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princípios de cirurgia

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Curso de Odontologia da Universidade Tuiuti do Paraná 
Disciplina de Cirurgia 
Roteiro de Aula Teórica 
Data: 20/03/17 
Tema: Princípios de Cirurgia 
 
DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO: 
 Anamnese - Aspectos psicológicos, história médica, medicamentos em uso 
 Exame físico – Olhar TODA a cavidade bucal e não só os dentes!! 
 Exames laboratoriais – rotina pré-operatória (hemograma, coagulograma, 
glicemia, creatinina) 
 Exames de imagem – radiografia, tomografia, ressonância, etc. 
 
NECESSIDADES BÁSICAS PARA CIRURGIA 
 Visibilidade: iluminação suficiente; 
 acesso apropriado; 
 campo cirúrgico livre de sangue. 
 Auxílio adequado 
 
CONTROLE DE INFECÇÃO 
 
INCISÕES 
1 Lâminas afiadas e de tamanho adequado (15, 15C, 11, 12) 
 
2 Corte firme e continuo (não “recortar” o tecido) 
3 Evitar estruturas vitais - vasos e nervos (conhecimento da anatomia local) 
4 Na incisão epitelial posição perpendicular do bisturi – isto permite uma ferida 
com margens mais fáceis de readaptar durante a sutura e com menor risco de 
necrose por isquemia. Posicionar o bisturi em qualquer outro ângulo cria um 
corte oblíquo, mais difícil de fechar adequadamente e que compromete o 
suprimento sanguíneo à margem da ferida cirúrgica. 
 
 
Prof
a
 Cíntia Mussi Milani 
5 Incisões planejadas (preferir incisões sobre gengiva inserida e osso saudável. 
Incisões posicionadas adequadamente permitem que as margens da ferida sejam 
suturadas sobre tecido ósseo sadio, que esteja ao menos poucos milímetros de 
distância do osso afetado, promovendo, portanto, suporte adequado para a 
cicatrização da ferida.) 
DESENHO DO RETALHO 
1. Prevenção da necrose: 
 No retalho a base deve ser mais larga que a extremidade; a base mais larga 
maximiza o suprimento sanguíneo do retalho. (incisão relaxante sempre 
DIVERGENTE para o fundo de vestíbulo) 
 
 
 
 
 
 Em geral, a altura do retalho não deve ser maior que duas vezes a largura da 
base (extensão) - ideal: x=2y 
 
 
 
Prof
a
 Cíntia Mussi Milani 
 
 Sempre que possível deve incluir um suprimento sangüíneo axial na base do 
retalho - Ex : artéria palatina 
 A base do retalho não deve ser excessivamente torcida ou distendida 
 
2. Prevenção da dilaceração: 
 Incisão longa para um retalho com acesso suficiente no inicio do procedimento 
(por exemplo, na figura abaixo, para se ter acesso suficiente à raiz do 25, 
utilizando-se um retalho envelope, o mesmo deve-se estender da mesial do 23 à 
distal do 26. Se uma incisão relaxante for utilizada, a mesma deve ser 
posicionada na mesial do 24) 
 
 
 Evitar modificar o retalho no decorrer do procedimento 
 A incisão vertical de alívio (relaxante) deve ser feita no nível do dente anterior 
(por exemplo, na figura abaixo, para remoção de um 28 incluso, a incisão 
relaxante deve ser posicionada no 27, já antecipando qualquer remoção óssea 
necessária). 
 - preservar a papila 
 
 
3. Prevenção da deiscência: 
 Incisão sobre epitélio queratinizado sempre que possível 
 Aproximação das bordas do retalho sobre osso sadio com manipulação suave 
das extremidades. Sempre antecipar quanto osso será removido, para que, 
ao final da cirurgia a incisão relaxante esteja sobre osso sadio. Quando a incisão 
relaxante é feita muito próxima á área de remoção de osso, resultará em atraso 
da cicatrização. 
 Profa Cíntia Mussi Milani 
 
 Não submeter o retalho a tensão 
 
4. Tipos de Retalho: 
 
Semilunar Submarginal Sulcular 
 
 
Envelope (sulcular) 
 
 
 
Papilar Lieblich, 2015 
 
MANIPULAÇÃO DOS TECIDOS 
Evitar: 
 Compressão excessiva - instrumental adequado 
 Extremos de temperatura - irrigação abundante 
 Trauma de tecidos moles no descolamento e por broca 
 Tecidos secos - sempre umedecer a ferida 
 Uso de substancias químicas não fisiológicas ex: álcool 70, formol 
 
HEMOSTASIA 
 Preserva a capacidade de oxigenação 
 Melhora a visibilidade do campo operatório 
 Diminui a formação de hematomas que atuam diminuindo a vascularização, 
aumentando a tensão nas bordas da ferida e servindo como meio de cultura 
 Meios de promover a Hemostasia: 
 Compressão com gaze ou pinça hemostática no vaso. Vasos pequenos 20 a 30 
seg. e vasos grandes 5 a 10 min. de pressão contínua 
 Termocoagulação - bisturi elétrico 
 Ligadura dos vasos por sutura 
Prof
a
 Cíntia Mussi Milani 
 Pressionar curativo sobre a ferida 
 Vasoconstritores e agentes coagulantes – epinefrina, colágeno, subgalato de 
bismuto 
 
Espaço Morto: 
 Área que permanece destituída de tecido após o fechamento da ferida. 
Ex : área doadora de enxerto ósseo. 
 Normalmente preenchida com sangue, o que cria um hematoma com alto 
potencial para infecção. 
Meios de Eliminação do Espaço Morto: 
 Suturar a ferida por planos; 
 Curativo sobre pressão - união dos planos por fibrina - 12 à 18 hs; 
 Curativo dentro do espaço até cessar o sangramento – cera para osso; 
 Drenos. 
 
DESCONTAMINAÇÃO DA FERIDA 
 Descontaminação da ferida por irrigação abundante com soro fisiológico durante 
a cirurgia e fechamento. 
 
DEBRIDAMENTO DA FERIDA 
 É a remoção de tecido traumatizado, necrosado, de material estranho e áreas 
gravemente isquêmicas que impediriam a cicatrização. Normalmente é realizado apenas 
em tecidos traumatizados ou decorrentes de condições patológicas. 
 
EDEMA 
 Edema é um acumulo de líquido no espaço intersticial devido à transudação dos 
vasos lesados e da obstrução linfática pela fibrina 
 Quanto maior a quantidade de tecido lesado maior o edema 
 Quanto mais tecido conjuntivo frouxo estiver contido na região traumatizada 
maior o edema 
Controle do Edema: 
 Minimizar os danos aos tecidos 
 Compressa com gelo 
 Posição da cabeça elevada no pós-operatório 
 Corticosteróides sistêmicos - melhor ação se administrados antes do 
procedimento 
 
REFERÊNCIAS 
 Hupp JR, Ellis III E, Tucker MR. Contemporary Oral and Maxillofacial Surgery. 
2008. 
 Araújo A, Gabrielli MFR, Medeiros PJ. Aspectos Atuais da Cirurgia e 
Traumatologia Bucomaxilofacial, 2007. 
 Velvart et al. Soft tissue management. J Endod. 2005 Jan;31(1):4-16. 
 Lieblich SE. Current concepts of periapical surgery. Oral maxillofac Surg Clin N 
AM 27(2015) 383-392 
 
 
 
 
Prof
a
 Cíntia Mussi Milani

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