição de condições de armazenamento
Definição de condições de manipulação
Avaliação comparativa e exata de alimentos
Nutriente
NUTRIÇÃO: É a utilização adequada dos principais nutrientes, por parte do organismo, para satisfação das necessidades nutricionais dos animais.
NUTRIENTES: É qualquer constituinte alimentar, ou um grupo de constituintes do alimento de composição química semelhante e que entra no metabolismo celular e concorre para promover a vida do organismo. 
Proteína, carboidratos, lipídios, vitaminas, minerais e água.
Nutriente
ALIMENTO : mistura complexa de nutrientes. 
+
Ingredientes: Componente de qualquer combinação ou mistura que constitui um alimento.
Cinzas, minerais ou matéria inorgânica: É um grupo fundamental de nutrientes.
Macronutrientes: são cálcio, fósforo, sódio, potássio, magnésio, enxofre e cloro.
Micronutrients: encontram-se neste grupo cobre, ferro, manganês, zinco, iodo, molibidênio e selênio.
Proteína: São nutrientes orgânicos nitrogenados presentes em todas as células vivas, essencial à vida do animal. Indispensável para o crescimento, reprodução e produção.
Funções das Proteínas:
Formação dos tecidos
Manutenção e Reparo
Fonte de energia
Secreção de glandulares
Anticorpos e Equilíbrio Ácido básico
Qualidade de proteína
Nutriente
Valor Proteico Bruto:
As proteínas de um alimento podem ser estimadas quimicamente a partir de seu conteúdo em nitrogênio. 
multiplicando-se por 6,25. 
Todas as proteínas contêm 16% de nitrogênio
Todo o nitrogênio contido no alimento está em forma proteica.
Nutriente
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Conhecimento do teor de aa (aminoácidos): Caro e laborioso.
Nitrogênio proteico x NNP,
Forragens conservadas: Silagem, feno...,
Nutriente
30
Carboidratos: São os nutrientes que fornecem energia e calor ao organismo, formados por carbono, hidrogênio, e oxigênio.
Compostos simples: açucares e o amido – maior valor alimentício, devido a fácil digestão,
Ex: milho, tanto grão como silagem; a batata doce; a cana ; a mandioca.
Complexos: celulose e a lignina – para os ruminantes é facilmente digerida (microrganismo do rúmen).
Nutriente
Função dos Carboidratos:
Fornece energia para todas as atividades físicas: andar mastigar, digerir, respirar
e outras.
Manter a temperatura corporal
Formar gordura corporal
Formar graxa e açucares do leite
Manutenção da vida do feto.
Nutriente
Gorduras: São substâncias insolúveis em água mas solúveis em éter, cloroformio, benzeno e outros solventes orgânicos chamados extratores.
Na análise bromatológica é denominado de Extrato Etéreo, constitui boa fonte de calor e energia.
Nutriente
Funções:
Fornecem 2,25 vezes + energia do que os carboidratos e proteínas,
Isolamento térmico(toucinho)
Fonte de AG essenciais (lonolênico, linoleico, aracdônio)
Precursor da vitaminas D2 e D3
Produz água metabólica
Auxilia na absorção de certas vitaminas
Nutriente
Importante:
Gorduras + 7%: - CMS e digestibilidade.
Os lipídios têm função energética, porém em menor proporção açucares solúveis e a celulose.
Gordura da digesta – 10 a 20% proveniente dos microrganismos (protozoários).
Nutriente
Fatores que determinam a escolha de um alimento
Qualidade geral,
Objetivo ou desempenho animal esperado,
Preço,
Disponibilidade,
Limite para utilização
Fenos
FENOS
Características de um bom feno tem:
cor esverdeada,
grande quantidade de folhas,
macio ao tato e
mais de 10% de proteína bruta
Recomendação: consumo máximo de 2,5 a 3% PV e de forma picada para evitar a seleção das folhas pelo animal - 1 kg de feno equivale de 3 kg de silagem
Volumoso in natura
Capim-elefante
Cultura perene
Alta capacidade de produção de biomassa/ha
Produção de 20 a 40 t de MS/ha
Entraves:
Alto FDN (74,74%MS Valadares Filho et al.,2002)
Necessidade de alta frequência de cortes,
Recomendação de CMS máximo: < 2% do PV.
Cana-de-açúcar
Elevada produção energética/ha
17,4 t de NDT (MS)/ha
Produção de 20 a 36 t de MS/ha
Período de melhor qualidade – “estiagem”
Entraves:
Reduzida ingestão de MS
Baixa digestão dos componentes fibrosos
Baixo conteúdo proteico (ureia + sulfato de amônia)
Palma forrageira
Alternativa importante para a região semiárida
Alta digestibilidade – 75%
Produção de 9 a 20 t de MS/há
Entraves:
 Baixo percentual de MS e FDN
Palma forrageira
participar em até 40 a 50% da matéria seca da dieta dos bovinos ,
deve ser fornecida misturada a outros alimentos; 
baixos teores de MS, 10 a 14%,
fibra em detergente neutro (FDN) 26 8%,
proteína bruta (PB), 4,0 a 5,3%, precisam ser considerados no momento da formulação de ração,
O NRC (1989): mínimo de 25% de FDN e 17% de FDA, 
fontes de fibra variam quanto a sua efetividade em estimular a ruminação.
Volumosos conservados
Silagem de Milho
Alto conteúdo energético (> 40% grãos)
Produção de 14 a 15 t de MS/há
Entraves:
Maior conhecimento tecnológico/agronômico
Disponibilidade de máquinas
Instalações e equipamentos para ensilagem
Maior recurso financeiro
Uso em rebanhos de alta produção (GMD > 1kg)
Silagem de Sorgo
Alto conteúdo energético
80 a 90% do valor nutritivo da silagem de milho
Produção de 15 a 18 t de MS/ha
pode aproveitar a rebrota
Entraves:
Maior conhecimento tecnológico/agronômico,
Disponibilidade de máquinas,
Instalações e equipamentos para ensilagem,
Maior recurso financeiro.
Concentrado
Milho
É o concentrado energético mais utilizado para nutrição animal em todo Brasil;
Excelente fonte energética por ser rico em amido;
Possui baixo teor de proteína e cálcio, moderado de fósforo, devendo ser combinado com farelos de oleaginosas para compor rações com adequado teor proteico.
Milho 
Recomendações para uso,
Praticamente, não tem limitação para uso,
Pode ser utilizado nas rações de todas categorias, com balanceamento dos nutrientes.
Ruminantes - grandes quantidades (acima de 5 kg/cab/dia) pode provocar acidose ruminal.
Quebrando os grãos de milho
Necessita ser moído para se obter
máxima digestibilidade
SORGO
Possui cerca de 85-90% do valor do milho;
Necessita ser moído para se obter máxima digestibilidade;
Maior teor de PB, mais variável em comparação com o milho (8-12%);
Baixo teor de Ca e moderado P.
Recomendações para uso
Utilizar em substituição ao milho quando o
preço estiver 80% do preço do milho.
Polpa cítrica
possui valor energético similar ao do milho e pode substituí-lo integralmente nas rações,
Deve ser utilizada quando apresentar preço de até 85% do milho.
Possui elevado teor de cálcio e baixo de fósforo e proteína.
Deve ser armazenado adequadamente, pois absorve umidade com facilidade, o que leva a proliferação de fungos e bolores prejudiciais aos animais.
Mandioca raiz
Bom valor energético, mas pobre em proteína e minerais.
Pode ser utilizada para compor a dieta em até 30% da dieta.
Deve ser fornecida picada, devendo os animais serem previamente adaptados ao seu consumo, iniciando com um terço da quantidade que se desejar fornecer e aumentar progressivamente até atingir o máximo em sete a dez dias.
Pode ser armazenada na forma seca: picar em pedaços pequenos ou em raspas e secar em terreiro; ou na forma de ensilagem, não necessitando de aditivos.
FARELO DE ARROZ
Apresenta 70% de NDT, 13-15% de PB na MS;
Rica em Ca e P, contém mais de 13% de EE, pode rancificar causando efeito negativo sobre o consumo e a destruição da vitamina E, vitamina A;
Usado p/ ruminantes até 20% ou 5% de EE na ração
Farelo de trigo
Possui teor proteico médio (16%) e maior teor de fibra que as demais fontes proteicas.
É excelente fonte de micro-elementos minerais, como selênio, zinco e outros.
Possui elevadíssimo teor de fósforo e desta maneira não deve ser utilizado em grande quantidade, máximo de 20-25% da ração concentrada
FARELO DE TRIGO
Seu teor de PB varia de 13-18%, 13-17% de FB e 71% de NDT na MS;
É uma boa fonte de P, Se e Fe, pobre em caroteno;
O teor de extrato etéreo (EE) é de 4,5% podendo rancificar-se e FDN 11%;
Para altos níveis de produção deve ser limitado devido o seu relativo elevado teor de FDN (20- 25% do concentrado).
Concentrados proteicos
Farelo de soja
É uma das melhores fontes proteicas utilizadas na alimentação de animais domésticos.
Possui 45 a 47% de proteína bruta.
Soja em grão
Apresenta elevado teor proteico e energético; 
elevado teor de óleo e presença de princípios não nutritivos tem seu consumo restrito.
Uso dependente do teor de EE na dieta.
Farelo de algodão
Fonte proteica de boa qualidade para ruminantes, utilizado para todas categoria, inclusive machos reprodutores, pois apresenta-se detoxificada.
No comércio pode ser encontrada com 28 ou 38% de proteína bruta.
Recomendações para uso
Comercialmente existem três tipos de farelo de algodão:
28% de PB na MS
38% de PB na MS
46% de PB na MS
Fornecer até 3kg/cab/dia
Caroço de algodão
Recomendações
As sementes de algodão são ricas em óleo (20% EE na MS).
Possui gossipol livre e deve-se evitar quantidades acima de 3kg/cab/dia, devido ao efeito laxativo,
Não é necessário triturar o caroço de algodão para fornecer aos animais.
Caroço de algodão peletizado.
Ureia
Níveis de ureia:
Até 33% da PB total da ração,
Quantidade de até 1% da MS total da ração ou até 3% no concentrado,
Não ultrapassar 0,5g/kg PV,
Animais com ganhos de peso de até 1kg/dia, alimentados com níveis moderados de concentrado, a ureia pode substituir totalmente os farelos proteicos.
Glúten
Farelo de canola
Farinha de sangue
Farelo de girassol
Farelo de dendê

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