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TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO A cessação do contrato de trabalho é a terminação do vínculo de emprego, com a extinção das obrigações para os contratantes. Demissão do empregado sem justa causa Contrato por prazo indeterminado Pode o empregador a qualquer momento, despedir o empregado, cessando assim, o contrato de trabalho, devendo para tanto, efetuar o pagamento das verbas trabalhistas e indenizações que lhe são devidas, que são: Contrato de trabalho por prazo indeterminado Demissão sem justa causa - iniciativa do empregador Direitos Menos de um ano Após um ano Saldo de salário Sim Sim Aviso prévio Sim Sim Férias vencidas Não Sim Férias proporcionais Sim Sim Adicional de 1/3 constitucional Sim Sim 13° salário Sim Sim FGTS 8% Sim Sim FGTS multa de 40% Sim Sim Liberação do FGTS Sim Sim Dispensa com Justa Causa (art 482 da CLT) Dispensa que o empregador promove tendo em vista o fato do empregado ter cometido uma falta grave. É uma falta tão grave que impossibilita a continuidade do emprego, ao abalar a confiança entre as partes. Devido a essa gravidade, deve observar alguns princípios: - Princípio da legalidade: Só existe justa causa se estiver prevista em lei. - Princípio da tipicidade: O ato praticado pelo empregado deve se encaixar no tipo previsto em lei para caracterizar a justa causa. - Princípio da imediatidade: Praticada a falta grave pelo empregado, o empregador deve agir com rapidez para puni-la. Não pode punir um empregado por uma falta grave cometida muito tempo atrás. O decurso do lapso temporal pressupõe o perdão tácito (perdão implícito, presumido, subentendido) e preclui o direito do empregador de punir o empregado. A CLT não determina um prazo fixo para a justa causa, a punição tem que ser imediata, no exato momento em que tomar conhecimento do fato. Nas empresas grandes, que adotam procedimentos de apuração em caso de falta cometida pelos funcionários, a punição tem que vir imediatamente após o resultado da investigação (que não pode demorar indefinidamente para ser concluída). Art 818: Compete ao empregador fazer prova das alegações na justa causa, pois é ele quem está alegando. Um empregado também não pode ser punido duas vezes pelo mesmo ato (Ex: pune o empregado com uma suspensão, e depois, com fulcro no mesmo ato, dispensa por justa causa), sob pena de ocorrer “bis in idem”. Nesse caso a demissão será convertida em sem justa causa. Art. 482 – Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) Ato de improbidade; b) Incontinência de conduta ou mau procedimento; c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) Desídia no desempenho das respectivas funções; f) Embriaguez habitual ou em serviço; g) Violação de segredo da empresa; h) Ato de indisciplina ou de insubordinação; i) Abandono de emprego; j) Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) Ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) Prática constante de jogos de azar. Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional. Diferenças entre Improbidade, Incontinência, Indisciplina, Insubordinação e Desídia: - Improbidade ocorre quando o empregado é desonesto (Ex: furta, falsifica documentos etc), quebrando o princípio da boa-fé contratual entre as partes. Cabe à empresa, em uma possível ação judicial futura, provar o ato de improbidade que justifica a justa causa. É muito comum o empregado demitido por ato de improbidade pedir também a indenização por dano moral. - Incontinência de conduta é uma conduta sexual à margem do que a sociedade espera. É uma falta de cunho sexual, revestida de denotação sexual (Ex: uso indevido do computador da empresa para acesso de sites pornográficos; sexo no ambiente da empresa; assédio sexual, contendo hierarquia entre as partes). OBS: Não basta a cantada no ambiente da empresa. É preciso haver uma ameaça por parte daquele que é hierarquicamente superior. É muito difícil provar o assédio sexual. - Indisciplina é quando o empregado desrespeita ordens de caráter geral, dirigidas a todos os empregados (Ex: vai sem uniforme, não usa crachá etc). - Insubordinação é quando o empregado descumpre uma ordem pessoal e direta, especificamente destinada a ele. - Desídia é o não cumprimento das funções com o zelo devido. É o empregado relaxado e descompromissado. O empregador é quem tem que provar a desídia. Ela também é difícil de provar; muitas vezes é feita a partir de advertências menores, reunindo advertências e suspensões. Não existe a regra de que 3 advertências gera a dispensa por falta grave, por justa causa. Isso é uma lenda. Vai depender do empregador que aplica a pena e o juiz que analisa a proporcionalidade do caso. OBS: Na Embriaguez em serviço seria chegar ao trabalho bêbado. Entendimento de que seria passível a justa causa na primeira vez que acontecer. No caso de Embriaguez habitual em que oempregado fora do serviço, se embebeda com frequência, quase todos os dias, mesmo exercendo suas funções com zelo. Embora essa hipótese esteja na CLT, hoje a jurisprudência vem entendendo que o alcoolismo é uma patologia, e mais adequado seria um tratamento médico pelo INSS ou uma aposentadoria por invalidez, retirando a dispensa por justa causa nesses casos. No Abandono de emprego seria a falta injustificada por mais de 30 dias. Nesse caso, presume-se que ele não tem mais a intenção de continuar a trabalhar (“animus abandonandi”) “Súmula 32 do TST: Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.” Por dispensa motivada COM justa causa é devido: 1. Saldo de Salários 2. Férias vencidas 3. Terço Constitucional de Férias 4. FGTS (8%)Incidente sobre 1 Nos contratos por prazo determinado, inclusive de experiência Por extinção do contrato de prazo determinado (quando acaba o prazo) 1. Saldo de Salário 2. Férias Proporcionais 3. Férias vencidas 4. 13º Salário 5. FGTS (8%)Incidente sobre 1 e 4 6. Liberação depósitos FGTS (CEF) Cabe ainda ressaltar que o empregado contratado por prazo determinado não recebe no momento da dispensa a multa de 40% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o aviso prévio, pois o termo final do contrato já é conhecido. A diferença em relação ao trabalhador contratado a prazo indeterminado está na ausência do direito ao aviso prévio e a multa de 40% sobre o saldo do FGTS. No entanto, uma das partes pode romper o contrato antes do termo final (rescisão antecipada do contrato por prazo determinado). O legislador tenta coibir essa rescisão antecipada, em respeito ao pacta sunt servanda, estabelecendo como conseqüências: O empregador está sujeito a pagar ao empregado uma indenização equivalente à soma dos salários que faltam até o término do contrato, divididos por 2 (multa prevista no artigo 479 da CLT). Ex: Se faltavam 4 meses,ele recebe o equivalente a 2 meses de salários. Se for o empregado que rescinde, o art 480 diz que ele deve pagar ao empregador uma indenização equivalente aos prejuízos que este empregador sofrer com essa rescisão antecipada, limitada ao valor que seria devido caso a rescisão se desse por iniciativa do empregador. OBS: Existe, porém, uma situação em que o legislador (art. 481 da CLT) isenta as partes dessas indenizações: Quando as partes inserirem, na celebração do contrato, a cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada, que assegura a ambas o direito de rescindirem antecipadamente o contrato. Se existir no contrato essa cláusula e o direito de rescisão for exercido, a rescisão será regida pelos princípios que regem a extinção do contrato por prazo indeterminado e caberá o aviso prévio, ao invés da indenização pela metade do período que faltar do contrato. Pedido de Demissão: O empregado pode, a qualquer tempo, tomar a iniciativa de extinguir o contrato. No entanto, ele precisa dar o aviso prévio ao empregador, de no mínimo 30 dias. O pedido de demissão faz com que o empregado receba verbas rescisórias, mas não as mesmas de quando é dispensado sem justa causa. Não há a indenização de 40%, mas o empregado também não precisa pagar qualquer indenização ao empregador, desde que conceda o aviso prévio. Ele também recebe outras verbas rescisórias, como as férias e 13º proporcional. Súmula 212 do TST: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Por pedido de demissão 1. Saldo de Salário 2. Férias vencidas 3. 13º Salário 4. Férias Proporcionais 5. Terço Constitucional de Férias 6. FGTS (8%)Incidente sobre 1 e 2 (CEF) Rescisão Indireta (art 483) Rescisão indireta do contrato do trabalho é a falta grave praticada pelo empregador. O empregado é vítima do empregador e irá promover a rescisão indireta, ingressando em juízo para tal. Nesse caso, inverta-se o “ônus probandi”, e portanto compete ao empregado, aquele que alega, comprovar a falta grave cometida pelo empregador, que daria ensejo à rescisão indireta. A justa causa do empregador depende, portanto, de reconhecimento judicial. O empregado precisa entrar com uma ação judicial para que o juiz reconheça a rescisão indireta e determine que lhe sejam pagos todas as verbas devidas. Quando o juiz reconhece a “rescisão indireta”, o empregado recebe todas as verbas que lhe seriam devidas se tivesse sido dispensado sem justa causa, inclusive a indenização de 40% dos depósitos do FGTS. A justa causa do empregador também obedece aos princípios da justa causa do empregado. Hipóteses de falta grave do empregador: Art. 483 – O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; Ex: não fornecimento de equipamento de proteção individual em ambientes de perigo d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; Seria uma hipótese genérica, que abarcaria quase todas as outras. e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. § 1º – O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço. § 2º – No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. Nesse caso, não seria uma justa causa. Não basta a empresa encerrar suas atividades, ou morrer um administrador ou sócio, ocorrendo uma sucessão de empregadores; é preciso morrer o empregador individual, não havendo a necessidade do empregado de trabalhar pro espólio do morto. § 3º – Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. OBS: A mulher em estado gravídico também pode promover a ruptura do contrato de trabalho, caso este lhe cause prejuízo (art. 394 da CLT) Culpa Recíproca (art 484): Ocorre quando tanto o empregador quanto o empregado deram causa à extinção do contrato. Ex: briga entre os dois no ambiente da empresa. Ambas as partes praticam uma justa causa. Nesse caso, a indenização devida ao empregado será reduzida pela metade. 1. Saldo de Salário 2. Férias vencidas 3. Liberação dos depósitos do FGTS 4. FGTS (8%)Incidente sobre 1 5. FGTS (20%) 6. Aviso prévio 7. Férias proporcionais METADE 8. Terço Constitucional de Férias Súmula 14 do TST: Reconhecida a culpa recíproca, o empregado tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do 13º proporcional e das férias proporcionais. Morte do Empregado: A relação de emprego é uma relação pessoal, e portanto, com a morte do empregado, o contrato será extinto. Necessariamente, a morte do empregado implica a extinção do contrato. As verbas rescisórias, ainda assim, são devidas aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento. à previdência social. Na ausência de dependentes, serão pagas aos herdeiros, na forma da lei civil. Os mesmos direitos do PEDIDO DE DEMISSÃO sem desconto de aviso prévio. Na hipótese de inexistirem dependentes ou sucessores do titular, os valores reverterão em favor do Fundo de Previdência e Assistência Social. Morte do Empregador Pessoa Física: A morte do empregador pessoa física PODE determinar a extinção do contrato de trabalho. Se a morte do empregador implicar a extinção da atividade, o contrato de trabalho conseqüentemente será extinto (art 485 da CLT). As verbas rescisórias são devidas ao empregado e serão pagas pelos herdeiros do falecido. Também é devida a indenização de 40% dos depósitos do FGTS, como se ocorresse uma dispensa sem justa causa. Se a atividade não for extinta, depende da vontade do empregado. Ele irá dizer se quer ou não continuar trabalhando para outras pessoas. Se o empregado quiser continuar, o contrato continua normalmente. Se ele não quiser, o contrato será extinto e os herdeiros do empregador falecido terão que pagar ao empregado todos os seus direitos que lhe seriam devidos numa dispensa sem justa causa. Factum principis (Art 486) É a extinção do estabelecimento ou da atividade econômica por ato da administração pública. Consequentemente, os contratos de trabalho de todos os empregados serão extintos. Essa extinção dá o direito ao empregado de receber todas as verbas que lhe seriam devidas na dispensa sem justa causa, a serem pagas pelo poder público Ex: fechamento dos bingos Terminação contratual por extinção da empresa sem força maior Os mesmos direitos da dispensa sem justa causa pelo empregad Terminação contratual por motivo de forçamaior Pagamento, POR METADE, dos mesmos direitos devidos na dispensa sem justa causa pelo empregador. Já nos contratos por prazo determinado a indenizável. No caso de força maior, a indenização será de um quarto, isto é, metade da metade. Terminação contratual por falência ou recuperação judicial da empresa Se não houver extinção das atividades dos empregados , os contratos de trabalho permanecem em vigor. Havendo encerramento das atividades são devidas as verbas rescisórias da dispensa imotivada pelo empregador. FORMALIDADES E TERMO DE RESCISÃO: É preciso ser elaborado um termo de rescisão do contrato de trabalho ou um recibo de quitação, que devem conter todas as verbas que estão sendo pagas ao empregado e seus valores, de forma clara e discriminada. O TST editou a súmula 330, que diz que a quitação não é geral, ampla e irrestrita, não significa que o empregado diz que está concordando com tudo que está ali podendo mais tarde requerer em juízo o que achar necessário. A quitação é apenas em relação às verbas e valores descritos, que constam no termo ou recibo. O menor de 18 anos pode validamente firmar recibos de salário, mas não pode firmar o recibo de quitação ou termo de rescisão sem assistência dos pais ou responsáveis. Se o empregado tiver mais de 1 ano de serviço para o empregador, ele necessariamente deverá ter o seu termo de rescisão ou recibo de quitação homologado pelo sindicato representante dos trabalhadores ou pelo órgão do Ministério do Trabalho, sob pena de nulidade. Se houve o cumprimento do aviso prévio, o prazo para pagamento é no 1º dia ÚTIL após o término do aviso prévio. Se não houve cumprimento do aviso prévio, o prazo para pagamento é de até 10 dias CORRIDOS, contados do dia seguinte do ato que deu origem à extinção do contrato. ( até em caso de morte de uma das partes). Se o empregador não cumprir o prazo para pagamento das verbas rescisórias, terá de pagar de uma multa em favor do Ministério de Trabalho, de valor a ser estipulado por este, aplicável pelo Auditor Fiscal do Trabalho.e em favor do empregado, esse descumprimento gera direito ao pagamento de uma multa equivalente ao valor de seu último salário. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA Distinção entre Prescrição e Decadência Tanto a prescrição quanto a decadência ocorrem em razão da inércia do titular do direito não exercido e do decurso do tempo, entretanto diferem em vários aspectos. A decadência, também conhecida como “caducidade”, pode ser conceituada como a perda de um direito potestativo pelo decurso de prazo fixado em lei ou em contrato. Direito potestativo é aquele que é exercido unilateralmente pelo sujeito, independentemente da vontade do outro. A prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado, em virtude da inércia do seu titular, no prazo previsto pela lei. É a impossibilidade de ingressar judicialmente para haver determinada verba pelo credor. 2 ANOS - Limite para arguir em direito APÓS EXTINÇÃO do contrato de trabalho (Prescrição Bienal Extintiva do direito de ação) 5 ANOS - Prazo prescricional para os créditos das relações de trabalho (Prescrição Quinquenal de retroação para reparação de direito, quando evitada a prescrição bienal extintiva do direito de ação, o que a pessoa pode receber de atrasados, contando 5 anos atrás) Simplificando: conta-se dois anos para frente, a partir da extinção do contrato de trabalho, esse é o tempo que tem pra propor a ação e então cinco anos para trás, a partir da data do ajuizamento da ação, esse é o tempo máximo que vão te pagar de direitos, mesmo que tenha mais anos trabalhados. Só se fala em prescrição bienal se não mais existe contrato de trabalho, caso o contrato de trabalho ainda estiver vigente a prescrição é sempre a quinquenal. Para contagem da prescrição, deve se fazer o cálculo sempre do 1º dia após o término jurídico do contrato de trabalho. (nunca esquecer de fazer a projeção) Prescrição no FGTS A lei 8.036/90, no art. 23, § 5º, parte final, prevê, especificamente quanto ao FGTS, a “prescrição trintenária”(30 anos). O prazo prescricional de trinta anos para a cobrança das contribuições do FGTS também é previsto na súmula 210 do STJ. Apesar do acima exposto, o Pleno do Supremo Tribunal Federal, em 13 de novembro de 2014, decidiu que o prazo de 30 anos é inconstitucional, por violar o já mencionado art. 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal de 1988 e então passou o prazo prescricional aplicável às cobranças dos depósitos do FGTS para cinco anos, a partir da lesão do direito (e não apenas o prazo prescricional bienal, a contar da extinção do contrato de trabalho), tendo em vista, inclusive, a necessidade de certeza e estabilidade nas relações jurídicas. Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar. Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se 30 anos, contados do termo inicial, ou 5 anos, a partir desta decisão. Quando a Súmula diz que valerá o prazo prescricional que se vencer primeiro, evidencia que o prazo de cinco anos vai valer plenamente quando chegarmos ao ano de 2019, antes disso, a aplicação para os prazos prescricionais já em curso será a de trinta anos. Direitos de anotação na carteira para fins de prova junto à Previdência Social. Não prescrevem Efeitos de interrupção( para e começa do zero) suspensão ( para e começa onde parou) dos prazos Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição. A Ação interrompe a contagem da prescrição somente uma vez, por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. Suspende A partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F, que são 10 dias. ORAGANIZAÇÃO SINDICAL Entidade que agrupa determinadas pessoas segundo um interesse comum, de natureza profissional (trabalhadores) ou econômica (patronal), e dos quais é o legítimo e natural representante. Geralmente tem abrangência municipal. Os empregadores são obrigados a descontar, da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos sindicatos. Considera-se 1 dia de trabalho o valor. Proíbe-se a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representando categoria profissional ou econômica na mesma base territorial. É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho. Ninguém é obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a um sindicato Geralmente, as atribuições ou atividades desenvolvidas pelos sindicatos são as que se apresentam de seguida: Serviços de assistência jurídica aos seus associados; Participar e representar os seus associados em processos legislativos de âmbito laboral e em processos de negociação salarial e em acordos ou convenções coletivas de trabalho. Representar e defender os interesses dos seus associados perante as autoridades administrativas, jurídicas e políticas. O contrato coletivo de trabalho Acordo coletivo é quando o sindicato de empregados e uma empresa, órgão ou instituição, é uma forma de resolução pacífica de conflito entre os interesses dos trabalhadores, representados pelo sindicato da categoria, e uma empresa - em comum acordo - redigem um documento normativo(elenco de normas) sem a intervenção de alguma entidade patronal, isso é chamado de Acordo Coletivo de Trabalho. Válido por 2 anos, tem que ser renovado ou perde efeito. Convenção Coletiva de Trabalho tem uma amplitude maior e é celebrada entre o(s) sindicato(s) de empregados de uma categoria econômica e o sindicato Patronal tem origem em uma pauta de reivindicações aprovada em assembleia da categoria. O documento firmado entre as entidades sindicais de empregados e as patronais. Assim como no Acordo Coletivo, sua vigência é de dois anos, quando deve ser renovado ou deixará de surtir efeitos legais. Dissídio Coletivo quando há o interesse em um acordo ou convenção coletiva entre sindicatos e empresas, ou sindicatos patronais, mas não se chega à solução comum, é possível a essas ajuizarem, no Tribunal Regional do Trabalho ou, em casos de abrangência nacional, diretamente no Tribunal Superior do Trabalho, uma ação de Dissídio Coletivo, em que submetem à justiça trabalhista as cláusulas em negociação para que esta decida.
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