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Relatorio 07 05

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“Lei”
Carla Beneli
 O surgimento das leis ocorreu, junto a necessidade do homem para viver em sociedade, que desde sua aparição ate hoje, veio se modificando e se adequando ao dinamismo da cultura e necessidade do homem. O código mais antigo, até hoje conhecido, é As leis de Eshnunna, do rei Bilalama que reinou entre os sumérios. Outro código que se tornou uma das normas de direito mais antigas que se conhece, é O Código de Hamurabi, criada por um rei babilônico, expondo leis e punições caso estas não sejam respeitadas. A ênfase é dada ao roubo, agricultura, criação de gado, danos à propriedade, direitos da mulher, direitos da criança, direito do escravo, assim como assassinato, morte e injúria. A punição ou pena é diferente para diferentes classes de ofensores e vítimas. As leis não toleram desculpas ou explicações para erros ou falhas: o código era exposto livremente à vista de todos, de modo que ninguém pudesse alegar ignorância da lei como desculpa. No entanto, poucas pessoas sabiam ler naquela época (com exceção dos escribas). No interior deste, possui a Lei do talião, que consiste na justa reciprocidade do crime e da pena. Esta lei é frequentemente simbolizada pela expressão “olho por olho, dente por dente”, como se vê retirado da obra abaixo:
“...§ 1 – Se um awilum (homem livre) acusou (outro) awilum e lançou sobre ele (suspeita de) morte, mas não pode comprovar: o seu acusador será morto...”
 Dando continuidade em relação as leis, podemos citar O Pentateuco ou Torá, que é o conjunto dos 5 primeiros livros da Bíblia hebraica, iniciando de Gênesis até Deuteronômio, onde este ultimo tinha como função se tornar a “primeira lei” para o marco de uma nova aliança, e que são palavras do personagem central do livro: Moisés. Estes livros não tinham como intenção serem legalistas, mas sim pregadores, se tornando um grande mosaico de inúmeras peças de tradições diversas. Nesta época a relação do homem e da mulher com relação as leis eram em alguns casos distintas, e em outros iguais, por exemplo: o homem poderia divorciar-se da esposa “por ter ele achado coisa indecente nela”, mas à esposa não lhe era permitido divorciar-se por razão alguma (Deuteronômio 24:1-4), já em contrapartida, encontramos: o homem e a mulher apanhados  no ato de adultério deviam ambos morrer apedrejados (Deuteronômio 22:22).
 Nestes vários conjuntos de leis, é necessário que se entenda a estrutura de uma lei, pois esta se inicia com um prólogo, a lei em si, e um epílogo. O prólogo se baseia em elogios, ou seja, o escriba glorificava o rei, exaltando seu senso de bondade e senso de justiça para com a sociedade, assim a população era convencida de que aquelas eram as leis divinas e que serviam para trazer justiça. No caso da lei em si, temos dois termos utilizados que se encaixam dentro dela, Prótase e Apódose, respectivamente, elementos que são o caso e solução da lei. E por fim o epílogo, que era o trecho final e das maldições, para amedrontar a população, amaldiçoando “em nome dos deuses” os indivíduos que não se submetessem as leis, forçando-os a obedece-las.
 Por fim, as leis surgem para que o homem consiga viver com ordem e paz na sociedade, situação que na época das leis citadas acima poderia mesmo ate ser seguidas e executadas, mas que nos diz de hoje, são poucos que seguem e em menor quantidade ainda suas execuções.
Bibliografia utilizada para elaboração de relatório:
BOUZON, Emanuel (tradução e comentários). As leis de Eshnunna. Petrópolis: Vozes, 1981.
BOUZON, Emanuel. O Código de Hamurabi. Petrópolis: Vozes, 1976.
BRENNER, Athalya. A mulher israelita: papel social e modelo literário na narrativa bíblica. São Paulo: Paulinas, 2001.
CRÜSEMANN, Frank. A Torá: teologia e historia social da lei no Antigo Testamento. Petrópolis: Vozes, 2002.
GARCÍA LÓPEZ, Félix. O Pentateuco. São Paulo: Ave-Maria, 2004.

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