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Diagnóstico de Toxoplasmose

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Diagnóstico
O diagnóstico da toxoplasmose pode ser clínico ou laboratorial. O diagnóstico clínico não é fácil de se realizar pois casos agudos podem levar à morte ou evoluir para a forma crônica. A toxoplasmose é difícil de se diagnosticar clinicamente pois se assemelha a outras doenças (mononucleares, por exemplo). Portanto qualquer suspeita clínica deve ser confirmada por exames laboratoriais.
Diagnóstico Sorológico ou imonulógico
Na fase aguda da infecção há um aumento no nível de anticorpos específicos, IgM (imunoglobulina M), IgG (Imunoglobulina G), IgC (Imunoglobulina C). Os valores IgG e IgM são analisados da seguinte forma: 
IgM Negativo – IgG Positivo: indica imunidade à doença, seja por infecção antiga (de meses ou anos) ou por vacinação;
IgM Positivo – IgG Negativo: Indica que a pessoa nunca entrou em contato com o agente infeccioso;
IgM Positivo – IgG Positivo: Indica infecção recente (semanas ou meses).
A presença de anticorpos IgM indica uma infecção aguda ou recente e o IgG e IgC uma infecção passada. 
No caso de gestantes o teste de avidez de IgG é importante para determinar o período em que ocorreu a infecção, sendo que uma avidez baixa significa que os anticorpos IgG tem baixa afinidade funcional pelo T.gondii , ou seja, que a infecção é recente. Se a avidez é alta, o anticorpo tem alta afinidade e a infecção ocorreu em um passado distante. 
Diagnóstico Parasitológico 
A pesquisa direta de T. gondii pode ser tentada a partir de diversos componentes orgânicos, tais como sangue, líquido cefalorraquidiano, saliva, escarro, medula óssea, cortes de placenta, assim como dos conteúdos coletados de infiltrados cutâneos, de manifestações exantemáticas, do baço, do fígado, músculo e, especialmente de gânglios linfáticos. Para um diagnóstico diferencial também é realizado um exame histopatológico, para evidenciar as diferenças entre outros parasitas morfo semelhantes (Trypanossoma Cruzi, Leishmania, Sarcocystis, Encephaliotozoon, Histoplasma e Cryptococcus).
Diagnóstico Molecular
No caso de diagnóstico molecular, utiliza-se a técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). A PCR baseia-se na detecção do DNA do T.Gondii em fluidos corporais ou fragmentos de tecidos. 
A PCR é comumente utilizada para diagnóstico de toxoplasmose congênita, ocular ou em pacientes imunocomprometidos. No caso de suspeita de infecção maternal aguda é feito a amniocentese (coleta de líquido amniótico) e o exame de tecido placentário, verificando se há alterações histopatológicas sugestivas a infecção. Também são utilizados sangue, líquor, urina, todos possuindo valor comprovado para o diagnóstico. 
Fontes: 
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção – Ano V, Volume 5, Número 3 (2015 Jul/Set) ISSN 2238-3360 
Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade de Farmácia e Bioquímica – Mariana Vieira – Arquivado na UNIRP

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