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Apostila SUS para concursos

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www.susconcursos.com.br 
 
ÍNDICE 
1. Apresentação--------------------------------------------------------------------------------------- 03 
2. Breve História da Saúde Pública no Brasil e a Criação do SUS---------------------------- 04 
3. Constituição Federal (Art. 196 ao 200)---------------------------------------------------------05 
4. Lei orgânica 8.080/90----------------------------------------------------------------------------- 14 
5. Lei orgânica 8.142/90----------------------------------------------------------------------------- 61 
6. Pacto pela Saúde 2006---------------------------------------------------------------------------- 68 
7. Decreto de Lei 7.508/11--------------------------------------------------------------------------137 
8. Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória------------------------------------ 156 
9. Exercícios Complementares--------------------------------------------------------------------- 165 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Apresentação 
 
 É com grande satisfação que apresento a Apostila SUS para Concursos 2018: um jeito 
diferente de estudar legislação. 
 Após um ano e meio esse projeto saiu do papel e valeu muito a pena, pois foi pensando em 
você estudante e profissional da saúde que desenvolvi a Apostila SUS para Concursos. A Nova 
Versão 2018 está totalmente revisada e atualizada. Tudo para facilitar a vida de vocês quando o 
assunto é Legislação do SUS. 
 O conhecimento da legislação do SUS sempre foi muito cobrado nos concursos públicos, 
porém muitos candidatos não estão familiarizados com esse assunto, que não é muito abordado 
no período de graduação, apresentando dificuldades tanto para estudar quanto para realizar a 
prova. 
 Lembro-me do meu primeiro concurso público, tinha que estudar legislação do SUS, as 
mais variadas leis, decretos e normas, simplesmente me vi perdido sem saber por onde começar. 
Então depois de fazer alguns concursos acabei desenvolvendo um método para estudar 
legislação, o qual consistia em não somente ler a lei seca do SUS, mas tentar compreender, para 
isso resolvia muitas questões e procurava resumir alguns pontos mais importantes das leis que eu 
lia. Após começar a estudar dessa maneira, meu desempenho nessa matéria aumentou muito e 
consequentemente passei a obter melhores resultados nos concursos que prestava. 
 Já no meu primeiro concurso gabaritei a matéria de legislação do SUS e passei em 
primeiro lugar. Alcancei meu objetivo: obter um cargo público em minha área de atuação. 
 Resolvi então desenvolver esta Apostila em PDF atendendo alguns pedidos de colegas. O 
propósito dessa Apostila é descomplicar esse assunto tão temido pelos candidatos da área da 
saúde, deixando o estudo mais leve e dinâmico, ele é um aliado para aqueles que desejam obter o 
sonhado cargo público. 
 Aqui as principais leis serão comentadas para poder facilitar a compreensão dos 
candidatos que se preparam para as mais variadas provas, você não irá apenas ler toda a 
legislação de saúde pública que o edital solicitou, mas terá a possibilidade de realmente entender 
todo o processo de funcionamento do sistema de saúde público brasileiro. 
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 A Apostila traz ainda exercícios resolvidos de concursos anteriores abordando os 
principais assuntos de cada lei e, no final, um simuladão com 300 exercícios complementares 
para o candidato por a prova o conteúdo aprendido. 
 
 
 
 “Cada fracasso ensina ao homem algo 
 que ele precisava aprender.” 
 Charles Dickens 
 
 
 
 
 
Breve História Sobre a Saúde Pública no Brasil 
 
O surgimento do SUS não se deu da noite para o dia. Levou tempo para que chegássemos 
ao sistema de saúde pública que temos hoje. Algumas datas foram marcos para a saúde 
pública brasileira, entre elas o ano de 1953 é muito importante. Nessa data foi criado o 
Ministério da Saúde. 
Inicialmente as ações realizadas pelo MS eram oferecidas aos indigentes, ou seja, aqueles 
que não eram trabalhadores formais e que, portanto, não eram acobertados pelo Instituto 
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). As ações do MS eram 
basicamente; de promoção (Educação em Saúde), de prevenção de doenças 
(ex.:Vacinação) e, em poucos casos, prestava assistência médico-hospitalar. 
O INAMPS foi criado em 1974 pelo regime militar partindo do antigo Instituto Nacional de 
Previdência Social (INPS) que o hoje é o INSS. O INAMPS prestava atendimento médico aos 
trabalhadores de carteira assinada, ou seja, aos que contribuíam com a previdência e 
funcionava em conjunto com o INPS. A maior parte dos serviços prestados pelo INAMPS era 
ofertada pela iniciativa privada. Nessa época os médicos passam a ganhar muito devido ao 
aumento da demanda e ao perfil dos serviços voltados apenas para a cura das doenças, o 
cuidar da doença e não da saúde. Como os serviços eram prestados pelas instituições 
privadas e eles ganhavam por procedimentos, quanto mais doença, melhor. 
No início dos anos 70 ocorre o movimento de reforma sanitária, pela oposição ao regime 
militar. Já no fim dos anos 70 a previdência social entra em crise, período também que se 
observa um enfraquecimento do regime militar. Isso tudo leva o governo a realizar 
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aberturas para que houvesse uma discussão sobre propostas de mudanças no sistema de 
saúde da época. 
Embora houvesse tido essa abertura política, foi somente quando o regime militar “caiu” 
que realmente tivemos mudanças significativas na saúde pública. Já em 1986, um ano após 
a queda do regime, ocorreu a VIII Conferência Nacional de Saúde e essa se configura de 
grande importância nessa cronologia da saúde, sendo considerado um “divisor de águas”, 
pois nesse momento é que surge a ideia de um sistema único de saúde, pelo menos 
começou a partir daí a ter essa ideia de um sistema que fosse universal, descentralizado e 
que fosse dever do estado administrar o mesmo. A VIII conferência ainda foi de grande 
importância pelo fato de formar bases para a seção “da saúde” na Constituição Federal que 
em 1988 cria o Sistema Único de Saúde – SUS. 
Antes da criação do SUS, porém, tivemos em 1987 a criação do SUDS – Sistema Unificado e 
Descentralizado de Saúde, e que teve princípios norteadores muito próximos do que 
encontramos posteriormente na lei 8080 de 1990, que é a lei orgânica da saúde e 
regulamentou a criação do SUS. Vale ressaltar que por mais próximo que sejam os 
princípios dos SUDS e do SUS eles diferem em alguns aspectos. 
Por fim, em 1988, nasce o Sistema Único de Saúde – SUS que foi criado pela Constituição 
Federal e posteriormente, em 1990, regulamentado pela Lei Orgânica da Saúde 8.080 e 
pela Lei 8.142 que deram as bases para o funcionamento desse novo sistema. Levou algum 
tempo, porém, para que o SUS entrasse em funcionamento completo, essa transição para 
esse novo modelo de saúde pública teve fim somente em 1993 quando INAMPS foi 
completamente extinto. 
 
 Constituição Federal de 1988 (Artigos 196 ao 200) 
 
A Constituição Federal e seus artigos196 ao 200 está presente em praticamente 
todos os concursos da saúde que cobram Legislação do SUS, isso porque, como 
vimos anteriormente, foi a partir da CF de 1988 que surgiu o Sistema Único da Saúde 
– SUS, sendo este regulamentado pelas leis 8.080/90 e 8.142/90 que também são 
muito cobradas nos concursos e serão estudadas ao longo da Apostila. 
Os últimos anos foram de grande importância para boa parte da Legislação do SUS, 
pois várias mudanças e atualizações foram observadas. A CF de 88 não escapou, e 
abaixo você terá todas as atualizações que ocorreram. 
Iremos estudar aqui artigo por artigo, mas o que tem caído mais nas provas referente 
à CF são os artigos 196, que simplesmente “cria” o SUS, e o 198 que apresenta 
algumas diretrizes desse novo sistema. 
Já lei 8080 e 8142 irão explicitar melhor o que está fundamentado nesses 5 artigos da 
CF, essas leis irão trazer sobre a organização, funcionamento, princípios e diretrizes, 
papéis de cada ente federativo e muito mais. Não podemos esquecer também do 
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Pacto pela Saúde, que traz algumas mudanças, e do Decreto de lei 7508, que 
regulamenta a Lei 8080 e é de muita importância para a Saúde, além de ser a nova 
vedete dos concursos. 
Todos esses temas, e mais alguns, serão vistos no decorrer da Apostila SUS para 
Concursos. 
 
Bons estudos! 
 
 Seção II 
DA SAÚDE 
 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença 
e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. 
 
O artigo 196 como citado anteriormente cria enfim o SUS, que vinha sendo 
proposto desde a VIII conferência da saúde de 1986. 
 O estado de bem-estar social ou “Welfare state” foi um modelo político-econômico 
que surgiu basicamente após a segunda guerra mundial principalmente na Europa. 
Esse conceito determinava que o estado fosse o responsável por garantir o direito à 
população de educação, saúde, habitação, renda e etc. Foi baseado nesse conceito 
que observamos o disposto no artigo 196 que define como dever do estado de 
garantir as ações e serviços de saúde de forma universal e igualitária. 
 Devemos lembrar, porém, que o dever do estado não exclui o dever das pessoas, 
da família, das empresas e da sociedade. 
 O artigo ainda determina que esse direito à saúde seja garantido mediante as 
políticas sociais e econômicas, que o acesso as ações e serviços seja Universal 
(para todos) e Igualitário (igual para todos, sem discriminação ou privilégios) e ainda 
que essas ações e serviços seja Integral (passando pelos vários níveis de 
complexidade, desde a promoção até a recuperação da saúde do usuário). 
 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao 
Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, 
fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através 
de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
 O poder público é conjunto dos órgãos que têm autoridade para realizar o 
trabalho do estado como, por exemplo, a Defensoria Pública ou o Ministério Público. 
 São de relevância pública as atividades consideradas essenciais ou prioritárias à 
comunidade, e a saúde é uma delas. Esse artigo, portanto, basicamente define que 
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cabe ao Estado, através dos poderes públicos, regular, fiscalizar e controlar as ações 
e os serviços de saúde sejam eles públicos ou privados (através de terceiros), pois 
ambos são considerados de relevância pública. 
 Resumindo, cabe ao estado regular, fiscalizar e controlar as ações e os serviços 
de saúde para que seja assegurado o Direito à Saúde que é determinado no art. 196. 
 
 
 Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de 
acordo com as seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
 
 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, 
sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
 
III - participação da comunidade. 
 
O artigo 198 da CF apresenta para gente 3 diretrizes que irão organizar o SUS, 
esse artigo, e seus três incisos, costuma cair bastante nas provas de concursos da 
saúde e confunde um pouco os candidatos, isso porque na lei 8080 que iremos 
estudar em seguida, temos em seu Art. 7o, os princípios e diretrizes do SUS que 
englobam as diretrizes que estão presentes no Art. 198. Porém não podemos 
confundir o que está disposto na lei 8080 com o que está disposto na CF. 
Você deve prestar atenção no enunciado da questão, se a mesma se referir à CF, 
então você logo saberá que estamos falando de apenas 3 diretrizes do SUS 
(Descentralização, Atendimento integral e Participação da Comunidade). Já a lei 
8080 traz além dessas 3, outras diretrizes e princípios do SUS, os quais 
estudaremos mais tarde. 
 
A Descentralização é entendida como uma redistribuição das responsabilidades 
às ações e serviços de saúde entre os níveis de governo. Não ficando somente a 
União, através do Ministério da Saúde (direção única da União), responsável por 
garantir a saúde a todos. 
Há uma redistribuição dessa responsabilidade para os Estados, Distrito Federal e 
Municípios, através das secretarias estaduais de saúde (direção única dos Estados 
e DF) e secretarias municipais de saúde (direção única do município). 
 
O Atendimento Integral é uma diretriz que determina que o SUS deve garantir a 
integralidade das ações e serviços de saúde ( promoção, proteção e recuperação). 
O inciso II do art.198 completa ainda dizendo que se deve ter uma maior prioridade 
para as ações preventivas (promoção) sem prejuízo das ações assistenciais 
(proteção e recuperação). 
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Por último, a Participação da Comunidade é outra diretriz apresentada pela CF 
em seu art.198 e que será mais bem estudada na lei 8142. 
 
Outro ponto que devemos prestar atenção em relação ao Art. 198 e em relação a 
muitos outros artigos presentes na matéria de legislação do SUS, é o fato das 
bancas organizadoras gostarem de trocar alguns termos presente em tal artigo, 
com o intuito de confundir o candidato. No art. 198, por exemplo, é comum 
encontrarmos questões que trocam os termos “descentralização” “direção única”, 
“atividades preventivas” e “serviços assistenciais”. Estes são apenas exemplos do 
que você pode encontrar nas provas, porém a banca pode trocar outros termos, 
mudando o sentido do artigo e/ou incisos tornando-os errados. 
 
 
 
Exercício resolvido 
 
1 - Analise as afirmativas abaixo e depois marque a alternativa correta. 
 
No art. 198 da Constituição Federal de 1988 foram estabelecidos os 
princípios básicos para criação e organização do Sistema Único de Saúde 
(SUS), determinando diretrizes constituídas pelos seguintes itens: 
 
I - atendimento integral, com prioridade para as atividades dos serviços 
assistenciais; 
II - participação da comunidade ao nível complementar; 
III - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
IV - atendimento especializado e participativo. 
 
a) Apenas a I está correta. 
b) A I e IV estão corretas. 
c) Apenas a III está correta. 
d) A II e IV estão corretas. 
e) A I e III estão corretas. 
 
Resolução: Com base na leitura do art. 198 e seus respectivos incisos, 
concluímos que a única proposição correta da questão acima é a III, pois está de 
acordo com o exposto no inciso I desse mesmo artigo – “descentralização, com 
direção única em cada esfera de governo;”. As demais proposições estão 
incorretas,pois na proposição I - as prioridades são para as atividades preventivas 
e não “dos serviços assistenciais”. Na proposição II – a participação da 
comunidade não é somente “ao nível complementar” e a proposição IV não está 
presente no art. 198. Gabarito: C. 
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§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com 
recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado 
para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, 
anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da 
aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
29, de 2000) 
 
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, 
não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
 
 II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos 
impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, 
inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos 
respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
 III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação 
dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 
159, inciso I, alínea b e § 3º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, 
estabelecerá: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
 
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a 
seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das 
disparidades regionais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde 
nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000) 
 
IV - (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
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Esses 3 (três ) parágrafos tratam de um assunto muito importante para a saúde 
pública, que é o financiamento do SUS. Os parágrafos como podem observar, 
foram incluídos pela Emenda Constitucional (EC) nº 29 e, mais recentemente, pela 
Emenda Constitucional (EC) nº 86 de 2015. 
 
 A EC29 foi uma importante conquista da sociedade para a consolidação do SUS, 
ao passo que, ela estabeleceu a vinculação de recursos nas três esferas de 
governo para um processo de financiamento mais estável. Estabeleceu ainda os 
percentuais mínimos que devem ser aplicados na saúde por cada esfera de 
governo, embora a participação da união ainda estivesse confusa. Com a Emenda 
Constitucional nº 86 porém, essa participação por parte da união ficou mais clara 
ao se determinar um percentual não inferior a 15% de investimento na saúde. 
 
A EC 29 foi regulamentada posteriormente pela Lei Complementar 141 de 13 de 
janeiro de 2012. Essa LC regulamentou o § 3º do art. 198 da CF e teve como 
objetivos; definir o que são gastos com saúde, esclarecendo quais as ações e 
serviços que podem e não podem ser financiadas com os recursos da saúde, 
dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, além de outras providências. 
 
Para entender melhor sobre a Lei Complementar 141, leia os dois artigos abaixo 
que estão disponíveis no Blog SUS para Concursos: 
 
A Lei Complementar 141: Um ano depois – Por Lenir Santos 
 
Questão Comentada de Legislação do SUS – Lei Complementar 141/12 
 
Ou ainda, se preferir, baixe o documento (Lei Complementar 141) que também 
está disponível para download no Blog SUS para Concursos. Clique AQUI para 
ser direcionado a página de downloads do Blog, onde você encontra além da 
Versão Grátis da Apostila SUS para Concursos, outros documentos para 
download. 
 
 
Exercício resolvido 
 
2 - O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é uma 
responsabilidade comum dos seguintes setores: 
 
a) Da iniciativa privada, da União e dos Estados. 
b) Da iniciativa privada, dos Municípios, da União e dos Estados. 
c) Dos Municípios, da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
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d) Apenas dos Estados e da União. 
e) Apenas da União e do Distrito Federal. 
 
Resolução: O artigo da CF que trata do financiamento do SUS é o art. 198 e, 
observando o seu § 2º, temos como responsabilidade dos Municípios, Estados, 
Distrito Federal e União à aplicação de recursos em ações e serviços públicos de 
saúde. Gabarito: C 
 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes 
comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo 
seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas 
atribuições e requisitos específicos para sua atuação. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 51, de 2006) 
 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional 
nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das 
atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, 
competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido 
piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2010) 
 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da 
Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente 
comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo 
em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu 
exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) 
 
Já os §§ 4º, 5º e 6º do art. 198 foram acrescentados pela Emenda Constitucional 
nº 51 de 2006 e 63 de 2010, e, basicamente regulariza os vínculos de trabalho dos 
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate às Endemias 
(ACE). A Emenda Constitucional 51 de 2006 sofria muitas críticas por “tirar” a 
autonomia dos entes federativos no momento que impõe aos gestores locais do 
sistema único de saúde a admissão de agentes comunitários de saúde e agentes de 
combate às endemias por meio de processo seletivo público e determina em seu § 5º 
o regime jurídico e a regulamentação das atividades desses profissionais. Porém, 
com a Lei nº 11.350 de 05 de outubro de 2006 e a Emenda Constitucional 63 de 
2010, a atividade dessa classe profissional foi regulamentada, definindo melhor sobre 
o que a Lei disporá e quais as competências de cada entes federativos. 
O ministério da saúde (união) era, anteriormente, o único responsável pelo 
financiamento dessa política, ou seja, o responsável pelo pagamento desses dois 
profissionais. Porém, alteração recente de 2014, definiu que a união prestará 
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, para o cumprimento do piso salarial dessa classe social, e, o valor da 
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assistência financeira complementar da União foi em 95% (noventa e cinco por cento) 
do piso salarial. 
O parágrafo 6º ainda determina que o servidor que exercer as funçõesque são 
desses agentes poderá perder o cargo. O MS ainda determina que caso os agentes 
não cumprirem suas funções, como determinado em lei, perderá o cargo por justa 
causa. 
 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do 
sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito 
público ou convênio, tendo preferência às entidades filantrópicas e as sem fins 
lucrativos. 
 
A iniciativa privada pode participar de forma complementar do SUS, seja ela 
composta por instituições com fins lucrativos ou não. São exemplos de instituições 
privadas: Santa Casa, hospitais particulares, clínicas, laboratórios e etc. As 
instituições privadas filantrópicas e sem fins lucrativos (ex.: as santas casas de 
misericórdia) terão preferência para participar do SUS. 
A participação da iniciativa privada que trata o art. 199 e seu § 1º, obedecerá às 
diretrizes do SUS e ocorrerá mediante contratos (geralmente firmados com 
instituições privadas com fins lucrativos) e convênios (firmados com 
instituições filantrópicas e sem fins lucrativos). 
 
 § 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções 
às instituições privadas com fins lucrativos. 
 
Esse parágrafo nada mais diz que a instituição privada que possui fins lucrativos e que 
participa de forma complementar ao SUS, NÃO pode receber recursos públicos de 
forma direta, em outras palavras, essa instituição NÃO pode receber recursos antes 
de efetuar um procedimento. Ela somente receberá o pagamento após efetuar o 
procedimento, enviando uma espécie de “conta” para o SUS que então paga a 
instituição privada pelo serviço prestado. 
 
 § 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais 
estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
 
Alguns casos previstos em lei são apresentados na recente inclusão pela Lei 13.097 
de 2015 de uma nova redação para o Art. 23 da Lei 8080. Esse artigo lista algumas 
situações em que a participação direta ou indireta de empresas ou capitais 
estrangeiros é permitida na assistência à saúde no País. (Vide Art. 23 da Lei 8080 – 
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Comentado) 
 
 
Exercício resolvido 
 
3 - Segundo a Constituição Federal de 1988 (seção referente à saúde), a 
destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições 
privadas com fins lucrativos é: 
 
a) permitida de forma irrestrita; 
b) permitida de forma restrita; 
c) permitida, desde que a instituição comprovadamente necessite do auxilio Ou da 
subvenção para prestar seus serviços; 
d) proibida; 
e) permitida, desde que o Poder legislativo solicite. 
 
Resolução: Em uma análise do art. 199 e seus §§ encontramos no § 2º que “É 
vedada (Proibida) a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às 
instituições privadas com fins lucrativos.” Gabarito: D 
 
 
 
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção 
de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e 
tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus 
derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. 
 
O parágrafo § 4º da CF não costuma ser cobrado nas provas de concursos da área da 
saúde. Todavia conhecimento nunca é demais, portanto se quiser se aprofundar 
melhor no assunto tratado pelo § 4º, recomendo a leitura da lei que regulamentou esse 
§, a Lei no 10.205, de 21 de Março de 2001. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos 
termos da lei: 
 
O artigo 200 trata de um assunto que iremos rever na lei 8080 (as atribuições do 
SUS), mesmo que aqui as atribuições sejam um pouco diferentes das que 
encontraremos na lei 8080. Como eu disse anteriormente, a lei 8080 irá detalhar/ 
explicitar melhor o que está contido nos art. 196 ao 200 da constituição. No inciso 
II desse art. 200, por exemplo, encontramos como atribuição do SUS a execução 
das ações de vigilância sanitária e epidemiológica, além das ações de saúde do 
trabalhador. No art. 6o encontramos novamente como atribuição do SUS a 
execução dessas ações, com a diferença que lá encontraremos o conceito (o que 
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são) dessas ações. 
 
 I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para 
a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, 
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
 
Como podemos perceber o SUS é responsável pela produção de medicamentos, 
equipamentos, imunobiológicos (vacinas), hemoderivados (tudo que é 
relacionado ao sangue) e outros insumos (outras substâncias que são 
importantes para a produção desses medicamentos). 
 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as 
de saúde do trabalhador; 
 
O inciso II como disse acima, apenas traz para gente que é atribuído ao SUS à 
execução das ações de vigilância sanitária e epidemiológica, além das ações 
de saúde do trabalhador. Somente na lei 8080 é que iremos encontrar 
detalhadamente o que são essas ações. 
 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
 
Esse inciso nada mais diz que o SUS deverá exigir que o profissional que atua 
no sistema deve ter formação na área que está atuando, seja habilitado e 
passe por um processo seletivo para que possa trabalhar no SUS. 
 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações 
de saneamento básico; 
 
Compete ao SUS participar, portanto, na execução das ações de 
saneamento básico, que se refere aos serviços de água e esgotos, 
coleta de lixo, controle de pragas enfim, todas as ações que 
envolvem o saneamento básico cabem ao SUS (formulação e 
execução dessas ações). 
 
 V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento 
científico e tecnológico e a INOVAÇÃO; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
 
A área de pesquisa em saúde, de desenvolvimento tecnológico é 
muito importante para o SUS e o sistema atuará dessa forma, 
baseado nos resultados dessas pesquisas agregando melhorias nos 
serviços prestados. Atenção ao novo termo adicionado pela 
Emenda Constitucional 85 – “a inovação”. 
 
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VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu 
teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; 
 
A vigilância nutricional e sanitária são atribuições dadas aos SUS e 
irão atuar também na inspeção e fiscalização de alimentos e bebidas 
(todo tipo de bebida, seja água, leite ou até mesmo bebida alcoólica). 
Por exemplo, nesses casos recentes de adulteração do leite, cabe 
aos órgãos de vigilância sanitária inspecionar esses alimentos. 
 
 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e 
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 
Produtos psicoativos (medicamentos controlados), substâncias 
tóxicas e radioativas (substâncias que precisam de certo controle 
quanto à utilização, ao manuseio, transporte e produção, pois podem 
causar danos para os envolvidos nesse processo). 
 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
A proteção do meio ambiente e a saúde do trabalhador serão mais bem estudadas 
na lei 8080 que explicita melhor esse assunto. 
 
 
Exercício resolvido 
 
4 - Conforme o dispositivo da nova Constituição Federativa do Brasil - Art. 
200 - qual das alternativas abaixo NÃO é competência do Sistema Único de 
saúde? 
 
a) Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de 
saúde do trabalhador. 
b) Incrementar em sua área de atuaçãoo desenvolvimento científico e 
tecnológico e a inovação. 
c) Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde. 
d) Estimular e garantir exclusividade à participação de iniciativa privada na 
assistência à saúde. 
e) Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
 
 
Resolução: Ao analisarmos o art. 200 da CF, encontramos em seus incisos II, III, 
V e VIII os expostos nas respectivas alternativas – A, B, C e E, logo, a alternativa 
D – “Estimular e garantir exclusividade à participação de iniciativa privada na 
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assistência à saúde” – não só está errada como também se apresenta como um 
“absurdo”, uma vez que quando falamos do SUS, falamos de serviço público de 
saúde e a participação da iniciativa privada ocorrerá sempre de forma 
complementar, nunca exclusiva. Gabarito: D 
 
 
 
 Lei nº 8.080 
 de 19 de Setembro de 1990. 
 
 
Essa é a lei campeã de provas. Pode ter certeza que na sua irá cair sobre a lei 
orgânica da saúde nº 8080, isso porque essa lei regulamenta o SUS, criado na 
Constituição Federal de 88, como vimos anteriormente. 
Alguns artigos que são mais cobrados nos concursos serão destacados em 
amarelo. Porém deixo claro que toda a lei; seus artigos, incisos e parágrafos devem 
ser estudados. 
 
 
 
 
Dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências. 
 
 
 
 
 
 
O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte lei: 
 
Disposição 
Preliminar 
 
Art. 1º - Esta Lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de 
saúde, executados, isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, 
por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado. 
 
Como disse acima, a lei 8080 regulamenta o Sistema Único de Saúde. E nesse art. 1º 
podemos observar a regulamentação em todo o território nacional das ações e 
serviços de saúde que serão executados pelo SUS. 
 
 
TÍTUL
O I 
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Das Disposições 
Gerais 
 
 
 
Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado 
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
 
§ 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na reformulação e 
execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de 
doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem 
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, 
proteção e recuperação. 
 
§ 2º - O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e 
da sociedade. 
 
Esse artigo, principalmente em seu parágrafo 1o, basicamente reproduz o disposto no 
artigo 196 da Constituição de 88, onde é determinado o dever do estado perante a 
população brasileira: garantir a saúde a todos de forma universal e igualitária (todas 
as pessoas têm direito ao atendimento independente de cor, religião, raça, local 
de moradia, situação de emprego ou renda). É possível observar também que as 
ações e os serviços, ofertados pelo SUS, devem ser voltados ao mesmo tempo para 
a prevenção e a cura (promoção, proteção e recuperação), respeitando o princípio 
da integralidade. 
Já o § 2º, diz que o dever do estado em executar as ações e serviços em saúde não 
exclui a responsabilidade das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Se 
há uma campanha de vacinação, contra o H1N1, por exemplo, o estado é o 
responsável por garantir a vacinação para mim e para toda sociedade e EU sou o 
responsável por ir até o posto de saúde que está disponibilizando essa vacina e 
tomá-la. Eu sou responsável pela minha saúde também, assim como a família, as 
empresas e toda a sociedade. 
 
Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, 
tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a 
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a 
atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços 
essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013) 
 
Parágrafo Único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do 
disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade 
condições de bem- estar físico, mental e social. 
 
 
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Como o próprio nome já diz, fatores determinantes e condicionantes são os fatores 
que irão determinar e condicionar a saúde da população (São fatores que 
determinam os níveis de saúde e dão condições para que haja saúde). Logo, os 
fatores como a alimentação, a moradia, o saneamento básico, e os demais fatores do 
art. 3º irão ser base para podermos avaliar em que condição está à saúde dessa 
população. Se uma população possui todos esses fatores determinantes e 
condicionantes, então essa população terá um nível de saúde maior e 
consequentemente, como traz o artigo, isso representará uma organização social e 
econômica mais elevada. 
 O parágrafo único desse artigo reafirma a nova definição de saúde feita pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS): “Saúde é um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”. 
 Obs.: Esse é um artigo que cai muito nos concursos da saúde e quase sempre 
observamos alterações de alguns termos desse artigo. Estude, portanto, todos os 
fatores determinantes e condicionantes que estão presentes nele, pois é muito 
comum a banca retirar algum desses fatores ou até mesmo “inventar um novo”. 
 
 
 
 
Exercício resolvido 
 
5. De acordo com a Lei nº 8080/90, analise as proposições abaixo. 
 
I- a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a 
educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais: os níveis de 
saúde da população expressam a organização social e econômica do País. 
II- o dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de 
políticas econômicas e assistencialistas que visem à redução de riscos de doenças e 
de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso da 
população carente às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e 
recuperação. 
III- Não é permitida a participação da iniciativa privada no SUS. 
 
É correto o que se afirma em: 
 
a) I e II apenas b) II apenas c) I apenas d) III apenas e) I, 
II e III 
 
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Resolução: O § 1º do art. 2º da lei nº 8080/90 diz que é dever do estado garantir a 
saúde através da formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem 
à redução de riscos (...) e no estabelecimento de condições que assegurem acesso 
universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e 
recuperação... etc. 
(o termo correto, portanto, seria “sociais” e não “assistencialistas” e o acesso às ações 
e aos serviços é “universal e igualitário” e não assegurado exclusivamente a 
“população carente” como traz a proposição II). O § 2º do art. 4º afirma que a iniciativa 
privada poderá participar do sistema único de saúde - SUS, em caráter complementar, 
logo a propoposição III está incorreta, pois afirma o inverso do que está contido na lei. 
Gabarito: C.TÍTULO II 
 
Do Sistema Único de 
Saúde 
Disposição 
Preliminar 
 
 
 
 
Art. 4º - O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por orgãos e 
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e 
indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de 
Saúde-SUS. 
 
§ 1º - Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, 
estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, 
medicamentos inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para a 
saúde. 
 
§ 2º - A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde-SUS, em 
caráter complementar. 
 
Os orgãos e instituições que trata o art. 4º são: Unidades básicas de saúde, hospitais 
públicos, ambulatórios, fundações e institutos, ou seja, são todos aqueles órgãos da 
administração direta e indireta responsáveis por garantir a oferta das ações e 
serviços em saúde. 
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O Instituto Butantã é um exemplo de fundação mantida pelo poder público, de que 
trata o artigo. 
 
Iniciativa privada: Uma clínica privada de odontologia, fisioterapia ou qualquer outro 
prestador de serviços na área da saúde, por exemplo, pode participar do SUS de 
forma complementar, atendendo seus pacientes através do sistema. É também setor 
privado as entidades filantrópicas (Ex.: Santas Casas de Misericórdia), as quais têm 
prioridade de participação complementar no SUS. 
 
Atenção: O § 2º do art. 4º é muito explorado pelas bancas examinadoras e 
geralmente é apresentado com sentido inverso numa tentativa de confundir o 
candidato, como visto na questão resolvida acima. 
 
Obs.: O texto do § 2º é o mesmo que podemos encontrar no Art. 199 da Constituição 
Federal, que também traz sobre a participação complementar da iniciativa privada no 
SUS. 
 
 
 
CAPÍTUL
O I 
 
Dos Objetivos e 
Atribuições 
 
 
 
 
Art. 5º - Dos objetivos do Sistema Único de Saúde-
SUS : 
 
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da 
saúde; 
 
Os fatores condicionantes e determinantes da saúde são aqueles que vimos no 
Art. 3o da presente lei (a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio 
ambiente, o trabalho e etc.) e é objetivo do SUS identificá-los e divulgá-los 
utilizando dos meios necessários para que isso ocorra. 
 
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos 
econômico e social, a observância do disposto no §1º do artigo 2º desta Lei; 
 
Essas políticas de saúde são, por exemplo, as políticas de saúde da mulher, saúde 
do trabalhador, saúde do idoso, além de muitas outras, e é objetivo do SUS a 
formulação dessas políticas para que haja de fato essas ações, cumprindo com o 
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disposto no §1º do artigo 2º. 
 
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, 
proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações 
assistenciais e das atividades preventivas. 
 
 O inciso III desse artigo se refere à Integralidade. A Integralidade é um objetivo do 
SUS. 
 Integralidade é também um dos princípios dos SUS, o qual diz que: o indivíduo 
deve ser visto como um ser humano integral e, portanto é direito dele ter um 
atendimento integrado das ações e serviços de saúde (promoção, proteção e 
recuperação) da saúde. 
 
Atenção: As bancas de concursos podem algumas vezes trazer o termo 
integralidade no inciso III, no lugar de “promoção, proteção e recuperação da saúde”. 
Isso está correto, ou seja, pode haver sim essa troca dos termos, uma vez que, como 
vimos, as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde definem o conceito 
de Integralidade. 
 
 
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde-
SUS: I - a execução de ações: 
a) de vigilância sanitária; 
b) de vigilância epidemiológica; 
c) de saúde do trabalhador; e 
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. 
 
 Se você reparar, o art. 6o dessa lei é muito parecido ao art. 200 da Constituição, que 
estudamos anteriormente. E ainda se você se recorda, eu disse no art. 200 da CF que 
no art. 6o da lei 8080 estudariamos o conceito das ações de vigilância sanitária, 
epidemiológica e de saúde do trabalhador, e é exatamente isso que difere os dois 
artigos. Aqui no art. 6o, encontraremos três parágrafos que irão explicitar/conceituar 
melhor essas ações. O resto que está contido nesse artigo é exatamente o que vimos 
no art. 200 da CF, portanto, não irei me atentar muito a esses incisos. 
 
II - a participação na formulação da política e na execução de ações de 
saneamento básico; 
 
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de 
saúde; 
 
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 IV - a vigilância nutricional e orientação alimentar; 
 
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
 
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e 
outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; 
 
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse 
para a saúde; 
 
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas, para consumo 
humano; 
 
IX - participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, 
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento 
científico e tecnológico; 
 
XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados. 
 
 Exercício resolvido 
 
 6. De acordo com a Lei nº. 8080/90 são objetivos do Sistema Único de Saúde 
 
I. execução de ações de merenda escolar e do Programa Bolsa Família. 
II. identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde. 
III. execução de ações de vigilância sanitária; vigilância epidemiológica; saúde do 
trabalhador; assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. 
 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) 
A) I, II B) II, III C) III D) I E) I, III 
 
Resolução: Apenas as proposições II e III estão corretas de acordo com o inciso I art. 
5º e o inciso I do art. 6º. A proposição I está incorreta pois não é objetivo do SUS a 
“execução de ações de merenda escolar e do Programa Bolsa Família.” Gabarito: B. 
 
 
 Exercicio resolvido 
 
7. Acerca dos objetivos e atribuições do SUS, de acordo com a Lei nº8.080/90, 
analise. 
 
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I. Identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da saúde. 
II. E xecutar ações de assistência terapêutica integral. 
III. Fiscalizar e inspecionar alimentos e bebidas para consumo humano. 
 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): 
 
A) I B) II C) I, II D) II, III E) I, II, 
III 
 
Resolução: Todas as proposições apresentadas estão corretas como pode-se 
observar no inciso I do art. 5º (I), no inciso I do art. 6º (II) e no inciso VIII do art. 6º (III) 
desta lei. Gabarito: E. 
 
 
§ 1º - Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de 
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários 
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: 
 
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem 
com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao 
consumo; e 
 
II - o controle da prestação de serviços que se relacionamdireta ou indiretamente 
com a saúde. 
 
O § 1º traz a conceituação das ações de vigilância sanitária (O que é Vigilância 
Sanitária?). Esse parágrafo explicita o que é essa vigilância, que, como vimos, é uma 
atribuição do SUS. 
Agora, o que você precisa prestar mais atenção em relação aos conceitos de 
vigilância sanitária e epidemiológica são em algumas palavras “chaves”, alguns 
termos que as bancas gostam muito de trocar ou retirar do texto desses parágrafos. 
Comumente o que temos observado é que a banca transcreve o § 1º, no caso da 
vigilância sanitária, ou o § 2º, no caso da vigilância epidemiológica e retira algum 
termo ou troca por outro termo, ou ainda pede para completar o texto do parágrafo, 
como podemos perceber na questão abaixo. 
 
 
 
Exercício resolvido 
 
8. “Entende-se por um conjunto de ações capaz de , 
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas decorrentes do 
meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de 
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interesse da saúde.” (Lei nº 8.080/90 – art. 6º, 1º§) Assinale a alternativa que 
completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. 
 
A) assistência à saúde / analisar / sanitários 
B) vigilância epidemiológica / controlar / agravados 
C) vigilância sanitária / eliminar / sanitários 
D) vigilância sanitária / controlar / imunobiológicos 
E) vigilância epidemiológica / eliminar / sociais 
 
Resolução: Conforme o § 1º do art. 6º os termos que completam a afirmativa do 
enunciado são: “vigilância sanitaria”, “eliminar” e “sanitários”. Gabarito: C. 
 
Portanto deixo aqui as 5 palavras que você deve gravar quando o assunto é vigilância 
sanitária, pois são as que mais sofrem alterações nas questões: “eliminar”, 
“diminuir”, “prevenir”, “intervir” e “sanitários”. 
 
 
 
§ 2º - Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações 
que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e 
controle das doenças ou agravos. 
 
Em relação ao conceito de vigilância epidemiológica, seguimos o mesmo 
raciocínio, você deve ler e entender esse conceito expresso no § 2º, mas assim como 
no § 1º (da vigilância sanitária), aqui temos algumas palavras “chaves” que você deve 
guardar quando falamos de Vigilância Epidemiológica, quais são: “conhecimento”, 
“detecção”, “prevenção”, “individual” e “coletiva”. 
Atenção: Vale lembrar também que as bancas às vezes misturam ou colocam 
palavras que conceituam a vigilância sanitária no lugar do texto da vigilância 
epidemiológica e vice-versa. 
 
 
§ 3º - Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de 
atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e 
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim 
como visa a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores 
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, 
abrangendo: 
 
A saúde do trabalhador não é um tema muito explorado pelas bancas, isso vai 
depender, é claro, da especialidade para que você vá concorrer. Existem muitos 
concursos para especialistas em saúde no trabalho e nesses concursos com certeza 
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será cobrado mais esse assunto. Porém de um modo geral, os concursos da saúde 
não cobram muito. 
 
O que você deve focar aqui é em algumas palavras, que, como nos § 1º e § 2º (da 
vigilância sanitária e epidemiológica), são palavras “chaves” e costumam ser alvo das 
bancas organizadoras, seja para alterar ou mesmo tirar palavras do texto da lei. As 
palavras que você precisa ter em mente são: “promoção”, “proteção”, 
“recuperação” (Integralidade) e também mais uma palavra nova que entra no 
contexto de saúde do trabalhador que é a “reabilitação”. 
 
Resumindo, a saúde do trabalhador compreende todas as ações que competem ao 
SUS, não excluindo a responsabilidade das empresas, dos sindicatos e dos próprios 
trabalhadores, e que envolvem desde ações de prevenção (promoção e proteção 
da saúde do trabalhador) como as ações assistencialistas/curativas 
(recuperação e reabilitação). Todo ambiente de trabalho apresenta riscos à saúde 
do trabalhador, alguns mais outros menos, os incisos abaixo compreendem todas as 
ações que visam, como disse acima, “prevenir e curar” os trabalhadores que estão 
submetidos a esses riscos e agravos advindos das condições de trabalho e necessita 
de uma atuação não somente do SUS. 
 
I - assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de 
doença profissional e do trabalho; 
 
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde-SUS, em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; 
 
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde - SUS, 
da normatização, fiscalização e controle das condições de
 produção, extração, 
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, 
de máquinas e de equipamentos que apresentem riscos à saúde do trabalhador; 
 
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam á saúde; 
 
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e a empresas 
sobre os riscos de acidente de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem 
como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, 
de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética 
profissional; 
 
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde 
do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; 
 
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de 
trabalho, tendo na sua elaboração, a colaboração das entidades sindicais; e 
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VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão 
competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo o ambiente 
de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos 
trabalhadores. 
 
Exercício resolvido 
 
9. Analise as alternativas abaixo que discorrem sobre a abrangência da 
saúde do trabalhador nos termos da Lei 8080/1990: 
 
I. Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de 
doença profissional e do trabalho. 
II. Participação, no âmbito da competência do SUS, em estudos, pesquisas, 
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no 
processo de trabalho. 
III. Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo 
de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades 
sindicais. 
IV. Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde. 
 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s): 
 
 A) I e II B) III e IV C) I, III e IV D) I, II, III e IV E) 
II, III e IV 
 
Resolução: Todas as proposições estão corretas, como se pode observar nos incisos 
I, II, IV e VII do art. 6º, § 3º. Gabarito: D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTUL
O II 
 
Dos Princípios e 
Diretrizes 
 
O artigo 7º trata de um assunto muito cobrado nos concursos da área da saúde. Eu 
sempre digo que o candidato deve estudar toda a legislação, mas sabemos também 
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que alguns artigos são mais cobrados do que outros e esse é o caso do art. 7º que é 
disparado o artigo mais cobrado da lei 8080. Ele irá tratar dos princípios e diretrizes 
que regem o SUS. Vale lembrar, assim como o próprio artigo define, que estãoincluídas aqui as diretrizes previstas no artigo 198 da CF. 
 
Vamos a ele! 
 
 
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados 
ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde - SUS são 
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da 
Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: 
 
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de 
assistência; 
 
Entende-se por universalidade o princípio de que todas as pessoas têm direito ao 
atendimento independente de cor, religião, raça, local de moradia, situação de 
emprego ou renda e em todos os níveis de assistência, os quais compreendem as 
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde (da menor à maior 
complexidade). 
 
 
II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo 
das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para 
cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; 
 
O conceito de integralidade como vimos anteriormente é um dos princípios dos 
SUS no qual o indivíduo deve ser visto como um ser humano integral e, portanto, é 
direito dele ter um atendimento integrado, ou seja, as ações que visam à promoção, 
proteção e recuperação de sua saúde são indivisíveis. 
 
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e 
moral; 
 
O inciso III na mais é do que a garantia do SUS à autonomia do usuário sobre sua 
saúde. Ele tem o direito, por exemplo, de recusar um procedimento cirúrgico uma vez 
que o SUS não pode tirar essa autonomia do usuário em responder pela sua 
integridade física e moral. 
 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de 
qualquer espécie; 
 
Antigamente existiam os “indigentes” que eram os/as brasileiros não incluídos no 
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mercado formal de trabalho e que, portanto, não usufruíam dos mesmos direitos de 
assistência. Depois da constituição federal de 1988, deixa de existir essa 
desigualdade e todos passam a ter os mesmos direitos em relação à assistência à 
saúde. Sem preconceitos ou privilégios. 
 
 V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; 
 
Todo usuário do SUS tem o direito de informação a respeito de sua saúde. E essa 
informação usualmente está contida em prontuários das instituições, esse prontuário 
pertence ao usuário mais deve ficar na instituição de saúde. Estudaremos também no 
Pacto pela Saúde esse direito do cidadão à informação. 
 
 VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde 
e sua utilização pelo usuário; 
 
O inciso VI determina que o SUS deve informar os serviços que estão disponíveis aos 
usuários. O usuário tem o direito de saber quais serviços são ofertados a ele em 
determinado posto de saúde ou quaisquer instituição ligada ao SUS. 
 
 VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a 
alocação de recursos e a orientação programática; 
 
A importância da vigilância epidemiológica é destacada no inciso VII o qual 
determina que o SUS utilize as informações obtidas pela epidemiologia para 
ordenar as ações e serviços, estabelecer prioridades e ainda definir onde é 
necessário maior investimento para que tais ações ocorram. 
 
 VIII - participação da comunidade; 
 
É também um princípio muito cobrado pelas bancas e será mais explorado na lei 
8.142/90 que aborda melhor o assunto. Por ora é importante saber que é um princípio 
organizativo, assim como a descentralização, regionalização, hierarquização…etc. 
 
 IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada 
esfera de governo: 
 
a) ênfase na descentralização dos serviços para os 
municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de 
saúde; 
 
A descentralização é também um princípio, porém diz respeito à organização do 
sitema e, é entendida como uma redistibuição das responsabilidades às ações e 
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serviços de saúde entre os níveis de governo, aquilo que cabe ao município 
(atenção básica) será executado por ele, porém as ações e serviços de média e 
alta complexidade já não são responsabilidades do município, que descentraliza 
essas ações para o estado, o qual é o responsável pela média e alta 
complexidade. 
 
Há também uma redefinição das atribuições dos níveis de governo, com um nítido 
reforço do poder municipal sobre a saúde – a este processo dá-se o nome de 
municipalização (mais próximo do cidadão - melhor efetividade). Além dessa 
ênfase na descentralização dos serviços para os municípios, estes devem atuar de 
forma regionalizada e hierarquizada. 
 
Regionalização e a hierarquização também são princípios organizativos que estão, 
portanto, ligados ao funcionamento/organização do sistema único de sáude. 
 
A regionalização é entendida como uma articulação e mobilização municipal que leva 
em consideração características geográficas, fluxo de demanda, perfil epidemiológico, 
oferta de serviços e, acima de tudo, a vontade política expressa pelos diversos 
municípios de se consorciar ou estabelecer qualquer outra relação de caráter 
cooperativo (NOB93), favorecendo as ações de vigilância sanitária, epidemiológica, 
além de outras ações em todos os níveis de complexidade. 
 
A hierarquização diz respeito aos níveis de atenção. O acesso da população à rede 
se dá através do nível primário de atenção, que resolve 80% dos problemas (unidade 
básica de saúde – responsabilidade dos Municípios), os problemas que não forem 
resolvidos neste nível deverão ser referenciados (descentralizados) para os serviços 
de maior complexidade. O nível secundário (responsabilidade dos Estados) são os 
Centros de Especialidades e resolvem 15% dos problemas de saúde e por ultimo no 
nível terciário estão os hospitais de referência e resolvem os 5% restantes dos 
problemas de saúde. 
 
X - integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio ambiente e 
saneamento básico; 
 
Essa integração é importante uma vez que, como vimos, a saúde possui diversos 
fatores determinantes e condicionantes e entre eles estão às ações de meio ambiente 
e saneamento básico, que devem estar, portanto, integrada a essas ações em saúde. 
 
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na prestação de 
serviços de assistência à saúde da população; 
 
O inciso XI apenas reafirma a responsabilidade por parte das 3 esferas de governo 
na prestação de serviços de assistência à saúde, cabendo a todos eles a 
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responsabilidade pelos recursos necessários (financeiros, tecnológicos...) para que 
possa haver a prestação adequada. 
 
XII – capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e 
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios 
para fins idênticos. 
 
Os incisos XII e XIII tratam do princípio organizativo referente resolubilidade, o qual 
está muito ligado à questão da qualidade de serviços que o sistema oferece. A 
resolubilidade é o serviço de saúde ter a capacidade de resolver os problemas de 
saúde da população. Cada ente (municípios, estados e união) com a sua 
responsabilidade deve ter a capacidade resolutiva dos serviços que oferece. Já em 
relação à duplicidade de meios para fins idênticos nada mais é do que evitar 
gastos sem a real necessidade. Por exemplo, contratar mais profissionais do que é 
necessário em um determinado setor sendo que em outro há falta. Ou seja, há uma 
duplicidade das ações em serviços sem que haja necessidade, e isso deve ser 
evitado pelo sistema. 
 
XIV – organização de atendimento público específico e especializadopara 
mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, 
atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras, em 
conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. (Redação dada pela 
Lei nº 13.427, de 2017) 
 
A Lei nº 13.427, de 2017, vem para alterar e inserir entre os princípios do SUS, o 
princípio da organização de atendimento público específico e especializado para 
mulheres e vítimas de violência doméstica em geral em conformidade com Lei 
nº 12.845, de 1º de agosto de 2013 que dispõe sobre a obrigatoriedade do atendimento 
de pessoas em situação de violência sexual. Enquanto, porém, a Lei 12.845 de 2013 
trata apenas da questões de violência sexual e a Lei 13.427 de 2017 é mais 
abrangente e trata de todo tipo de violência doméstica à mulheres e demais vítimas. 
 
 
 Exercício resolvido 
 
10. Analise alguns princípios do SUS estabelecidos em Lei Federal: 
 
I. Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência. 
II. Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das 
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada 
caso em todos os níveis de complexidade do sistema. 
III. Igualdade de assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer 
espécie. 
IV. Participação da comunidade. 
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Estão corretos apenas os itens: 
 
A) I, II, III B) II, III, IV C) I, II, III, IV D) I, III, IV 
 
Resolução: Todas as proposições estão corretas, como se pode observar nos 
incisos I,II,IV e VIII do art. 7º. 
 
É importante ressaltar que os princípios aqui abordados são também diretrizes, ao 
contrário do que vemos na constituição federal que apresenta apenas 3 diretrizes do 
sistema. Portanto fique atento e analise o que a banca está cobrando, se estiver 
pedindo a CF, então você deve lembrar-se das 3 diretrizes que o art. 198 da CF 
apresenta: Descentralização, integralidade e participação da comunidade. Porém 
se a banca cobrar o art. 7º da lei 8080 então você deve ter em mente os 13 
princípios, que também são diretrizes desse sistema. 
 
CAPÍTUL
O III 
 
Da Organização, da Direção e da 
Gestão 
 
 
 
 
Art. 8º - As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde-
SUS, seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa 
privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis 
de complexidade crescente. 
 
O art. 8º deixa claro que tanto o sistema público de saúde como a INICIATIVA 
PRIVADA devem oferecer as ações e serviços de saúde organizados de forma 
regionalizada e hierarquizada em todos os níveis de assistência e de forma 
crescente. 
 
 
 
Art. 9º - A direção do Sistema Único de Saúde-SUS é única, de acordo com o 
inciso I do artigo 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de 
governo pelos seguintes orgãos: 
 
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; 
 
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva secretaria de 
saúde ou órgão equivalente; e 
 
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III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva secretaria de saúde ou 
órgão equivalente. 
 
 
 
 
 
O art 9º da lei 8080 faz menção ao art 198 da CF, que, como vimos em seu inciso I, 
define como diretriz do sistema a “descentralização com direção única em cada 
esfera de governo”. 
Como traz o art 9º dessa lei, no âmbito da união quem dirige o SUS é o Ministério da 
Saúde, no âmbito dos estados e DF são as respectivas secretarias de saúde e no 
âmbito dos municípios as secretarias (municipais) de saúde. 
 
 
Art. 10º - Os Municípios poderão constituir consórcios para desenvolver, em 
conjunto, as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam. 
 
§ 1º - Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da 
direção única e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância. 
 
§ 2º - No nível municipal, o Sistema Único de Saúde-SUS poderá organizar-
se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas 
voltadas para a cobertura total das ações de saúde. 
 
Essa articulação por parte dos municípios constituindo consórcios e organizando-se 
em distritos é para que haja o cumprimento do princípio de integralidade das ações, 
uma vez que, ao firmar essas “parcerias” entre os municípios o usuário passa a ter 
maior cobertura das ações e serviços de saúde e assim esses distritos cumprem com 
a integralidade de assistência. 
 
O consórcio que é firmado entre os municípios tem a participação do estado onde 
estão localizados esses municípios constituindo-se os distritos que basicamente 
caracteriza por uma região de municípios que ofertam serviços para as populações 
visinhas além da sua própria população (serviços de média e alta complexidade, que 
são responsabilidades do estado e que alguns municípios não conseguem ofertar). 
Essa articulação entre os municípios se dá quando um determinado município A 
presta um serviço que o município B não presta e, portanto, atende os usuários do 
município B, porém o município B presta um serviço que o município A, por sua vez, 
não presta e acaba então atendendo os pacientes do município A para esse serviço. 
Essa troca de serviços entre os municípios é o que constituem os distritos. O estado 
participa destinando os recursos necessários para que esses consórcios e distritos 
funcionem e haja assim cobertura total para os usuários. 
 
Esse conceito é muito semelhante ao que veremos no Decreto de lei 7508 que trata 
das Regiões de Saúde, com a diferença de que as regiões de saúde podem ser 
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constituídas entre estados também, o que não é observado aqui, pois fica bem claro 
no art. 10º da lei 8080 que a articulação é somente entre os municípios. 
Portanto se falamos da lei 8080 temos articulações intermunicipais e se falamos do 
decreto 7508 temos articulações intermunicipais e interestaduais. 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios resolvido 
 
11. A Lei Orgânica da Saúde, em seu capítulo III, prevê que: 
 
a) O SUS, no nível municipal, poderá organizar-se em distritos para integrar e 
articular recursos visando à cobertura total. 
b) A direção do SUS, no âmbito da União, será exercida pelo Ministério do 
Trabalho e do Emprego. 
c) A direção do SUS, na esfera estadual, de acordo com a Constituição Federal 
será exercida pela Secretaria Estadual de Saúde, excluindo-se o Distrito 
Federal. 
d) As comissões intersetoriais integradas por entidades representativas da 
sociedade civil serão criadas no nível estadual. 
e) As ações executadas pelo SUS serão organizadas de forma regionalizada, em 
níveis de complexidade decrescente. 
 
Resolução: Conforme § 2º do art. 10º: o sistema único de saúde, no nível 
municipal, poderá organizer-se em distritos de forma a integrar e articular 
recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde. 
Gabarito: A 
 
 
 
12. “Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da 
_______________ e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua 
observância.” (§1º artigo 10, Lei nº.8080/1990) 
 
Para completar o parágrafo citado de acordo com a Lei Federal nº. 8080/1990, 
deve-se marcar como correta a alternativa: 
 
A) isonomia B) direção conjunta C) direção única D) hierarquia E) 
assistência 
 
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Resolução: De acordo com o §1º desta lei, o termo que completa a afirmação é 
“direção única”. 
Gabarito: C. 
 
 
 
Art.11º(VETADO
) 
 
Art. 12º - Serão criadas comissõesintersetoriais de âmbito nacional, subordinadas 
ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos ministérios e órgãos 
competentes e por entidades representativas da sociedade civil. 
 
Parágrafo único - As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular 
políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não 
compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS. 
 
O artigo 12º cria então as comissões intersetoriais que responde ao CNS – 
Ministério da saúde e tem por principal papel de articular e ajudar na implementação 
de políticas e programas que são de interesse a saúde e que ainda não estão sendo 
ofertados pelo SUS em determinada região. 
 
Art. 13º - A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões 
intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades: 
 
I - alimentação e nutrição; 
II - saneamento e meio ambiente; 
III - Vigilância Sanitária e 
farmacoepidemiologia; IV - recursos 
humanos; 
V - ciência e tecnologia; e 
VI - saúde do trabalhador. 
 
As comissões intersetoriais devem verificar se os municípios oferecem essas 
políticas e programas presentes nos incisos do art. 13o, caso não ofereçam então as 
comissões irão juntamente com o município implementar. Lembrando que as 
comissões intersetoriais devem responder ao Conselho Nacional de Saúde. Essa é 
uma maneira para que haja controle/fiscalização por parte do Ministério da Saúde no 
que está sendo realmente ofertado pelos municípios. 
 
 
Exercício resolvido 
 
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 13. Nos termos da lei 8.080/90 - a articulação das políticas e programas, a cargo 
das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades, entre 
outras, EXCETO: 
 
a) alimentação e nutrição 
b) saneamento e meio ambiente 
c) cuidados com a família 
d) saúde do trabalhador 
 
Resolução: De acordo com o art. 13º “cuidados com a família” não faz parte das 
atividades a cargo das comissões intersetoriais. Gabarito: C. 
 
 
 
 
 
Art. 14º. Deverão ser criadas comissões permanentes de integração entre os 
serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior. 
 
Parágrafo único - Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor 
prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos 
recursos humanos do Sistema Único de Saúde-SUS, na esfera correspondente, 
assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições. 
 
 
 O art. 14 º define que ao servidor que ingressar no sistema único de saúde é 
garantida a formação e educação continuada, ou seja, o SUS irá instituir essas 
comissões que irão incentivar e garantir a educação continuada do profissional que 
trabalha no SUS. Por exemplo, são comuns instituições que fazem essa parceria com 
o SUS dar desconto em cursos para os funcionários que atuam no sistema, seja uma 
pós ou até mesmo uma graduação. 
 
 
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas 
como foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos 
operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS). (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). 
Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá 
por objetivo: (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). 
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão 
compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política consubstanciada 
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em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 
12.466, de 2011). 
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da 
organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua 
governança institucional e à integração das ações e serviços dos entes 
federados; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). 
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de 
territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração 
das ações e serviços de saúde entre os entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, 
de 2011). 
Os artigos 14-A e 14-B foram incluídos recentemente à lei 8080 pela lei 12.466 de 
2011. A CIB e a CIT foram criadas pela NOB 93 e esse assunto tem sido cobrado nos 
concursos mais recentes da saúde. 
CIB significa Comissão Intergestores Bipartite e é composta por gestores estaduais 
(Secretários estaduais de saúde – Ses) e por gestores municipais (Conselho dos 
secretários municipais de saúde – Cosems). 
CIT significa Comissão Intergestores Tripartite e é composta pelo gestor nacional 
(Ministério da Saúde - MS), por gestores estaduais (Conselho nacional de secretários 
de saúde – Conass) e por gestores municipais (Conselho nacional de secretários 
municipais de saúde – Conasems). 
O objetivo dessas comissões é integrar e articular políticas e programas necessárias à 
saúde pública, como observarmos mais detalhadamente nos incisos do art. 14-A. 
Quando essas políticas e programas são de interesse dos gestores municipais e 
estaduais, então elas devem ser pactuadas nas CIBs e caso seja de interesse nacional 
serão pactuadas pela CIT. 
Fique atento: Os órgãos representantes dos entes estaduais e municipais que compõe 
a CIB e a CIT são diferentes porque a CIB representa um colegiado em âmbito 
estadual (SES + COSEMS) enquanto a CIT é tratada em âmbito nacional (MS + 
CONASS + CONASEMS). 
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho 
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como 
entidades representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de matérias 
referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função social, na 
forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). 
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Como dito acima, tanto o Conass como o Conasems são as entidades que irão 
representar os estados e municípios, respectivamente, em âmbito nacional, ou seja, na 
CIT. 
§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União 
por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas 
institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a União. (Incluído pela Lei nº 
12.466, de 2011). 
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são 
reconhecidos como entidades que representam os entes municipais, no âmbito 
estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados 
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. (Incluído 
pela Lei nº 12.466, de 2011). 
Já o Cosems que também foi explicado acima será a entidade representativa dos 
municiípios em âmbito estadual, ou seja, na CIB. 
 
 
 
Exercício resolvido 
 
 14. De acordo, com a Lei 8.080/90 - serão criadas ___________ de âmbito nacional, 
subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos 
competentes e por entidades representativas da sociedade civil, com a finalidade de 
articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas 
não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
a) comissões intersetoriais b) conselhos de saúde c) conselhos especiais d) 
comissões setorizadas 
 
Resolução: O termo que completa a afirmativa é “comissões intersetoriais”, como se 
pode observar no art. 12º da presente lei. Gabarito: A. 
 
 
 
 
15. Segundo o Art. 14-B da Lei federal 8.080/90: 
 
I - Os Secretários Estaduais de Saúde (Ses) e o Conselho de Secretarias Municipais de 
Saúde (Cosems) são reconhecidos como entidades representativas dos entes 
estaduais e municipais para tratar

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