Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Doenças Inflamatórias Pélvicas (DIP) Discentes: Dara M. Portaluppi e Kátia Jamile da silva DIP Inflamação da região pélvica, principalmente, devido à propagação de microrganismos (em 60% dos casos, um microrganismo sexualmente transmitido) a partir da vagina e do colo do útero para o endométrio, tuba uterina e estruturas adjacente; Afeta mais comumente mulheres jovens, entre 20 a 35 anos de idade, porém, também pode afetar homens (uretrite); As manifestações clínicas costumam surgir dentro de 2 a 4 dias (podendo, em raros casos, demorar até 30 dias). Etiologia Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida. A maioria dos casos ocorre em mulheres que têm outra IST, principalmente gonorreia e infecção por clamídia não tratadas; Entretanto, também pode ocorrer após algum procedimento médico local, como: inserção de Dispositivo Intra-Uterino (DIU), biópsia na parte interna do útero, curetagem, aborto, parto e histeroscopia. Curiosidades A DIP é uma infecção, geralmente aguda e polimicrobiana, com envolvimento de bactérias anaeróbias e facultativas; Também pode ser causada pelos microrganismos existentes na microbiota vaginal normal e por outros agentes; Todas as mulheres com DIP aguda devem ser testadas para gonorreia e clamídia e escaneadas para a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV); A prevalência da DIP é subestimada, pois mais de 60% dos casos são subclínicos; Dentre mulheres com infecções não tratadas por clamídia e/ou gonorreia, 10 a 40% desenvolvem DIP; Após um episódio de DIP, a prevalência de gravidez ectópica é de 15%, dor pélvica de 18% e infertilidade por obstrução tubária de 50%. Sintomas: Dor abdominal não aguda; Dor adnexal no exame vaginal; Região adnexal dolorosa ou inchada; Temperatura >38°C; Nenhuma evidência para outros diagnósticos (gravidez ectópica, apendicite aguda, torção de tumor adnexal ou mioma, ruptura ou hemorragia de corpo lúteo, infecção do trato urinário, dismenorreia, síndrome do intestino irritável); Leucorreia (corrimento vaginal); Ardência ao urinar ou disúria; Sangramento; Homens, quando afetados, costumam ser assintomáticos. Diagnóstico: anamnese Duração, curso e localização da dor; Febre; Disfunção miccional, defecação (alterada); Relação com o ciclo menstrual, perda de sangue intermenstrual; Possibilidade de gravidez; Recente inserção de DIU, curetagem ou o parto; Apendicectomia; DIP anterior ou endometriose na história; IST. Diagnóstico: exame físico A temperatura corpórea; A palpação do abdômen: dor à pressão, dor na descompressão súbita, defesa muscular e localização das dores; Exame especular: secreção purulenta do colo do útero; Exame de toque vaginal: dor à palpação do colo do útero, região adnexal dolorosa ou inchada. Diagnóstico: exames adicionais Exame de urina; VHS; Diagnóstico de PCR para testar infecção por clamídia e gonorreia, bem como a cultura para a gonorreia com determinação de resistência; Teste de gravidez, se a gravidez não pode ser excluída com certeza. tratamento Uso de absorvente interno não precisa ser desencorajado; Aconselhar a evitar qualquer atividade extenuante até que os sintomas reduzam claramente; Solicitar que a paciente meça temperatura diariamente; Remover DIU; Ofloxacino, metronidazol; Se existe um parceiro com corrimento purulento ou gonorreia comprovada o tratamento consiste em: cefotaxima, doxiciclina e metronidazol; Em casos mais graves é necessário hospitalizar o paciente para administração endovenosa de antibióticos, seguida por complementação oral. prevenção A prevenção é feita por meio do uso de preservativos durante a relação sexual. Referências BRASIL. Minnistério da Saúde. CONITEC. Doxiciclina para tratamento da Doença Inflamatória Pélvica. 2015. disponível em: <http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2015/Relatorio_Doxiciclina_DIP_final.pdf>. Acesso em: 14 de agosto de 2017. BRASIL. Minnistério da Saúde. Doença Inflamatória Pélvica (DIP). Disponível: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/doenca-inflamatoria-pelvica-dip>. Acesso em: 14 de agosto de 2017. Dekker JH, Dekker; et al. Doença inflamatória pélvica. SBMFC, 2005. Disponível em: <http://sbmfc.org.br/media/NHG%2050%20Doença%20inflamatória%20pélvica.pdf>. Acesso em: 14 de agosto de 2017.
Compartilhar