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ARTIGO GARDENCIA E MARIA ANTONIA

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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL NA CIDADE DE TERESINA PIAUÍ
Gardenia Garcez Costa[2: Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí – UESPI do Programação de Formação de Professores–PARFOR. Email: juliagarcez100@hotmail.com.]
Maria Antônia da Silva Santos[3: Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí – UESPI do Programação de Formação de Professores–PARFOR. Email: mariasilvasantos2012@ggmail.com]
Ivoneide Pereira de Alencar[4: Doutoranda em Educação pela Universidade Católica de Brasília – UCB. Mestra em Economia pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Especialista em Direito Tributário, Educação à Distância, Saúde Pública, Saúde da Família, Psicopedagogia Clínica e Hospitalar e Docência do Ensino Superior. Bacharel em Direito, Fonoaudiologia e Licenciatura em Pedagogia. Professora Assistente I do curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí – UESPI. Email: ivoneidealencar@ig.com.br.]
RESUMO
O presente artigo trata do estudo sobre a relevância do lúdico na Educação de Jovens e a Adultos, onde enfatiza como relevância do lúdico pode contribuir no processo de ensino e aprendizagem na EJA.Portanto, a motivação do aluno na aula é fator importante para que ocorra o processo de ensino aprendizagem. Assim a utilização do lúdico em sala de aula é uma ferramenta que facilita o aprender. Sendo que as atividades lúdicas devem ser trabalhadas de diversas formas e em qualquer faixa etária. Diante disso o fator que motivou a pesquisa foi analisar a relevância do lúdico no processo de ensino e aprendizagem na EJA, onde buscou verificar se atividades lúdicas enriquece o processo de ensino aprendizagem na modalidade a EJA. Nessa perspectiva a pesquisa utilizou-se de uma analise bibliográfica aliada ao campo de estudo, com o tipo de pesquisa qualitativa com o método exploratório e abordagem dialética, buscando investigar como o lúdico pode contribuir para uma aprendizagem significativa na EJA. O instrumento e técnica para coleta de dados foi observação não participante e questionário com perguntas abertas e fechadas, tendo como sujeitos de pesquisa duas professoras da Escola Municipal Professora de Fátima Melo. Para desenvolver a pesquisa inicialmente foi realizado um estudo teórico, onde podemos citar Soek (2009), Silva (2003) Santos (1997), Paulo Freire (2003) entre outros. No decorrer do trabalho é apresentado um breve histórico da EJA, aborda também sobre o Lúdico na EJA e a Formação do professor da EJA.
Palavras-chave: Lúdico. EJA. Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
Segundo Freire (2003) cita que geralmente é a escola que assume a responsabilidade de realizar o processo de alfabetização e, portanto aperfeiçoar os conhecimentos do educando de modo a garanti-lo o domínio de uma prática cuja finalidade não se esgote em si mesma, dando continuidade por toda a sua vida. 
Nessa perspectiva percebemos que é na Educação de Jovens e Adultos o processo de ensino aprendizagem não é diferente, onde deve-se buscar meios de motivar os alunos a participarem efetivamente do processo de ensino aprendizagem. Portanto percebe-se a necessidade de se trabalhar com o lúdico nesta modalidade de ensino, pois este contribui para que o educando se desenvolva emocionalmente e intelectualmente.
Assim, a escolha desse tema se deu a partir da nossa vivencia com essa clientela dessa modalidade, foi através dessa experiência que sentiu-se a necessidade de analisar a relevância do lúdico nas práticas pedagógicas dos docentes, para que assim possamos identificarmos a importância do mesmo para o melhor desenvolvimento do aluno inserido dessa modalidade de ensino. 
Diante disso, realizou-se um estudo sobre a relevância do lúdico na educação de Jovens e Adultos, sendo desenvolvido na escola Professora Maria de Fátima Melo, escola da rede municipal de ensino da cidade de Alto Longá – PI. 
É que questiona-se como a relevância do lúdico pode contribuir na educação de jovens e adultos para um melhor desenvolvimento no ensino aprendizagem, aliado a este problema é que o estudo tentou analisar a relevância do lúdico no processo de ensino e aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos, e identificou como estas atividades devem ser desenvolvidas para que haja uma aprendizagem significativa e consequentemente buscou verificar como os alunos da EJA, através do lúdico, se desenvolve no processo de ensino aprendizagem, onde tem-se como intuito o aperfeiçoamento de seus conhecimentos de mundo e posteriormente a sua alfabetização.
2. BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A Educação de Jovens e Adultos teve suas primeiras iniciativas no período Colonial, sendo que os jesuítas eram os professores, no entanto era uma educação restrita a classe nobre da sociedade, portanto não dava prioridade aos negros e índios. Segundo Paiva (1987), os jesuítas tinham como objetivo formar cidadãos com base no ensino religioso, onde o ensino tinha como objetivo repassar normas de comportamento e princípios religiosos. Nessa perspectiva as primeiras escolas desta época surgiram com a influência dos Jesuítas. 
A primeira Constituição Brasileira de 1824 previa o ensino primário gratuito, no entanto dava prioridade apenas ao povo da elite sendo este um dos motivos que contribuiu para um grande número de analfabetos, assim a educação básica para adultos veio a se delimitar no Brasil a partir da década de 30 com a Constituição de 1934, onde está priorizava o ensino gratuito para todos, tanto crianças como adultos. 
Com esta Constituição a educação de adultos passou a ter uma melhor assistência, onde os alunos passaram a ter o direito ao livro didático e ao dicionário de Língua Portuguesa. 
[...] ao direito de educação que já se afirmara nas leis do Brasil, com as garantias do ensino primário gratuito para todos os cidadãos, virá agora associar-se, da mesma forma como ocorrera em outros países, a noção de um dever do futuro cidadão para com a sociedade, um dever educacional de preparar-se para o exercício das responsabilidades da cidadania (BEISIEGEL, 1974, p. 63).
Nessa perspectiva as elites já haviam se adiantado no estabelecimento constitucional, do direito a educação para todos, mas a partir da Constituição de 1934 passaram a ver esse direito unido a um dever que cada cidadão brasileiro deveria assumir perante a sociedade.
Em 1947 foi lançada uma campanha intitulada de Educação Getúlio Vargas, em que foi liderada por Lourenço Filho, tendo como base a Teoria de Laubach em que acabou despertando a atenção dos governantes brasileiros. No mesmo período foi criado o Serviço de Educação de Adultos (SEA), sendo que segundo Soek (2009) teve como finalidade reorientar e coordenar os planos anuais do Ensino Supletivo para adolescentes e adultos analfabetos, onde o programa dava a assistência produzindo e distribuindo material didático e mobilizando a opinião pública.
Conforme Soek (2009) esse programa se estendeu até o fim da década de 1950, onde foi intitulado de Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA). Em 1958 foi realizado o II Congresso Nacional de Educação de Jovens e Adultos a realizarem-se no Rio de Janeiro, ainda sob a coordenação do CEAA, durante o congresso os educadores mostraram-se bastante preocupados em redefinir as características especificas e um espaço próprio para esta modalidade. 
Porém, outras teorias foram criadas para a Educação de Jovens e Adultos e diante da criação destas foram se apresentando educadores, sendo um deles Paulo Freire que se destacou com a sua metodologia de ensino, que tinha como objetivo conscientizar os cidadãos e para isso utilizava cartilhas que tinham como base os saberes do alfabetizando e com base nesses saberes é que se originavam os conteúdos de ensino.
Além disso, Freire (2003) foi um dos críticos do ensino que tinha o analfabeto como um ser sem cultura e conhecimento e que serviam apenascomo depósito de informações.
A Educação proposta por Paulo Freire não se caracteriza na transmissão de conhecimento, como se o processo de ensino e de aprendizagem circulasse em uma rua de mão única. Tomando o alfabetizando como de sua aprendizagem, ele propunha uma ação educativa que não negasse a cultura, mas que fosse transformando por meio do diálogo, ancorando no triple alfabetizador/alfabetizando /objeto do conhecimento (SOEK, 2009, p. 13).
Diante da Educação de Jovens e Adultos vê-se que um adulto não alfabetizado não deixa de ser instruído pelo fato de não saber ler e escrever, pois poderá utilizar de seus conhecimentos de mundo para solução de problemas que surgem, ele precisa ser instruído para organizar seus conhecimentos. 
Assim, a Educação de Jovens e Adultos desenvolve-se com o intuito de transmitir conhecimento linguístico, cultural, além de integrar os educandos ao meio em que vivem, ensinando-lhes a leitura, a escrita e o cálculo matemático.
Nessa perspectiva é que Paulo Freire (2003) criou a sua metodologia tendo como base palavras geradoras, onde confeccionou vários materiais didáticos orientados sob os princípios Freirianos, para que obtivesse êxito na alfabetização de Jovens e Adultos.
No ano de 1964 foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização que tinha como objetivo divulgar os programas de alfabetização oriundos segundo a proposta de trabalho de Paulo Freire. 
Nesse mesmo ano aconteceu o Golpe Militar, ficando proibidos todos os movimentos de alfabetização, havendo inclusive a apreensão de livros que eram utilizados para alfabetização.
No ano de 1966 os programas de alfabetização foram encerrados em alguns estados devido à pressão exercida pelo governo militar. 
Somente no ano de 1967 é que o próprio governo militar assumiu o controle das atividades de Educação de Jovens e Adultos, pois o número de analfabetos no país vinha a crescer.
 Assim foi criando o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), onde teve como objetivo erradicar o analfabetismo e possibilitar a educação continuada de Jovens e Adultos, sendo a partir desse princípio criado o Ensino Supletivo, onde daria a oportunidade a todos aqueles cidadãos que não tiveram acesso à escola no período certo. 
Foi um programa que esteve presente por muito tempo no país, no entanto não era um programa de alfabetização, pois não partia do diálogo e da realidade dos educandos.
Soek (2009) cita que o MOBRAL era um programa em que tinha como objetivo apenas ensinar a ler, escrever e contar, onde acabara por deixar de lado a autonomia e o conhecimento de mundo do educando.
Diante disso o MOBRAL foi extinto em 1985 sendo substituído pela Fundação Educar (Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos), está passou a apoiar financeiramente e tecnicamente as ONGs, entidades civis e empresas conveniadas.
No ano de 1990 foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96, onde a EJA passou a ser considerada uma modalidade de ensino da educação básica. E no final desse mesmo ano foi implantado o Plano Nacional de Alfabetização e Cidadania (PNAC). Posteriormente foram criados outros programas como o PAS, o ALFASOL. E no ano de 2007 foi criado o Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos.
Assim diante do histórico da EJA percebe-se que esta tem por objetivo levar o alfabetizando a adaptar o que é construído em sala de aula, à sua realidade, modificando de acordo com sua necessidade, além de incentivar o aluno a praticar socialmente a leitura e escrita.
2.1 O lúdico na EJA
Foi somente a partir da década de 1940 que a Educação para Jovens e Adultos no Brasil passou-se a ser voltada para as camadas populares, aonde como vimos no histórico passou a ser realmente evidenciada a partir de 1960.
Portanto, Paulo Freire surgiu com a sua proposta de ensino libertadora em que o ensino era realizado a partir das vivencias dos alunos, ou seja, da sua realidade com o intuito de uma transformação social, onde existe a necessidade de respeitar os saberes dos educandos, suas realidades, pois impor “a eles a nossa compreensão em nome da sua libertação é aceitar soluções autoritárias como caminhos para liberdade” (FREIRE, 2003, p. 27).
Assim a ludicidade é uma forma agradável em que se aprende brincando, onde o que importa não é apenas o produto da atividade, mas sim a própria ação, o momento em que os educandos vivem diante das atividades, pois as atividades lúdicas proporcionam momentos de encontro do educando consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, sendo que as mudanças que ali ocorrerão não serão apenas cognitivas, mas também afetivas, pois existe a integração dele com o mundo. Diante disso, podemos dizer que:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (BRASIL, 1998, p. 23).
Freire ( 2003) cita que educar não se restringe apenas a repassar informações ou mesmo mostrar o caminho em que o professor considera o correto, mas sim ajudar ao educando a tomar consciência de si mesmo, dos outros e da sociedade, contribuindo para que ele possa escolher entre os vários caminhos aquele em que for mais compatível com os seus valores e com a sua visão de mundo. 
Silva (2003) afirma que o lúdico é uma maneira que deve ser utilizado como um recurso que propicia ao ensino de forma simples e divertida, onde ajuda se constrói o conhecimento através de jogos e brincadeiras próprias e livres, sendo que repassam informações ou valores culturais que estimulam a cooperação e levam aos alunos a desenvolver a imaginação e a criatividade.
Santos (1997) reforça que a ludicidade tem conquistado um espaço no cenário da educação, pois esta é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e, portanto não poderá ser vista apenas como diversão, pois ela facilita a aprendizagem, contribuindo para a socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. 
Nessa perspectiva percebe-se que o lúdico é uma maneira atrativa em que podemos utilizar em sala de aula para dinamizar as atividades, tendo um resultado eficiente quanto ao processo de ensino aprendizagem.
Ensinar por meio de jogos e brincadeiras é um caminho para que o educador desenvolva aulas mais interessantes, descontraídas e dinâmicas, podendo competir em igualdade de condições com os inúmeros recursos a que o aluno tem acesso fora da escola, despertando ou estimulando sua vontade de frequentar com assiduidade a sala de aula e incentivando seu envolvimento no processo de ensino e aprendizagem já que se diverte simultaneamente. (SILVA, 2004, p. 26).
Os jogos e brincadeiras contribuem para que o espaço escolar seja mais agradável e prazeroso, assim eles contribuem para que o educador tenha um maior sucesso nas atividades e no desenvolvimento da aprendizagem em sala de aula.
O lúdico permite descobrir novas perspectivas, desenvolve e enriquece o vocabulário, além de ser um instrumento pedagógico que oportuniza a integração entre os educandos e o educador. Ressalta-se, ainda, que o lúdico é historicamente cultural. Desta forma, além de servir como instrumento pedagógico dar lustre à personalidade dos participantes.
A passagem de um papel passivo para um papel ativo é o mecanismo básico de muitas atividades lúdicas. Reduz o efeito traumático de uma experiência recente e deixa o indivíduo melhor preparado para ser submetido novamente ao papel passivo, quando necessário. Isso explica em grande parte, o efeito benéfico da brincadeira. (PELLER, apud BOMTEMPO, 2008,p.31).
As atividades lúdicas são uma forma adequada e necessária para que haja uma prática educativa para o pleno desenvolvimento do ser humano, onde possibilita o seu crescimento de forma saudável consigo mesmoe com a sociedade em que está inserido. 
Portanto, Silva (2003) cita que o lúdico tem grande fluência na sala de aula, além de ser um apoio pedagógico para a socialização de comportamentos dos educandos, tornando-os seres sabedores dos valores éticos.
 Através do lúdico podem ser proporcionados momentos de felicidade, igualdade, acrescentando leveza à rotina escolar fazendo com que o educando assimile melhor os ensinamentos que lhes são oferecidos, mas estas atividades devem ser planejadas, onde deve ser realizada a pesquisa, o estudo, a busca de atividades diferenciadas e ricas em vivência de princípios estéticos.
Deste modo, Freire (2003) cita que na EJA é preciso envolver os alunos em um processo de ensino norteado por práticas que possibilite a inclusão educacional e social. 
Para tal, os trabalhos educativos com jovens e adultos devem estar alicerçados com práticas que desenvolvam a permanência do educando na escola, permitindo o seu desenvolvimento em múltiplas dimensões e fazendo com o mesmo e prepare para novos desafios que surgem. 
Portanto o uso do lúdico na EJA é uma forma agradável de ensinar os alunos, de ajudá-los a desenvolver a imaginação e o pensamento através dos jogos, brinquedos e brincadeiras, sendo estes meios e atividades que estão inseridos no dia-a-dia, diante disso deve-se buscar planejar atividades que ao integrá-las a estes meios possam contribuir para o crescimento do educando sob os aspectos necessários para que esta possa desenvolver-se efetivamente no processo de ensino aprendizagem. 
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização comunicação, expressão e construção do conhecimento (SANTOS, 1997, p.12).
Assim, diante de uma concepção lúdica, deve-se considerar a linguagem oral e escrita como uma forma de interação para expressar pensamentos ou para a apropriação de conhecimentos. Portanto, poderemos através de jogos, brincadeiras, montagens de atividades diferenciadas e produções dos alunos criar um ambiente alfabetizador significativo e concreto. 
 Assim, Silva (2003) reforça que com a utilização de materiais concretos e atividades relacionadas à realidade dos educandos poderá contribuir para o desenvolvimento do educando sob várias dimensões. Portanto, há a necessidade de uma leitura critica da realidade dos alunos, pois assim haverá um fazer pedagógico diferenciado, em que o momento de alfabetização estará associado às mudanças que queremos na sociedade.
2.2 A Formação do Professor da EJA
 Segundo Freire (2003) os educadores e as famílias possuem uma relação muito próxima e, diante disso o educador deve buscar conhecer a realidade dos seus alunos, seus hábitos, costumes, etc., mas sempre considerar a diversidade já existente, respeitando as diferenças e contribuindo para a ampliação do contexto sociocultural deles.
Assim, Novoa (1992) afirma que nos dias de hoje ainda existem muitos profissionais da Educação de Jovens, Adultos que não possuem a formação adequada para atuarem nesta área, é uma realidade que ainda encontramos nas nossas escolas, mas que aos poucos estão tentando mudar, além da falta de formação, muitos profissionais recebem uma baixa remuneração e trabalham diante de situações precárias. 
Como diz BRASIL (1998, p. 40) “Isso significa que as diferentes redes de ensino deverão colocar-se a tarefa de investir de maneira sistemática na capacitação e atualização permanente de seus professores.”
Nessa perspectiva, faz-se necessário que estes profissionais tenham uma formação pertinente para o seu trabalho na EJA, mas deve ser acompanhada de forma adequada e que sempre esteja em permanência em serviço. 
Além da formação desses profissionais deve-se proporcionar a eles condições de trabalho adequadas para que o ensino seja de qualidade.
Em sala de aula o professor além de estar atento às situações que ocorrem a cada momento, ele deve ter sabedoria para agir diante das situações decorrentes, assim alguns princípios ele deve levar em conta o que cita Freire (2003), ouvir e valorizar o que os adultos já sabem de melhor, ser afetivo, evitar apelidos, aceitar as opiniões sem críticas destrutivas, não demonstrar preferência por alguma pessoa, dentre outros. 
Diante disso, esse profissional deve ter uma formação pertinente para que seu trabalho seja de qualidade. 
Antes de qualquer tentativa de discussão de técnica, de materiais, de métodos para uma aula dinâmica, assim é preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache “repousado” no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano. É ela que me faz perguntar, conhecer, atuar, mas perguntar, reconhecer. (FREIRE, 2003, p. 52).
Diante disso, a formação desse profissional deve ser ampla, para que este obtenha o conhecimento necessário para que desenvolva um trabalho satisfatório, além disso, o educador é sempre um aprendiz que deve estar sempre buscando novos conhecimentos e aperfeiçoando os já existentes. 
É um profissional que exige diariamente que faça a sua auto avaliação, para que reflita constantemente sua prática, portanto deve sempre estar trocando ideias com demais professores e dialogando com as famílias e a comunidade buscando informações necessárias para melhorar o trabalho que desenvolve.
Freire (2003) ressalta que o educador da EJA deve conhecer a realidade de seu educando, como onde deverá considerar essa realidade para promover a motivação necessária à aprendizagem, abordando técnicas e metodologias eficientes para esse tipo de modalidade. 
Segundo Freire (2003) a escola assume responsabilidades com a formação dos educandos, portanto necessitam de propostas eficientes e recursos consistentes para construir um ensino comprometido e com sucesso. Assim deve fazer uso de metodologias que facilitem a aprendizagem e despertem o interesse dos alunos, sendo essa uma tarefa do professor, pois muitas vezes as propostas trazidas para a sala de aula são desinteressantes e não causam motivação para a aprendizagem.
3. MÉTODOS E PROCEDIMENTOS (METODOLOGIA)
Com base em Pimenta e Lima (2004), a metodologia, para a grande maioria das pessoas, refere-se apenas como fazer, como elaborar e como aplicar. Entretanto, é na metodologia que está presente o conjunto de habilidades que o professor estabelece com sua área de conhecimentos de mundo, seus valores e sua ética. Com o intuito de realizar integração entre educandos e educadores, é cabível que se realize um plano. Veja o que Zabala diz sobre o planejamento:
[...] tudo isso deve permitir a individualização do tipo de ajuda, já que nem todos aprendem da mesma forma nem no mesmo ritmo e, portanto, tampouco o fazem com as mesmas atividades. Tem que ser um planejamento suficientemente flexível para poder se adaptar as diferentes situações da aula, como também deve levar em conta as contribuições dos alunos desde o princípio. (ZABALA, 1998, p. 94).
3.1 Tipos de Abordagem
A metodologia utilizada para a realização da pesquisa se caracteriza do tipo de abordagem qualitativa, que segundo MINAYO (2010, p. 63) “a interação entre o pesquisador e os sujeitos pesquisados é essencial”, e buscará compreender que elementos são significativos para o observador-investigador do tema abordado.
A investigação qualitativa é uma forma de estudo da sociedade que se centra na forma como as pessoas interpretam e dão sentido às suas experiências e ao mundo em que vivem. Assim busca compreender a realidade social das pessoas. Ao utilizar a pesquisa qualitativa o investigador busca explorar o comportamento, as perspectivas e experiências das pessoas para posteriormente interpretar essa realidade, sendo que o pesquisador deve ter em mente que a nenhuma pesquisa pode ser vista como neutra.
Diante disso, a pesquisa qualitativa busca a relação entreo real e o sujeito, sendo que neste trabalho buscou-se verificar a relação da prática do educador da EJA utilizando o lúdico, tendo como instrumento questionário com perguntas abertas e fechadas sobre o tema abordado.
A pesquisa qualitativa está capitaneada por uma pesquisa bibliográfica que segundo Lakatos (2003):
“abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais revistas, livros, pesquisas, monografias... Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto (...)” (LAKATOS, 2003, p.182).
3.2 Tipo de Pesquisa
Nessa perspectiva buscou-se alguns teóricos que tem contribuído de forma significativa ao longo do tempo com o estudo sobre o lúdico, dentre outros teóricos que foram citados ao longo do trabalho. Aliada à pesquisa bibliográfica tem-se a pesquisa de campo que segundo Demo (2000, p. 21), “é uma pesquisa dedicada ao tratamento da face empírica e fatual da realidade; produz e analisa os dados, procedendo sempre pela via do controle empírico e fatual”, ou seja, busca conhecer a realidade empírica para a produção do conhecimento científico.
Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. (LAKATOS, 2003, p. 185).
3.3 Métodos da Pesquisa
Com relação aos seus métodos é do tipo exploratório que segundo Lakatos (2003) são investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. E com o uso do método dialético no qual os estudos foram constituídos com base no dialogo dos teóricos que discutem a problemática.
Portanto, para a dialética, as coisas não são analisadas na qualidade de objetos fixos, mas em movimento: nenhuma coisa está "acabada", encontrando-se sempre em vias de se transformar, desenvolver; o fim de um processo é sempre o começo de outro (LAKATOS, 2003, p.100).
Para o campo de estudo utilizou a escola Professora Maria Fátima de Melo, uma Escola da rede Municipal, que está localizada na zona urbana da cidade, exatamente a Rua 07 de setembro,número 400,na cidade de Alto Longá – PI. A Instituição atende Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O que constituiu o universo da pesquisa foram professores da Educação de Jovens e Adultos, onde dois que atuam nesta área e foram escolhidos para realizar a pesquisa a respeito da relevância do lúdico na Educação de Jovens e Adultos para uma aprendizagem significativa.
Como instrumento da pesquisa foi utilizado um questionário com perguntas abertas e fechadas e técnica de observação não participante. Os dados coletados serão analisados e discutidos a luz de uma literatura especializada para posteriores resultados relevantes.
4. ANÁLISE E DISCURSÕES DOS RESULTADOS 
A coleta de dados foi realizada por meio de questionários com perguntas abertas e fechadas no qual os interlocutores da pesquisa que foram duas professoras selecionadas na amostra no qual denominou-se professora “P¹” e “P²’, responderam as questões que tratavam sobre o lúdico no Educação de Jovens e Adultos. 
As perguntas e respostas foram organizadas em um quadro demonstrativo, para confrontar com as ideias postuladas pela base teórica que fundamenta a pesquisa. 
O questionário está composto por 6 (seis ) questões, sendo estas abertas e fechadas. O mesmo tem por objetivo analisar a relevância do lúdico no processo de ensino e aprendizagem na EJA na escola Professora Maria de Fátima Melo.
Inicialmente questionou-se sobre o que é atividade lúdica, em um universo de duas professoras que foram escolhidas para responder as questões, conforme o quadro 1:
QUADRO1:Na sua opinião, o que é atividade lúdica?
	PROFESSORES
	RESPOSTAS DAS QUESTÕES
	Professor P¹
	Aquela que é capaz de constituir o conhecimento de forma diferenciada a partir de algum comando dado pelo professor, ou discente, de forma a mudar as estratégias diárias da classe.
	Professor P²
	É uma atividade de entretenimento onde o principal objetivo é fazer o educando aprender brincando, com jogos e brincadeiras voltadas a aprendizagem dos conteúdos didáticos.
Quadro1: conceito do lúdico.
Entende-se que através da opinião dos professores, que as atividades lúdicas pode se observar, que lúdico facilita, para uma compreensão do educando sobre a realidade concreta, além de desenvolver sua habilidade facilitando o processo de ensino aprendizagem importante, através dos jogos e brincadeiras.
Segundo P¹ e P² percebe-se que os jogos e brincadeiras são recursos didáticos a serem trabalhado. Pois os jogos e brincadeiras desenvolvem habilidades no processo ensino aprendizagem dos jovens e adultos. 
 “(...) uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas com diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento” (SANTOS, 1997, p.12).
De acordo com o autor, é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, pois torna-se mais atrativo assim ver valorizados pelo docente como um grande instrumento de ensino e da aprendizagem, pois os jogos e brincadeiras utilizados de forma pedagógica tem o poder de transformar os conhecimento já adquiridos nas práticas cotidianos em novos saberes. 
Em seguida buscou-se saber se os jogos e brincadeiras são recursos didáticos importante na EJA. Diante da realização da pergunta as respostas das duas professoras podem ser vistas no quadro 2 descrito abaixo.
QUADRO 2: Você considera os jogos e brincadeiras como recursos didáticos importantes a serem trabalhados no ensino de jovem e adulto?
	PROFESSORES
	RESPOSTAS DAS QUESTÕES
	Professor P¹
	Sim
	Professor P²
	Sim
Quadro2: jogos e brincadeiras como recursos didáticos.
De acordo com os jogos e brincadeiras e os didáticos pode-se observar que todos os sujeitos consideram as brincadeiras facilitadoras, para uma compreensão do educando, além de desenvolver o seu crescimento no processo ensino-aprendizagem.
A utilização do jogo e das brincadeiras potencializando a exploração e a construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico regular requer oferta de estimulo de extremo e a influencia de parceiros, bem com a sistematização do conceito em outras situações que jogos ou brincadeiras (KISHIMOTO 1998 apud ROJAS 2007. p.56).
Diante desse pensamento percebe-se que através da utilização dos jogos e das brincadeiras o mesmo é capaz de potencializar a exploração e a construção do conhecimento, considerando de grande importância na prática pedagógica.
Assim, tentou-se identificar com que frequência às professoras utilizam os jogos em sala de aula. No quadro abaixo mostra a resposta das professoras. 
QUADRO 3:Com que frequência você utiliza os jogos nas suas atividades em sala de aula?
	PROFESSORES
	RESPOSTAS DAS QUESTÕES
	Professor P¹
	Quinzenalmente, na maioria das vezes os jogos e brincadeiras utilizados por mim, são colocados após a explanação do conteúdo ou mesmo antecedente a esta explicação para que os alunos introduzam os conceitos na prática.
	Professor P²
	Diariamente, ao utilizar as atividades lúdicas percebo que o educando apresenta mais interesse em aprender os conteúdos e consigo um bom retorno na aprendizagem.
Quadro 3: frequência da utilização dos jogos nas atividades
Diante das respostas sobre as atividades lúdicas P¹ e P² percebe-seque cada uma trabalha em dias diferente, uma diariamente a outra quinzenalmente, mas as respostas ao serem analisadas, afirma que de certa forma todos os entrevistados utilizam os jogos e as brincadeiras com objetivos definidos, seja com intenção de despertar o interesse como também torna a sala de aula mais atrativa para educando da (EJA) aprender de forma prazerosa. 
Entendemos que o educador é um mediador, um organizador do tempo, do espaço, das atividades [...] na construção do conhecimento. E ele quem cria e recria sua proposta pedagógica e para que ela seja concreta, critica dialética, este educador deve ter competência técnica para fazê-la (SANTOS, 1997, p.61).
Posteriormente foi questionado se as atividades lúdicas são importantes para a socialização dos alunos. No quadro abaixo mostra a resposta das professoras. 
QUADRO 4: As atividades lúdicas são importante para a socialização dos alunos, de que maneira?
	PROFESSORES
	RESPOSTAS DAS QUESTÕES
	Professor P¹
	São muito importantes, já que nos jogos devemos obedecer regras, normas e para isso devemos respeitar o tempo e o espaço do outro. Dessa maneira essas atividades lúdicas contribuem para a socialização desses alunos.
	Professor P²
	Proporcionando atividades em que tenham por objetivo adquirir ou que os alunos percebam valores e boas atitudes em sala de aula e no cotidiano escolar.
Quadro 4: a importância da atividade lúdica.
Diante das respostas observa-se que as professoras afirmam que a atividade lúdica desenvolve o processo de socialização como cita Silva (2003)que o lúdico tem grande fluência na sala de aula, além de ser um apoio pedagógico para a socialização de comportamentos dos educandos, tornando-os seres sabedores dos valores éticos.
Assim, percebe-se pelas respostas das professoras que o lúdico não é apenas o brincar por brincar, mas sim brincar com um objetivo determinado previamente com o intuito de associar a algum tema a desenvolvido em sala de aula.
Em seguida tentou-se saber as contribuições do lúdico na EJA, como mostra as resposta das professoras no quadro abaixo.
QUADRO 5: Quais as contribuições do lúdico no processo de ensino-aprendizagem?
	PROFESSORES
	RESPOSTAS DAS QUESTÕES
	Professor P¹
	São tantas, porém citarei algumas:
Liberdade para aprender, responsabilidade no cumprimento do que é exigido, saber discernir que a perda no processo educacional não existe, apenas deve ser aperfeiçoada e etc.
	Professor P²
	No ensino do educando jovem ou adulto pode contribuir significativamente no desenvolvimento mental, intelectual e social além de desenvolver habilidades.
Quadro 5: contribuição do lúdico no processo de ensino aprendizagem.
Ao observar as respostas das professoras verifica-se que as mesmas acreditam que os jogos e brincadeiras contribuem e facilitam na aprendizagem dos educandos, onde enfatizaram que através deles os alunos se desenvolvem habilidades e interagem uns com os outros. 
Diante das respostas das professoras pode-se constatar que as mesmas reconhecem a importância do uso de jogos na EJA, assim podemos dizer que há uma contribuição da ludicidade no processo de ensino aprendizagem, como afirma Silva (2004), o lúdico não se limita apenas à diversão/recreação, este pode ser utilizado como elemento educativo, permitindo ao ser humano aprender de forma descontraída. 
Esta ferramenta pedagógica facilita o processo de ensino e aprendizagem, porém o professor precisa gostar do que faz e saber justificar a utilização do lúdico, ou seja, quais os objetivos que deseja alcançar, além de planejar tudo com antecedência e preparar os alunos para esta atividade.
Portanto, com a realização de atividades lúdicas em sala de aula o ensino se torna mais atrativo para os educandos, pois contribuem para que eles se expressem, interajam e vivenciam situações em que os fazem pensar nas possíveis melhorias para a sua vida.
Finalizando, foi questionado sobre as vantagens e desvantagens do lúdico na EJA, como mostra as respostas das professoras no quadro abaixo. 
QUADRO 6: Quais são as vantagens e desvantagens que obtêm ao utilizar-se o lúdico no ensino de jovem e adulto?
	PROFESSORES
	RESPOSTAS DAS QUESTÕES
	Professor P¹
	Vantagens: valorização da vivência dos jovens e adultos no processo de aprendizagem e na mudança na rotina da sala de aula, principalmente por que estes trabalham durante o dia e não tem tempo para estudar fora da escola.
Desvantagens: não diria desvantagens no lúdico, diria que alguns nascem para estudar e outros estudam por necessidade, além do que não conseguimos atrair nem mesmo crianças em sua totalidade. Mas isso não desculpas para estas práticas metodológicas, ao contrario, deve ser um incentivo para ampliar estas alternativas e alcançar a totalidades chegando assim ao nosso maior objetivo aprendizagem dos nossos alunos.
	Professor P²
	Vantagens: aprendizado prazeroso, saída da rotina tradicional de ensino.
Desvantagens: Faz necessário adaptar as atividades de acordo com o interesse e vivencias do educando, para que ele se sinta bem e motivado a estar envolvidos nas atividades lúdicas.
Quadro 6: vantagens e desvantagens do lúdico
Diante das respostas das professoras observa-se que há muitas vantagens na utilização da atividade lúdica na EJA como já foi citado nas respostas anteriores. Mas a desvantagens e colocada como falta de planejamento ou colocar os alunos brincar por brincar. Por isso a formação do educador na área da EJA e conhecimento da vida do aluno e essencial para desenvolver essas atividades lúdicas, sendo este um ponto positivo para uma melhor qualidade do ensino. Como diz Paulo Freire:
Por isso é que na formação permanente dos professores o momento fundamental é o da reflexão critica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. (FREIRE, 1996, p. 22).
Nessa perspectiva percebe-se a importância da formação continuada dos professores, pois é durante essas que acontecem a troca de ideias, informações, relato de experiências e que faz com que o educador possa refletir sobre o seu trabalho e buscar melhores caminhos para que ele possa fluir com sucesso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo deste trabalho buscou-se analisar a importância do lúdico no processo de ensino e aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos, portanto considera-se que a pesquisa realizada propiciou entendimento do uso das atividades lúdicas em sala de aula desta modalidade de ensino, mas sempre com metas estabelecidas.
Podemos concluir que as atividades lúdicas contribuem para o desenvolvimento global do educando, sendo que estas auxiliam no desenvolvimento da criatividade e dos seus aspectos social, afetivo, emocional e cognitivo.
Diante das respostas obtidas nos questionários realizados com as professoras pode-se comprovar que as mesmas reconhecem que o trabalho com o lúdico é de grande importância para o pleno desenvolvimento dos alunos. Pode-se verificar também que o professor diante da realização dessas atividades deve estar atento aos alunos, observando o seu comportamento e a forma como realizam as atividades propostas.
Diante do exposto conclui-se que vários aspectos contribuem para a prática lúdica em sala de aula tendo em vista que o jogo e a brincadeira é uma fonte de prazer e descoberta, pois através deles os educandos investigam e aprendem. 
Além de que são meios atrativos e incentivadores do processo de ensino aprendizagem, não devendo ser vistos apenas como divertimento para gastar energias, ao serem colocados como atividade lúdica em sala de aula e com objetivos claros para o ensino aprendizagem do aluno, ele favorecendo o desenvolvimento físico, afetivo, social, cognitivo e moral.
Nessa perspectiva é que observamos que o professor tem que ser criativo para que suas aulas sejam dinâmicas e acredita-se que os professores da EJA da Escola Professora Fatima de Mela tem esta criatividade e a usam para que suas aulas sejam mais interessantes e os educandosdeem mais atenção.
Assim, o estudo apresenta-se relevante, pois diante da pesquisa verificou-se que os professores valorizam as práticas lúdicas em sala de aula, o que contribui para que os educandos aprendam com mais facilidade.
Por fim, podemos dizer que os professores que participaram da pesquisa sabem e tem consciência acerca da importância da inclusão do lúdico no desenvolvimento da prática pedagógica.
Nessa perspectiva, pode-se constatar que a Instituição Professora Fátima de Melo possui em seu quadro profissionais educadores conscientes da importância do trabalho com o lúdico desde a EJA, assim tem-se um resultado positivo no processo de ensino aprendizagem.
ABSTRACT
This article deals with the study of the relevance of the play in the Education of Young and Adults, which emphasize how important the ludic can contribute to the process of teaching and learning in adult education. Therefore, the motivation of the student in class is an important factor to occur the process of teaching and learning. Thus the use of the play in the classroom is a tool that facilitates learning. Since the play activities should be worked in different ways and at any age. Thus the factor that motivated the research was to analyze the relevance of the play in the process of teaching and learning in adult education, where we sought to determine whether recreational activities enrique the process of teaching and learning in the form EJA. In this perspective the research used a literature review combined with the field of study, the type of qualitative research with exploratory method and dialectical approach, seeking to investigate how the playful can contribute to a meaningful learning in adult education .The instrument and technique data collection was non-participant observation and questionnaire with open and closed questions, with the research subjects two teachers of the Municipal School Professor Fatima Melo. To develop the research was initially conducted a theoretical study where we can mention Soek (2009), Silva (2003) Santos (1997), Paulo Freire (2003) among others. During the work presents a brief history of the EJA also discusses about Lúdico in adult education and the adult education teacher training.
Keywords: Playfulness . EJA . Learning.
REFERÊNCIAS
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