Buscar

Responsabilidade Civil – Dano (certo)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

07/04/2017
1
Responsabilidade extracontratual 
subjetiva:
Dano
Responsabilidade Civil – Aula IV
Prof. Tiago Griebeler da Silva
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
O DANOO DANOO DANOO DANO
� Dano = Conceito amplíssimo, definido pelos efeitos ou
consequencias. Dizer que dano é prejuízo ou, no caso do
dano moral, que é dor, vexame, sofrimento e humilhação,
significa conceituar o dano pelas suas consequências.
� Agostinho Alvim traz a mais correta definição de dano ao
dizer “que o termo dano, em sentido amplo, vem a ser a lesão
de qualquer bem jurídico”.
� Formica e Minozzi sintetizou o conceito de dano como “a
diminuição ou subtração de um bem jurídico”.
07/04/2017
2
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
O DANOO DANOO DANOO DANO
� Correto conceituar então como a lesão a um bem ou
interesse juridicamente tutelado, qualquer que seja a
sua natureza, quer se trate de um bem patrimonial, quer se
trate de um bem integrante da personalidade da vítima,
como a sua honra, a imagem, a liberdade etc.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
O DANOO DANOO DANOO DANO
A Constituição da República brasileira, trás algumas garantias
no que tange a o dever de reparação de danos, sejam de cunho
material ou imaterial.
Art. 5º [...]
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem;
[...]
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
07/04/2017
3
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Consoante os ensinamentos de Antônio Lindbergh C. 
Montenegro:
"Define-se o dano patrimonial como aquele que atinge bens que compõem o 
patrimônio de uma pessoa, cuja avaliação em dinheiro é sempre possível".
Desta maneira, deve-se cingir toda lesão sofrida, inclusive, aquilo que
se deixou de lucrar. (STOCO, 2004, p. 1181). O artigo 402 do
Código Civil mostra o critério para o ressarcimento do dano
material.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as
perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele
efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� E Sílvio de Salvo Venosa (2004, p. 36):
"O dano patrimonial, portanto, é aquele suscetível de avaliação 
pecuniária, podendo ser reparado por reposição em dinheiro, 
denominador comum da indenização. "
07/04/2017
4
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Danos emergentes – dano positivo – efetiva e imediata diminuição 
no patrimônio da vítima em razão de ato ilícito.
Para Sílvio de Salvo Venosa:
(...) O dano emergente, aquele que mais se realça à primeira vista, o 
chamado dano positivo, traduz a diminuição do patrimônio, uma perda por 
parte da vítima: aquilo que efetivamente perdeu.
O dano emergente corresponde ao prejuízo imediato e mensurável, 
decorrente de um acidente de trabalho, por exemplo, que pode 
ser apurado pelos documentos de pagamento de despesas 
hospitalares, honorários médicos, tratamentos de saúde, funeral, 
luto, jazigo, remoção do corpo, etc.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Danos emergentes – Não enseja maiores dificuldades. Via de 
regra, importará no desfalque sofrido pelo patrimônio da 
vítima; será a diferença do valor do bem jurídico entre aquele 
que ele tinha antes e depois do ato ilícito.
07/04/2017
5
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Lucros cessantes – o ato ilícito pode produzir efeitos mediatos ou 
futuros, reduzindo consequência futura de um fato já ocorrido.
Vale ressaltar que a certeza dos danos futuros não é uma certeza absoluta,
mas apenas relativa, já que no caso dos lucros cessante este não chegou a
existir para que seja concretizada a sua lesão, e nem nunca chegará a existir,
tendo em vista a conduta do causador do dano, mas não é por isso que esse
tipo de dano deixa de ser certo
Além disso, conforme Miguel Maria de Serpa Lopes, os danos futuros não
se confundem com os eventuais, tendo em vista que no primeiro deles o
prejuízo será concretizado, mais dias menos dias, já no eventual a
consumação dos danos permanece dependente de outras circunstâncias,
que ainda não se realizou, e sobre as quais não se pode assegurar que
poderão ocorrer ou não.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Lucros cessantes – Sobre os lucros cessante, o mencionado 
autor afirma, partindo da previsão legal de “o que a vítima 
razoavelmente deixou de lucrar”, para estabelecer que trata-
se de uma projeção contábil nem sempre muito fácil de ser 
avaliada, e que, nessa hipótese, deve ser considerado o que a 
vítima teria recebido se não tivesse ocorrido o dano. 
Ressaltando que o termo razoável posto na lei lembra, mais 
uma vez, que a indenização não pode converter-se em um 
instrumento de lucro.
07/04/2017
6
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Lucros cessantes – O entendimento adotado pelo STJ vem a ratificar o 
disposto no art. 403 do CC:
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só 
incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, 
sem prejuízo do disposto na lei processual .
� Do que se vê, ao determinar o valor a ser indenizado por lucro cessante, 
o magistrado deve considerar apenas o que a parte prejudicada tenha 
deixado de perceber em razão do fato danoso. Deve-se analisar o tempo 
de paralisação da atividade, descontando, também, despesas como salário 
de funcionários, aluguel e tributos. Apenas assim, chegar-se-á ao valor 
justo de indenização. Caso contrário, restaria caracterizado o 
enriquecimento ilícito da vítima. 
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Lucros cessantes:
� Nesta linha, há de se compreender que lucros cessantes, em momento 
algum, se confunde com o faturamento da empresa. Na verdade, o 
montante a ser pago para fins de indenizaçãoé resultado da subtração do 
montante da receita, dos custos habituais da empresa. Temos a seguinte 
operação: lucros cessantes = receita – custos.
� O princípio da razoabilidade, caracteriza, no caso, o lucro cessante como 
aquilo que razoavelmente o autor deixou de lucrar, como consequência
direta do evento danoso, devendo o magistrado utilizar o bom senso, 
embasado nas circunstâncias especiais que cada caso requer e em relação 
ao futuro, face a diminuição do beneficio patrimonial, moral e lucros 
que eram esperados pelo autor da demanda.
07/04/2017
7
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Entendimento consagrado pelo Colendo STJ, sobre lucros cessantes e o princípio da 
razoabilidade: 
RECURSO ESPECIAL (RE) Nº 1.110.417 – MA. EMENTA. RECURSO ESPECIAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC.
INEXISTÊNCIA. CÁLCULO DOS LUCROS CESSANTES. DESPESAS
OPERACIONAIS. DEDUZIDAS. TERMO FINAL. ALIENAÇÃO DO BEM. 1. Para o
atendimento do requisito do prequestionamento, não se faz necessária a menção
literal dos dispositivos tidos por violados no acórdão recorrido, sendo suficiente que a
questão federal tenha sido apreciada pelo Tribunal de origem. Ausência de violação do
art. 535, do CPC. 2. Lucros cessantes consistem naquilo que o lesado deixou
razoavelmente de lucrar como consequência direta do evento danoso (Código Civil,
art. 402). No caso de incêndio de estabelecimento comercial (posto de gasolina), são
devidos pelo período de tempo necessário para as obras de reconstrução. A
circunstância de a empresa ter optado por vender o imóvel onde funcionava o
empreendimento, deixando de dedicar-se àquela atividade econômica, não justifica a
extensão do período de cálculo dos lucros cessantes até a data da perícia. 3. A
apuração dos lucros cessantes deve ser feita com a dedução de todas as despesas
operacionais da empresa, inclusive tributos. 4. Recurso especial provido.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Ainda sobre lucros cessantes e o princípio da razoabilidade, Cavalieri 
Filho ensina que razoável é tudo aquilo que seja, ao mesmo tempo, 
adequado, necessário e proporcional. Não pode ser algo meramente 
hipotético.
� Para elucidar essas dúvidas, afirma o jurista José de Aguiar Dias: 
Para autorizadamente se computar o lucro cessante a mera possibilidade
não basta, mas também não se exige a certeza absoluta. O critério acertado
está em condicionar o lucro cessante a uma probabilidade objetiva
resultante do desenvolvimento normal dos acontecimentos conjugados às
circunstâncias peculiares ao caso concreto. Nesse sentido, o § 252, alínea
2ª, do Código Civil alemão traz que “considera frustrado o lucro que certas
possibilidades induzissem a esperar, atendendo ao curso normal dos
acontecimentos ou às especiais circunstâncias do caso concreto e
particularmente às providências e medidas postas em prática”.
07/04/2017
8
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Perda de uma chance:
� Hipótese clássica, na qual a conduta de um agente faz a vítima perder a 
chance, tira da vítima a oportunidade de um ganho ou uma vantagem. 
� Parte da doutrina enquadra a responsabilidade pela perda de uma chance 
como uma mitigação teórica do nexo causal. A doutrina francesa adota a 
teoria da causalidade parcial, desenvolvida por Jaques Boré, 
principalmente na seara médica.
� No direito pátrio, Caio Mario aponta que “a reparação da perda de uma 
chance repousa em uma probabilidade e uma certeza; que a chance seria 
realizada e que a vantagem perdida resultaria em prejuízo”.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Perda de uma chance:
� Hipótese clássica, na qual a conduta de um agente faz a vítima perder a 
chance, tira da vítima a oportunidade de um ganho ou uma vantagem. 
� Parte da doutrina enquadra a responsabilidade pela perda de uma chance 
como uma mitigação teórica do nexo causal. A doutrina francesa adota a 
teoria da causalidade parcial, desenvolvida por Jaques Boré, 
principalmente na seara médica.
� No direito pátrio, Caio Mario aponta que “a reparação da perda de uma 
chance repousa em uma probabilidade e uma certeza; que a chance seria 
realizada e que a vantagem perdida resultaria em prejuízo”.
07/04/2017
9
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� É necessário que o magistrado preveja o curso normal dos
acontecimentos, tendo por base a razoabilidade de danos futuros. Como
exemplo podemos citar o médico que ao realizar uma cirurgia em um
paciente, acaba ocasionando o óbito. Não podemos saber se o médico
realmente obteria sucesso se utilizasse de outra técnica. Diante desse
cenário, nunca haveria certeza com relação aos danos, já que os mesmos
são futuros, e, portanto, guardam certa relatividade. Nesse sentido Silvio
de SalvoVenosa:
“No exame dessa perspectiva, a doutrina aconselha efetuar um balanço das
perspectivas contra e a favor da situação do ofendido. Da conclusão
resultará a proporção do ressarcimento. Trata-se então do prognóstico que
se colocará na decisão. Na mesma senda do que temos afirmados, não se
deve admitir a concessão de indenizações por prejuízos hipotéticos, vagos
ou muito gerais.”
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Perda de uma chance:
“Para se falar em perda da chance, é preciso demonstrar que está em curso um
processo que propicia a uma pessoa a oportunidade de vir a obter no futuro algo
benéfico, sendo de se provar, ainda, que esse processo foi interrompido por um
determinado fato antijurídico e, por isso, a oportunidade ficou irremediavelmente
destruída.”
� Ao aplicar a teoria não podemos nos valer da oportunidade como certa. O que 
deve ser observado e levado em conta é a probabilidade daquela chance perdida 
ter um resultado satisfatório à vitima. Assim discorre Sergio Cavalieri Filho:
“Não se deve, todavia, olhar para a chance como perda de um resultado certo
porque não se terá a certeza de que o evento se realizará. Deve-se olhar a chance
como a perda da possibilidade de conseguir um resultado ou de se evitar um dano;
devem-se valorar as possibilidades que o sujeito tinha de conseguir o resultado para
ver se são ou não relevantes para o ordenamento.”
07/04/2017
10
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� O nome do instituto – perda da chance – já nos leva a entender como
perda de oportunidade ou de expectativa. Nesse sentido, a indenização
cabível será de uma possível chance, e não de um efetivo ganho perdido.
Não se exige a certeza do dano, basta a certezada
probabilidade, ou seja, a característica essencial é a certeza
da probabilidade. A chance perdida realmente teria tido sucesso,
numa probabilidade, acaso o fato gerador da responsabilidade não tivesse
interrompido o curso normal dos acontecimentos. Para Adriano
Schreiber :
“Para se falar em perda da chance, é preciso demonstrar que está em curso
um processo que propicia a uma pessoa a oportunidade de vir a obter no
futuro algo benéfico, sendo de se provar, ainda, que esse processo foi
interrompido por um determinado fato antijurídico e, por isso, a
oportunidade ficou irremediavelmente destruída.”
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Dano material reflexo
� Aqui, se faz oportuno, novamente, a transcrição do artigo 948 do
atual código civil brasileiro:
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem
excluir outras reparações:
I – no pagamento com as despesas com o tratamento da vítima,
seu funeral e o luto da família.
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os
devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.
07/04/2017
11
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Dano material reflexo
� Veja que aqui, o legislador procurou expor de forma
enumerativa as hipóteses em que o dano provocado em uma
pessoa pode gerar efeitos negativos em outra, portanto, o
autor do dano, deverá indenizar quem sofreu esses efeitos.
� Assim, enumera as hipóteses de despesas com o tratamento
da vítima no inciso I, sem estabelecer limite de valores ou
tipo de tratamento, basta que o tratamento seja necessário às
condições da vítima que será objeto de ressarcimento.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Legitimidade para cobrança do dano material
reflexo
� De acordo com os preceitos da responsabilidade civil,
somente possui titularidade a pretensão indenizatória aquele
que sofreu diretamente o prejuízo. Mas com exceção a essa
regra surge a teoria do dano reflexo ou em ricochete, na
qual, a pessoa não se depara com o dano diretamente, mas
pode contudo, arguir que o fato danoso nela se reflete, e,
assim, adquire legitimidade para a ação, seja conjuntamente
com o prejudicado direto ou não.
07/04/2017
12
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Legitimidade para cobrança do dano material reflexo
� Haja vista, o assunto ser causa recente em nosso ordenamento jurídico,
surgem dúvidas quanto a quem seria parte legítima para postular
indenização por lesão de natureza patrimonial em face da morte de um
ente próximo. Assim, a doutrina e a jurisprudência tem utilizado como
parâmetro o disposto no artigo 12, § único, Código Civil:
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente
em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIALDANO MATERIAL OU PATRIMONIAL
� Legitimidade para cobrança do dano material
reflexo
� Segundo Maria Helena Diniz “(...) Os parentes, a quem o
defunto devia prestação alimentícia também são lesados
indiretos e tem legitimação para obter ressarcimento pela
perda dos alimentos que lhes eram fornecidos”
07/04/2017
13
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� O doutrinador Carlos Roberto Gonçalves, ao conceituar o 
dano moral assevera que:
“Dano moral é o que atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu 
patrimônio. É lesão de bem que integra os direitos da personalidade, 
como a honra, a dignidade, intimidade, a imagem, o bom nome, etc., 
como se infere dos art. 1º, III, e 5º, V e X, da Constituição Federal, e 
que acarreta ao lesado dor, sofrimento, tristeza, vexame e 
humilhação”
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Outra corrente conceitua dano moral como o efeito da lesão, 
e não a lesão em si, como é o caso do festejado doutrinador 
Yussef Said Cahali que assim o conceitua:
“Dano moral, portanto, é a dor resultante da violação de um bem 
juridicamente tutelado, sem repercussão patrimonial. Seja dor física 
– dor-sensação, como a denominada Carpenter – nascida de uma 
lesão material; seja a dor moral – dor-sentimento, de causa 
imaterial.”
07/04/2017
14
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Aguiar Dias também sustenta esta espécie de definição, em 
suas palavras:
“O dano moral é o efeito não patrimonial da lesão de direito e não a 
própria lesão, abstratamente considerada. O conceito de dano é único, 
e corresponde a lesão de direito. Os efeitos da injuria podem ser 
patrimoniais ou não, e acarretar, assim, a divisão dos danos em 
patrimoniais e não patrimoniais. Os efeitos não patrimoniais da 
injuria constituem os danos não patrimoniais”
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Assim, à luz da Constituição vigente podemos conceituar o dano
moral por dois aspectos distintos: em sentido estrito e em
sentido amplo. Em sentido estrito dano moral é violação
do direito à dignidade. E foi justamente por considerar a
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da
imagem corolário do direito à dignidade que a Constituição
inseriu em seu art. 52, V e X, a plena reparação do dano moral.
Este é, pois, o novo enfoque constitucional pelo qual deve ser
examinado o dano moral: "Qualquer agressão à dignidade pessoal
lesiona a honra, constitui dano moral e é por isso indenizável."
Valores como a liberdade, a inteligência, o trabalho, a honestidade,
aceitos pelo homem comum, formam a realidade axiológica a que
todos estamos sujeitos. Ofensa a tais postulados exige
compensação indenizatória" (Ap. cível 40.541, rel. Des. Xavier
Vieira, in ADCOAS 144.719).
07/04/2017
15
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL� Os direitos da personalidade, entretanto, englobam outros
aspectos da pessoa humana que não estão diretamente vinculados à
sua dignidade. Nessa categoria incluem-se também os chamados
novos direitos da personalidade: a imagem, o bom nome, a
reputação, sentimentos, relações afetivas, aspirações, hábitos,
gostos, convicções políticas, religiosas, filosóficas, direitos
autorais. Em suma, os direitos da personalidade podem ser
realizados em diferentes dimensões e também podem ser violados
em diferentes níveis. Resulta daí que o dano moral, em
sentido amplo, envolve esses diversos graus de violação
dos direitos da personalidade, abrange todas as ofensas à
pessoa, considerada esta em suas dimensões individual e social,
ainda que sua dignidade não seja arranhada.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Assim, para Cavalieri Filho:
“Como se vê, hoje o dano moral não mais se restringe à dor, tristeza e 
sofrimento, estendendo a sua tutela a todos os bens personalíssimos -
os complexos de ordem ética, razão pela qual podemos defini-lo, de 
forma abrangente, como sendo uma agressão a um bem ou 
atributo da personalidade.”
07/04/2017
16
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Cumulatividade da indenização por dano moral com a
indenização por dano material
� A controvérsia encontra-se espancada no ordenamento jurídico
pátrio pela Súmula 37 do STJ: "São cumuláveis as indenizações por
dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.“
� Veja-se também que, logicamente, não se daria consequência a tese
da reparabilidade ou indenizabilidade do dano moral, se
admitíssimos a confusão entre este e o dano material. Reconhecer
o dano moral e sua indenizabilidade requer e implica em
reconhecer sua autonomia em relação ao dano material.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Configuração do dano moral:
� Ultrapassadas as fases da irreparabilidade do dano moral e da sua inacumulabilidade com
o dano material, corremos, agora, o risco de ingressar na fase da sua industrialização,
onde o aborrecimento banal ou mera sensibilidade são apresentados como dano moral,
em busca de indenizações milionárias.
� ZANNONI apud DINIZ (2008, p. 90) ensina que:
O dano moral, [...], não é a dor, a angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o
complexo que sofre a vítima do evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o
conteúdo, ou melhor, a consequência do dano. A dor que experimentam os pais da vítima
pela morte violenta do filho, o padecimento ou complexo de quem suporta um dano
estético, a humilhação de quem foi publicamente injuriado são estados de espírito
contingentes e variáveis em cada caso, pois cada pessoa sente a seu modo. O direito não
repara qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles que forem decorrentes da
privação de um bem jurídico sobre o qual a vítima teria interesse reconhecido
juridicamente.
07/04/2017
17
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Configuração do dano moral:
� Afirma Antunes Varela:
A gravidade do dano há de medir-se por um padrão objetivo
(conquanto a apreciação deva ter em linha de conta as circunstâncias
de cada caso), e não à luz de fatores subjetivos (de uma sensibilidade
particularmente embotada ou especialmente requintada). Por outro
lado, a gravidade apreciar-se-á em função da tutela do direito: o dano
deve ser de tal modo grave que justifique a concessão de uma
satisfação de ordem pecuniária ao lesado. (Das obrigações em geral,
8ª Ed.,Almedina, p. 617, apud, Cavalieri, 2004, p. 97 e 98)
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Dano moral x inadimplemento contratual:
ANDRÉ GUSTAVO CORRÊA DE ANDRADE exemplifica:
“A falta de pagamento de uma dívida em dinheiro pode constituir mero 
aborrecimento quando o devedor não paga em razão de dificuldades 
financeiras, ou quando de boa-fé discorda da existência da dívida ou do seu 
montante. Caracterizará dano moral, porém, quando o devedor, 
podendo pagar o débito ou cumprir sua obrigação, não o faz por 
malícia ou por inconsideração para com o credor. A conduta abusiva 
do devedor será, então, determinante para a própria configuração ou, ao 
menos, para a reparabilidade do dano moral, consistente no abalo “psicológico” 
ou “emocional” do credor”.
07/04/2017
18
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Dano moral x inadimplemento contratual:
� Com pensamento diverso, apontando claramente a divergência doutrinária do 
tema, podemos destacar a manifestação de Carlos Roberto GONÇALVES:
“A distinção que se pode fazer é de natureza fática, exigindo-se a prova, em 
cada caso, da perturbação da esfera anímica do lesado, que nem 
sempre se iguala à que sofre quem perde um ente querido ou tem a 
sua honra agravada. (…) Na realidade, o dano moral pressupõe ofensa anormal 
à personalidade. Embora a inobservância das cláusulas contratuais por uma das 
partes possa trazer desconforto ao outro contratante, trata-se, em princípio, de 
dissabor a que todos podem estar sujeitos, pela própria vida em sociedade. No 
entanto, o dano moral não deve ser afastado em todos os casos de inadimplemento 
contratual, mas limitado a situações excepcionais e que extrapolem o simples 
descumprimento da avença.”
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Dano moral x fato praticado no exercício regular de
direito:
� Convém transcrever, pois plenamente aplicável à 
espécie, o artigo 188, inciso I, do Código Civil 
brasileiro, que prevê:
Art. 188: Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício
regular de um direito reconhecido.
07/04/2017
19
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Dano moral x fato praticado no exercício regular de
direito:
� Cita-se o magistério de MARIA HELENA DINIZ, ao afirmar que
“o exercício regular ou normal de um direito reconhecido que
lesar direitos alheios exclui qualquer responsabilidade pelo
prejuízo, por não ser um procedimento prejudicial ao direito”.
� É matéria consolidada e bastante surrada em nossa jurisprudência
que o exercício regular de direito não caracteriza ofensa
indenizável, ou seja, exercer legítimo direito não faz jus à ulterior
indenização.
Resp. Resp. Resp. Resp.extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� Dano moral x fato praticado no exercício regular de direito:
� Utilizo os ensinamentos de Sergio Cavalieri Filho para melhor ilustrar o 
instituto em tela o qual exclui a ilicitude, o que afasta a possibilidade de 
reparação, como se vê a seguir:
“Exercício regular de um direito – o nome já diz – é o direito exercido 
regularmente, normalmente, razoavelmente, de acordo com seu fim 
econômico, social, a boa-fé e os bons costumes. Quem exerce seu 
direito subjetivo nesses limites age licitamente, e o lícito exclui o 
ilícito. O direito e o ilícito são antíteses absolutas, um exclui o outro; 
onde há ilícito não há direito; onde há direito não há ilícito. Vem daí 
que o agir em conformidade com a lei não gera responsabilidade civil 
ainda que seja nocivo a outrem – como, por exemplo, a cobrança de 
uma dívida, a propositura de uma ação, a penhora numa execução 
forçada.”
07/04/2017
20
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� A prova do dano:
� Uma coisa é a prova do dano = fato lesivo = da efetiva
violação do dever jurídico;
� Outra coisa é a prova do valor da indenização!
Temos duas fases:
1ª - an debeatur = prova-se a existência do dano, a efetiva 
ocorrência do ato lesivo;
2ª - quantum debeatur = busca-se fixar a extensão do dano.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� A prova do dano:
� Como se prova a existência do dano? Ora, se dano é lesão de
um bem ou interesse juridicamente relevante (e aí está a
importância dos conceitos), prova-se o dano provando-se a
ocorrência do fato lesivo (v.g. o acidente, a morte do ente
familiar, o fato do produto ou do serviço, o fato ofensivo à
honra etc.) por qualquer meio de prova em juízo admitido -
documental, testemunhal, pericial etc. Tanto o dano
patrimonial como o dano extrapatrimonial exigem a prova do
fato lesivo.
07/04/2017
21
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� A prova do dano:
� Provado o fato lesivo a bem patrimonial ou moral, o dano
está ínsito na própria ofensa, decorre da gravidade do ilícito
em si. Se a ofensa é grave e de repercussão, por si só justifica
a concessão de uma satisfação de ordem pecuniária ao lesado.
(in Programa de responsabilidade civil. 11 ed. rev. e ampl.
São Paulo: Atlas, 2014, p. 116)
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� A prova do dano:
� Correto, portanto, o entendimento consagrado pela doutrina
e a jurisprudência quanto à prova do dano moral. Se a ofensa
é grave e de repercussão, por si só justifica a concessão de
uma satisfação de ordem pecuniária ao lesado. Em outras
palavras, o dano moral existe in re ipsa; deriva
inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal modo que,
provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à
guisa de uma presunção natural, uma presunção hominis ou
facti, que decorre das regras de experiência comum.
07/04/2017
22
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIALDANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL
� A prova do dano:
� Assim, por exemplo, provada a perda de um filho, do
cônjuge, ou de outro ente querido, não há que se exigir a
prova do sofrimento, porque isso decorre do próprio fato de
acordo com as regras de experiência comum; provado que a
vítima teve o seu nome aviltado, ou a sua imagem
vilipendiada, nada mais ser-lhe-á exigido provar, por isso que
o dano moral está in re ipsa; decorre inexoravelmente da
gravidade do próprio fato ofensivo, de sorte que, provado o
fato, provado está o dano moral.
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
DANODANODANODANO
� Legitimação para pleitear o dano moral.
Indeterminação de ofendidos:
� Transmissibilidade do dano moral:
� Arbitramento do dano moral:
� Funções do dano moral:
� Dano moral contra pessoa jurídica:
� Dano moral coletivo + dano moral difuso e coletivo:
� Dano estético:
� Uso da imagem; imagem de falecido; critérios para
quantificação::
07/04/2017
23
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
LIQUIDAÇÃO DO DANOLIQUIDAÇÃO DO DANOLIQUIDAÇÃO DO DANOLIQUIDAÇÃO DO DANO
� O dano emergente – critério da diferença:
� Lucros cessantes – critério da razoabilidade:
� Perda de uma chance – critério da razoabilidade:
� Dano moral – critério do arbitramento:
� Dano coletivo, difuso e dano moral coletivo –
técnica da estimativa e do valor do desestímulo:
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
LIQUIDAÇÃO DO DANOLIQUIDAÇÃO DO DANOLIQUIDAÇÃO DO DANOLIQUIDAÇÃO DO DANO
� Estimativa das partes e a cláusula penal:
� Presunção de prejuízo e os juros de mora:
� Indenização pela morte de filho menor:
� Indenização por redução da capacidade laborativa de aposentados
e pensionistas:
� Critério da equidade:
� Morte da vítima:
� Lesão leve ou grave:
� Inabilitação da vítima para a profissão que exercia, mas não para
outra:
� Pensão aos pais pela morte de filho:
� Pensão ao filho menor pela morte do pai:
� Indenização previdenciária e comum não se compensam:
� Seguro obrigatório e indenização comum = compensação:
07/04/2017
24
Resp. Resp. Resp. Resp. extracontratual extracontratual extracontratual extracontratual subjetiva: subjetiva: subjetiva: subjetiva: 
LIQUIDAÇÃO DO DANOLIQUIDAÇÃO DO DANOLIQUIDAÇÃO DO DANOLIQUIDAÇÃO DO DANO
� O 13º salário;
� Correção monetária:
� Juros moratórios:
� Legitimidade para postular a indenização:
� Constituição de capital para garantir a pensão:
� Verba honorária:
� Revisão de pensionamento:
� Prescrição e decadência:

Outros materiais