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TÁTICA DEFENSIVA
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WILTON SANTANA
e-book
e-bookFUTSAL 
TÁTICA DEFENSIVA
»»
Apresentação
1. Métodos de treinamento tático
2. Objetivos táticos defensivos
3. Fundamentos táticos defensivos
Considerações finais
Referências
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
4. Regras de comportamento tático defensivo
Exercício 5
A tática retrata o comportamento inteligente 
do jogo (Santana, 2008). São os jogadores que 
agem taticamente, isto é, que têm de perceber, 
analisar e decidir o que fazer, quando fazer, 
aonde ir em cada situação de jogo, culminando 
com uma ação motora (Mahlo, 1997). Tática, 
portanto, tem a ver com a resolução de 
problemas.
Entretanto, esse comportamento tático é 
influenciado pelos treinadores que, com suas 
explicações e tipos de treinos, ajudam os 
jogadores a selecionar suas decisões, a dar 
importância “ao que realmente interessa” 
(Velasco; Lorente, 2003). 
Os treinadores educam o “olhar” dos 
j o g a d o r e s e , p o r e x t e n s ã o , a s u a 
intencionalidade. Essa experiência será decisiva 
quando aqueles se depararem com as diferentes 
situações de jogo a fim de decidir bem (Bayer, 
1994).
Logo, é iminente que os treinadores saibam 
“orientar e bem seus jogadores!”. Nessa direção, 
entendo que as ideais de Javier Lozano atendem 
esse apelo, em particular as expressadas no livro 
“Fútbol sala: experiencias tácticas (1995)”, no 
qual o treinador, entre outras coisas, descreveu 
conceitos para organizar defensivamente 
equipes de futsal.
Para quem não sabe, Lozano venceu os dois 
Mundiais conquistados pela Espanha: em 2000 
na Guatemala e em 2004 na China. 
Repercutirei suas ideias neste curso online, 
mas o farei de maneira crítica, ou seja, 
interpretando-a, adicionando minhas opiniões, 
contextualizando-a. 
A finalidade principal deste material é não 
perder de vista a utilidade prática dos conteúdos, 
contribuindo para que o treinador de futsal 
melhore sua atuação cotidiana. 
O texto segue a seguinte sequência de 
abordagem: (1) métodos de treinamento tático; 
(2) objetivos táticos defensivos; (3) fundamentos 
táticos defensivos que suportariam esses 
objetivos; (4) algumas regras de comportamento 
defensivo em situações reais de jogo. 
Boa leitura! Bom curso!
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
3
Wilton Santana
Diretor técnico da Pedagogia do Futsal
Acesse a biografia
São os jogadores que agem taticamente,
mas esse comportamento é influenciado
pelo treinador, portanto...
São os jogadores que agem taticamente,
mas esse comportamento é influenciado
pelo treinador, portanto...
Para Lozano, na prática, haveria três estilos de se treinar taticamente:
1. Decidir previamente alguns esquemas táticos e determinadas combinações e obter delas o maior 
rendimento durante a partida.
2. Partir de alguns fundamentos táticos básicos aprendidos e aprimorados e treinar as “tomadas de 
decisão” dos jogadores em função da situação de jogo que se apresente.
3. Mesclar os métodos anteriores, ou seja, partindo de uns movimentos ensaiados, criar situações nas 
quais entraria no jogo a capacidade decisória do jogador.
No seu entendimento, há vantagens e desvantagens em cada um desses métodos. Acompanhe-as.
APRESENTAÇÃO 1MÉTODOS DE TREINAMENTO TÁTICO
5
E n t e n d o n ã o h a v e r d i fi c u l d a d e n a 
compreensão dos dois primeiros estilos de 
treinamento: enquanto o primeiro centra seu foco 
na repetição de jogadas e leva os jogadores a 
repetirem o combinado, o segundo oferece 
situações semelhantes ao jogo real nas quais os 
jogadores exercitariam a tomada de decisão. 
Quanto ao terceiro estilo, que mescla os 
anteriores, Lozano exemplifica afirmando que 
“ensaiamos dois movimentos com outras duas 
variações (parte ensaiada) para propiciar 
situações de 1x1 na ala ou 2x2, tendo em conta 
que temos especialistas nessas situações (parte 
decisória)”.
Evidentemente que em ambos os estilos o 
treinador deverá orientar os jogadores. Como 
seria isso em ambos os métodos? Penso o 
seguinte:
No método “jogadas ensaiadas”, o treinador 
evidenciaria todas as informações que 
facilitariam o êxito nas respectivas situações 
táticas. Por exemplo: ir ao encontro da bola para 
chutar, aproximar-se nesse ou naquele 
momento, esperar o momento ideal de passar a 
bola, entrar nesse ou naquele lugar etc. Entraria 
ainda, a possível leitura de sinais relevantes: por 
exemplo, se a defesa se posicionar mais 
adiantada, então faremos isso; se a defesa se 
posicionar mais recuada, então faremos aquilo 
etc. No método “tomadas de decisão”, o treinador 
ajudaria os jogadores a perceber os sinais 
relevantes que facilitariam uma melhor decisão. 
Por exemplo, se em situação de contra-ataque o 
defensor se afastar (temporizar), então 
conduziríamos a bola sobre ele; se marcarmos 
na quadra ofensiva e o adversário conseguir 
passar a bola para a nossa quadra defensiva e o 
fundo não antecipar, então retornaríamos para 
marcar etc.
Oponho-me ao primeiro método de modo 
predominante. Não me parece uma ideia 
promissora preparar jogadores rígidos para um 
jogo flexível como o de futsal. Mas não duvidaria 
do seu alcance como complementar, por 
exemplo, para treinar estratégias de bola parada, 
como faltas, cantos e laterais ofensivos.
6
1
Alio-me à crença do segundo método. Ao 
levar jogos para o treino e encorajar os jogadores 
a decidir, o treinador certamente promoverá um 
modelo de jogo imprevisível, dado à incerteza. 
Mas é preciso entender o jogo como um todo e 
levar “jogos” que, de fato, conduzam os 
jogadores a um “jogar qualitativo”. Penso que 
somente treinadores de altíssimo nível de 
conhecimento saberiam fazer isso ao ponto de 
organizar taticamente a equipe para enfrentar os 
momentos do jogo.
Parece-me igualmente promissor o terceiro 
método (se o compreendi!), que previamente 
define alguns primeiros movimentos a fim de 
manipular o adversário e colocar os jogadores 
em situações favoráveis para decidir. Logo, 
compreendo que o treino partirá das situações de 
j o g o , q u e m a n t e r á o c o n t e x t o d e 
imprevisibilidade! É como se o treinador 
dissesse: “Esse será o nosso primeiro 
movimento; está é a minha primeira contribuição 
para enfrentar a situação. Daqui para frente, 
vocês precisarão ler a situação; exercitar a 
capacidade que têm de decidir e correr riscos, 
pois não sabemos como o adversário reagirá”. 
Isso não o exime de continuar a ajudar os 
jogadores, num processo constante de trocas e 
amadurecimento do modelo de jogo adotado, 
mas atesta algo que todos nós sabemos: a 
inteligência está fora e dentro da quadra. O jogo é 
estratégico-tático.
Por último, o treinador espanhol recorda que 
o estudo prévio das características dos seus 
jogadores permit i r ia definir o est i lo de 
treinamento tático mais adequado.
7
 (is) método (s) de treinamento tático você usa em sua equipe?Qual
 _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Na sua opinião, haveria um método de treinamento tático menos possível de ser aplicado 
por um jovem/inexperiente treinador? 
SIM ( ) NÃO ( ) Por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
APRESENTAÇÃO
EXERCÍCIO1
É como se o treinador dissesse:
‘Esse será o nosso primeiro
movimento; esta é minha
primeira contribuição para
enfrentar a situação.Daqui para frente, vocês
precisarão ler a situação, 
exercitar a capacidade que têm
de decidir e correr riscos,
pois não sabemos como
o adversário reagirá’.
8
APRESENTAÇÃO 2OBJETIVOS TÁTICOS DEFENSIVOS
Esses objetivos remontam ao que foi 
sugerido por Bayer (1994), que os chamou de 
“princípios táticos” e os elegeu como um guia 
para que os treinadores organizassem suas 
equipes. 
O interesse é perceber como Lozano interage 
com esses objetivos. Acompanhe.
Quanto se trata de “recuperar a bola”, ele 
entende que isso não deve ser feito “de modo 
precipitado, mas ordenadamente e com 
paciência”. Para ele, a precipitação, além de 
facilitar que o adversário marque gols, levaria à 
desorganização e à perda de confiança da 
própria equipe para marcar. 
Na prática, ele explica que há duas formas 
diferenciadas de se tentar a recuperação da bola: 
roubar a bola ou conseguir que o adversário a 
perca. No primeiro caso, joga-se para antecipar, 
desarmar, interceptar passes. No segundo, joga-
se para pressionar tanto quem tem a bola como 
quem quer recebê-la, induzindo o adversário ao 
erro, à precipitação. 
Para Lozano, há três objetivos táticos defensivos.
9
Concordo com o autor. São princípios de jogo 
distintos. Por um lado, “mete-se o pé na bola”. 
Por outro, “força-se o adversário a entregá-la; a 
precipitar o passe”.
Quando se trata de “impedir que o adversário 
progrida em seus objetivos”, Lozano explica que 
isso é alcançado quando se consegue eleger 
uma defesa que se adapte ao ataque, de modo 
que ela se converta no antídoto ideal para suas 
pretensões defensivas.
Por último, ao se referir ao objetivo “proteger 
as zonas de gol”, reporta que o treinador deveria 
proteger as zonas que oferecem mais perigo. 
Quais seriam? É relativo. Dependerá “do 
adversário que se enfrenta, dos jogadores que 
se têm na quadra ou das circunstâncias do jogo”. 
Ele, inclusive, cita um exemplo: a opção por uma 
marcação recuada que, em tese, libera o chute 
de média distância, é uma boa estratégia se a 
equipe provocar erros no adversário e se o 
goleiro garantir a defesa dos chutes. Isso 
provocaria contra-ataques. Entretanto, se, no 
mesmo jogo, o goleiro sai por lesão e tiver de 
entrar outro sem a mesma habilidade, se deveria 
avançar a linha defensiva. Logo, a zona a ser 
protegida é suscetível de variações.
Saliento a relação que Lozano estabelece 
entre aspectos tático-estratégicos e emocionais 
(psicológicos). Por mais de uma vez, ele 
associou defesa ao sentimento de confiança, à 
atitude de paciência. Não fica difícil de entender 
isso, afinal, para ele, a relação ataque-defesa é 
uma “luta para ver quem perde a paciência 
primeiro, dando lugar à precipitação e, 
consequentemente, à perda do equilíbrio 
posicional”. Quem perde a bola facilmente perde 
a confiança.
10
 duas entre as quatro principais equipes da Liga Futsal e responda:Escolha 
- Como elas se comportam para “recuperar a posse da bola”?
 _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Como você “protege as zonas que oferecem mais perigo de gol” para a sua equipe quando 
vocês enfrentam seu principal rival? Explique o que te levou a optar por agir desse modo. 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
APRESENTAÇÃO
EXERCÍCIO2
Os princípios tá�cos
servem como um guia
para que o treinador
organize sua equipe.
Os princípios tá�cos
servem como um guia
para que o treinador
organize sua equipe.
11
APRESENTAÇÃO 3FUNDAMENTOS DEFENSIVOS
Para sustentar os princípios defensivos do item 2 é preciso um conjunto 
de atitudes. A figura abaixo expressa todos os fundamentos que dão 
suporte aos objetivos táticos na opinião de Lozano. Dirigirei a atenção, 
primeiro, para os retornos, ajuda e cobertura e 2x1 e, posteriormente, 
abordarei as temporizações e permutas. 
Figura 1 – Fundamentos táticos defensivos que suportam os objetivos táticos
RETORNOS
AJUDA E 
COBERTURA
2x1 TEMPORIZAÇÕES PERMUTAS
Impedir que o adversário progridaImpedir que o adversário progrida
Proteger as zonas de golProteger as zonas de gol
Recuperar a bolaRecuperar a bola
12
Para Lozano, o retorno é a “ação mediante a qual 
os jogadores da nossa equipe retornam às posições 
estabelecidas, uma vez que a bola os tenha 
superado”. 
Preste atenção: se a bola vencer a linha dos 
defensores, ou seja, se ela for direcionada para o 
fundo e no centro, , inicia-se o como neste exemplo
retorno. Para o ex-treinador, isso deve ser feito “pelo 
caminho mais curto até posições nas quais se possa 
realizar a ajuda ao jogador que defende”.
Acontece que a bola pode ser passada para o 
fundo e na lateral, o que exigiria algumas atitudes: 
(1) do jogador que está no mesmo lado da bola a 
realizar 2x1; (2) de quem está do lado oposto a se 
posicionar como beque, a fim de realizar coberturas 
e (3) do jogador que está no centro a retornar a fim 
de fechar linhas de passe para o centro da quadra e 
vigiar a descida dos adversários nessa região, como 
neste exemplo.
Não deixe passar despercebido o conceito tático 
de que “o jogador do mesmo lado da bola deve fazer 
2x1”. Você pode ou não concordar com isso! Por 
exemplo, você poderia adicionar o seguinte: “o 
jogador do mesmo lado da bola deve fazer 2x1 se o 
seu atacante não descer para finalizar”, porque você 
não quer arriscar. 
Eu chamo a sua atenção com este exemplo a fim 
de que você entenda que é preciso refletir sobre o 
que se lê; ler criticamente.
Figura 2 – Retorno centrado
Figura 3 – Retorno lateral
3.1 RETORNO
13
Figura 5 – Ajuda
Os fundamentos de “ajuda e cobertura” 
consistem, segundo o espanhol, em “assistir ao 
companheiro que pode ser superado pelo 
adversário que controla a bola”.
Penso que, a rigor, a cobertura é uma ajuda. 
En t re tan to Lozano f az uma pequena 
diferenciação entre ambas com a qual concordo: 
a “se realiza sempre por trás do cobertura
companheiro que defende a bola”, como mostra 
a figura 4.
Portanto, a ajuda se manifestaria quando o 
jogador não procede daquela forma (cobertura), 
como neste exemplo. Então, se a ação for por 
trás, cobertura; se for pela frente, .ajuda
Figura 4 – Cobertura
3.2 AJUDA E COBERTURA
14
Figura 6 – No caso de o adversário que receber 
a bola virar de costas
Figura 7 – No caso de o adversário que receber 
a bola dominá-la mal (se a bola “espirrar”!)
Figura 8 – No caso de o adversário passar a 
alguém muito próximo, estando ambos 
apertados na marcação
3.3 2x1
15
O 2x1, segundo Lozano, deveria ser aplicado 
quando acontecesse uma destas situações 
expressadas nas figuras 6, 7 e 8.
Esse último exemplo (figura 8), é o que 
entendemos por dobra. Observe que o passe, de 
tão próximo, praticamente “lança” o defensor 
sobre o atacante.
Para cada um desses fundamentos táticos, Lozano faz algumas 
considerações táticas que julgo oportunas. Acompanhe-as no quadro 2.
2x1
Deve ser um movimento 
veloz, agressivo e 
sincronizado
Desestimula a criatividade
Ainda que não seja uma 
regra, deve ser realizado, 
preferencialmente, nas 
alas
Quanto mais longe da 
meta, menos risco no caso 
de falha
Tentar empregá-lo contra 
adversários menos 
técnicos
RETORNO
Deve ser veloz
O último homem, senão 
conseguir antecipar, não 
deve tentar desarmar e, 
sim, aguardar a ajuda
A equipe deve manter o 
equilíbrio defensivo ao 
retornar
O treinador deve apontar 
nos treinos os conceitos 
que deseja no retorno (por 
exemplo, não pode dobrar 
na ala; o pivô não 
ultrapassa a linha da bola 
etc.)
AJUDA E COBERTURA
Mais ou menos próximos, 
de acordo com as 
características do 
adversário (se é veloz, 
próximos; se é lento, nem 
tanto).
Quem defende a bola, 
deve incomodar o 
adversário
Quem faz a ajuda, além de 
tudo, deve tentar fechar 
linhas de passe
Quem faz a cobertura, fica 
de sair no caso de o seu 
colega ser superado, mas 
não pode perder de vista 
seu adversário direto
16
 , há um retorno de que tipo? Na quadra abaixo
( ) lateral ( ) centrado
- O que o seu pivô deveria fazer?
 _________________________________________________________________________
- O que o seu ala do mesmo lado da bola deveria fazer?
_________________________________________________________________________
- O que o seu ala oposto deveria fazer?
_________________________________________________________________________
APRESENTAÇÃO
EXERCÍCIO3
Figura 9 – Exercício 4
17
Dando sequência à descrição dos 
fundamentos defensivos, passo a abordar 
as temporizações e as permutas, que se 
constituem em outras atitudes que 
suportam os objetivos táticos de recuperar 
a bola, impedir que o adversário progrida e 
p ro tege r as zonas de go l , como 
con temp lado na . Vamos figu ra 1
compreendê-los. 
18
Para Lozano, a temporização é a “ação de 
re ta rdar e obs t ru i r o a taque adversár io 
(normalmente em superioridade ou igualdade 
numérica) com o objetivo de ganhar tempo para 
receber ajuda dos companheiros”. Disse tudo: quem 
temporiza, retarda; e retarda a fim de que quem faz o 
retorno defensivo possa chegar.
Visualize algumas dicas de Lozano de como o 
defensor deveria se comportar nessa situação. A 
primeira dica é representada pela e se figura 10
reporta ao comportamento defensivo quando o 
atacante vem pelo centro da quadra. Em sua 
opinião, o defensor deveria “ficar preparado para se 
deslocar para qualquer lado aonde pudesse ir a 
bola”; e o goleiro deveria “estar preparado para sair 
rapidamente”.
Figura 10 – Temporizar quando o atacante vem 
pelo centro
A segunda dica serve para quando o atacante 
vem pela lateral. Nesse caso, Lozano explica que o 
posicionamento defensivo deve garantir que “a 
única saída do adversário com bola seja pela lateral, 
pois chutes dessa zona são menos perigosos do 
que os desferidos pelo centro”.
Há outra dica relevante para quem faz a 
temporização ou flutuação: “realizar fintas de entrar 
na bola”. Isso teria o objetivo de “tentar deixar o 
adversário em dúvida, antes que este nos deixasse”
3.4 TEMPORIZAÇÕES
Figura 11 – Temporizar quando o atacante vem 
pela lateral
19
Por sua vez, a acontece quando o permuta
jogador “que foi driblado, ocupa a posição do 
colega que saiu para fazer a cobertura”. Trata-se, 
portanto, de uma sobreposição de cobertura 
(cobertura da cobertura). Veja o exemplo da 
figura 12.
Figura 12 – Permuta (sobreposição de 
cobertura)
3.5 PERMUTAS
20
1
Lozano dá uma dica muito interessante que serve para todos os fundamentos táticos defensivos 
abordados: segundo ele, “quando o adversário de posse de bola nos encara, teríamos de ter uma visão 
clara da posição dos nossos companheiros e rivais, para saber o que fazer imediatamente depois de 
sermos superados”.
Ou seja, o que facilitaria a decisão, seria perceber e analisar o entorno (o que está em volta)! Isso me 
leva à máxima de que “o jogador inteligente age”. Isso implica em antecipar mentalmente a situação a fim 
de escapar da manipulação do adversário. Por outro lado, “o jogador mediano reage”. Por isso, é 
facilmente manipulado.
Para sustentar os princípios 
é preciso um conjunto de atitudes!
Para sustentar os princípios 
é preciso um conjunto de atitudes!
A defesa da quadra abaixo defende 2x3 e recebe o ataque pelo centro da quadra. 
Circule na quadra os defensores que temporizam e os defensores que fazem o retorno 
defensivo.
APRESENTAÇÃO
EXERCÍCIO4
Figura 13 – Exercício 5
22
Repercutirei neste item ideias daquilo que 
Javier Lozano chamou de “conhecimento de 
situações reais”. Para o treinador, “quanto mais 
situações defensivas reais se conheça, mais 
possibilidade de êxito se terá quando aquelas se 
apresentarem no jogo”.
De minha parte, chamarei esse ensinamento 
de “regras defensivas de ação”, isto é, regras de 
comportamento defensivo. Neste sentido, diria 
que ao estabelecer e treinar essas regras (o que 
fazer e como agir) para distintas situações reais 
de jogo, o treinador agregaria duas vantagens 
competitivas para a sua equipe:
1ª - Seus jogadores criarão um conjunto de 
hábitos ao qual recorrerão em situação real para 
resolver os problemas do jogo, diminuindo, por 
consequência, o pouco tempo que têm para 
encontrar soluções;
2ª - Seus jogadores enfrentarão os 
problemas sob a mesma ótica, ou seja, pensarão 
do mesmo modo, o que tenderá a gerar 
consistência defensiva.
Para facilitar o entendimento de suas ideias, 
acrescentarei o binômio “se/então”.
O autor menciona nove situações táticas 
defensivas e o que os jogadores deveriam fazer 
ao enfrentá-las. Acompanhe.
APRESENTAÇÃO 4REGRAS DE COMPORTAMENTO TÁTICO DEFENSIVO
23
1ª regra de ação: no 1x1, Lozano defende 
que se a bola estiver sob o controle do 
adversário, não se deve dar “o bote”, isto é, tentar 
desarmar. Defende que se deveria manter meio 
metro de distância do oponente e pressioná-lo a 
fim de que o passe saia ruim e que o outro 
defensor consiga interceptá-lo.
Esse �po de regra de ação é diferente e antagônica à outra que se 
apregoa atualmente no Brasil de modo geral, isto é, que se deve no 
1x1 “meter o pé na bola”. Honestamente, me parece que ambas 
devem ser ensinadas, mas aplicadas em contextos situacionais 
dis�ntos. Por exemplo, quanto mais próximo do gol adversário, mais 
interessa pôr o pé na bola, pois se estaria próximo do gol e se poderia 
rapidamente contra-atacar; quanto mais próximo do nosso gol, menos 
isso seria exigido, logo interessaria mais marcar como sugerido pelo 
autor. Adicione-se a isso a necessidade de se evitar faltas próximas do 
gol que se defende que poderiam resultar do desarme que não deu 
certo. Por outro lado, se a equipe es�vesse “estourada” em faltas, 
tentar “meter o pé na bola” é arriscar-se demasiadamente 
independentemente do local da quadra.
Figura 14 – Se o adversário estiver com a bola 
controlada, então não há o desarme!
24
2ª regra de ação: quando o seu atacante 
direto passar a bola e se desmarcar, Lozano 
defende que o marcador deveria tocá-lo com as 
mãos a fim de se ter noção da sua situação e 
evitar empurrá-lo.
Sabemos que muito da informação visual dirige a percepção do 
jogador e, consequentemente, sua decisão. Entretanto, a dica é 
absolutamente per�nente, pois o toque (tato) colabora para que o 
jogador analise a situação (via aferente) e aumente sua 
possibilidade de tratar a informação, o que teria o potencial de 
facilitar a resposta motora (via eferente).
Figura 15 – Se o adversário passar e se 
desmarcar, então o toque com as mãos!
25
3ª regra de ação: quando dois jogadores 
defenderem três atacantes e a bola estiver 
controlada, não se deveria atacá-la; aguardar-
se-ia o retorno dos colegas. Por outro lado, se 
quem conduz a bola a deixar fugir do pé, pode-se 
tentarinterceptá-la. 
Em desvantagem numérica, convém temporizar e aguardar o 
retorno defensivo. Isso, sem dúvida me parece mais seguro e 
adequado. Se o defensor se precipitar, o atacante passa a bola e 
aumenta a vantagem posicional e/ou numérica. Eu acrescentaria 
apenas uma regra, sobretudo para treinadores de equipes de 
jovens: ensinar o defensor a olhar para quem conduz a bola a fim de 
perceber se o atacante abaixa a cabeça (olha para a bola). Isso pode 
ser um sinal relevante para atacá-la.
Figura 16 – Se estivermos 2x3, então não 
atacamos a bola! Apenas a atacamos se o 
adversário perder seu controle!
26
4ª regra de ação: se o defensor for o 
último e enfrentar dois atacantes, deveria então 
tentar fechar a linha de passe entre ambos e 
induzir quem tem a bola a conduzir pela ala. Se 
houver o passe, então o goleiro atua como um 
defensor.
Concordo com tudo. Adiciono um detalhe: se houver o passe e 
então o goleiro marcar/enfrentar o atacante, o defensor “morre 
abraçado” com o seu! Sem essa de este se voltar para ir ao encontro 
da bola e deixar o seu atacante livre para receber o passe de volta, 
inclusive, sem o goleiro no gol! .
Figura 17 – Se estivermos 1x2, então fechamos a 
linha de passe e induzimos quem tem a bola para 
a ala. Se houver o passe, o goleiro enfrentará o 
atacante.
27
5ª regra de ação: Lozano explica que 
quando a equipe adversária deixar quem tem a 
bola sem apoio, o comportamento deve ser 
pressioná-lo para tentar roubar a bola, para que 
ele faça um passa errado ou, simplesmente, para 
anular sua criatividade. Isso não deveria ser feito 
se quem tem a bola tem apoio, o que facilitaria a 
troca de passe e a vantagem numérica.
Perceba na figura 18 que o úl�mo homem da defesa toma a 
frente do atacante. Todos sobem ao mesmo tempo: quem 
pressionou o atacante sem apoio, os alas e o fixo.
Figura 18 – Se quem tem a bola estiver sem 
apoio, então nos lançamos a pressioná-lo!
28
6ª regra de ação: nas situações de 2x1 
(dobra), o jogador que marca pela ala deveria 
pressionar o atacante de posse de bola a fim de 
que ele se “encontrasse” com o defensor que se 
“lança” sobre ele. Na dobra, portanto, se o 
adversário tem a bola na ala, então não se pode 
marcar afastado!
É preciso lembrar que as dobras (2x1) são situações arriscadas e, 
como visto no item “Fundamentos tá�cos defensivos” deveriam ser 
realizadas na ala nas situações que o atacante se aproximasse tanto 
do seu colega que, ao lhe passar a bola, pra�camente “lançasse” o 
defensor sobre o mesmo. Percebo, no Brasil, cada vez menos esse 
�po de a�tude defensiva. 
Figura 19 – Na dobra, se o adversário tem a bola 
na ala, então não se pode marcar afastado!
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7ª regra de ação: para Lozano o goleiro, 
por ser o último e ver a todos seus colegas, tem a 
obr igação de or ien tar e cor r ig i r seus 
posicionamentos.
Figura 20 – Se o goleiro vê a todos, então precisa 
orientar e corrigir!
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8ª regra de ação: em virtude da época do 
futsal, Lozano defendia que se a equipe 
marcasse longe da própria meta, o goleiro 
deveria se posicionar de tal modo que, ao sair da 
área para fazer a falta, tocasse a bola o mais 
afastado possível a fim de amenizar o perigo da 
falta a ser cobrada. Evidentemente que isso, 
hoje, não tem validade. Entretanto, aproveito a 
dica para afirmar outra: se a equipe avançar a 
marcação para a quadra adversária, então o 
goleiro se adianta a fim de realizar cobertura de 
bolas passadas para o espaço!
Isso fica muito claro quando se quer pressionar a bola e o 
adversário concentra todos seus jogadores no seu campo. Há muito 
espaço nas costas. Portanto, há que se adiantar o goleiro. Acontece 
que o goleiro, se optar em sair, não pode ficar no “meio do 
caminho”. Se sair é para cortar o passe, tocar a bola. Caso contrário, 
é melhor ficar no gol e transferir para o atacante a responsabilidade 
de fazer o gol.
Figura 21 – Se a equipe avançar a marcação para 
a quadra adversária, então o goleiro se adianta a 
fim de realizar coberturas de bolas lançadas nas 
costas dos colegas!
31
9ª regra de ação: Lozano adverte que se 
o pivô receber a bola de costas para o gol, o 
defensor não deve “colar”, dando aquele o apoio 
para girar e ficar de frente para o goleiro. O 
defensor, nesse caso, deveria se afastar meio 
metro e lhe tocar com uma das mãos.
Penso que se o defensor não conseguiu antecipar o pivô e, 
portanto, a bola está sobre o seu controle, não há mais mo�vo para 
tentar tomá-la; o que se deve fazer primeiro é enxergar a bola! Por 
isso, a regra de não colar e de manter uma das mãos no atacante é 
acertada. Quem cola não sabe onde está a bola! Desse modo, 
afastado, o defensor poderá, inclusive, no caso de algum 
companheiro falhar no acompanhamento de seu atacante, ainda 
cobrir. 
Figura 22 – Se o pivô receber de costas, então o 
defensor não pode colar!
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Teste seu conhecimento, completando as frases:
1. Se o adversário estiver com a bola controlada, então _____________________________
2. Se o adversário passar e se desmarcar, então __________________________________
3. Se estivermos defendendo 2x3, então_________________________________________ 
Mas se o adversário perder o controle da bola, então _______________________________
4. Se estivermos defendendo 1x2, então_________________________________________ 
Mas se o adversário fizer o passe, então o goleiro _________________________________
5. Se quem tem a bola estiver sem apoio, então___________________________________
6. Na execução da dobra, se o adversário tem a bola na ala, então____________________
7. Se o goleiro vê a todos os jogadores, então____________________________________
8. Se a equipe avançar a marcação para a quadra adversária, então ___________________
9. Se o pivô receber a bola de costas, então______________________________________
APRESENTAÇÃO
EXERCÍCIO5
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Espero que o conteúdo deste e-book tenha suprido possíveis lacunas atuais de conhecimento tático 
defensivo, desde os estilos de treinamento tático, passando pelo estabelecimento de objetivos táticos 
defensivos, pelos fundamentos que os suportam, até as regras de comportamento em situações reais de 
jogo.
Lembre-se de que são os jogadores que agem taticamente, mas que são influenciados pela visão do 
treinador. Por conseguinte, carregue seus treinos com um bom conteúdo, com boas explicações, a fim de 
que seus jogadores possam resolver bem as distintas e aleatórias situações-problema de jogo.
APRESENTAÇÃOCONSIDERAÇÕES FINAIS
Wilton Santana
Diretor técnico da Pedagogia do Futsal
Wilton Santana
Diretor técnico da Pedagogia do Futsal
Wilton Santana
Diretor técnico da Pedagogia do Futsal
BAYER, C. O ensino dos desportos colectivos. 
Lisboa: Dinalivro, 1994.
LOZANO, J. Futbol Sala: experiências tácticas. 
Madrid: Real Federación Española de Fútbol, 1995.
MAHLO, F. O acto táctico no jogo. 2. ed. Lisboa: 
Compendium, 1997.
S A N TA N A , W. C . F u t s a l : a p o n t a m e n t o s 
pedagógicos na iniciação e na especialização. 2. 
Ed. Campinas: Autores Associados, 2008.
VELASCO, J.; LORENTE, J. Entrenamiento de 
base en fútbol sala: fundamentos teóricos e 
aplicaciones prácticas. Barcelona: Paidotribo, 2003.
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
REFERÊNCIAS
www.pedagogiadofutsal.com.br
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