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SAÚDE BUCAL NA ESCOLA

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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PEDAGOGIA
ROSEMARY PALHETA DUARTE
SAÚDE BUCAL NA ESCOLA
SANTARÉM
2015
 ROSEMARY PALHETA DUARTE
SAÚDE BUCAL NA ESCOLA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista - UNIP como parte dos requisitos para a conclusão do curso
Orientadora Especialista: Adenilce Freire Bispo Rego
SANTARÉM
2015
 ROSEMARY PALHETA DUARTE
SAÚDE BUCAL NA ESCOLA
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, apresentado à Universidade Paulista/UNIP, como requisito para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.
APROVADO EM: ____/____/______.
Comissão Examinadora
___________________________________________________
Orientadora
	
___________________________________________________
2° Membro
___________________________________________________
3° Membro
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a vocês que sempre me fizeram acreditar na realização dos meus sonhos e trabalharam muito para que eu pudesse realiza-los, meus pais Apolonio Rodrigues Duarte (in memoria) e Rosilma Palheta Duarte.
A vocês Lívia e Gabriele, minhas filhas. Na vida nos sonhos que sempre me apoiaram nas horas difíceis e compartilharam comigo as alegrias, as tristezas e as horas com amor e carinho, e ao Joelson e Roberto que nunca deixaram eu desistir deste sonho.
 .
AGRADECIMENTO
Agradeço, primeiramente, a Deus, principal responsável por tudo isso.
Aos meus pais Apolônio e Rosilma pelo incentivo e amor que sempre me dedicam, e por terem me colocado no mundo, acreditaram em mim e me proporcionaram a chance de realizar os meus sonhos.
Aos meus irmãos e minhas filhas pelo apoio, incentivo, compreensão, amor e, principalmente, pelo companheirismo sempre estando ao meu lado quando precisei.
Aos meus amigos de trabalho: Layane Jorge, Lilian Jorge, Silvia Mara, Ivonete Gomes, Maisa Mota, Rosalina Rodrigues, Zulivandra Valente, Josefina, Claudia Alves, a todos aqueles que diretamente ou indiretamente me incentivaram. Aos colegas de classe. A Allyne Geovanna que me ajudou de uma forma incansável, a minha orientadora Adenilce Rego pela paciência e sabedoria que muito me auxiliou para conclusão deste trabalho de conclusão de curso.
A todos os mestres e amigos de verdade que me ensinaram, incentivaram e ajudaram, contribuindo assim para eu pudesse crescer.
 
 EPÍGRAFE
“ Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender.”
Paulo Freire
RESUMO
Este artigo tem como objetivo de estudo abordar sobre a prática da higiene bucal no seu dia a dia, ressaltando a importância da promoção em saúde bucal nas escolas. proporcionando uma análise avaliativa de tal processo. Visto que, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em sua abordagem à Promoção de Saúde em Escolas, visa a melhoria da saúde de toda a população escolar, através do desenvolvimento de ambientes favoráveis que conduzam à promoção de saúde, de forma a oferecer oportunidades e requerer compromissos para provisão de ambiente seguro e saudável melhorando o ambiente físico e social. Sendo, portanto, a educação fundamental para despertar nas pessoas o interesse em manter saúde, é senhor introduzi-la em cuidados com a higiene bucal nos primeiros anos de vida escolar, através de atividades educativo-preventivo-curativas, estabelecendo a promoção, manutenção e motivação da saúde bucal em crianças matriculadas em escolas de educação infantil uma vez que valores e atitudes adquiridos durante os primeiros anos de vida ficam fortemente resistentes a mudanças e se tornam hábitos rotineiros. Considerando a saúde bucal como parte integrante e indissociável da saúde geral, a infância é o período que pode ser considerado como o mais importante para o futuro da saúde bucal do indivíduo. 
Palavras-chave: saúde bucal, educação, Escola.
ABSTRACT
This article aims to study focuses on the practice of oral hygiene in their daily lives, highlighting the importance of promoting oral health in schools. providing an evaluative analysis of such a process. Whereas, the World Health Organization (WHO), in its approach to health promotion in schools, aimed at improving the health of the whole school population by developing supportive environments conducive to the promotion of health in order to offer opportunities and require commitments to safe and healthy environment allowance improving the physical and social environment. And therefore, the fundamental education to awaken in people an interest in maintaining health is you enter it in the care of oral hygiene early in school life through educational and preventive-curative activities through the promotion, maintenance and motivation of oral health in children enrolled in preschools since values ​​and attitudes acquired during the first years of life are strongly resistant to change and become routine habits. Considering the oral health as an integral and inseparable part of general health, childhood is the period which can be considered as the most important for the future of oral health of the individual.
Keywords: oral health education, school
INTRODUÇÃO
A educação é tida como o pilar principal para promover e preservar a saúde, na medida em que trabalha a construção de novos conhecimentos e práticas, levando em consideração a realidade em que os indivíduos estão inseridos. A prática de saúde como prática educativa então, deixou de ser, ou pelo menos almeja-se que deixasse de ser, um processo de persuasão, como há muito foi compreendida, e dentro de uma metodologia participativa, passou a ser um processo de capacitação dos indivíduos para a transformação da realidade
O presente projeto vem alertar a carência que há na escola, sobre a higiene bucal, o assunto foi abordado mediante um breve histórico, sendo que ela é indispensável à ao desenvolvimento de um individuo, pois é um hábito a ser cultivado desde os primeiros meses de vida. Com tudo, projetos teriam que ser posto em prática para que haja resultados. 
As atividades desenvolvidas na escola voltada para higiene bucal consistem em promover informações e ações significativas, para estreitar a relação dos pais e alunos com escola estabelecendo a promoção, manutenção e motivação da Saúde Bucal, surgindo com isso questões norteadoras como quais seriam as práticas para trabalhar numa escola visando a prevenção. Qual o papel da escola e da família no processo de prevenção e promoção de saúde bucal em crianças? 
A contribuição do presente trabalho consiste que, através do da educação e promoção da saúde e higiene bucal poderá ser implementado novas estratégias de incentivo à saúde bucal, contribuindo para a redução dos problemas bucais das crianças, bem como para a promoção do seu crescimento e desenvolvimento, introduzir neste contexto o elemento Educação para Saúde Bucal tem ampla justificativa, principalmente nas escolas. 
A necessidade de melhorar os índices epidemiológicos de saúde bucal e de ampliar o acesso da população brasileira às ações a ela relacionadas – quer em termos de promoção, quer de proteção e recuperação – impulsionou a decisão de reorientar as práticas de intervenção, valendo-se, para tanto, de sua inclusão na estratégia de saúde da família. Assim, pela Portaria de Normas e Diretrizes da Saúde Bucal, nº 267, de 06 de março de 2001, o Ministro de Estado da Saúde, José Serra, no uso de suas atribuições, considerando a necessidade de regulamentação da Portaria n.º 1.444/GM, de 28 de dezembro de 2000,criou o incentivo de saúde bucal destinado ao financiamento de ações e da inserção de profissionais desta área no Programa de Saúde da Família (PSF), bem como ampliação do acesso da população brasileira às ações de promoção e recuperação da saúde bucal, de prevenção de doenças e agravosa ela relacionados.
É dentro desse contexto, que se situa o objeto principal abordar sobre a prática da higiene bucal no seu dia a dia, ressaltando a importância da promoção em saúde bucal nas escolas. Buscando o conhecimento dos professores, pais e/ou responsáveis sobre temas básicos em saúde e higiene bucal, a forma de aquisição desses conhecimentos, a transmissão destes conteúdos às crianças e o interesse no desenvolvimento de atividades de educação em saúde bucal.
1	SAÚDE BUCAL: LEIS E POLÍTICAS 
A crescente participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro, no intuito de auxiliar na manutenção econômica da família, com certeza é uma das mais marcantes mudanças na sociedade moderna. 
Com o começo da modernidade e as mudanças sociais, a mulher de hoje raramente fica em casa para cuidar dos seus filhos. Com isso, desde muito cedo se torna interessante pensar a escola como um dos melhores lugares para o desenvolvimento da criança e uma opção para os cuidados dos filhos de mães trabalhadoras.
Os pais ou responsáveis estão escolhendo colocar as crianças ainda muito pequenas na escola e como as crianças permanecem grande parte do dia nessa instituição, acabam por passar para o professor e auxiliares da educação, a responsabilidade de educar e cuidar da criança. 
Nas últimas décadas, os debates em nível nacional e internacional apontam para a necessidade de que as instituições de educação infantil incorporem de maneira integrada as funções de educar e cuidar, não mais diferenciando nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam com as crianças pequenas e / ou aqueles que trabalham com as maiores (BRASIL, 1998). 
Há um tempo, as características assistencialistas e filantrópicas das instituições de educação infantil estavam muito presentes no nosso país uma vez que estas instituições em sua maioria eram ligadas às Secretarias De Promoção E Assistência Social dos municípios. 
Hoje em dia a educação infantil já evoluiu muito, existem objetivos educacionais explícitos, propostas pedagógicas e profissionais qualificados que buscam o melhor para a educação das crianças. 
A legislação é clara, todas as crianças têm o direito ao acesso a educação. Com a Constituição Federal de 1988 passou a ser dever do Estado garantir a oferta de creche e a pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade. Tomou-se por orientação que as instituições deveriam não apenas cuidar das crianças, mas desenvolver um trabalho educacional.
Em consonância aos princípios propostos na constituição federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei 8069/1990, ratifica o direito a oferta de educação pelo Estado às crianças de zero a seis anos de idade, capítulo IV, art.54, inciso IV. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), n. 9.396/96 contempla pela primeira vez o direito à educação infantil como responsabilidade do setor educacional, caracteriza a Educação Infantil (creche e pré-escola) como primeira etapa da Educação Básica. Segundo essa legislação, a creche deve atender as crianças de zero até três anos de idade e a pré- escola, as crianças de 4 a 6 anos de idade. 
Atendendo às determinações da LDBEN que estabelece, pela primeira vez na história de nosso país, que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica; foi elaborado o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) referente às creches, entidades equivalentes e pré-escolas. 
Esse referencial pretende apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem como cidadãos cujos direitos à infância são reconhecidos. Visa, também, contribuir para que possa realizar, nas instituições, o objetivo socializador dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a ampliação, pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural (pág. 7)
Dividido em três volumes, o Referencial foi concebido de maneira a servir como um guia de reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais que atuam diretamente com crianças de zero a seis anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. 
Os RCNEIs, em seu volume 1, abrangem questões relativas à saúde do individuo, referindo que os cuidados são compreendidos como aqueles referentes à proteção, saúde e alimentação, incluindo as necessidades de afeto, interação, estimulação, segurança e brincadeiras que possibilitem a exploração e a descoberta (BRASIL, 1998). 
Expõe ainda que o desenvolvimento integral dependa tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados (BRASIL, 1998).
O Referencial propõe ainda que: 
Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de promoção à saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em conhecimentos específicos sobre o desenvolvimento biológico, emocional, e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais (pág. 25).
Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar; é um objetivo da educação infantil citado no volume 1 do RCNEI. 
O fato de muitas instituições atenderem em horário integral implica uma maior responsabilidade quanto ao desenvolvimento e aprendizagens infantis, assim como com a oferta de cuidados adequados em termos de saúde e higiene. Estes horários estendidos devem significar sempre maiores oportunidades de aprendizagem para as crianças e não apenas a oferta de atividades para passar o tempo ou muito menos longos períodos de espera. 
Algumas informações devem ser colhidas previamente à entrada da criança na instituição, como os esquemas, preferências e intolerância alimentar; os hábitos de sono e de eliminação; os controles e cuidados especiais com sua saúde, etc. 
Já o volume 2, nas questões relativas ao cuidado de crianças de zero a três anos, afirma que a higiene das mãos constitui-se um recurso simples e eficiente entre as atitudes e procedimentos básicos para a manutenção da saúde e prevenção de doenças e propõe a realização de pequenas ações cotidianas ao seu alcance para que adquira maior independência (BRASIL, 1998). Sobre a higiene bucal, informa ainda que:
Considerando que a primeira dentição inicia-se, em geral, no segundo semestre de vida e que estará completa em torno dos três anos de idade, recomenda-se incluir este cuidado a partir do surgimento dos primeiros dentes. 
Os dentistas recomendam a limpeza dos dentes do bebê com uma gaze enrolada no dedo indicador do adulto responsável pelo cuidado. É importante evitar as práticas de oferecer mamadeiras para a criança antes de ela dormir, sem a posterior limpeza dos dentes, ou mesmo o uso de chupetas mergulhadas em mel ou açúcar para acalmar as crianças, pois isso pode provocar cáries muito precoces. 
Como a criança aprende muito pela observação e imitação é importante que ela presencie adultos e outras crianças fazendo sua higiene bucal, ao mesmo tempo em que poderão ampliar seus conhecimentos sobre esses cuidados (pág. 56).
1.1 PROGRAMAS EM SAÚDE PÚBLICA
Uma política, designada Programação, foi a forma específica como a saúde pública de São Paulo se engajou nesse movimento, propondo a ampliação e diversificação da assistência médica na rede de centros de saúde, antes restrita a algumas doenças infecciosas e a atividades higienistas e preventivas como o pré-natal. A proposta da Programação buscou realizar essa ampliação de modo que a assistência médica fosse um dos meios do trabalho definido epidemiologicamente.As práticas programáticas constituem a forma de organizar o trabalho coletivo no serviço de assistência à saúde. A ação programática em saúde pode ser definida como uma proposição de organizar o trabalho em saúde fundamentada no ideal da integração sanitária, para o que busca inspirar-se em tecnologias de base epidemiológica. 
Esse é o ponto de partida lógico para a estruturação dos programas de saúde. A programação em saúde articula instrumentos de trabalho dirigidos a indivíduos, entre eles a assistência médica individual, a instrumentos diretamente dirigidos a coletivos, objetivando potencializar a efetividade epidemiológica de todos os instrumentos.
No caso específico da programação em saúde bucal, em nosso país, pode-se perceber a existência de diversas formulações, algumas voltadas a ações coletivas, outras mais centradas no atendimento clínico individual e muitas focadas na assistência à criança. Muitas vezes essas programações em saúde bucal estão descoladas ou desarticuladas de uma programação maior voltada à população-alvo, com ações educativas e preventivas.
A existência de programas odontológicos com diferentes abordagens, nem sempre claras quanto às concepções de saúde, de conhecimento e de práticas comunicacionais que utilizam, motivou realizar este estudo e analisar abordagens de programas desenvolvidos em saúde bucal no Brasil, nos últimos dez anos, para compreendê-los criticamente, em suas possibilidades e limitações.
Embora nem todos os programas possam ser considerados efetivamente programas em saúde bucal pelo caráter pontual, o tema permitiu identificar quatro tendências: ações curativas e preventivas com práticas educativas; ações preventivas com bochechos fluorados e práticas educativas pontuais; práticas educativas com foco na informação e no uso de recursos mobilizadores; prevenção e práticas educativas de conscientização.
O tema mostra muitos estudos descrevendo programas educativos e preventivos associados a tratamentos, são abordando aspectos educativos, preventivos e curativos, porque não havia no local nenhuma atividade direcionada à promoção de saúde bucal. 
O tratamento curativo terá que ser realizado priorizando as necessidades epidemiológicas: inicialmente os primeiros molares permanentes, seguidos dos pré-molares, molares decíduos e incisivos e caninos permanentes. Paralelamente a esse atendimento, seriam realizadas atividades preventivas como: escovação supervisionada, bochechos com solução fluorada e evidenciação de placa bacteriana. 
A abordagem do programa de saúde bucal deve ser ancorada no trabalho coletivo e na participação ativa dos diferentes sujeitos envolvidos no trabalho preventivo (equipe escolar e equipe de saúde), buscando construir uma rede de parcerias e integrar o tema “saúde bucal” na grade curricular da escola para viabilizar a continuidade do trabalho educativo e a consolidação do programa uma das condições necessárias para garantir o impacto do trabalho coletivo. 
Concluíram que é possível a realização de programas educativos eficazes na escola, desde que toda a escola esteja envolvida e motivada.
2	PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL NA ESCOLA 
A Organização Mundial da Saúde (Brasil, 1997), em sua abordagem à Promoção de Saúde em Escolas, visa a melhoria da saúde de toda a população escolar, através do desenvolvimento de ambientes favoráveis que conduzam à provisão de ambiente saudável melhorando o ambiente físico e social. Sendo portanto, a educação fundamental para despertar o interesse em manter saúde e motivar aos cuidados com a higiene bucal nos primeiros anos de vida escolar, por meio de atividades educativo-preventivo-curativo, uma vez que valores e atitudes adquiridos durante os primeiros anos de vida ficam fortemente resistente a mudanças e se tornam hábitos rotineiros. 
No contexto da promoção de saúde bucal Batista (2008,) comenta que no que se refere ás doenças bucais persiste uma inesgotável fonte de objetivos de pesquisa. Em termos de saúde bucal infantil encontra-se pautada na carie dentaria, por ser esta a patologia com maior frequência. Ministério da Saúde (Brasil, 1997) considera a escola como um ambiente não só educacional, mas também social favorável para se trabalhar conhecimentos e mudanças de comportamento. 
Nos últimos anos vem-se experimentando uma grande incidência de ganhos expressivos nos níveis de saúde bucal das pessoas na maioria dos países industrializados e mesmos entre alguns daqueles que ainda em processo de desenvolvimento. 
Assim, afirma Weyne (2003, p.1) o marcante declínio da prevalência e na severidade das doenças cárie e periodontal é responsável, em grande parte, por esta situação observada nas referidas populações.
Este marcante declínio de doenças dentária nas populações mostra uma mudança geral de atitude com relação à importância da manutenção de uma boa saúde bucal, materializada, até certo ponto, por uma maior demanda por assistência odontológica, diz (WEYNE, 2003, p. 3).
Dentro desse contexto positivo, vale assinalar que está ocorrendo uma relevante revolução na filosofia de educação e treinamento de recursos humanos, refletindo-se na clínica sob a forma de uma possível mudança no paradigma da prática da profissão dentista em vários países do mundo. Não é por outra razão que a forma tradicional de tratamento centrado na doença e até então hegemônica, está gradualmente cedendo espaço para outro tipo de atendimento profissional, cuja ideologia é a prevenção das doenças e a promoção de saúde.
Para Weyne (2003, p. 4), o impacto das expressivas reduções de doenças bucais na população, ainda não é suficientemente forte para conseguir excluir determinadas doenças da lista das condições mórbidas, estas por sua vez são as que mais refletem nos seres humanos e cujo tratamento mobiliza considerável volume de recursos financeiros.
Mas, as expectativas na mudança do quadro epidemiológico da saúde bucal vêm melhorando gradativamente. Uma das principais lições que se pode obter de mudanças recentes e de que a fase de pessimismo epidemiológico está passando no Brasil, demonstrando a viabilidade do controle tanto de cárie dental como outras doenças que afetam a população. 
Os desafios que ora em diante se apresentam para epidemiologistas, profissionais de saúde pública, cirurgiões-dentistas em geral e para a sociedade a expansão de benefícios da prevenção das doenças periodontais ao lado da viabilização de um maior acesso a serviço do diagnóstico e proteção contra doenças de risco para a vida das pessoas. Sendo, portanto, que a participação da população é fundamental no processo de reestruturação dos serviços odontológicos no país, afirma (PINTO, 2003, p.39). 
Os últimos dados relativos ao perfil epidemiológico em saúde bucal da população brasileira colocam o Brasil, entre as nações de maior prevalência de cárie dentária em todo mundo (Ministério da Saúde. Brasília, 1988).
A necessidade de melhorar os índices epidemiológicos de saúde bucal e de ampliar o acesso da população brasileira às ações a ela relacionadas quer em termos de promoção, quer de proteção e recuperação impulsionou a decisão de reorientar as práticas de intervenção, valendo-se, para tanto, de sua inclusão na estratégia de saúde da família.
De dezembro de 2002 até dezembro de 2005 foram implantadas no Brasil, 8.341 novas Equipes de Saúde Bucal (ESB) na Estratégia de Saúde da Família, chegando a um total de 12.602 ESB, que representa um aumento de mais de 195% no número de equipes, atuando em 3.896 municípios. 
De acordo com o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde as Equipes de Saúde Bucal fazem a cobertura populacional de pouco mais de 59 milhões de pessoas, de todas as idades, sexos e raças (Ministério da Saúde. Brasília, 2000).
Contudo, a doença cárie, ainda se caracteriza como um grande problema no que se refere à saúde bucal, por isso na prática odontológica atual, a prevenção têm se mostrado a melhor forma de abordagem visando a promoção de saúde. Para tanto, a educação e a motivação são ferramentas indispensáveis.Baseados neste contexto, muitos trabalhos educativos-preventivos vêm sendo realizados dentro de instituições de ensino infantil e fundamental buscando transmitir informações e motivar as crianças a cuidarem de sua higiene bucal 
Entretanto, sabe-se que para a assimilação de informações e incorporação de hábitos saudáveis, de maneira ideal, deve-se realizar um programa contínuo, adequado à realidade do público a ser atendido, que também seja capaz de atingir e abranger todas as pessoas envolvidas com a população alvo para que essas possam interferir dentro da sua realidade cotidiana. 
Assim sendo, a incorporação da família e/ou professores dentro destes programas podem representar uma grande estratégia para seu sucesso.
A Estratégia de Saúde Bucal para a Inglaterra foi publicada em 1994, tendo como principais metas para melhorias a prevalência de cárie em crianças de 5 á 12 anos, doença periodontal em adultos de mais de 45 anos, e a perda de dentes e adultos. Nas duas estratégias, foi anunciado explicitamente que a responsabilidade em melhorar a saúde é primeira do individuo, chamando a atenção para importância do estilo de vida pessoal. Educação para a saúde foi considerada essencial para aumentar o conhecimento e o entendimento. 
Promoção da saúde, no seu sentido mais amplo, e talvez o mais apropriado, é uma ação global objetivando a melhoria na qualidade de vida das pessoas. Saúde bucal é só uma pequena parte do todo. Saúde e doença são determinadas por fatores sociais, econômicos e psicológicos, sendo pouco influenciadas por serviços médicos, ou mesmo por medidas efetivas e saúde pública. Mais importante é a incorporação das preocupações com a saúde nas discussões de políticas macro e em nível local, tais como decisões nas áreas. 
A necessidade de melhorar os índices epidemiológicos de saúde bucal e de ampliar o acesso da população brasileira às ações a ela relacionadas – quer em termos de promoção, quer de proteção e recuperação – impulsionou a decisão de reorientar as práticas de intervenção neste contexto, valendo-se, para tanto, de sua inclusão na estratégia de saúde da família.
Diniz (2009 p 43), ressalta que: a escola enquanto promotora de saúde e instrumento de transformação social, deve trabalhar as questões sociais mais significativas e que a promoção de saúde bucal, não deve ser algo isolado, mas sim fazer parte do dia a dia do professor, do aluno e da comunidade escolar, mas que para isso acontecer é necessário a conscientização do educador para tal importância. 
Parafraseando, Valadão (2004), acredita que a escola é o espaço ideal para a promoção da saúde, considerando as políticas educacionais que nela se desenvolvem, visam à satisfação do indivíduo e da coletividade.
Esta forma de trabalhar a saúde de maneira multidisciplinar, estão presentes, os assuntos de higiene bucal, sabendo que o ambiente escolar, é um espaço que inclui todos os aspectos favoráveis à promoção da saúde 
Sendo assim, a escola assume um papel importante na obtenção de bons resultados de saúde bucal, com o objetivo de desenvolver informação para educandos e comunidade escolar, consciência crítica nos estudantes, despertando o interesse e a responsabilidade no sentido de mudança de hábito, para uma qualidade de vida, também na saúde bucal.
Segundo Tomita 2000, é importante observar que as crianças brasileiras mantêm elevados números de extrações dentárias prematuras, sem a preservação do espaço perdido, contribuindo assim para a manutenção de altos índices relacionados a cárie dentária e desenvolvimento de más oclusões. 
Diante da problemática, é fundamental um controle efetivo dos agentes envolvidos na etiologia da cárie. Esse controle pode ser realizado por meio de métodos mecânicos, como a escovação dentária e uso do fio dental, sendo estes considerados a forma mais eficaz para eliminação da placa bacteriana. 
A promoção de saúde é uma forma de se trabalhar a prevenção da cárie dental e de outros agravos, sendo realizada preferencialmente em ambientes de convívio social, como as escolas, pois, dessa forma, a incorporação de hábitos e comportamentos saudáveis, relacionados à saúde bucal, torna-se mais efetiva. 
De acordo com Taglietta 2001 crianças em idade pré-escolar apresentam maior capacidade para desenvolver hábitos saudáveis de higiene, quando motivadas, tornando esse comportamento resistente a mudanças. Nesse contexto, a manutenção das superfícies dentárias livres de biofilme deve ser almejada e formas para avaliação de tais condições devem ser trabalhadas, não só para o controle das ações, mas como método de estímulo para o desenvolvimento de autonomia em saúde. 
Para esse tipo de avaliação, são preconizados indicadores, como o Índice de Higiene Oral Simplificado (IHOS). Por meio deste, aferem-se a motivação, o empenho e o cuidado do paciente durante o tratamento, utilizando a quantidade de biofilme presente nos elementos dentais Além da avaliação de higiene bucal, faz-se necessário ampliar as estratégias de saúde bucal por meio de métodos curativos, de fácil execução, baixo custo e boa resolutividade.
Dessa forma, novas técnicas operatórias têm surgido junto com diferentes formas de intervir na doença. O Tratamento Restaurador Atraumático (ART) constitui-se em um método com mínima intervenção operatória e com preservação da estrutura dentária, utilizando apenas instrumentos manuais; este método foi desenvolvido para reduzir o número de extrações dentárias. 
Os cuidados com a cavidade bucal não se limitam apenas às condições de higiene e/ou à presença de cárie; esses cuidados estão também relacionados a fatores, como a manutenção de bons níveis de oclusão dentária. Dessa forma, com a avaliação da oclusão, torna-se possível a identificação de situações de risco e alterações de normalidade, que podem ser regularizadas com procedimentos preventivos. 
A oclusão é definida como a relação de equilíbrio entre os arcos dentários e todo o sistema estomatognático; assim, a dentição e a face devem, numa oclusão normal, apresentar uma boa afinidade, para proporcionar harmonia funcional, principalmente na mastigação, na deglutição e na fala. 
No entanto, quando não há um equilíbrio, a má oclusão é caracterizada, podendo apresentar alterações tanto estéticas quanto funcionais, e tendo como causas mais comuns as condições adquiridas. Essas condições podem ser ocasionadas por dietas pastosas, respiração bucal e hábitos bucais deletérios. Outros fatores que também podem contribuir para o surgimento ou o agravamento da condição de má oclusão são o desenvolvimento osteogênico, a hereditariedade e o estado geral de saúde da criança. 
É importante enfatizar que esse processo educativo ocorre de forma lenta; por isso, deve ser contínuo para que alterações precoces de maus hábitos e comportamentos sejam capazes de transformar essa realidade.
2.1	 Educação e saúde na escola
Atualmente, a escola vem sendo chamada a repensar seu papel educativo, ampliando suas formas e conteúdo de ensino. Essa nova responsabilidade faz com que a escola interligue temas e práticas interdisciplinares relacionados a outras áreas, como saúde, meio ambiente, problemas sociais e cultura com a Educação, entre outros.
Assim, o desafio da escola hoje está em se aproximar dos temas transversais ligados à saúde, para com isso, possibilitar que muitas crianças desenvolvam hábitos, costumes e ações que superem o elevado número de problemas na saúde e atinjam uma qualidade de vida desejável.
A Organização Mundial da Saúde (Brasil, 1997), em sua abordagem à Promoção de Saúde em Escolas, visa a melhoria da saúde de toda a população escolar, através do desenvolvimento de ambientes favoráveis que conduzam à provisão de ambiente saudável melhorando o ambiente físico e social. Sendo portanto, a educação fundamental para despertar o interesse em manter saúde e motivar aos cuidados com a higiene bucal nos primeiros anos de vida escolar, por meio de atividades educativo-preventivo-curativo, uma vez que valores e atitudes adquiridos duranteos primeiros anos de vida ficam fortemente resistente a mudanças e se tornam hábitos rotineiros. 
No contexto da promoção de saúde bucal Batista (2008,) comenta que no que se refere ás doenças bucais persiste uma inesgotável fonte de objetivos de pesquisa. Em termos de saúde bucal infantil encontra-se pautada na carie dentaria, por ser esta a patologia com maior freqüência. Ministério da Saúde (Brasil, 1997) considera a escola como um ambiente não só educacional, mas também social favorável para se trabalhar conhecimentos e mudanças de comportamento. 
Diniz (2009 p 43), ressalta que a escola enquanto promotora de saúde e instrumento de transformação social, deve trabalhar as questões sociais mais significativas e que a promoção de saúde bucal, não deve ser algo isolado, mas sim fazer parte do dia–a-dia do professor, do aluno e da comunidade escolar, mas que para isso acontecer é necessário a conscientização do educador para tal importância. 
Parafraseando, Valadão (2004), acredita que a escola é o espaço ideal para a promoção da saúde, considerando as políticas educacionais que nela se desenvolvem, visam à satisfação do indivíduo e da coletividade. Esta forma de trabalhar a saúde de maneira multidisciplinar, estão presentes, os assuntos de higiene bucal, sabendo que o ambiente escolar, é um espaço que inclui todos os aspectos favoráveis à promoção da saúde 
Sendo assim, a escola assume um papel importante na obtenção de bons resultados de saúde bucal, com o objetivo de desenvolver informação para educandos e comunidade escolar, consciência crítica nos estudantes, despertando o interesse e a responsabilidade no sentido de mudança de hábito, para uma qualidade de vida, também na saúde bucal. 
Diante desta nota se que a avaliação e promoção de saúde bucal é uma ação essencial que integra o Componente I do Programa Saúde na Escola (Avaliação das Condições de Saúde) e se configura como uma forma do cirurgião-dentista e a equipe de saúde bucal identificarem sinais e sintomas relacionados a alterações identificadas em educandos matriculados nas escolas participantes do Programa. 
Com base nessa avaliação, é possível planejar ações para a promoção da saúde bucal, que está inserida num conceito amplo de saúde que transcende a dimensão meramente técnica do setor odontológico, promovendo uma integração às demais práticas de saúde coletiva. Significa a construção de políticas públicas saudáveis, o desenvolvimento de estratégias direcionadas a todas as pessoas, como políticas que garantam o acesso à água tratada e fluoretada, a universalização do uso de dentifrício fluoretado e escova dental e assegurem a disponibilidade de cuidados odontológicos apropriados (BRASIL, 2009). 
As ações devem mostrar a importância da saúde bucal relacionada com os atos de sorrir, mastigar, engolir e falar. Ações clínicas resolutivas devem ser desenvolvidas e acompanhadas pela equipe responsável pelo território. 
O uso racional de flúor direcionado para grupos mais vulneráveis, além da realização de escovação supervisionada nas escolas, são estratégias de controle de doenças bucais sustentadas por evidências de efetividade. Entretanto, sua efetividade está relacionada à integração a outras estratégias coletivas de promoção da saúde desenvolvidas no ambiente escolar. 
Em saúde bucal, a situação epidemiológica brasileira ainda é grave devido às condições sociais e econômicas da população, à pequena parcela de investimentos que a área recebe em relação ao total do SUS e à falta de informação sobre os cuidados básicos de saúde. Embora a odontologia se mostre muito desenvolvida em tecnologia, não responde em níveis significativos às demandas dos problemas de saúde bucal da população. 
Nesse contexto, a educação em saúde bucal tem sido cada vez mais requisitada, considerando o baixo custo e as possibilidades de impacto odontológico no âmbito público e coletivo. 
O envolvimento dos escolares, pais e responsáveis, bem como de profissionais de educação nas atividades, é indicado como importante estratégia que pode oportunizar o reconhecimento de problemas, seus determinantes e fatores de risco associados, favorecendo o em poderamento individual e coletivo. 
Este envolvimento também reforça a importância da participação de todos no cuidado com a saúde bucal. Além disso, podem ser importantes momentos de mobilização coletiva para práticas educativas que favoreçam o aprendizado e o controle social sobre as estratégias necessárias neste ambiente comunitário.
2. 2	Saúde bucal na educação infantil
Os primeiros dentes começam a fazer parte da vida da criança aproximadamente aos seis meses de idade, completando a sua dentição mais ou menos aos três anos de idade. A primeira dentição são os dentes decíduos.
Segundo Brasil (1998), “considerando que a primeira dentição inicia-se, em geral, no segundo semestre de vida e que estará completa em torno dos três anos de idade a partir dos surgimentos dos primeiros dentes” (p.56), faz-se de grande importância o cuidado com a dentição nessa faixa etária
A importância da Educação como processo de transformação social, e sua relação com a área de saúde é essencial, onde o conhecimento de ambas as áreas se integram, podendo promover mudanças de atitudes e comportamentos. O fato de a higiene bucal estar diretamente ligado à saúde geral e qualidade de vida contribui na proteção do organismo contra a instalação de doenças. Dentro desse universo, a saúde bucal deve ter um espaço reservado. Conforme FREIRE (2003), "saber não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção".
Muitos pais acreditam que não é necessário ter os cuidados com os dentes decíduos, conhecidos por muitos como dentes de leite, deixando de lado os cuidados necessários que se deve ter com a higiene bucal da criança. Esses cuidados devem ser iniciados desde a gestação da mãe e continuados até romperem todos os dentes e por toda a vida, evitando as cáries, placas e tártaros. 
A primeira dentição é composta por 20 dentes; 10 inferiores e 10 superiores. É importante que o responsável pela criança procure orientações sobre a primeira dentição da criança, como fazer essa higiene, que cuidados são necessários para se evitar a cárie. Em Brasil (1998), “os dentistas recomendam a limpeza dos dentes do bebê com uma gaze enrolada no dedo indicador do adulto responsável pelo cuidado” (p.56). Logo quando a criança nasce é necessário que seja alimentada. Para tanto, lhe é oferecido o leite materno que é recomendado com alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida da criança. 
 O mesmo é considerado alimento completo e rico em vitaminas protegendo assim a criança de algumas doenças. Não é necessário que se ofereça à criança outros alimentos e objetos para sucção. É indispensável que a cada momento que a criança mame seja feita a limpeza com água filtrada e gazes na boca da criança, evitando assim; que a criança venha a ter cárie na sua primeira dentição.
A primeira dentição da criança, conhecida como dente de leite, determina a saúde dos dentes permanentes, portanto se houver cárie durante esta fase carretará a má formação da arcada dentaria. E, ainda segundo ele a dentição só estará completa por volta dos três anos e começa a cair aos seis, requer muita atenção e a falta dela pode causar problemas para a vida toda.
A saúde Bucal é destacada por sua importância não só do ponto de vista físico, mas de uma forma integral. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a saúde é caracterizada como bem estar físico social e emocional. A presença de doenças bucais pode comprometer ou agravar a saúde sistêmica de um indivíduo, prejudicando seu convívio social e reduzindo sua qualidade de vida.
Ter saúde bucal não significa apenas possuir dentes perfeitos e gengivas saudáveis, mas indivíduos saudáveis com bocas saudáveis. A saúde do indivíduo reflete o ambiente em que ele vive o nível de informação que possui o acesso a tratamento e à educação para prevenir e autopromover a sua saúde,isto é, saúde é uma questão de bons hábitos.
Nesse contexto, é importante a introdução da educação em saúde e cuidados com a higiene bucal nos primeiros anos de vida escolar. Para isso é preciso motivar a criança para que ela se sensibilize de sua participação no processo de promoção de saúde, pois o aprendizado só se realiza a partir do desencadeamento de forças motivadoras. Dessa maneira o Referencial Curricular para Educação Infantil, diz que:
Considerando que a primeira dentição inicia-se, em geral, no segundo semestre de vida e que estará completa em torno dos três anos de idade, recomenda-se incluir este cuidado a partir do surgimento dos primeiros dentes. (RCNEI, 1998, p.56)
No período em que a criança está sob os cuidados da instituição educativa é possível prever uma rotina de escovação dos dentes, visando desenvolver atitudes e construir habilidades para autocuidado com a boca e com os dentes. (RCNEI, 1998, p. 57)
De acordo com Brasil (1998), É importante evitar as práticas de oferecer mamadeiras para a criança antes de ela dormir, sem posterior limpeza dos dentes, ou mesmo o uso de chupetas mergulhadas em mel ou açúcar para acalmar as crianças, pois isso pode provocar cáries muito precoces (p. 56). 
Aproximadamente aos seis meses de vida a criança já consegue sentar-se sozinha, é neste momento que os responsáveis podem começar a colocar a escova na sua mão para que comece a se familiarizar com o objeto que deverá ser adequado à idade da criança. Esse momento pode ser durante o banho e no momento em os adultos realizam a sua própria higiene bucal, assim a criança vai perceber que é importante cuidar dos dentes. 
De acordo com Brasil (1998), “como a criança aprende muito pela observação e imitação é importante que ela presencie adultos e outras crianças fazendo sua higiene bucal, ao mesmo tempo que poderão ampliar seus conhecimentos sobre esses cuidados” (p. 56).
Quando a criança vai para a escola esse cuidado continua sendo feito pelo educador, ensinando a criança a importância de se cuidar dos dentes. Brasil, no período em que a criança esta sob os cuidados da instituição educativa é possível prever uma rotina de escovação dos dentes, visando desenvolver atitudes e construir habilidades para autocuidado com a boca e com os dentes (BRASIL, 1998, p. 57). 
Nessa primeira fase da infância iniciam se a formação de hábitos saudáveis. Brasil (1998) refere que a instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriqueçam o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializado, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação (p. 23).
Sabe-se que é na infância que as perspectivas da saúde bucal de cada indivíduo são fundamentalmente estabelecidas. 
O despertar da consciência dos dentes e suas estruturas e a necessidade do empenho nos cuidados com a higiene bucal são estabelecidos nesta fase. 
Dessa forma, o trabalho educativo com pré-escolares deve ser priorizado, pois é nessa época que os indivíduos estão se descobrindo e mais aptos a aprender e adquirir hábitos de higiene oral e noções de conceitos em saúde bucal, o que vai refletir posteriormente em uma população mais consciente e informada a respeito da importância da prevenção, antes mesmo do tratamento. Conforme o Referencial Curricular para Educação Infantil:
Sabendo que é na infância que se dá inicio a tomada de consciência acerca do esquema geral do corpo, devido a criança esta em pleno desenvolvimento; segundo Felipe (2001), Piaget, Vygostsky e Wallon mostram com seus estudos que a capacidade de conhecer e aprender se constrói a partir das trocas estabelecidas entre o sujeito e o meio. 
As teorias sócios interacionistas concebem, portanto, o desenvolvimento infantil como um processo dinâmico, pois as crianças não são passivas, meras receptoras das informações que estão a sua volta. Através do contato com seu próprio corpo, com as coisas de seu ambiente, bem como através da interação com outras crianças e adultos, as crianças vão desenvolvendo suas capacidades afetivas, motoras e cognitivas de forma simultânea e integrada.
Educar pode tornar- se para o educador e a criança um momento prazeroso. Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma íntegra e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser, e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (p. 23).
No processo de ensino e aprendizagem o educador/professor precisa colocar em seu conteúdo curricular e planejamentos diários, momentos de interação, que seria o brincar com a criança, neste momento podendo assim passar um filme, desenhos, revista, gibis e outras atividades que faça com que a criança possa expressar as suas emoções. 
A criança que não brinca não aprende, não tem interesse nem entusiasmo, não demonstra sensibilidade e não desenvolve afetividade. As brincadeiras são reconhecidas como linguagem da criança, uma maneira que utilizam para expressar-se e demonstrar sentimentos. 
Segundo Brasil (1998), a brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. Essa significação atribuída ao brincar transforma- no em um espaço singular de constituição infantil.
Os cuidados com a saúde bucal podem ser ensinados de maneira lúdica e criativa. Durante as atividades recreacionais, há a possibilidade de abordar o tema de maneira divertida fazendo com que a criança perceba a importância do ato e que internalizar a ação como sendo algo natural e de necessidade para seu dia a dia.
3	PAPEL DA ESCOLA DA FAMÍLIA E DO PROFESSOR NO PROCESSO DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM CRIANÇAS.
3.1 A Escola
De acordo com Moura (2005), no século XX, campanhas e ações educativas em saúde encontraram na escola o suporte necessário para o desenvolvimento dos programas de saúde. Deste modo, a escola é considerada um espaço privilegiado para ações em saúde, é um espaço de convivência e de intensas interações sociais, podendo vir a ser, portanto, um terreno fértil para implantação de propostas, estratégias e ações que envolvam promoção de saúde. 
O trabalho de educação em saúde constitui ferramenta poderosa para se alcançar a saúde, se considerar a população escolar como um grupo favorável para trabalhar estas práticas precocemente, com base na sensibilização, conscientização e mudança de hábitos.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Oficina Internacional de Educação e da Saúde recomendam que “a saúde se deve aprender na escola da mesma forma que todas as outras ciências sociais”. Assim, da mesma forma que o aluno aprende na escola os conhecimentos científicos e os hábitos sociais que lhe permitirão enfrentar os problemas da vida na comunidade, também deve aprender a adquirir os conhecimentos e hábitos higiênicos e de saúde em geral, que lhe permitirão alcançar o maior grau possível de saúde física, mental e social (SANMARTI, 1988).
No final da década de 1980, surgiu a estratégia “Escolas Promotoras de Saúde”, que teve como base o movimento de promoção de saúde, iniciado em Ottawa. Esta estratégia veio fortalecer o papel da escola na preservação da saúde e da educação, assim estendendo seu potencial educacional (LIBERAL et al., 2005). 
Considerando que a criança, ao entrar na escola, inicia sua convivência em comunidade, partilhando com o meio que a circundam conhecimentos que orientem na sua formação cidadã. Nesta fase, hábitos e costumes são absorvidos e irão perpetuar-se no decorrer da vida, influenciando seu comportamentoe sua qualidade de vida. 
O meio social e o ambiente escolar mudam, ultrapassando sua função acadêmica e agregando uma ênfase nos relacionamentos sociais, formação do caráter, comportamento e cidadania. 
Na escola devem ser priorizadas ações de promoção e prevenção de saúde, sem que as ações curativas deixem de ser realizadas, utilizando o espaço escolar para abranger a coletividade (PENTEADO et al., 1996). 
A Escola Promotora de Saúde é aquela que tem uma visão integral do ser humano, que considera as pessoas, em especial as crianças e os adolescentes, dentro do seu ambiente familiar, comunitário e social, fomentando o desenvolvimento humano saudável e as relações construtivas e harmônicas, promovendo aptidões e atitudes para a saúde, autonomia, a criatividade e a participação dos alunos, bem como de toda a comunidade escolar, num espaço físico seguro e confortável, com água potável e instalações sanitárias adequadas, bem como uma atmosfera psicológica positiva para a aprendizagem. 
Navarro(1999) afirma que as escolas tradicionais, para seguir a filosofia e a prática das Escolas Promotoras de Saúde (EPS), devem promover mudanças nas dimensões curriculares, psicossociais e ecológica, comunitária e organizacional.
No Brasil a educação pré-escolar, incluída na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, desde 1996, não tem caráter obrigatório, entretanto, um crescente número de crianças frequenta creches (IBGE, 2000).
Embora existam preocupações relativas à prevenção de doenças transmissíveis, especialmente infecções respiratórias, o ambiente de creche é considerado importante para o desenvolvimento de programas de saúde (VICTORA et al., 1989).
Recentemente, estudos sobre a determinação de doenças crônicas em adultos têm reforçado o valor da atenção prioritária à saúde na infância. De acordo com esses estudos, doenças originadas no início da vida e riscos cumulativos de diferentes exposições durante o curso da vida influenciam o surgimento de doenças crônicas na idade adulta (KUH; BEM-SHLOMO, 1977). 
O ambiente da creche propicia a manutenção de uma boa saúde bucal de crianças. Estar matriculada em creche parece resultar em melhor saúde bucal para crianças, independentemente da classe social e condições nutricionais (PEREZ, 2002).
O ambiente da creche pode propiciar também a aquisição de comportamentos saudáveis pela criança, ajudando-a a estabelecer bons padrões de hábitos na vida adulta. Alguns estudos têm demonstrado que práticas dietéticas na infância influenciam o padrão de escolhas alimentares em idades posteriores, embora não esteja bem compreendida qual a extensão dessa influência (JAMEL et al., 1987).
3.2 A Família
O núcleo primitivo de nossa sociedade é representado pela família e cabe a esta a responsabilidade de formar indivíduos conscientes de suas necessidades, além de estabelecer práticas diárias capazes de gerar saúde. 
Assim é fundamental o envolvimento de pais e responsáveis, capazes de adotar ações educativas. Estimular a aquisição e a transmissão de hábitos saudáveis de higiene dos pais para seus filhos é uma das medidas preventivas, e o importante é tornar o indivíduo um participante motivado e ativo na tomada de decisão em direção à saúde.
Assim sendo, o processo educativo em saúde é responsabilidade primeira da família, como muitas vezes a família não detém informações e condições básicas para tal, cabe a escola assessora-la, criando condições para que a criança esteja motivada. (PENTEADO, 1996).
A figura do professor representa um modelo e um exemplo de hábitos e condutas, exercendo a função de multiplicador de informações sobre saúde em sala de aula, daí a importância do papel que desempenha em valorizar estimular as práticas alimentares e de higiene bucal (PENTEADO, 1996).
Desse modo a Educação em Saúde Bucal, como qualquer outra área educacional, não se efetiva sem a mediação de modelos de identificação positivos, representados pelos educadores e a família.
Contudo, a participação dos educadores no processo de formação de bons hábitos em saúde bucal é favorável, sendo mais um meio a ser utilizado para se alcançar melhores índices de saúde e higiene bucal na população brasileira. Um ambiente escolar saudável e exemplar incentiva as pessoas a agirem como agentes transformadores da realidade em benefício de suas próprias vidas realiza a partir do desencadeamento de forças motivadoras
De acordo com Souza (2008, p. 21), nos últimos tempos a Atenção Primária a Saúde (APS), ocupa um espaço de reflexão como nunca se verificou na história da saúde no Brasil. 
Várias são as instituições e intelectuais do setor estão fazendo um esforço para situar na arena política como uma estratégia fundamental para ampliar o acesso da população às ações de saúde e reduzir desigualdades sociais. Isto é, contribuir para a justiça social e a construção da cidadania em um contexto histórico de democracia brasileira incompleta.
Neste contexto, há 11 anos, o Programa Saúde da Família (PSF) (atualmente designado como estratégia da família), se constitui na principal operação visando atingir o objetivo preventivo de saúde no país, tanto pelas dimensões que adquiriu, quanto pelos resultados positivos que apresenta.
Em 2000, com a inserção da Equipe de Saúde Bucal (ESB), no PSF, esse aspecto melhorou consideravelmente, diante dos grandes problemas de doenças periodontais e de cárie que assombrava grande parte, principalmente, daqueles menos desfavorecidos socialmente.
A questão da desigualdade em saúde tem sido objeto de constante debate ultimamente. O último Congresso Brasileiro e Mundial de Saúde Pública, em agosto de 2006 no Rio de Janeiro, teve como tema central "Saúde Coletiva em um Mundo Globalizado: rompendo as barreiras sociais, econômicas e políticas". 
Essa é a tônica de boa parte dos debates, trabalhos apresentados e conferencias que marcam a preocupação em torno da saúde das pessoas.
Porém, as discussões em torno da saúde da família, nesse caso mais específico, a saúde bucal da família, deve começar dentro da própria rotina familiar. Com apoio da escola, entidades públicas e privadas, principalmente a atenção básica de prevenção dos órgãos competentes de promoção de saúde pública de cada região, Estado ou Município, este último é que é o responsável pela manutenção da prevenção da saúde coletiva, da família ou individual.
A necessidade de promover a saúde bucal das pessoas e consequentemente das famílias é de primordial importância para garantir no futuro uma sociedade que tenha uma qualidade de vida digna, sem preocupação com determinadas doenças que atingem grande parte da população mundial que é a cárie dental.
Um programa educativo de saúde deve ampliar os conhecimentos já existentes e praticados pelas famílias ou grupos sociais e, por meio de diálogos, buscar a construção de novos aprendizados, resultantes de um resgate do saber popular e sua atualização pelo conhecimento científico, criando, em consequência, um ambiente social de desenvolvimento (MAMEDE, apud CORREA et al., 2002).
Para Serino et al. (1997), a higiene oral deverá ser realizada limpando a gengiva e dentes recém erupcionados com gaze limpa envolta no dedo, pelo menos uma vez ao dia. A iniciação precoce irá acostumar a criança ao processo de higienização. Com relação ao uso da mamadeira ou a amamentação no seio, eles sugerem não colocar as crianças para dormir com a mamadeira ou evitar a amamentação nos seio após a erupção do primeiro dente, usar a xícara após um ano e, portanto, desacostumar as crianças ao uso da mamadeira aproximadamente com um ano de idade. 
A reeducação materna constitui-se na principal estratégia de prevenção da cárie, no entanto, neste processo encontra-se uma grande barreira, uma vez que é a mãe quem vicia a criança com maus hábitos e alimentação inadequada, sendo que a mudança de hábito torna-se o passo mais difícil de um processo educativo em relação à saúde bucal (RAMOS; MAIA, 1999).
No que diz respeito à doença cárie dentária no núcleo familiar, o estudo das condições socioeconômicasdas famílias, é importante, pois estes fatores exercem forte influência nas condições de saúde bucal da população infantil (BASTOS; MONTE ALTO, 2003). 
Fraiz e Walter (2001) em suas pesquisas sobre a influência de aspectos socioeconômicos e culturais na determinação de experiência de cárie dentária e na adoção de padrões de comportamento favoráveis à saúde bucal, concluíram que quanto mais desfavorável a situação socioeconômica, maior o número de dentes afetados pela cárie e maior sua severidade. Também é reconhecido que a pobreza faz com que o acesso ao tratamento odontológico se torne mais difícil. 
Este aspecto também se reflete na falta de informações sobre os autocuidados necessários à promoção e manutenção de saúde bucal.
Alguns estudos demonstraram que hábitos adquiridos pela criança estão relacionados com os hábitos da família e principalmente da mãe, ademais, o conhecimento e a experiência de saúde da mãe podem influenciar no comportamento da sua saúde e da saúde do seu filho (CASTRO et al., 2002).
Na prevenção e controle da cárie deve-se estabelecer três medidas básicas: (1) controle da placa bacteriana; (2) consumo inteligente do açúcar; e (3) uso do flúor. Porém, tão importante quanto a aplicação desses métodos é conhecer o indivíduo, a comunidade envolvida e sua família (KRIGER; MOYSÉS, 1999). 
É importante entender que o padrão de higiene bucal faz parte de um conjunto de condutas familiares com relação às questões de saúde. Também segundo Guimarães et al. (2003), o esclarecimento dos pais e do paciente em relação à manutenção da saúde bucal proporciona melhores condições para o desenvolvimento da criança, conduzindo-a a uma dentição permanente saudável. Assim, para aprimorar e manter a higiene bucal no núcleo familiar, o fator mais importante é a motivação da criança pelos responsáveis (BARRETO et al., 2003).
Pode-se considerar que a higienização bucal em crianças está associada à redução nos índices de cárie, não só pelo controle da placa bacteriana ou a ampliação do acesso ao uso do flúor, mas também porque a higienização bucal das crianças a nível domiciliar desperta na família a preocupação com a saúde bucal, tendo assim uma influência em diversos outros fatores, como por exemplo, a adoção de dieta mais equilibrada (BARRETO et al., 2003).
Segundo Saito et al. (1999) a orientação sobre alimentação possui um papel fundamental no controle da doença cárie, sendo que a família tem grande influência na aquisição de hábitos alimentares na infância. Além de que crianças apresentam maior receptividade a novas informações e conhecimentos (MEDEIROS et al., 2000).
Deve-se despertar no núcleo familiar a atenção odontológica para os primeiros anos de vida da criança, fase em que se estabelecem os padrões alimentares e os hábitos de higiene bucal. As orientações devem ser dadas ainda na vida intrauterina, no binômio mãe–filho. 
Deve-se considerar a família como aliado na distribuição dos cuidados bucais e incentivá-la a buscar sempre o tratamento precoce e preventivo, pois quanto mais cedo a criança receber assistência, menor possibilidade terá de desenvolver lesões de cárie (MEDEIROS, 2000).
Nesse viés do fazer pedagógico para favorecer o desenvolvimento da criança, o brincar é de grande valor para a área educacional, principalmente na Educação Infantil. Partindo do pressuposto de que é brincando que a criança ordena o mundo em sua volta, assimilando experiências e informações. A ludicidade é algo imprescindível à necessidade do ser humano que facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.
Nesse contexto, ao educar para a saúde e para a higiene, de forma contextualizada e sistemática, contribuímos para a formação de cidadãos capazes de atuar em favor da melhoria dos níveis de saúde pessoal e da coletividade.
3.3 Professores Como uma Importante Fonte de Informação e Promoção de Bucal Saúde 
Um aspecto importante do papel do professor refere-se à sua participação em atividades escolares extra classe, que são responsáveis por grande parte da aprendizagem dos alunos, mas apesar de muitos já chegarem imbuídos de valores como ordem, limpeza, higiene, trabalho persistente, etc., outros não estão acostumados a dar importância a tais valores, mas se esses não forem bem trabalhados podem prejudicar o desenvolvimento intelectual
Portanto, não é possível à escola, alhear-se das condições sociais culturais, econômicas de seus alunos, de suas famílias, de seus vizinhos
A participação dos educadores no processo de formação de bons hábitos em saúde bucal é favorável, sendo mais um meio a ser utilizado para se alcançar melhores índices de saúde e higiene bucal na população brasileira. No entanto, esses profissionais necessitam de maiores informações para abordar com segurança estes conteúdos em sala de aula, e o desenvolvimento de projetos nas escolas que permitam trabalhar a saúde de forma integrada e participativa. 
Assim, professores e alunos passam de receptores de informação para agentes da construção da saúde, por isso é importante que os odontólogos procurem atuar de forma multidisciplinar, objetivando “educar em saúde”.
A figura do professor de ensino fundamental exerce grande influência sobre o comportamento dos alunos, pelo contato diário durante longo tempo.
A escola é uma importante instituição de educação, que colabora na formação de cidadãos promovendo a melhoria na qualidade de vida da sociedade. Um ambiente escolar saudável incentiva as pessoas a agirem como agentes transformadores da realidade em benefício de suas próprias vidas. Apesar disso, muitos programas de educação em saúde bucal enfatizam o conhecimento e comportamento do indivíduo não inserindo esses conhecimentos no contexto social ou na realidade e necessidade diária das pessoas. Os professores são importantes agentes na melhoria da condição de saúde bucal dos alunos da educação infantil à 4ª série do ensino fundamental.
Em razão do seu constante convívio com escolares, professores e alunos do magistério podem colaborar com a educação em saúde, promovendo educação quanto aos cuidados com a saúde bucal, atuando como parceiro dos programas preventivo-educativos. Os benefícios das mudanças de hábitos (higiene e dieta) são conhecidos pelos cirurgiões-dentistas, mas as informações sobre saúde bucal ainda são pouco divulgadas entre a população em geral.
RESULTADOS
A análise dos resultados nos mostra que a escola é um importante espaço de informação em todos os aspectos e, inclusive, em saúde bucal, visto que é o local onde há boa interação entre educador e aluno, no entanto, o conteúdo ainda apresenta fragilidades de abordagens durante a formação profissional, fator que dificulta o aproveitamento deste espaço de maneira mais efetiva. 
Sendo a escola uma importante instituição de educação, que colabora na formação de cidadãos e que promove a melhoria na qualidade de vida da sociedade, a importância em promover saúde bucal; nessa perspectiva que desenvolvemos o nosso projeto, buscamos atuarmos como multiplicadoras de bons hábitos de higiene bucal.
Primeiramente produzimos uma cartilha informativa para as crianças entregar para os pais lerem com seus filhos; a mesma informava também sobre o projeto que estávamos desenvolvendo. Então é de extrema importância que os pais saibam do valor e necessidade de se cuidar dos dentes de seus filhos especialmente na infância, quando os chamados decíduos, mais popularmente conhecidos como de dentes-de-leite. Estes mesmo sendo temporários pedem tanta atenção quanto os dentes permanentes.
Nesse sentido percebemos que as crianças adquiriram em sua rotina escolar e em casa a pratica de cuidar de seus dentes, escovando os dentes após as refeições, usando o fio dental e alimentando com frutas, verduras e legumes. Isso foi possível observar em diálogo com os pais, eles relatavam que seus filhos diziam para eles a importância de escovar os dentes, dessa maneira percebe-se que a rotina de escovar já estava fazendo parte da rotina diáriada criança.
Torna-se importante ressaltar que respectivamente trabalhando com higiene bucal enfatizamos também a questão de hábito de higiene corporal, alimentar e ambiental; utilizando cartaz ilustrado, de modo que as crianças realizavam a leitura do mesmo percebemos que eles começaram a se sensibilizarem essas praticas.
Entretanto torna-se necessário ressaltar que a formação continuada promovida pela escola, a equipe gestora e outros profissionais da escola muito contribuíram para o desenvolvimento do projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Faz-se necessário, a prática constante da promoção de saúde bucal dos alunos de rede pública, principalmente aqueles referentes às séries iniciais, cuja clientela abrange os primeiros anos de vida da criança, visto que, estão em fase de aprendizado, isto é, em idade propícia para incorporar as práticas de prevenção e hábitos de higiene bucal e corporal nas atividades diárias. 
A realização da higienização bucal tornando-se uma prática quotidiana na escola concretizaria o aprendizado e incentivaria em proporção maior a prática diária desta em casa após as principais refeições, atingindo em menor tempo os familiares. Os benefícios serão maiores viabilizados, já que o desenvolvimento de uma criança passa com certeza também pela escola que é responsável pela continuidade de sua educação, na qual está inserido o desenvolvimento intelectual, social e emocional. Pontos fundamentais para que se estabeleça a continuidade desses princípios básicos de higiene para uma vida mais saudável Dessa forma, além da atuação nas escolas, dos Agentes Comunitários de Saúde semanalmente, é essencial inserir a prática diária de higienização bucal dos alunos, após a merenda escolar, sob orientação dos professores.
Sabendo-se ainda que, o professor atua como multiplicador de informações e formador de opiniões, a interação professor-aluno é de grande relevância para que a construção do conhecimento seja alcançada, também dentro dos programas de educação em saúde bucal. Para Muller (2002) esta interação forma o centro do processo educativo, e os programas preventivos-educativos em saúde bucal deveriam se utilizar desta relação como aliada na transmissão de conceitos para sua melhor assimilação. 
Além disso, um fator muito importante a ser considerado quando se trata do conhecimento da população alvo é a exclusão social, pois esta pode ser uma barreira ao acesso aos serviços de atendimento odontológico. Dentre os fatores de exclusão estão o poder econômico e a localização geográfica do indivíduo. Quanto menor o poder aquisitivo e quanto mais periférica a localização da população, menor é o acesso aos serviços de saúde bucal e consequentemente menor o grau de informação .
Em suma, a realização de tais trabalhos preventivos de saúde bucal, proporciona levar conhecimentos básicos para a prática diária, não só dos alunos, como também por meio destes, inseri-las no cotidiano familiar, atingindo a todos da importância preventiva da saúde bucal. 
O estudo nos permite concluir que os professores necessitam e desejam maiores informações sobre o assunto, a fim de abordar com segurança o conteúdo Saúde bucal em sala de aula. E o mais importante é que nesse estudo conclui-se que existe interesse por parte dos profissionais da educação em estabelecer parcerias, sobre Saúde Bucal.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Projeto SB Brasil 2003. Condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003. Resultados principais. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. A promoção da saúde no contexto escolar. Rev. Saúde Pública, v. 36, n. 2, p.533-535, 2002.
NARVAI, P. C. Saúde bucal e incapacidade bucal. Jornal do site odonto 2001; anoIII(45). 
PAULETO, A. R. C. et al. Saúde bucal: uma revisão crítica sobre programações educativas para escolares. Cien Saude Colet, v. 9, n. 1, p. 121-130, 2004.
PEREIRA, A. P. Avaliação do programa de Educação em Saúde Bucal da Faculdade de Odontologia de Araçatuba. 2002. 
PINTO, V. G. Saúde bucal coletiva. 4. ed. São Paulo: Santos, 2000.
SALIBA, N. et al. Programa de educação em saúde bucal: a experiência da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Odontologia. Clín.-Científ., v. 2, n. 3, p. 197-200, 2003.
ANEXO
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PEDAGOGIA
ROSEMARY PALHETA DUARTE
SAÚDE BUCAL NA ESCOLA
SANTARÉM 
2015
 ROSEMARY PALHETA DUARTE
SAÚDE BUCAL NA ESCOLA
Pré - Projeto de pesquisa apresentado como requisito para aprovação na disciplina Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação na Universidade Paulista. 
Orientadora. Esp. Adenilce Freire Bispo Rego
SANTARÉM 
44
2015
SUMÁRIO
1 -INTRODUÇÃO 	04
2 - PROBLEMATIZAÇÃO	06
3 - JUSTIFICATIVA	07
4 - OBJETIVOS 	08
4.1 GERAL 	08
4.2 ESPECÍFICOS	08
5 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	09
6 - METODOLOGIA	12
7 - CRONOGRAMA	13
8 - REFERÊNCIA	14
1	INTRODUÇÃO 
Muitos trabalhos educativos e preventivos vêm sendo realizados dentro de instituições de ensino transmitindo informações sobre o cuidado de sua higiene bucal. A escola é, por excelência, um local adequado para o desenvolvimento de programas em saúde e higiene bucal por reunir escolares com faixas etárias propícias à adoção de medidas educativas e preventivas. A importância da introdução sobre os cuidados com a higiene bucal nos primeiros anos de vida escolar é justificada pelo fato de as crianças estarem em fase de descobertas e em processo de aprendizagem.
O presente projeto vem alertar a carência que há na escola, sobre a higiene bucal, o assunto foi abordado mediante um breve histórico, sendo que ela é indispensável à ao desenvolvimento de um individuo, pois é um hábito a ser cultivado desde os primeiros meses de vida. Com tudo, projetos teriam que ser posto em prática para que haja resultados. 
A prevenção é a melhor forma de controlar a situação. A saúde bucal, implícita na saúde integral, esta relacionada às condições socioeconômicas eculturas da população. O desconhecimento sobre cuidados necessários com a higiene representa um fator a ser considerado. Diante disto o tema tem como objetivo abordar sobre a prática da higiene bucal no seu dia a dia, ressaltando a importância da promoção em saúde bucal nas escolas.
A educação é tida como o pilar principal para promover e preservar a saúde, na medida em que trabalha a construção de novos conhecimentos e práticas, levando em consideração a realidade em que os indivíduos estão inseridos. A prática de saúde como prática educativa então deixou de ser, ou pelo menos se almeja que deixasse de ser, um processo de persuasão, como há muito foi compreendida, e dentro de uma metodologia participativa, passou a ser um processo de capacitação dos indivíduos para a transformação da realidade, como já estabelecido por Freire (2001): 
A prática educacional não é o único caminho à transformação social necessária à conquista dos diretos humanos, mas, acredito, que sem ela, jamais haverá transformação social. Ela consegue dar as pessoas maior clareza para lerem o mundo.
É dentro desse contexto, que se situa o objeto principal do que se denomina de educação em saúde: a busca pela capacitação e pelo encorajamento do ser humano a assumir responsabilidade sobre a sua própria saúde e a sua participação na vida comunitária de uma maneira construtiva. 
A saúde bucal é parte integrante e fundamental da saúde geral, e segundo Narvai (2001) é definido como um conjunto de condições objetivas (biológicas) e subjetivas (psicológicas), que possibilita ao ser humano exercer funções como mastigação, deglutição e fonação e, também, tendo em vista a dimensão estética inerente à região anatômica, exercitar a autoestima e relacionar-se socialmente sem inibição ou constrangimento. 
Portanto, educar nesse âmbito, significa permitir a aquisição desses conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e aptidões pessoais, possibilitar a formação de atitudes e a criação de valores que levem o indivíduo e a sua família a agirem, no seu dia-a-dia, em benefício da própria saúde bucal e da saúde bucal dos outros. Entendemos que esse processo não deva se limitar em transmitir informações, mas estimular a aprendizagem, a valorização de apresentar uma boa saúde bucal, para que no futuro os educandos, enquanto sujeitos da ação, possam ter a competência e, sobretudo, autonomia, para tomar decisões mais saudáveis e serem capazes de influenciar positivamente a comunidade aonde vivem. 
A Educação não pode ser um ato de transmitir, de depositar, mas um “ato consciente” entre sujeitos (educador e educando), numa relação dialógica, ou seja, mediada pela palavra, pelas relações e pelos objetos cognoscíveis GARCIA, 2001. 
Isto só se torna possível por meio da atuação das escolas, lares, lugares de trabalho e ambiente comunitário, com participação ativa por parte das organizações profissionais, comércio, indústrias, mídia, governo e organizações não governamentais. A escola é considerada um espaço ideal para o desenvolvimento de estratégias que promovam saúde, devido sua abrangência e o fato de ser também responsáveis pela formação de atitudes e valores. 
2	PROBLEMATIZAÇÃO 
A educação é um instrumento de transformação social e os educadores são constantemente desafiados a inovar, buscar recursos para conscientizar o aluno para uma formação de cidadã, preparado para os desafios da vida. 
As atividades desenvolvidas na escola voltada para higiene bucal consistem em promover informações e ações significativas, para estreitar a relação dos pais e alunos com escola estabelecendo a promoção, manutenção e motivação da Saúde Bucal. Nesse sentido surgem varias questões norteadoras como: Quais seriam as praticas para trabalhar numa escola visando a prevenção? Quais os métodos que estimulam os alunos na escovação e higiene bucal? 
Qual a importância de uma boa higienização bucal? Qual o conhecimento dos professores, pais e/ou responsáveis sobre temas básicos em saúde e higiene bucal? Qual o papel da escola e da família no processo de prevenção e promoção de saúde bucal em crianças? Quais ações de promoção de saúde bucal são realizadas na escola e na família? Como é a relação de ensino-aprendizagem sobre saúde bucal?
Como é a educação em saúde bucal nas escolas brasileiras? Como é o ensino de saúde bucal e como tem esse desafio para a educação, no que se refere à possibilidade de garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de vida? Quais as dificuldade encontrada para realizar as atividades educativas sobre saúde bucal?..
3	JUSTIFICATIVA 
A higiene é um tema importante presente na realidade da escola, pois a aprendizagem em saúde faz parte da vivência escolar e está presente nas experiências educativas processadas pela escola. Diagnosticar ações pedagógico-básicas básicas favoráveis ao desenvolvimento de hábitos saudáveis para as crianças é dever não só da família como também da escola, pois ações educativas em saúde são fundamentais para a formação da saúde bucal, prevenção e conservação dos dentes. É alertar a carência que há na escola, sobre a higiene bucal, o assunto foi abordado mediante um breve histórico, sendo que ela é indispensável à ao desenvolvimento de um individuo, pois é um hábito a ser cultivado desde os primeiros meses de vida. Sendo assim, a escola assume um papel importante na obtenção de bons resultados de saúde bucal.
Servirá também de conscientização para os educandos através de teoria fundamentada na prática, voltada especificamente para a higiene bucal. As informações transmitidas e as ações executadas pelos envolvidos neste projeto servirão para minimizar ou sanar as possíveis enfermidades que podem comprometer a saúde bucal, não só na escola, bem como no contexto familiar. A escola sendo uma instituição de ensino onde se aplicando as técnicas e os recursos adequados podem alcançar resultados positivos e agradáveis visando sempre á melhoria na qualidade do ensino e de vida e bem estar das famílias.
A saúde bucal, implícita na saúde integral, esta relacionada às condições socioeconômicas e culturas da população. O desconhecimento sobre cuidados necessários com a higiene representa um fator a ser considerado.
A contribuição do presente trabalho consiste que, através do da educação e promoção da saúde e higiene bucal poderá ser implementado novas estratégias de incentivo à saúde bucal, contribuindo para a redução dos problemas bucais das crianças, bem como para a promoção do seu crescimento e desenvolvimento.
Quando se estuda e se reflete sobre saúde bucal tem se claramente a noção de que a promoção da saúde bucal depende essencialmente da educação. Educar significa desenvolver a capacidade física, intelectual e moral da criança. O controle efetivo das doenças bucais somente é alcançável por parte de pessoas que tenham conhecimento sobre o poder patogênico da flora bucal, motivação, adequação das técnicas de higiene bucal, li recursos para realizar esta higiene , enfim, uma educação odontológica compatível com a manutenção de um bom padrão de saúde dos tecidos da boca (GUEDES PINTO, 1989). 
Percebe-se a necessidade de uma ação integradora entre a Escola e a Odontologia, o que revela em sua problemática e anseios uma mesma realidade social, algumas atitudes centrais dependem do esforço comum de todas as instâncias de propostas educacionais (SALGADO, 1989). 
Introduzir neste contexto o elemento: Educação para Saúde Bucal tem ampla justificativa, principalmente nas escolas. Saúde Escolar, uma das áreas mais antigas de aplicação da Saúde Publica, pesar das Leis, Normas e Pareceres que a apoiam, não conseguiu até hoje ser implantada com a eficácia exigida, nem tem sido considerada pelo professor, diretor, supervisor e todo pessoal que trabalha junto ao escolar, como de responsabilidade deles (FOCESI, l990a)
OBJETIVOS 
4.1 GERAL 
Abordar sobre a prática da higiene bucal no seu dia a dia, ressaltando a importância da promoção em saúde bucal nas escolas. 
4.2 ESPECÍFICOS

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