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AVALIACAO EXTERNA Superando os baixos Indices do IDEB. Elionice Lima e Raimunda Nonato

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AVALIAÇÃO EXTERNA: SUPERANDO OS BAIXOS ÍNDICES DO IDEB 
Elionice Lima Cardozo Castro � 
Raimunda Nonato Cardoso Batista�
Resumo:
O presente artigo científico relata os resultados de uma intervenção realizada na Escola Municipal Crispim Pereira Alencar sobre avaliação externa. A intervenção teve como objetivo elevar os baixos índices apresentado no resultado da prova Brasil nos últimos anos na referida escola, intervindo nessa realidade oferecendo instrumentos que pudessem contribuir para a aprendizagem significativa dos alunos de 2º ano, 5º ano e 9º ano do Ensino Fundamental, Para tanto utilizou-se o método de pesquisa ação que se configurou em aplicação de questionários para professores e alunos. Os resultados da pesquisa apontaram à necessidade de investimentos na formação dos professores e na preparação das turmas a serem avaliadas. Assim, o posicionamento dos participantes possibilita perceber os limites e as possibilidades para a gestão da escola pública existente no processo de avaliação da educação básica. È com esse propósito que a pesquisa se desenvolveu na intenção de melhorar os resultados das provas externas, contribuindo assim para a superação dos baixos índices de aprendizagem apresentados na Escola Crispim. 
Palavras chaves: Avaliação. Resultados. Aprendizagem. 
Abstract:
The present scientific article tells to the results of an intervention carried through in the Municipal School Crispim Pereira Alencar on external evaluation. The intervention had as objective in recent years to raise the low indices presented in the result of the Brazil test in the related school, intervened in this reality offering instruments that could contribute for the significant learning of the pupils of 2º year, 5º year and 9º year of Basic education, For in such a way the research method was used action that if configured in application of questionnaires for professors and pupils. The results of the research had pointed to the necessity of investments in the formation of the professors and the preparation of the groups to be evaluated. Thus, the positioning of the participants makes possible to perceive the limits and the possibilities for the management of the existing public school in the process of evaluation of the basic education. È with this intention that the research if developed in the intention to improve the results of the external tests, thus contributing for the overcoming of the low presented indices of learning in the Crispim School. 
Keywords: Evaluation. Results. Learning.
INTRODUÇÃO
O objetivo do presente estudo tem o intuito de compreender a avaliação da educação básica na perspectiva do Estado Avaliador como mecanismo que gera informações referentes às positividades e fragilidades de uma escola ou de um sistema educacional capaz de subsidiar a gestão. Todo trabalho é o resultado de uma pesquisa ação realizada na Escola Municipal Crispim Pereira Alencar com o objetivo de elevar o nível de aprendizagem dos alunos com baixo desempenho nas séries avaliadas pela Prova Brasil, em que os indicadores da mesma não foram satisfatórios e comprometeram os resultados do IDEB da escola nos últimos anos, e ao mesmo tempo também oferecer instrumentos que possam elevar a aprendizagem dos alunos de 2ºano, 5º ano e 9º ano nos resultados da prova Brasil. A pesquisa foi fundamentada nos seguintes autores: Feitosa, (2007), Freitas, (1995), Oliveira e Castro (2001) Vasconcelos (2002) e PCN/LP Vol.2 (2001) LDB, (1996) e Luckesi, (1995). 
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) criado pelo Inep em 2007, representa a iniciativa pioneira de reunir num só indicador dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Agregando o enfoque pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala do Inep a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. Calculado a partir dos dados de aprovação obtido no Censo Escolar e média de desempenho nas avaliações do INEP: o SAEB, para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil, para os municípios. 
	O método utilizado para a realização do trabalho foi pesquisa-ação de caráter investigativo e contribuiu para facilitar o trabalho de intervenção que foi realizado de forma que contemplou tanto os alunos como os professores através das ações como: palestras, reuniões e simulados nos parâmetros da prova Brasil, incentivo a leitura. 
	O instrumento de coleta de dados consistiu na aplicação de um questionário constando cinco questões abertas nas quais buscou-se junto aos professores, identificar os fatores que para eles favorecia ou dificultava a aplicação e a assimilação dos conteúdos trabalhados nas salas de aulas, tendo em vista a realização das provas externas, os principais problemas ou desafios enfrentados, bem como conhecer as formas pelas quais desenvolviam o seu trabalho na escola.
Junto aos alunos, buscou-se identificar as formas em que os professores desenvolvem seu trabalho na escola e se os conteúdos estão sendo significativos para a sua aprendizagem. 
 AVALIAÇÃO NA BUSCA DE RESULTADOS
Nas duas últimas décadas a avaliação tornou-se um tema em destaque no cenário da educação brasileira revelando-se um importante instrumento para a melhoria da qualidade da educação. Com isso, a avaliação tem o papel de orientar o aluno a tomar consciência de seus conhecimentos, terem posicionamento crítico e saber se está avançando na superação das dificuldades para continuar progredindo no processo de ensino aprendizagem.
Nesse contexto o ato de ensinar e de aprender está relacionado a realizações de mudanças e aquisições de conhecimento, tanto motores, cognitivos, quanto afetivos e sociais. Com base nesses preceitos, a avaliação, ou seja, o ato de avaliar consiste em verificar se os mesmos estão sendo realmente alcançados no nível exigido pelo professor servindo de suporte para que o aluno avance na aprendizagem e na construção do saber. Pois segundo Freitas (1995) “A avaliação não se restringe a instrumentos de medição, mas acaba sendo configurado como instrumento de controle disciplinar, de aferição de atitudes e valores dos alunos” (P.63).
O INEP Instituto Nacional de Educação e Pesquisa tem fornecido elementos para orientar as políticas na área educacional favorecendo a promoção de uma educação de qualidade para todos estimulando a busca de resultados efetivos na escola. 
	Hoje a educação de modo geral, principalmente nas escolas públicas tem uma grande preocupação com os resultados das avaliações externas dos educandos, e por esta razão nos últimos anos o Governo Federal tem destinado para as Secretarias de Educação, mais recursos tentando assim aproximar o máximo possível os resultados do IDEB com a média mundial.
	Em razão disso, esse tipo de avaliação externa como Prova Brasil que vem sendo aplicada nas escolas, veio acompanhada com um objetivo de assegurar um processo avaliativo mais transparente, uma vez que, esse instrumento oportuniza evidenciar a real aprendizagem dos alunos de 2º, 5º e 9º ano matriculados nas escolas públicas brasileiras, subsidiando, desta forma o olhar avaliativo em relação à aprendizagem, com o intuito de melhorar cada vez mais os resultados da educação no Brasil. Vasconcelos (2002) afirma que,
[...] alterar a realidade é um grande desafio, e uma transformação mais substancial que pode depender da acumulação de uma série de pequenas transformações na mesma direção. Tenta-se hoje uma mudança durante uma semana, se não funciona já não pratica mais. É preciso persistir, ter a impaciente paciência histórica para conseguir os resultados almejados. (2002, p.102)
	Uma política pública que trabalha com metas deve levar em consideração a situação social e econômica da sociedade para estipular resultados de acordo com a realidade e com as possibilidadesconcretas de enfrentamento dos problemas e superação das dificuldades. Assim, é importante que a avaliação dos índices de desenvolvimento seja feita com muita cautela, com um olhar crítico sobre a sociedade e com os fundamentos teóricos e práticos que auxiliem na formação completa do cidadão.
 O SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (SAEB) E A PROVA BRASIL
	
O IDEB representa a iniciativa pioneira reunindo num só indicador dois conceitos importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. É calculado a partir dos dados de aprovação escolar, no Censo Escolar e médias de desempenho nas avaliações do Inep, SAEB, e Prova Brasil,. Foi estabelecido como meta, para o Brasil 2022 o IDEB de 6,0, média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos. 
O IDEB amplia as possibilidades de mobilização da sociedade em favor da educação, uma vez que o índice é comparável nacionalmente e expressa em valores os resultados mais importantes da educação: aprendizagem e fluxo. A combinação de ambos tem também o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no SAEB ou Prova Brasil, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema. 
O SAEB avalia a aprendizagem e o que os alunos são capazes de construir, em diversos momentos de sua vida escolar, porém não considera as condições de vida social e econômica dos mesmos e das escolas nas quais estão inseridos. As avaliações externas realizadas pelo SAEB e Prova Brasil, parte dos conteúdos previstos pelos sistemas de ensino e das opiniões dos especialistas para elaborar suas provas, não observando as características e adversidades regionais, pois nem sempre os alunos se encontram no mesmo nível de aprendizagem, devido aos fatores externos como condições sociais e econômicas. 
O que ocorre quando a Avaliação torna-se padronizada nacionalmente e com caráter controlador é a desconsideração das especificidades enquanto aspectos: geográficos, sociais, econômicos estruturais e de formação dos profissionais da educação. Fatores que interferem no processo pedagógico e necessitam ser analisados e considerados no processo de avaliação das escolas de educação básica. 
Esses diversos fatores afetam diretamente o rendimento escolar gerando dificuldades no processo de ensino aprendizagem por parte dos alunos e conseqüentemente influenciando índices das provas externas aplicadas pelas secretarias de educação e pelo MEC. 
A Prova Brasil foi criada em 2005, a partir da necessidade de se tornar a avaliação mais detalhada, em complemento à avaliação já feita pelo SAEB. A Prova Brasil avalia todos os estudantes da rede pública urbana de ensino, de 2º 5º e 9º ano do Ensino Fundamental.
	Por essa razão a Secretaria de Educação preocupou-se em rever a aprendizagem dos alunos fazendo o controle de conhecimento dos mesmos, com aplicação de simulados da Prova Brasil, e verificando se o índice de aprendizagem está no nível esperado. 
Pois se sabe que esses baixos índices apresentados pelas as escolas têm sido motivos de preocupação tanto para os órgãos educacionais bem como para as mesmas, deixando os educadores apreensivos e sentindo se impotentes diante da situação. Segundo OLIVEIRA E CASTRO (2001),
A evidência de que somos um País de analfabetos e iletrados com uma pequena elite escolarizada é contundente. Os dados do SAEB, colhidos a partir de cinco avaliações ao longo da década de 90, revelam que a situação não está melhorando, e há fortes indícios de que esteja piorando, como sugerido pela avaliação realizada em 1999, [...], Esforços nessa direção, por louváveis que sejam [...], são relativamente caros, difíceis e de resultados muito modestos. (P.131)
		A avaliação não é para punir ou premiar e sim para permitir que o educando, pais, professores e dirigentes tomem decisões pertinentes e revejam as metodologias utilizadas em sala de aulas, verificando se essa realmente está contemplando as necessidades de aprendizagem do aluno em face dos resultados das avaliações aplicadas em cada etapa escolar. Pois como diz Luckesi 1995
 “A avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se articula com o projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino. A avaliação, tanto no geral quanto no caso especifica da aprendizagem, não possui uma finalidade em si; ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado previamente definido” (p.85).
		Em razão da proposta de avaliação externa do MEC (SAEB) ou das próprias secretarias de educação que também possuem políticas internas para cada etapa de escolarização, é que se faz necessário à aplicação de provas externas a cada dois anos para avaliar a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos nas escolas, bem como o nível de conhecimento dos mesmos, intervindo para que haja aprendizagem igual para todos. 
POLÍTICAS DE ESTADO NO MUNICÍPIO PARA SUPERAÇÃO DOS RESULTADOS DO IDEB
	O IDEB é uma política publica que trabalha com metas e que leva em consideração a analise dos determinantes históricos sociais e econômicos da sociedade para poder estipular resultados de acordo com a realidade e com as possibilidades concretas de enfrentamento de problemas e superação das dificuldades. Como diz Luckesi 1995
O ato de avaliar tem, basicamente, três passos: Conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de constatação da realidade. Comparar essa informação com aquilo que é considerado importante no processo educativo. (qualificação)-Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados. (p,148)
.
	E esse fato evidenciado em torno dos baixos índices apresentados nas capitais e municípios foi o que levou o governo federal a intervir nos sistemas de educação com aplicação de avaliação e disponibilização de recursos com o objetivo de amenizar esses problemas que tanto incomoda o governo, educadores, e sociedades de todo o Brasil. 
	O município de Palmas, na busca de amenizar essa problemática que é o processo de avaliação assumiu em sua política educacional, o compromisso com alguns programas que servem de suporte para o alcance das metas do IDEB como:
Sala de apoio à aprendizagem que funciona no contra turno, onde os professores reforçam os alunos com atividades de leitura, escrita e conhecimentos matemáticos;
Gestão democrática na escola e participativa nas tomadas de decisões;
Infra-estruturas nas escolas, reformas e ampliação, construções de quadras escolares, transporte escolar e alimentação que fica a cargo da Secretaria de Educação do município;
Recursos didáticos e pedagógicos: TV, laboratório de informática materiais didáticos e outros para enriquecer e dinamizar as aulas.
Valorização de professores com plano de carreira, gratificação por regência de classe e formação continuada;
Projetos: Mais Educação, Salas Integradas com oficinas variadas tudo voltada para levantar a auto-estima e melhorar o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldade em algumas disciplinas e não consegue acompanhar os conteúdos curriculares das instituições. 
Utilizou-se das informações e dos dados coletados pelo censo escolar, pelo Sistema Nacional de Avaliação (SAEB) e pela Prova Brasil e descobriu-se que os resultados apresentados pela Escola Crispim Pereira Alencar nos últimos anos não tem sido satisfatório, uma vez que os seus índices de desenvolvimento da Educação Básica – IDEB ficaram abaixo do previsto para o município.
Daí a importância de trabalhar na escola, metodologias que favoreçam um bom desempenho dos alunos nas avaliações externas, para que a Escola Crispim avance nos resultados das avaliações.
	A Prova Brasil, avalia os conhecimentos dos alunos nas disciplinasde língua portuguesa e matemática. Para que os mesmos possam ter sucesso é preciso que saibam ler e interpretar, pois como diz os Parâmetros Curriculares Nacionais 2001 (P.53) “A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção de significados do texto, a partir de seus objetivos e de seu conhecimento sobre o assunto [...] do sistema de escrita”.
	Devido à referida escola atender muitos alunos que lêem, mas não consegue interpretar o que ler, tornou-se difícil obter resultado positivo na realização das provas externas que exigem muita leitura e interpretação. Partindo desse pressuposto a escola precisa oferecer-lhes condições para dominar habilidades fundamentais, que permita o aluno o avanço não só nas disciplinas de português e matemática, mas também em qualquer área do conhecimento. Assim sendo os mesmos poderão ter um desenvolvimento pleno na sua aprendizagem. 
Neste contexto vê-se que a avaliação do aluno em suas diversas dimensões, não se esgota no mesmo. Seu objetivo principal é o de ajudá-lo a aprender. Para isso diversas medidas devem ser tomadas pela escola com base nos resultados das avaliações, pois a educação é um processo e, como tal, é uma atividade sujeita a uma contínua revisão, renovação, ajuste e aprimoramento. Devido os baixos índices de aprendizagem que a referida escola tem apresentado, a mesma foi contemplada com os projetos e programas oferecido pelo município ( Mais Educação, Salas Integradas, Reforma na escola, Gestão democrática e Plano de cargos e Salários), procurando melhorar a auto estima dos alunos que não tem conseguido nos últimos anos apresentar resultados positivos na aprendizagem. 
DIFICULDADES APRESENTADAS PELOS EDUCANDO E A AÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE INTERVENÇÃO
	Os processos de avaliação se efetivam mediante discussão das informações produzidas, a partir das quais decisões sejam tomadas e ações implementadas, com vistas à melhora das condições objetivas do trabalho pedagógico que viabilize a educação de qualidade para todos. 
	Diante das dificuldades encontradas na Escola Crispim com relação às avaliações externas, onde os alunos não obtiveram bons resultados, viu-se a necessidade de desenvolver ações para reverter esse quadro que hora apresenta acentuadamente. 
 Em virtude disso, foi realizada uma pesquisa empírica com a aplicação de questionário para alunos e professores de 2º, 5º e 9º ano do Ensino Fundamental que teve como objetivo descobrir os fatores, os quais contribuíram para que os alunos não obtivessem bons resultados nas provas externas aplicadas no decorrer desses anos, levando-os aos baixos índices no IDEB. 
Após a tabulação dos questionários e observações feitas na escola, constatou-se que na versão dos professores participantes da pesquisa o maior desafio é conseguir o envolvimento dos educandos na realização das atividades desenvolvidas, pois existem fatores tanto interno quanto externos que dificultam o trabalho do professor dentro da unidade escolar como: As condições socioeconômicas e a diversidade cultural da clientela atendida. 	
Na visão dos alunos, os mesmos disseram que as avaliações externas como: Prova Brasil e outras têm contribuído para a melhoria do seu aprendizado, porém, encontraram dificuldades na realização das mesmas devido às provas serem muito extensa e com alguns conteúdos os quais eles ainda não tinham o domínio necessário para a realização da mesma. 
	Constatou-se também que a escola pesquisada desenvolvia o seu trabalho de forma que estimulava o aluno a aprender com projetos de leitura, trabalhando também a elevação da autoestima dos alunos individualmente, e em grupo para que houvesse motivação para a aprendizagem, porém ainda não era o bastante, pois mesmo assim os mesmos ainda encontravam com o conhecimento muito abaixo do nível esperado para a série em que estavam matriculados.
Frente à realidade escolar fez-se necessário refletir junto ao conjunto de seus educadores questões fundamentais como: O que os alunos aprenderam e o que ainda não foi apropriado? Por que os alunos não aprenderam? Onde está o problema? Nos alunos, na escola, nas metas de aprendizagem da proposta escolar, ou nas políticas educacionais adotadas? Que ações precisam ser empreendidas pela gestão escolar e pelos professores de cada turma? O que está dando certo e o que deve ser mudado? 
Partindo das reflexões dos possíveis problemas no quadro atual da Unidade Escolar, é que foram desenvolvidas as seguintes ações:
 Com os professores foram feitos diversos estudos sobre a “Avaliação no processo de ensino e aprendizagem”, o que facilitou na utilização dos instrumentos de avaliação adequados para cada situação de aprendizagem, a sua finalidade e objetivo, e o que se deseja alcançar por meio dele. A função da avaliação é oferecer suporte para tomada de decisão, visando à melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem, por meio da analise das ações em desenvolvimento no âmbito escolar. Esta ação foi importantíssima e contribuiu muito para melhoria do trabalho dos professores em sala de aula.
Também foi trabalhado aulas de reforço escolar com os alunos que estavam abaixo da média. Como a escola não dispõe de um profissional exclusivo só para o reforço, o mesmo foi realizado na hora das aulas de educação física, pelos coordenadores pedagógicos, orientação e funcionários administrativos de acordo com a necessidade do aluno.
A reunião realizada com os pais dos alunos e foi de fundamental importância para o desenvolvimento dos mesmos, uma vez que discutiu-se com as famílias a situação escolar de seus filhos buscando parcerias e colaboração com as mesmas, no sentido de acompanhar as atividades, e enviar os filhos todos os dias para as aulas de reforço. Os pais que não compareceram, foi enviada uma carta informativa falando do que foi tratado na reunião a respeito da situação escolar dos seus filhos, pedindo que os mesmos comparecessem na escola para conversar com os professores, coordenação pedagógica e Orientação Educacional sobre o desenvolvimento escolar e as dificuldades que os mesmos estavam encontrando na realização das atividades. 
	Os resultados foram positivos, pois obteve-se adesão dos pais na difícil tarefa de elevar os índices de aproveitamento dos alunos.
 	As olimpíadas de matemática foram realizadas com os alunos de 6º ao 9º ano, os quais sentiram-se desafiados e motivados obtendo assim resultados animadores, com isso a escola incluiu este projeto no PDE, para que seja trabalhado também nos anos seguintes. 
A escola também resolveu desenvolver um trabalho diferenciado desde a Educação Infantil, bem como nas turmas de 1° ano do Ensino Fundamental, com projetos que atendam de fato a leitura e escrita, pois, acreditamos que quem ler fluentemente e interpreta, automaticamente alcançará os resultados esperados Pois como cita Vasconcelos (1994).
A avaliação deve ser um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática no sentido de captar seus avanços e possibilitar uma tomada de decisões, acompanhando a pessoa em seu processo de crescimento. (p.43).
	Ao aplicar simulados da Prova Brasil observou-se que os alunos ainda não estavam preparados para este tipo de avaliação, aja visto, o tempo gasto para responder a prova e o estado emocional alterado devido o tamanho da avaliação e ao saberem que estavam sendo avaliados externamente, causando assim muito nervosismo até mesmo naqueles que se sobressaia em avaliações internas feitas pelo professor. 
Refletindo sobre os resultados dos simulados descobriu-se também que a escola Crispim não estava aplicando os simulados nos parâmetros da Prova Brasil e por isso os mesmos estavam encontrando dificuldades para interpretar as avaliações. Diante da reflexão ficou decidido que na elaboração dos próximos simulados esse quesito seria observado. 
	Com referência aos resultados da pesquisa interventiva, tem-se ainda a considerar que a melhoria da qualidade do ensinoé um processo está intimamente associada à formação dos profissionais. Contudo, cabe ressaltar que na escola Crispim Pereira Alencar foi dado o primeiro passo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A pesquisa demonstrou que as ações deflagradas, com base nas informações advindas do processo de avaliação da educação básica, contribuíram para que a gestão da escola pudesse intervir com a utilização de novas estratégias de organização, planejamento e desenvolvimento do ensino.
	 Partindo deste pressuposto, o trabalho realizado na Escola Crispim no ato do projeto de intervenção procurou-se lançar luz no senso comum do dia-a-dia do professor, bem como de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, buscando assim um melhor nível de desenvolvimento dos alunos. 
	No entanto, sabemos que a prática constitui-se numa tarefa árdua, uma vez que nos deparamos com limitações de varias naturezas, além de enfrentarmos as dificuldades de caráter material, tal como falta de recursos e de equipamentos, também sofremos as restrições impostas pelo contexto social, que nem sempre é receptivo à mudança e à inovação. No entanto, os profissionais da escola, em especial os professores, puderam desencadear um trabalho mais arrojado com os alunos, de forma que houve uma melhoria na qualidade do ensino. 
	As intervenções realizadas na Escola Municipal Crispim Pereira Alencar, procuraram oferecer contribuições para a superação dos baixos índices de desenvolvimento dos alunos, observou-se que os alunos tiveram avanços significativos, pois melhorou as dificuldades de leitura, contudo o trabalho terá continuidade durante o ano de 2010, pois apesar dos esforços ainda se faz necessário à continuidade do trabalho para que os objetivos possam ser realmente alcançados e os alunos após uma nova avaliação externa consigam uma média mais elevada. Assim, fica o desafio de colocar o esforço pedagógico dos profissionais a serviço das metas educacionais, cujo propósito, tem a função de orientar e acompanhar o processo ensino aprendizagem.
	Nesse contexto, o espaço escolar converte-se num ambiente principal para a formação continuada dos professores, ao mesmo tempo em que subsidia os projetos desenvolvidos pela escola. Tem-se assim, como possibilidade de melhorar a qualidade da educação a análise das experiências desenvolvidas no cotidiano das escolas. Experiências essas que têm potencialidades para embasar decisões que articulem a gestão da escola, a gestão do sistema e a gestão das políticas educacionais.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Fundamental. Volume 2. Secretaria. Brasília, 2001.
FEITOSA, R. M. M. A Utilização dos Indicadores: Desenvolvimento da Educação (PDE). SP. Ação Educativa, 2007.
FREITAS, Luiz Carlos. Critica da Organização do Trabalho pedagógico e da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Saraiva, 1996.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. S.P: Cortez 1995.
Didática. 7ª Ed. Campinas – SP, Papirus Editora, 1995.
OLIVEIRA, J.B. A; E CASTRO Cláudio M. Relatório Tele curso. Rio de Janeiro Fundação Roberto Marinho Ano 2001.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Avaliação: Concepção Dialético-Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. S. P. Libertad. 1994.
� Coordenadora Pedagógica-Rede Municipal de Ensino – Graduada em Pedagogia- Instituto Luterano _ ULBRA ----2001
� 2001 ’Orientadora Educacional-Graduação em Normal Superior Fundação Universidade do Tocantins UNITINS. Em 2004 e Pos- Graduada em Pedagogia Escolar: Supervisão, Orientação, e Administração Em 2007.

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