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TEXTO DE APOIO III Patologia Geral

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TEXTO DE APOIO 3 – PATOLOGIA – 12 DE SETEMBRO DE 2017 
LESÕES CELULARES 
A célula normal está em constante atividade (devido a seus programas genéticos de 
metabolismo, diferenciação, especialização, limitação das células vizinhas e pela 
disponibilidade de substrato). É capaz de responder as demandas fisiológicas, contribuindo 
para a homeostase normal. Até que os estresses se tornem muito intensos, as células tendem 
a manter sua estrutura e função. 
Estresses fisiológicos um pouco mais excessivos ou estímulos patológicos podem acarretar 
uma série de adaptações celulares fisiológicas e morfológicas, em que os estados constantes e 
novos, porém alterados, são alcançados, preservando a viabilidade da célula e modulando sua 
função como resposta a esses estímulos (preserva a saúde da célula apesar do estresse 
contínuo). Exemplo: as adaptações patológicas, propiciam que a célula module o seu meio 
ambiente e se adapte, escapando das agressões. 
Quando o equilíbrio homeostático das células é rompido pelo efeito de uma agressão, as 
células podem se adaptar, sofrer um processo regressivo ou morrer. Se os limites da resposta 
adaptativa a um estímulo forem ultrapassados, ou, em certos casos, quando a adaptação é 
impossível, ocorre uma sequência de eventos, chamada genericamente de lesão celular. A 
lesão celular é reversível até certo ponto, mas, se o estímulo persistir ou for intenso o 
suficiente desde o início, a célula atinge o “ponto sem retorno”, e sofre lesão celular 
irreversível ou morte celular. Exemplo: se o suprimento de sangue para um segmento do 
coração for interrompido por 10 a 15 minutos e depois restaurado, as células miocárdicas 
sofrem lesão, mas podem recuperar-se e funcionar normalmente. Porém, se o fluxo sanguíneo 
não for restabelecido até uma hora depois, ocorre lesão irreversível e muitas fibras 
miocárdicas morrem. 
A adaptação, lesão reversível, lesão irreversível e morte celular podem ser considerados 
estados de intromissão progressiva na função e estrutura normais da célula. Exemplo: relações 
entre células miocárdicas normais, adaptadas, reversivelmente lesadas e mortas. Uma fibra 
miocárdica submetida à sobrecarga persistente, como ocorre na hipertensão, adapta-se 
através da hipertrofia (um aumento do tamanho suficiente para bombear contra uma carga 
maior). A mesma fibra, submetida à isquemia (ausência de fluxo sanguíneo) causada por 
oclusão da artéria coronária, pode sofrer lesão reversível se a oclusão for incompleta e de 
curta duração, ou lesão irreversível se a oclusão for completa e prolongada. 
A morte celular é o resultado final da lesão celular, e afeta todos os tipos celulares, 
representando a maior consequência de isquemia, infecção, toxinas e reações imunes. É 
fundamental em involução endocrinamente induzida e é objetivo da radioterapia e 
quimioterapia do câncer. 
Quando uma forma específica de estresse induz a adaptação ou causa lesão reversível ou 
irreversível, o padrão morfológico resultante depende não apenas da natureza e da 
intensidade do estresse, mas também de diversas variáveis relacionadas às próprias células, 
como vulnerabilidade, diferenciação, suprimento sanguíneo, nutrição e estado prévio da 
célula. Todos os estresses e influências nocivas exercem seus primeiro efeitos nas moléculas. 
As categorias de causas de lesão celular e adaptação incluem: hipóxia, substâncias químicas e 
drogas, agentes físicos, agentes microbianos, mecanismos imunes, defeitos genéticos, 
desequilíbrios nutricionais e envelhecimento. 
Alterações celulares reversíveis 
As alterações celulares reversíveis são assim chamadas pois permitem que a célula lesada volte 
a ter aspecto e função normais quando o estímulo agressor é retirado. Ocorrem de diversas 
formas, dependendo do tipo, duração e intensidade da agressão e do tipo de célula lesada e 
do seu estado metabólico. Os dois principais tipos de lesão celular reversível são o edema 
celular e a esteatose. 
Edema Celular 
O edema celular (também conhecido como tumefação turva e degeneração hidrópica) ocorre 
quando a célula agredida acumula água no seu citoplasma. 
Macroscopicamente o órgão acometido por este distúrbio geralmente aumenta de peso e 
tamanho, tornando-se pálido e mais túrgido. Microscopicamente observamos aumento de 
volume das células, que se apresentam menos coradas (mais pálidas) e ocasionalmente 
apresentam vacúolos nos seus citoplasmas. O edema celular é mais frequentemente visto nas 
células tubulares renais e nas células musculares cardíacas de pacientes com distúrbios 
hidroeletrolíticos. 
Esteatose 
Quando há acúmulo de gordura no citoplasma das células parenquimatosas de um órgão, 
ocorre a esteatose. Macroscopicamente o órgão apresenta-se amarelado, mole, com volume 
aumentado. Microscopicamente observamos vacúolos não corados no interior das células 
acometidas. Isto ocorre porque durante o processamento laboratorial para confecção das 
lâminas o tecido é exposto a substâncias que são solventes das gorduras, a qual acaba sendo 
retirada. Caso haja necessidade de corar as gorduras, é necessário um processamento especial, 
o qual irá conservar as gorduras e para posterior utilização de corante especifico de gorduras. 
A esteatose é mais comum no fígado e no musculo cardíaco. No fígado pode assumir o aspecto 
microvacuolar (quando se formam muitas gotículas pequenas) e macrovacuolar (quando se 
forma um vacúolo volumoso). 
 
Figura 1: Imagem ilustrado alteração macroscópica causada por esteatose hepática. 
 
 
Figura 2: Imagem ilustrado alteração microscópica causada por esteatose hepática. Note a 
presença de grande quantidade de vacúolos.

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