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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPG IURY TEHIEDEMANNZUSE JONATHAN PENTEADO MARIA EUGÊNIA MEYER LEVY DETECTOR GEIGER – MULLER PONTA GROSSA – PR 02/02/2017 IURY TEHIEDEMANNZUSE JONATHAN PENTEADO MARIA EUGÊNIA MEYER LEVY DETECTOR GEIGER – MULLER Relatório referente aos experimentos realizados com Detector Geiger – Muller, como requisito para obtenção de nota parcial na disciplina de Laboratório de Física Moderna, do curso de Licenciatura em Física, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, ministrada pelo Prof. Dr. Luiz Américo Alves Pereira. PONTA GROSSA – PR 02/02/2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 5 3. PRÁTICAS .......................................................................................................................... 8 3.1 Determinar plateau e tensão ideal de operação do contador Geiger-Muller .... 8 3.2 Determinar a contagem total da Radiação de Fundo ......................................... 10 3.3 Determinar o tempo morto ...................................................................................... 12 3.4 Determinar a eficiência do tubo Geiger-Muller .................................................... 14 3.5 Determinar a atenuação de radiação pela absorção de raios gama................ 21 4. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 27 5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 30 1. INTRODUÇÃO A percepção da radiação, seja qualitativa ou quantitativa, só pode ser realizada com a ajuda de materiais ou instrumentos capazes de captar e registrar sua presença. A detecção é realizada pelo resultado produzido da interação da radiação com um meio sensível (detector). Os detectores são dispositivos sensíveis a radiação ionizante utilizada para determinar quantitativamente a radiação presente em determinado meio de interesse. O contador Geiger-Müller (usualmente chamado de contador Geiger ou contador G-M) é um dos tipos de detectores de radiação mais antigos que existe. A sequência de experimentos realizados em laboratório tem por objetivo: Determinar o plateau e a tensão ideal para a operação do contador Geiger-Muller; Determinar a contagem da Radiação de Fundo; Determinar o Tempo Morto; Determinar a eficiência do tubo Geiger-Muller; Determinar a atenuação de radiação pela absorção de raios gama. 2. DESENVOLVIMENTO A Radiação é a propagação de energia de um ponto a outro no espaço ou em um meio material, com certa velocidade, podendo ser obtida através da radioatividade. A radioatividade é a propriedade de determinados tipos de elementos químicos emitirem partículas subatômicas, ou ondas eletromagnéticas (que se caracterizam pela oscilação entre um campo elétrico e um campo magnético). A Radioatividade é um fenômeno que acontece natural ou artificialmente, proveniente de reações nucleares. O fenômeno de radioatividade foi observado pela primeira vez em 1896 quando o francês Henri Becquerel estudava os efeitos da luz solar sobre materiais fosforescentes. O primeiro caso de radioatividade artificial foi observado pelo casal Joliot-Curie durante a irradiação do alumínio com raios Alfa (α). No Sistema Internacional de Unidades – SI, a unidade para a radioatividade é denominada de Becquerel (Bq), dada por: 1𝐵𝑞 = 1 𝑑𝑝𝑠 = 60 𝑑𝑝𝑚 Onde: dps são o número de desintegrações realizadas a cada segundo. Outra unidade de medida da radioatividade é o Curie (Ci), é dada por: 1 𝐶𝑖 = 3.7𝑥1010 𝑑𝑝𝑠 = 2.2𝑥1012 𝑑𝑝𝑚 Tipos de Radiação: Radiação alfa (α) - Ou partícula alfa. Formada por núcleos de Hélio. Radiação beta (β) - São elétrons emitidos através do núcleo estável de um átomo. São muito mais penetrantes que as partículas Alfa. Radiação gama (γ) - É um tipo de radiação eletromagnética de alta frequência que pode ser produzida através da interação com a matéria, por meio de fótons altamente energéticos, por exemplo. Radiação X: É uma onda eletromagnética que tem comprimento de onda muito pequeno. Os raios x possuem as mesmas características dos raios gama, só diferindo em relação a formação. O contador Geiger-Mueller teve seu princípio imaginado por Johannes Hans Geiger (assistente de laboratório de Rutherford) em meados de 1913. Foi desenvolvido por Geiger e Walther Müller em 1928. Devido à sua simplicidade, baixo custo e facilidade de operação, esse detector continua a ser usado atualmente. Basicamente esses dispositivos consistem em um tubo de metal fechado em ambas as extremidades, uma das extremidades possui uma película fina (geralmente mica), que constitui a janela do detector. No interior do cilindro, coincidindo com o eixo, é colocado um fio metálico rígido, e o tubo é preenchido com uma mistura de um gás inerte a baixa pressão (em geral argônio) e um gás de congelamento, que pode ser vapor de um composto orgânico ou de halogênio, cuja função é inibir a ionização desenfreada do gás. Entre o fio central (ânodo) e o corpo cilíndrico (cátodo) é aplicada uma grande diferença de potencial. Quando uma radiação entra no detector, o gás é ionizado, provocando a formação de íons e elétrons livres. O elétron cedido pelo ânodo é atraído pelo cátodo e, quando se move de um polo para outro, colide com as partículas do gás devido a sua velocidade adquirida através um de campo elétrico intenso resultante da alta tensão aplicada, causando assim uma “avalanche de ionizações” no gás. Os pulsos produzidos não dependem da quantidade de pares de íons formados, porque um único par de íons provoca todo o processo descrito anteriormente. Tal processo descrito é coletado a partir de um sistema eletrônico conectada ao tubo. O efeito de ionização do gás dá ao tubo sua principal característica: ser capaz de produzir um impulso de saída significativo de um único evento ionizante, gerando assim um pulso elétrico que é registrado no circuito contador. Sabendo-se que a eficiência de um contador está relacionada com a sua capacidade de converter os pulsos recebidos em sinais de medição, é importante avaliar a eficiência do tubo contador Geiger-Muller para que se possam ter medidas confiáveis da radiação a que se está exposto. Os contadores possuem uma eletrônica simples e econômica. A eletrônica consiste na contagem dos impulsos gerados através da ionização do gás, para isso é necessário um amplificador de sinal e uma fonte de alta tensão estabilizada. A amplitude do impulso é independente da energia ou tipo da partícula detectada. Por isso estes detectores só permitem avaliar a intensidade do fluxo de radiação e não são capazes de distinguir diferentes radiações incidentes, entretanto, podem ser utilizados em qualquer tipo de radiação, desde que a mesma produza ionização. Qualquer radiação incidentena janela produz praticamente a mesma amplitude de pulso, uma vez que todos os impulsos gerados possuem a mesma amplitude. A posição relativa fonte-detector, o retroespalhamento de partículas por materiais existentes na proximidade do tubo e o tempo de meia vida da amostra também influenciam na eficiência do tubo. Figura 01: Contador Geiger – Muller Fonte: Autoria Própria Figura 02: Cilindro do contador Geiger – Muller Fonte: Autoria Própria 3. PRÁTICAS 3.1 Determinar plateau e tensão ideal de operação do contador Geiger- Muller Plateau, do Francês, é a classificação dada a uma forma de relevo constituída por uma superfície elevada, com cume mais ou menos nivelado. Neste momento, nos referimos ao Plateau como os pontos estabilizados no gráfico obtido. O material radioativo utilizado para determinar a tensão será o Césio 137, encapsulado em dezembro de 2006 (116 meses), radioatividade 5µ Curie (Ci). Procedimento Experimental a) Materiais utilizados Césio 137 – 30,07 anos meia vida = 360,84 meses. Contador Geiger-Muller. b) Procedimento Inicialmente ajustamos a contagem para o tempo de 30 segundos. A tensão inicial cedida ao contador foi de 100 volts, progredindo de 100 em 100 chegando em 1000 volts. Até o valor de 600 volts o contador não registrou nenhuma contagem, porém, quando chegou a 700 volts a contagem registrada foi de 19921. Fizemos uma nova contagem partindo da tensão de 720 volts, progredindo de 20 em 20 até chegarmos em 1020 volts. Conforme aumenta a tensão, a contagem também aumenta. Figura 03: Material radioativo Césio 137 Fonte: Autoria Própria Determinamos o plateau para 900 volts. Em seguida, fizemos dez medidas de contagem em relação a tensão do plateau. A média de contagens foi 22923. Calculamos o desvio padrão das dez medidas, encontramos o valor de 95,7. Resultados O primeiro gráfico refere-se aos valores de tensão 100 a 1000 volts, onde até 700 volts não foi registrada nenhuma contagem. O segundo gráfico refere-se aos valores de tensão 720 a 1020 volts. Podemos observar o plateau permeando os 900 volts. y = 21,201x R² = 0,6095 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 0 200 400 600 800 1000 1200 CONTAGEM X VOLTAGEM Tempo Voltagem Contagem Voltagem Contagem Plateau = área plana 900 VOLTS 100 0 720 18164 VOLTAGEM MEDIDA DESVIO PADRÃO D.P ² 200 0 740 18834 900 22918 4,9 24 300 0 760 19707 900 23100 -177,1 31364 400 0 780 20452 900 22921 1,9 4 500 0 800 21607 900 22907 15,9 253 600 0 820 21433 900 23007 -84,1 7073 700 19921 840 22029 900 22835 87,9 7726 800 22314 860 22307 900 22893 29,9 894 900 24078 880 22828 900 22722 200,9 40361 1000 28158 900 23278 900 22946 -23,1 534 920 23441 900 22980 -57,1 3260 940 23830 MÉDIA SOMA D.P² / 10 9149 960 24656 22923 DESVIO PADRÃO 95,7 980 24992 1000 27144 1020 32033 30 s CÉSIO 137 - 30.07 anos meia vida - Encapsuado em DEZEMBRO 2006 Tabela 01 - Determinação do plateau e a tensão ideal para a operação do contador Geiger-Muller. Discussão Podemos verificar por meio da análise dos dados presentes na tabela e de forma mais evidente observando o segundo gráfico onde se fazem presentes as tensões entre 720 V e 1020 V como função da contagem que o plateau está na região de menor inclinação, que como pode-se verificar está entre os 800 V até os 1000 V e de forma mais consistente na região em torno dos 900 V. A tensão ideal para o funcionamento do detector, também conhecida como região Geiger é portanto aproximadamente 900 V de modo que o tomamos como sendo assim. Também verificamos analisando os valores das contagens nas proximidades dos 900 V que a variação a cada 20 V se torna muito menor do que para outras voltagens de modo que a contagem passa a ser aproximadamente constante, embora não o seja também obviamente pelo tratamento estatístico que se dá a radiação emitida pela amostra considerada. 3.2 Determinar a contagem total da Radiação de Fundo O contador Geiger-Muller pode detectar a radiação proveniente de fontes radioativas, como por exemplo o Césio 137, Estrôncio 90, Cobalto 60, entre outros. Mas ainda que, sem nenhuma fonte radiativa colocada no contador, este detecta presença de radiação, é o que se conhece como radiação de fundo. A Radiação Cósmica de Fundo é uma forma de radiação eletromagnética. y = 32,493x - 5348 R² = 0,8433 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 0 200 400 600 800 1000 1200 CONTAGEM X VOLTAGEM Tal radiação possui um espectro térmico de radiação de corpo negro de 2,725 kelvins que preenche o universo. Ela tem frequência de 160,4 GHz, o que corresponde a um comprimento de onda de 1,9 mm. Procedimento Experimental a) Materiais utilizados Detector Geiger-Muller b) Procedimento Sem nenhuma fonte radioativa colocada no contador, e, utilizando a tensão de 900 Volts, ajustamos o contador para o tempo de 30 segundos. Iniciamos a contagem que totalizaram em 15. Resultados A contagem por segundo (cps) é o valor total da contagem dividido pelo tempo de contagem, ou seja: 𝑐𝑝𝑠 = 15 30 = 0,5 Determinamos que a contagem por segundo (cps) da radiação de fundo é de 0,5. Discussão A partir da detecção da radiação cósmica de fundo, podemos determinar a eficiência do tubo Geiger-Muller, que relaciona as contagens das fontes radioativas com a intervenção da radiação de fundo, para esta relação dá-se o nome de cps corrigido, onde temos: 𝑐𝑝𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 𝑐𝑝𝑠 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑜𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 − 𝑐𝑝𝑠 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 3.3 Determinar o tempo morto A eficiência do contador Geiger-Muller depende de uma série de fatores, intrínsecos e extrínsecos ao contador, como o tempo morto, que é o tempo necessário para que se restabeleça a diferença de potencial do contador e uma nova avalanche mensurável de absorções, as quais podem ocorrer antes que a radiação penetre no tubo. Portanto, o tempo morto corresponde ao tempo em que o detector está incapaz de detectar uma partícula que o atravessa. Durante esse tempo, qualquer outra ionização gerada é perdida. Procedimento Experimental a) Materiais utilizados Para fazermos a medida do tempo morto é necessário utilizarmos duas fontes radioativas: Césio 137 e Estrôncio 90; Detector Geiger-Muller; Fita adesiva. Figura 04: Césio 137 (azul) e Estrôncio 90 (verde) dispostos para a determinação do tempo-morto. Fonte: Autoria Própria b) Procedimento O procedimento adotado para verificação do tempo morto consistiu na realização de medições das contagens com o detector Geiger-Muller para duas fontes radioativas: o Estrôncio90 e o Césio137. As contagens feitas separadamente foram nomeadas. Para a primeira amostra R’1 e para a segunda amostra R’2, além de chamarmos de R12 a contagem obtida para as duas fontes radioativas em conjunto, e de R’1+R’2 a contagem obtida como soma das contagens individuais R’1 e R’2. Tais valores aqui empregados figuram na equação que obtivemos para o cálculo do tempo morto com uso das duas fontes radioativas. Inicialmente fizemos a contagem para as fontes R’1 e R’2 por um período de 60 segundos, em seguida, a contagem foi feita para as duas amostrasem conjunto R’1+R’2 durante 60 segundos. É importante manter as fontes sempre na mesma posição para obtenção de melhores resultados. Para obtenção dos dados encontrados na tabela fizemos algumas manipulações com as equações que nos dão o tempo morto para uma dada fonte radioativa, de modo que obtivemos a seguinte equação para o cálculo deste: 𝑅′ = 𝑅(1 − 𝑅′. 𝑡𝑚) 𝑅 = 𝑅′ (1 − 𝑅′. 𝑡𝑚) *Material fornecido pelo Professor* Resultados Os resultados obtidos concordaram com um tempo morto da ordem de 10^-4 s, muito embora o valor obtido tenha sido cerca de seis vezes maior, mas em concordância no que diz respeito a ordens de grandeza. O que podemos extrair de informação deste resultado é de que para cada segundo de descargas elétricas que originam as contagens, cerca de 10^-4 s deixam de ser úteis pois estas não podem ser contabilizadas em função da redução que ocorre momentaneamente na diferença de potencial , até que os íons positivos possam ser parcialmente neutralizados e deixem de contribuir para a manutenção de um potencial tão baixo não permitindo a detecção das descargas elétricas provenientes do fio metálico interior ao tubo que funciona como ânodo. 3.4 Determinar a eficiência do tubo Geiger-Muller Assim como os aparelhos de medição, o detector Geiger-Muller possui determinada eficiência, a qual está relacionada entre a intensidade da radiação de diferentes fontes e a distância em que estas fontes radioativas se encontram do detector. Nesta secção pretende-se estimar a eficiência do contador Geiger- Muller para raios gama e partículas beta, utilizando fontes de Estrôncio 90, Cobalto 60 e Césio 137. Tais fontes decaem emitindo radiação beta e gama. Procedimento Experimental a) Materiais utilizados Detector Geiger-Muller; Fontes radioativas: Césio137 (raios gama), Estrôncio 90 (partículas Beta) e Cobalto 60 (raios gama). Tabela 02 – Valores encontrados para a determinação do tempo morto. Shelf contagem cps cps corrigido R'1 8956 149 149 0,00064 6,4x10^(-4) R'2 43403 723 723 R'12 44116 735 735 R'1+R'2 52359 Tempo morto b) Procedimento É importante retirarmos os dados trazidos pelo material inicialmente (vide Figura 03). O tempo de meia vida é o tempo para atividade radioativa cair à metade (t 1/2). O tempo de encapsulamento do material (t) determina quanto tempo está em atividade o material em relação ao seu tempo de meia vida. A atividade radioativa (N) do Césio 137 quando encapsulado era de 5µCi, do Estrôncio 90 0,1µCi e do Cobalto 60 1µCi. Lembrando que 1Ci =3.7x10^10 dps. Sabemos que ( ∆𝑁 ∆𝑡 ) é a equação da atividade radioativa do material, sendo que ΔN é número de átomos desintegrados no intervalo de tempo Δt, com unidade em dps. A fração de átomos desintegrando por unidade de tempo é dada por ∆𝑁/𝑁 ∆𝑡 = 𝜆 onde λ é a constante de decaimento. Partindo de resoluções matemáticas chegamos a equação 𝜆 = 0,693 𝑡( 1 2 ) , que relacionará a atividade radioativa inicial (N) com o tempo de meia vida, portanto N(t). Verificaremos o valor de N(t) calculado com o valor obtido experimentalmente, e assim, saberemos a eficiência do contador. Enfatizamos que os procedimentos experimentais a seguir foram realizados para as três amostras de material radioativo. Descreveremos o processo efetuado para o Césio 137 como exemplo. Iniciamos o experimento com a contagem total de radiação de fundo durante 30 segundos e calculamos seu cps. Em seguida, colocamos a pastilha de material radioativo no detector, este possui bandejas que se distanciam por 1 cm (vide Figura 02). Selecionamos a 2ª bandeja que se encontra à 3 cm da fonte do detector. Com a tensão da fonte em 900 Volts e tempo de contagem em 30 segundos, fizemos três contagens totais. Após a última contagem, descíamos a pastilha de Césio 137 para a 3ª bandeja novamente marcando a distância da bandeja em relação a fonte do detector. Efetuamos três contagens totais. Repetimos este processo até a 10ª bandeja. Figura 05: Dados das fontes radioativas Fonte: Autoria Própria Calculamos o cps para cada medida e o cps corrigido. Calculamos o log da distância e o log do cps corrigido. Resultados Para sabermos a eficiência do detector, devemos utilizar a seguinte equação, que trata dos valores da radioatividade medida em cps (R) e da atividade da fonte radioativa em dps (C): Onde: R são os valores encontrados para o cps corrigido e; C o valor teórico constante calculado: Para o Césio137 (14,85x10^4 dps); para o Estrôncio 90 (2,92x10^3 dps) e para o Cobalto 60 (1,02x10^4 dps). A eficiência média encontrada para a fonte radioativa de Césio 137 foi de 0,158%. %𝐸𝑓 = 𝑅 𝐶 . 100 Material bandeja distância (cm) contagem total cps cps corrigido log da distância log cps corrigido (N)contagem esperada (dps) Eficiência Césio 137 3 26421 880,7 880,2 0,4771 2,9446 148500 0,593 Césio 137 3 26373 879,1 878,6 0,4771 2,9438 148500 0,592 Césio 137 3 26257 875,2 874,7 0,4771 2,9419 148500 0,589 Césio 137 4 17704 590,1 589,6 0,6021 2,7706 148500 0,397 Césio 137 4 17821 594,0 593,5 0,6021 2,7734 148500 0,400 Césio 137 4 17946 598,2 597,7 0,6021 2,7765 148500 0,402 Césio 137 5 12531 417,7 417,2 0,6990 2,6203 148500 0,281 Césio 137 5 12327 410,9 410,4 0,6990 2,6132 148500 0,276 Césio 137 5 12497 416,6 416,1 0,6990 2,6192 148500 0,280 Césio 137 6 9159 305,3 304,8 0,7782 2,4840 148500 0,205 Césio 137 6 9230 307,7 307,2 0,7782 2,4874 148500 0,207 Césio 137 6 9064 302,1 301,6 0,7782 2,4795 148500 0,203 Césio 137 7 7017 233,9 233,4 0,8451 2,3681 148500 0,157 Césio 137 7 7063 235,4 234,9 0,8451 2,3709 148500 0,158 Césio 137 7 7068 235,6 235,1 0,8451 2,3713 148500 0,158 Césio 137 8 5535 184,5 184,0 0,9031 2,2648 148500 0,124 Césio 137 8 5475 182,5 182,0 0,9031 2,2601 148500 0,123 Césio 137 8 5460 182,0 181,5 0,9031 2,2589 148500 0,122 Césio 137 9 4512 150,4 149,9 0,9542 2,1758 148500 0,101 Césio 137 9 4435 147,8 147,3 0,9542 2,1683 148500 0,099 Césio 137 9 4604 153,5 153,0 0,9542 2,1846 148500 0,103 Césio 137 10 3763 125,4 124,9 1,0000 2,0967 148500 0,084 Césio 137 10 3814 127,1 126,6 1,0000 2,1025 148500 0,085 Césio 137 10 3643 121,4 120,9 1,0000 2,0825 148500 0,081 Césio 137 11 3110 103,7 103,2 1,0414 2,0135 148500 0,069 Césio 137 11 3038 101,3 100,8 1,0414 2,0033 148500 0,068 Césio 137 11 3127 104,2 103,7 1,0414 2,0159 148500 0,070 Media 0,158 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tabela 03 – Valores encontrados para a determinação da eficiência do contador utilizando Césio137. Para o Césio 137 A eficiência média encontrada para a fonte radioativa de Estrôncio 90 foi de 1,137%. Material bandeja distância (cm) contagem total cps cps corrigido log da distância log cps corrigido (N) contagem esperada (dps) Eficiência Estrôncio 90 3 4204 140,1 139,6 0,4771 2,1450 2920 4,782 Estrôncio 90 3 4304 143,5 143,0 0,4771 2,1552 2920 4,896 Estrôncio 90 3 4115 137,2 136,7 0,4771 2,1357 2920 4,680 Estrôncio 90 4 2679 89,3 88,8 0,6021 1,9484 2920 3,041 Estrôncio 90 4 2746 91,5 91,0 0,6021 1,9592 2920 3,118 Estrôncio 90 4 2651 88,4 87,9 0,6021 1,9438 2920 3,009 Estrôncio 90 5 1905 63,5 63,0 0,6990 1,7993 2920 2,158 Estrôncio 90 5 1867 62,2 61,7 0,6990 1,7905 2920 2,114 Estrôncio 90 5 1807 60,2 59,7 0,6990 1,7762 2920 2,046 Estrôncio 90 6 1362 45,4 44,9 0,7782 1,6522 2920 1,538 Estrôncio90 6 1403 46,8 46,3 0,7782 1,6653 2920 1,584 Estrôncio 90 6 1308 43,6 43,1 0,7782 1,6345 2920 1,476 Estrôncio 90 7 1051 35,0 34,5 0,8451 1,5382 2920 1,183 Estrôncio 90 7 1008 33,6 33,1 0,8451 1,5198 2920 1,134 Estrôncio 90 7 1011 33,7 33,2 0,8451 1,5211 2920 1,137 Estrôncio 90 8 767 25,6 25,1 0,9031 1,3991 2920 0,858 Estrôncio 90 8 845 28,2 27,7 0,9031 1,4420 2920 0,947 Estrôncio 90 8 799 26,6 26,1 0,9031 1,4172 2920 0,895 Estrôncio 90 9 672 22,4 21,9 0,9542 1,3404 2920 0,750 Estrôncio 90 9 681 22,7 22,2 0,9542 1,3464 2920 0,760 Estrôncio 90 9 670 22,3 21,8 0,9542 1,3391 2920 0,748 Estrôncio 90 10 547 18,2 17,7 1,0000 1,2488 2920 0,607 Estrôncio 90 10 573 19,1 18,6 1,0000 1,2695 2920 0,637 Estrôncio 90 10 611 20,4 19,9 1,0000 1,2981 2920 0,680 Estrôncio 90 11 512 17,1 16,6 1,0414 1,2192 2920 0,567 Estrôncio 11 509 17,0 16,5 1,0414 1,2166 2920 0,564 Estrôncio 11 472 15,7 15,2 1,0414 1,1828 2920 0,522 Media 1,137 2 9 3 10 4 5 6 7 8 Tabela 04 – Valores encontrados para a determinação da eficiência do contador utilizando Estrôncio 90. Para o Estrôncio 90 Material bandeja distância (cm) contagem total cps cps corrigido log da distância log cps corrigido (N)contagem esperada (dps) Eficiência Cobalto 60 3 349 11,6 11,0 0,4771 1,0427 10200 0,108 Cobalto 60 3 388 12,9 12,3 0,4771 1,0911 10200 0,121 Cobalto 60 3 368 12,3 11,7 0,4771 1,0669 10200 0,114 Cobalto 60 4 222 7,4 6,8 0,6021 0,8325 10200 0,067 Cobalto 60 4 223 7,4 6,8 0,6021 0,8346 10200 0,067 Cobalto 60 4 264 8,8 8,2 0,6021 0,9138 10200 0,080 Cobalto 60 5 186 6,2 5,6 0,6990 0,7482 10200 0,055 Cobalto 60 5 176 5,9 5,3 0,6990 0,7215 10200 0,052 Cobalto 60 5 166 5,5 4,9 0,6990 0,6931 10200 0,048 Cobalto 60 6 140 4,7 4,1 0,7782 0,6092 10200 0,040 Cobalto 60 6 131 4,4 3,8 0,7782 0,5760 10200 0,037 Cobalto 60 6 136 4,5 3,9 0,7782 0,5948 10200 0,039 Cobalto 60 7 117 3,9 3,3 0,8451 0,5185 10200 0,032 Cobalto 60 7 99 3,3 2,7 0,8451 0,4314 10200 0,026 Cobalto 60 7 107 3,6 3,0 0,8451 0,4723 10200 0,029 Cobalto 60 8 88 2,9 2,3 0,9031 0,3680 10200 0,023 Cobalto 60 8 102 3,4 2,8 0,9031 0,4472 10200 0,027 Cobalto 60 8 98 3,3 2,7 0,9031 0,4260 10200 0,026 Cobalto 60 9 92 3,1 2,5 0,9542 0,3921 10200 0,024 Cobalto 60 9 93 3,1 2,5 0,9542 0,3979 10200 0,025 Cobalto 60 9 90 3,0 2,4 0,9542 0,3802 10200 0,024 Cobalto 60 10 78 2,6 2,0 1,0000 0,3010 10200 0,020 Cobalto 60 10 64 2,1 1,5 1,0000 0,1856 10200 0,015 Cobalto 60 10 70 2,3 1,7 1,0000 0,2389 10200 0,017 Cobalto 60 11 73 2,4 1,8 1,0414 0,2632 10200 0,018 Cobalto 60 11 63 2,1 1,5 1,0414 0,1761 10200 0,015 Cobalto 60 11 68 2,3 1,7 1,0414 0,2218 10200 0,016 Media 0,029 2 3 9 10 4 5 6 7 8 Tabela 05 – Valores encontrados para a determinação da eficiência do contador utilizando Cobalto 60. A eficiência média encontrada para a fonte radioativa de Cobalto 60 foi de 0,029%. Para o Cobalto 60 Podemos observar nos gráficos do cps corrigido em função da distância, afirmando que os resultados evidenciam a relação de proporcionalidade inversa entre o a distância e a taxa de detecção. Discussão É importante referir que existem erros associados, no que diz respeito à colocação da fonte radioativa. Colocar longitudinalmente a fonte a poucos milímetros de distância da posição desejada é suficiente para alterar o valor do ângulo sólido do detector e comprometer os resultados. Fatores como o tempo morto e a absorção pelo ar também influenciam nos resultados, mesmo que as amostras sejam relativamente novas. 3.5 Determinar a atenuação de radiação pela absorção de raios gama Radiação gama ou raio gama (γ) é um tipo de radiação eletromagnética de alta frequência produzida geralmente por elementos radioativos, processos subatômicos como a aniquilação de um par pósitron e elétron. Possui comprimento de onda de alguns picômetros até comprimentos muito menores. Entretanto, as leis da Física deixam de funcionar em comprimentos menores que 1,6×10^−35 m, conhecido como comprimento de Planck, e este é, teoricamente, o limite inferior para o comprimento de onda dos raios gama. Por causa das altas energias que possuem, os raios gama constituem um tipo de radiação ionizante capaz de penetrar na matéria mais profundamente que a radiação Alfa ou Beta. Os raios gama são produzidos na passagem de um núcleo atômico de um nível excitado para outro de menor energia, e na desintegração de isótopos radioativos. Produção de pares Este processo ocorre intensamente próximo aos prótons dos materiais absorvedores. Ele consiste no desaparecimento de um raio gama e na formação de um par elétron pósitron em seu lugar. Se o raio gama incidente receber esta energia, o excesso será compartilhado como energia cinética pelo par. Alguns isótopos radioativos, que possuem um excesso de prótons, reduzem seu número atômico através de decaimento β+. Após perder sua energia cinética o pósitron se recombina com um elétron do meio gerando dois fótons de energia. O tempo necessário para o pósitron ser freado e se aniquilar é muito pequeno sendo praticamente instantânea a aniquilação do gama original e subsequente. Como estes dois gamas saem em direções opostas, praticamente apenas um deles interage com o detector. Tal processo atenua um feixe de raios gama incidentes, ora absorvendo ora espalhando alguns fótons. A intensidade do feixe depois de passar pelo absorvedor (I) e a intensidade inicial do feixe incidente (Io) é proporcional ao número de elétrons e núcleos ao longo do caminho percorrido através do material reagente. A espessura X é na realidade a espessura mássica, que é dada pelo produto da densidade pela espessura do absorvedor (ρ×L). Finalmente, através da medida de intensidades relativas é possível medir o coeficiente de atenuação do material absorvedor. Tal atenuação dada por: 𝐼(𝑥) = 𝐼𝑜 . exp(−µ𝑋) 𝐼 𝐼𝑜 = exp. (−𝜇𝑋) 𝐿𝑛 ( 𝐼 𝐼𝑜 ) = 𝐿𝑛(exp(−𝜇𝑋)) 𝐿𝑛 ( 𝐼 𝐼𝑜 ) = −𝜇𝑋 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑎: 𝑦 = 𝑎 + 𝑏. 𝑥 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑎 = 0 𝑒 𝑏 = −𝜇 Procedimento Experimental a) Materiais utilizados Fonte Radioativa Césio137 (raios gama), Estrôncio 90 (partículas Beta); Contador Geiger-Muller. Lâminas de Alumínio e Chumbo de várias espessuras como materiais absorvedores. Figura 06: materiais absorvedores: Alumínio e Chumbo Fonte: Autoria Própria b) Procedimento Inicialmente fizemos a contagem total da radiação de fundo durante o tempo de 60 segundos sob uma tensão de 900 Volts, em seguida calculamos seu cps. Os passos descritos a seguir serão repetidos tanto para o Césio 137 quanto para o Estrôncio 90. As informações obtidas para o Césio 137 e o Estrôncio 90, como tempo de meia-vida, o tempo de encapsulamento do material (t) e a atividade radioativa (N) já haviam sido pré-estabelecidas em experimentos anteriores. Utilizamos inicialmente o Césio137 para determinarmos a absorção de raio gama. Colocamos o Césio137 na 4ª bandeja, fazemos uma contagem total. Calculamos o cps e o cps corrigido. Começamos adicionando como material absorvedor na 2ª bandeja as lâminas de Chumbo, que possuem nomenclaturas como R, S, T, T+Q, T+R, T+S, indicando as espessuras, as quais são dadas em polegadas e transformadas para centímetro. Colocada a lâmina era feita a contagem total, o cps e o cps corrigido. Esse processo se deu desde a lâmina R até T+S. O cps corrigido equivale a intensidade do feixe depois de passar peloabsorvedor (I). O cps encontrado inicialmente para o Césio137 (sem adição de lâmina) equivale a intensidade inicial do feixe incidente (Io). N Lâmina Bandeja x (polegada) espess. em cm contagem total I (cps) I (cps corrigido) I/Io Ln I/Io 1 Césio 137 4 0,000 0,000 23329 388,82 388,26 1 0,00 2 Chumbo (Q) 2 0,032 0,080 770 12,83 12,27 0,032 -3,45 3 Chumbo (R) 2 0,064 0,160 777 12,95 12,39 0,032 -3,44 4 Chumbo (S) 2 0,125 0,313 661 11,02 10,46 0,027 -3,61 5 Chumbo (T) 2 0,250 0,625 455 7,58 7,02 0,018 -4,01 6 Chumbo (T+Q) 2 0,282 0,705 388 6,47 5,91 0,015 -4,19 7 Chumbo (T+R) 2 0,314 0,785 357 5,95 5,39 0,014 -4,28 8 Chumbo (T+S) 2 0,375 0,938 319 5,32 4,76 0,012 -4,40 Tabela 06 – Valores encontrados para a determinação da absorção de raio gama em lâminas de Chumbo Resultados Calculamos a relação ( 𝐼 𝐼𝑜 ) e 𝐿𝑛( 𝐼 𝐼𝑜 ) para cada lâmina. Em seguida montamos os gráficos que relacionam a absorção de raios gama em função da espessura das lâminas de Chumbo. A partir do gráfico encontramos o valor de coeficiente de absorção mássico (µ) para o Chumbo: µ= -2,88, pois 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑎: 𝑦 = 𝑎 + 𝑏. 𝑥 𝑁𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑎 = 0 𝑒 𝑏 = −𝜇 Absorção de raio gama utilizando Césio 137 e lâminas de Alumínio: Começamos adicionando como material absorvedor na 2ª bandeja as lâminas de Alumínio, que possuem nomenclaturas como A, B, A+B, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, indicando as espessuras, como vimos anteriormente para o Chumbo. Colocada a lâmina era feita a contagem total, o cps e o cps corrigido. Esse processo se deu desde a lâmina A até P. Em seguida montamos os gráficos que relacionam a absorção de raios gama em função da espessura das lâminas de Alumínio. N Lâmina bandeja x (polegada) espess. em cm contagem total I (cps) I (cps corrigido) I/Io Ln I/Io 1 Césio 137 4 0,000 0,000 23329 388,82 388,26 1 0,00 2 Alumínio Foil (A) 2 0,0007 0,0018 21205 353,42 352,86 0,909 -0,10 3 Alumínio Foil (B) 2 0,0010 0,0025 20630 343,83 343,27 0,884 -0,12 4 Alumínio Foil (A+B) 2 0,0017 0,0043 19065 317,75 317,19 0,817 -0,20 5 Alumínio (G) 2 0,020 0,050 2518 41,97 41,41 0,107 -2,24 6 Alumínio (H) 2 0,025 0,063 1291 21,52 20,96 0,054 -2,92 7 Alumínio (I) 2 0,032 0,080 914 15,23 14,67 0,038 -3,28 8 Alumínio (J) 2 0,040 0,100 909 15,15 14,59 0,038 -3,28 9 Alumínio (K) 2 0,050 0,125 794 13,23 12,67 0,033 -3,42 10 Alumínio (L) 2 0,063 0,158 894 14,90 14,34 0,037 -3,30 11 Alumínio (M) 2 0,080 0,200 878 14,63 14,07 0,036 -3,32 12 Alumínio (N) 2 0,090 0,225 809 13,48 12,92 0,033 -3,40 13 Alumínio (O) 2 0,100 0,250 777 12,95 12,39 0,032 -3,44 14 Alumínio (P) 2 0,125 0,313 823 13,72 13,16 0,034 -3,38 Tabela 07 – Valores encontrados para a determinação da absorção de raio gama em lâminas de Alumínio. A partir do gráfico encontramos o valor de coeficiente de absorção mássico (µ) para o Alumínio: µ= -11,21 Absorção de raio gama utilizando Estrôncio 90 e lâminas de Alumínio: Começamos adicionando como material absorvedor na 2ª bandeja as lâminas de Alumínio. Colocada a lâmina era feita a contagem total, o cps e o cps corrigido. Esse processo se deu desde a lâmina A até P. Em seguida montamos os gráficos que relacionam a absorção de raios gama em função da espessura das lâminas de Alumínio. N Lâmina bandeja x (polegada) espess. em cm contagem total I (cps) I (cps corrigido) I/Io Ln I/Io 1 Estrôncio 90 4 0,000 0,000 5093 84,88 84,32 0 -1,53 2 Alumínio Foil (A) 2 0,0007 0,0018 4965 82,75 82,19 0,212 -1,55 3 Alumínio Foil (B) 2 0,0010 0,0025 5043 84,05 83,49 0,215 -1,54 4 Alumínio Foil (A+B) 2 0,0017 0,0043 4781 79,68 79,12 0,204 -1,59 5 Alumínio (G) 2 0,020 0,050 3133 52,22 51,66 0,133 -2,02 6 Alumínio (H) 2 0,025 0,063 2726 45,43 44,87 0,116 -2,16 7 Alumínio (I) 2 0,032 0,080 2310 38,50 37,94 0,098 -2,33 8 Alumínio (J) 2 0,040 0,100 1983 33,05 32,49 0,084 -2,48 9 Alumínio (K) 2 0,050 0,125 1410 23,50 22,94 0,059 -2,83 10 Alumínio (L) 2 0,063 0,158 805 13,42 12,86 0,033 -3,41 11 Alumínio (M) 2 0,080 0,200 409 6,82 6,26 0,016 -4,13 12 Alumínio (N) 2 0,090 0,225 210 3,50 2,94 0,008 -4,88 13 Alumínio (O) 2 0,100 0,250 145 2,42 1,86 0,005 -5,34 14 Alumínio (P) 2 0,125 0,313 40 0,67 0,11 0,000 -8,20 Tabela 08 – Valores encontrados para a determinação da absorção de raio gama em lâminas de Alumínio. A partir do gráfico encontramos o valor de coeficiente de absorção mássico (µ) para o Alumínio: µ= -17,86. Discussão Deveríamos ter obtido um valor do coeficiente de atenuação do alumínio menor do que o do chumbo, pois o chumbo apresenta maior “resistência” à passagem dos raios gama. O chumbo é capaz de bloquear uma porcentagem maior de radiação, quando comparado com o alumínio, pois esse apresenta uma densidade maior que o alumínio. Este fenômeno está relacionado ao fato da dimensão dos átomos do chumbo ser consideravelmente maior que o Alumínio, uma vez que o chumbo apresenta número atômico igual a 82 prótons, já o número atômico do Alumínio é de apenas 13 prótons. Logo, as interações entre os fótons e os elétrons e núcleos contribuem para o bloqueio dos raios gama. 4. CONCLUSÃO As práticas experimentais realizadas com o uso do detector Geiger-Muller propiciaram o estudo de vários processos relacionados com a radioatividade dos materiais. Por meio das atividades experimentais, estabelecemos contato com o aparelho que permite realizar uma contagem aproximada das emissões radioativas dos elementos, tendo por base a determinação do número de descargas elétricas que são contabilizadas por um detector localizado ao final do tubo, o qual é ligado a um fio metálico que funciona como ânodo e capta os elétrons provenientes da ionização de um gás inerte localizado no interior do tubo distribuindo-os até o receptor originando por fim uma descarga elétrica. Familiarizamo-nos com o funcionamento do aparelho com fim de poder, na sequência, utilizá-lo do melhor modo possível, e visto que a operação deste, bem como a compreensão do seu princípio de funcionamento não é complicada, pudemos fazê-lo sem demoras, ao que separado pouco tempo já pode-se dar sequência as experiências que aqui encontram-se descritas, as quais baseiam- se todas no mesmo princípio de contagem das desintegrações radioativas levando em conta os dados tabelados que tínhamos para cada fonte radioativa de que se fazia uso. É importante observar que dos 5 procedimentos experimentais realizados, 3 deles, a saber, a determinação do plateau e da tensão ideal para a operação do contador Geiger-Muller, a determinação do tempo morto e da eficiência do tubo, caracterizam-se obviamente de forma direta a extração de informações relacionadas com características intrínsecas do aparelho e que permitem a obtenção de melhor utilização deste, e, posteriormente melhor análise dos resultados obtidos. Das 3 experiências que citamos no parágrafo acima, a primeira delas faz-se sumamente importante pois visa permitir determinar a tensão a ser utilizada na operação do aparelho já que esta afeta os resultados obtidos, ou, seja, exerce influência sobre o número de contagens registrada. Do mesmo modo, conhecer o tempo morto permite inferir sobre contagens que não são contabilizadas devido aos fatores que mencionamos no decorrer do relatório, mas que na realidade seriam percebidas se tivéssemos meios de inibir os efeitos que causam este fenômeno, de forma que a partir da contagem registrada no aparelho podemos, conhecendo o tempo morto, determinar a contagem real queseria registrada, aumentando assim a concordância com os valores corretos para os decaimentos radioativos. Bem como essas duas práticas, a terceira delas, que faz referência à determinação da eficiência do tubo Geiger-Muller, permite prever qual é a confiabilidade que se pode dar aos resultados lidos no aparelho que conforme já vimos gira em torno de menos de cerca de 0,5% para grande variedade de fontes radioativas que se pode utilizar, assim como para as duas de que utilizou-se nos experimentos aqui descritos, de modo que sua eficiência relativamente baixa assim deveria ser pois a medição que se faz com o tubo tem tão somente a capacidade de realizar as contagens das descargas elétricas que provêm das desintegrações radioativas e não é apto para realizar a contagem das desintegrações especificamente. As outras 2 práticas realizadas, que foram a contagem da radiação de fundo e a determinação da atenuação de radiação pela absorção de raios gama, fazem referência a fenômenos que podem ser investigados utilizando o detector, de modo que assim configuram-se em alguns exemplos de propriedades que podem ser estudadas a partir do mesmo. Citando primeiramente a contagem da radiação de fundo, vemos que este experimento proporciona que obtenhamos dados mais significativos com aquilo que havia de se esperar, segundo os dados teóricos em que nos pautamos na análise dos experimentos, pois imputa ao valor que se obtém para as contagens algo mais próximo em proporção ao número real de desintegrações. O segundo experimento que trata da atenuação da radiação gama ao atravessar placas de diferentes materiais e diferentes espessuras, permite que tenhamos uma noção com erro relativamente baixo, muito embora este não tenha sido calculado com base em outros experimentos semelhantes, da questão da barreira que as placas provocam ante a radiação, e isto do erro baixo podemos dizer pois se fizéssemos experimentos de atenuação da radiação semelhantes a esse, com dispositivos que pudessem supostamente contar de fato o número real de desintegrações obteríamos uma proporção entre os dados obtidos com uso deste e o número de desintegrações com os dados que obtemos com uso do detector Geiger-Muller e o número de contagens. De maneira abrangente as práticas aqui descritas permitiram obter relativo grau de familiaridade com o detector Geiger-Muller, além de permitir a análise de vários fatores que se relacionam a fenômenos de decaimentoradioativo, como a meia-vida dos elementos, a questão estatística do decaimento radioativo, entre outros que mencionamos ao longo do trabalho, sejam estes relacionando-se diretamente com as experiências realizadas, ou senão, aparecendo de alguma forma na teoria que norteia estas, possibilitando a percepção de um ponto de vista mais claro dos fenômenos envolvidos. 5. REFERÊNCIAS TIPLER, P. A.; LLEWELLY, R. A.; Física Moderna, 3° edição, editora LTC, 2006. BEISER, A.; Conceitos de Física Moderna, 1° edição, editora Polígono (USP), 1969. SOUSA, Joana et al. O Detector Geiger-Muller. Disponível em: <http://nebm.ist.utl.pt/repositorio/download/2880/1>. Acesso em: 22 jan. 2017. L. Peralta, “Trabalho prático: O contador de geiger-müller,” Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas - LIP, 2009. Disponível em: <http://docplayer.com.br/18348013-Trabalho-pratico-o-contador-de-geiger- muller-descricao-geral.html>. Acessoem: 24 jan.2017.
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